Comentários em: [Crónica Filipe Faria] Palavrões https://branmorrighan.com/2014/10/cronica-filipe-faria-palavroes.html Literatura, Leitura, Música e Quotidiano Mon, 28 Dec 2020 04:37:06 +0000 hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.1 Por: Morrighan https://branmorrighan.com/2014/10/cronica-filipe-faria-palavroes.html#comment-681 Tue, 21 Oct 2014 12:42:31 +0000 #comment-681 Olá Francisco, isto é que foi uma bela de uma contribuição. Muito obrigada.

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Por: Anónimo https://branmorrighan.com/2014/10/cronica-filipe-faria-palavroes.html#comment-680 Tue, 21 Oct 2014 12:34:38 +0000 #comment-680 Eu acho que o mal nem está tanto no nosso patriotismo linguistico.

Acho que o problema está no facto de o português elistista e sem sotaque do vector Lisboa-Coimbra continuar a achar-se melhor do que todo o resto do português regionalista, brasileiro e africano.

Claro que é bom ter um conhecimento linguista que nos permita perceber o que é um vestido fulvo (Aprendi esta com o Filipe Faria, muito obrigado FF); mas isso não invalida que o nosso calão tenha de ser desvalorizado apenas por ser corriqueiro e gratuito. Tem é que ser utilizado em qualquer tipo de arte de forma correcta, no momento exacto em que faz falta.

Existe um calão que é um calão honesto, e passo a explicar:
Plagiando os senhores humoristas do Nós Na Fita: Ninguém, a não ser que seja uma pessoa que desconheça o calão do mundo, acerta com o mindinho no pé da cama ou pisa um prego e diz "Bolas, que traquinas este pé da cama ou este prego! Aquilo que diz enquanto sente uma dor aguda é "Merda, foda-se esta merda!" ou então muito pior…
Quem quiser ver mais do que estou a dizer façam o favor de ver o espectáculo destes senhores:
https://www.youtube.com/watch?v=VAe1eiMDGzM

O mesmo se passa numa cena de batalha: Qual é o soldado que diz ao seu adversário no meio de uma refrega em que só se ouvem gritos de espadas ristas o seguinte:
-anda cá meu meu querido adversário ou meu grandessíssimo inimigo.
?!?!?!
Nãooo….
Aquilo que diz é: Anda cá meu filho disto, daquilo, da puta, daqueloutro…

Depois existe ainda o calão cómico, típico do interior do país e a que ninguém resiste. Em obras humorísticas ou outras com momentos humorísticos faz todo o sentido utilizar o calão; porque o calão faz as pessoas rir facilmente, dada a simplicidade de ideias ou a complexidade de significados que pode encerrar um único palavrão numa determinada situação.

Em suma, sempre fui a favor da qualidade das obras! Tenham elas palavrões ou não. O que importa é que sejam bem inseridos no contexto de um tema!!! 😀

PS: E na vida acho que todos preferimos o calão honesto ao exímio orador de colarinho branco que mente… os novos sofistas…

Francisco Fernandes

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