Anthony Hope – Bran Morrighan https://branmorrighan.com Literatura, Leitura, Música e Quotidiano Mon, 28 Dec 2020 05:53:20 +0000 pt-PT hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.9 https://branmorrighan.com/wp-content/uploads/2020/12/cropped-Preto-32x32.png Anthony Hope – Bran Morrighan https://branmorrighan.com 32 32 Sugestões de Natal, por João Morales: O Prisioneiro de Zenda, de Anthony Hope https://branmorrighan.com/2019/11/sugestoes-de-natal-por-joao-morales-o-2.html https://branmorrighan.com/2019/11/sugestoes-de-natal-por-joao-morales-o-2.html#respond Thu, 21 Nov 2019 02:06:00 +0000

O Prisioneiro de Zenda

Anthony Hope (tradução de Maria Lúcia Lima)

Sextante

200 págs

16,60 euros

No imaginado Reino da Ruritânia, Rudolf V é drogado e manietado na véspera da sua coroação. O coronel Sapt e Fritz von Tarlenheim, os mais fiéis servidores de Sua Majestade, encontram uma solução ardilosa para que tudo pareça bem aos olhos dos súbditos: Rudolf Rassendyll, um visitante inglês e primo afastado do monarca, deverá tomar o seu lugar na cerimónia, ajudando a fracassar a conspiração conduzida por Michael, Duque de Strelsau, meio-irmão do raptado. Contudo, Michael e o seu braço direito Rupert de Hentzau – cujo nome dá o título à continuação, romance publicado quatro anos depois – não desistem de levar a diante os seus conspirativos propósitos.

A escrita de Anthony Hope revela-se de uma eficaz elegância, consonante com o tema e o cenário: «contar aqui os detalhes da minha vida diária dessa época poderia talvez ser instrutivo para os curiosos pouco familiarizados com o interior de um palácio; revelar alguns segredos de que me inteirei talvez tivesse interesse para os estadistas da Europa. Não tenciono fazer nenhuma dessas coisas. Ficaria entre a espada da insignificância e a parede da indiscrição, e considero que será melhor limitar-me estritamente à comédia de enganos que se desenrolava clandestinamente nos bastidores da política ruritana».

Claro que, como qualquer clássico, há uma história de amor pelo meio. Rassendyll apaixona-se pela Princesa Flavia, dama prometida ao rei, contudo, para sucesso das maquinações políticas, não lhe pode revelar quem realmente é. Decide resgatar o rei e liderar uma tentativa de entrar no castelo de Zenda. Os combates, agora, serão dois: um, contra o vilão da Corte; o outro, com os seus sentimentos mais afoitos que impelem o romantismo mais profundo e que parecia desconhecer.

Com este volume, a Sextante Editora prossegue a sua colecção de clássicos de aventuras, uma proposta que reúne alguns dos melhores romances de acção que fizeram as delícias de outras gerações de leitores, em especial duramente a juventude.

Publicado originalmente em 1894, terá sido este o romance que lançou a tendência de narrativas ficcionais localizadas em países inexistentes, principalmente na Europa Central ou Europa de Leste (como a Bordúria ou a Sildávia, onde se desenrola O Ceptro de Ottokar, volume emblemático de As Aventuras de Tintim).

João Morales

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