Arte Performativa – Bran Morrighan https://branmorrighan.com Literatura, Leitura, Música e Quotidiano Sat, 09 Jan 2021 10:25:15 +0000 pt-PT hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.9 https://branmorrighan.com/wp-content/uploads/2020/12/cropped-Preto-32x32.png Arte Performativa – Bran Morrighan https://branmorrighan.com 32 32 Rui Paixão é GODOT https://branmorrighan.com/2016/12/rui-paixao-e-godot.html https://branmorrighan.com/2016/12/rui-paixao-e-godot.html#respond Wed, 28 Dec 2016 12:41:00 +0000 Rui Paixão

Rui Paixão é GODOT, a revelação do novo clown

Sob o mote de opresso liber, Rui Paixão – a revelação do clown em Portugal, selecionado para o Cirque du Soleil – apresenta o seu novo projeto que trilha um percurso de continuidade e sustentação da personagem em desenvolvimento ao longo dos últimos anos. GODOT representa um marco ímpar na história da performance de rua em Portugal, ao apresentar uma proposta artística sustentada e integrada desde a experimentação, passando pela formação e obviamente terminado na apresentação de propostas artísticas para o grande público.

O novo projeto artístico tem por base a personagem, agora batizada, que ao longo dos 2 últimos anos foi a cara de LULLABY, provavelmente o maior fenómeno das últimas décadas na performance contemporânea portuguesa para o espaço público. GODOT nasce, assim de uma reflexão que pretende extrair o imortal do que é transitório e ter a consciência de que estamos aprisionados nas nossas perceções.

GODOT pretende conservar a crença na transcendência enquanto ingrediente importante da nossa humanidade, porque há mais coisas entre o céu e a terra do que sonha a nossa vã filosofia. Há muito mais do que energia dentro dele, o que quer que seja, GODOT é a essência interior que está escondida na raiz do cerne de tudo e que é sempre a mesma. Nunca muda. Mas revela-se num milhão de formas diferentes e vem sempre em ondas.

GODOT prepara uma tour internacional para o ano 2017, com foco no espetáculo LULLABY que surge com novidades cénicas, o workshop ESTADO OMNIUM que promete oportunidades de capacitação e aproximação às técnicas do clown e, obviamente, uma nova criação com estreia prevista para o Verão. 

2017 ficará marcado pelo nascimento de GODOT, com o objetivo de estruturar o pensamento e expor novas possibilidades para o clown contemporâneo, alicerçando a investigação na criação artística para o espaço público. Assim, a nova criação SAMSARA surge com um registo inovador, altivo e inquieto, numa proximidade absurda a uma figura que poderia ser um Deus.

RUI PAIXÃO

Nasceu a 6 de Outubro de 1995. Formou-se em teatro na Academia Contemporânea do Espetáculo na cidade do Porto terminando o curso no ano de 2014. Iniciou o seu percurso profissional com a companhia de Novo Circo Radar 360°.

Rui Paixão desenvolveu trabalho ligado à investigação e exploração do Clown Contemporâneo, do Teatro Físico e das Artes de Rua. Aos 20 anos de idade fundou a companhia Cão à Chuva que, no seu ano de estreia, foi considerada pelo Imaginarius a revelação das artes de rua em Portugal, venceu o prémio OFF CIRCADA UNIA em Sevilha como artista emergente no circo contemporâneo e participou no Fringe Festival de Edimburgo.

Em 2016 levou a primeira criação da companhia a países como Espanha, França, Alemanha e Holanda fortalecendo a pertinência do seu foco de trabalho e criou POZZO – o porco que dança, Vincent e A Velha.

]]>
https://branmorrighan.com/2016/12/rui-paixao-e-godot.html/feed 0
[DESTAQUE] Aquilo que existiu e agora já não é, um documentário sobre o trabalho de João Pedro Fonseca https://branmorrighan.com/2016/02/destaque-aquilo-que-existiu-e-agora-ja.html https://branmorrighan.com/2016/02/destaque-aquilo-que-existiu-e-agora-ja.html#respond Sun, 14 Feb 2016 11:34:00 +0000

Está a fazer precisamente dois anos que me sentei com o Jota no Fábulas a conversar sobre o seu trabalho. Conheci-o pessoalmente nesse dia, depois de ter ousado contactá-lo. Naquela altura andava na minha demanda de descobrir projectos musicais portugueses, estava a introduzir a música portuguesa no contexto do BranMorrighan e eis que na página de Riding Pânico encontro um administrador de página que não era um membro da banda. Quis saber qual poderia ser a ligação e qual seria o seu papel. 

Quando entrei no universo artístico do João Pedro Fonseca, rapidamente encontrei ligações com outros artistas, como Mr. Herbert Quain ou RA (agora Ricardo Remédio), e foi numa actuação com este último (em que o Ricardo construía a sua música e o Jota construía a sua arte ao som dela) que fiquei verdadeiramente fascinada. Daí a perceber que estava perante um ser humano com uma visão muito própria do mundo, não deslocada, mas antes com uma personalidade individual muito própria, foi um instante. O fascínio instalou-se, quis falar com ele e dois anos depois acho que posso dizer que tanto eu como ele crescemos imenso. Sinto-me uma verdadeira sortuda por poder acompanhar o seu percurso e ainda mais lisonjeada por hoje em dia o BranMorrighan ter uma imagem e um percurso actual que tem muito do Jota. A imagem do 6º aniversário foi ele que fez, o layout e logo actual foi ele que construiu… E isto tem uma razão de ser. 

Não tendo eu qualquer tipo de capacidade de expressão artística, vejo no Jota alguém capaz de o fazer por mim e por tantos outros. A sua arte é única e fascina-me a capacidade que ele tem de pegar num conceito e dar-lhe toda uma forma que mistura o primitivo com o futurista, que parece vir de um lugar onde poucos podem aceder, nunca perdendo a sua humanidade, sinceridade e humildade. Conhecendo-o pessoalmente, é impossível não nos deixarmos contagiar pelo seu discurso e pela paixão que demonstra pelo que faz. A sua essência não deixa ninguém indiferente e quem me dera ter o conhecimento e as palavras certas para lhe fazer jus, perdoa-me Jota, não tenho.

Acredito que isto é só o início e quando ele me mostrou o documentário que dois estudantes da ULHT fizeram sobre ele, senti que fazia todo o sentido partilhá-lo também convosco e dar-vos uma visão bem mais pessoal e intimista sobre quem é, e o que faz, o João Pedro Fonseca. Da minha parte, a admiração e o respeito que tenho por ele são soberbos. Deixo-vos com uma pequena descrição do documentário e peço desculpa por me ter estendido tanto. 

Miguel Saraiva e Melissa Ehrlacher, estudantes da ULHT, partiram em busca de um artista português emergente para a realização de um documentário. Durante esta procura deparam-se com um artista plástico, João Pedro Fonseca, seguindo por algumas semanas o seu quotidiano. Esta peça apresenta um registo do processo criativo em várias situações e locais distintos, levando-nos a um universo intimista e profundo entre artista, inspiração e trabalho, onde uma linha ténue que divide constantemente o passado e o presente é um elemento fulcral para a transformação do ser e a sua obra.

Site:

http://www.joaopedrofonseca.com/

Facebook:

https://www.facebook.com/JoaoPedroFonsecaArtist

]]>
https://branmorrighan.com/2016/02/destaque-aquilo-que-existiu-e-agora-ja.html/feed 0
Alla Prima de Tiago Cadete, na Galeria ZDB, de 27 a 30 de Janeiro às 21h30 https://branmorrighan.com/2016/01/alla-prima-de-tiago-cadete-na-galeria.html https://branmorrighan.com/2016/01/alla-prima-de-tiago-cadete-na-galeria.html#respond Fri, 15 Jan 2016 13:40:00 +0000 © José Carlos Duarte

De 27 a 30 de Janeiro 2016, quarta a sábado às 21h30

Rua de O’Século 9, porta 5 Lisboa

reservas@zedosbois.org | +351 21 3430205

O que Tiago Cadete propõe com “Alla prima” vem de uma inquietude perante o silêncio e imobilidade das imagens. O corpo humano, essa espécie de unidade fundamental da produção de imagens no Ocidente, é tanto o enfoque de sua pesquisa enquanto colecionador de imagens, como o instrumento através do qual o próprio corpo do intérprete se colocará perante o público. O seu olhar diz respeito à construção e invenção do Brasil – quais seriam os movimentos e vozes do grande número de imagens que em mais de cinco séculos foram capazes de criar certas ideias sobre o que seria o Brasil, os brasileiros e a brasilidade?

O termo “alla prima”, dentro da prática de pintura, diz respeito a uma técnica em que o artista enfrenta a tela diretamente, aplicando camadas de tinta sem esperar um tempo de secagem, causando uma espécie de sobreposição tanto de cores, quanto de imagens. De modo dialógico, o corpo do artista aqui responde diretamente a uma série de descrições sobre o que poderiam ser estes “corpos brasileiros”. Para além da narrativa histórica eurocêntrica que criou a teoria das três raças no Brasil – onde as populações africanas, europeias e indígenas seriam ingredientes deste caldeirão cultural –, sua anatomia se transforma num receptáculo de múltiplos criadores, culturas, etnias e proposições plásticas.

Através desta reencenação que se dá de modo transhistórico entre a visualidade e diferentes descrições orais/verbais, o corpo de Tiago Cadete acaba por desenhar uma nova coreografia deveras distante do samba e da alegria tropical comumente atribuída ao que poderia ser a “cultura brasileira”. De repente os trópicos ficam tristes e algumas das tentativas de colonização do Brasil a partir da imagem vem à tona.

Faz-se importante, então, sentir na pele o incômodo dessas poses e constatar que, mais do que uma geografia, o Brasil é um conceito constituído a partir de um corpo fictício que alinhava pedaços esquartejados de muitas vidas silenciadas pelo tempo.

Criação e interpretação Tiago Cadete | Consultor história da arte Raphael Fonseca Figurinos Carlota Lagido | Assistente de projecto Bernardo Almeida  Colaboradores Voz-off Priscila Maia; Raphael Fonseca, Raquel André; Sueli do Sacramento; Jonas Arrabal; Victor Dias; Laura Arbez; Felipe Abdala; Isabel Martins; Júlia Arbex; Breno de Faria | Fotografia de documentação Victor Dias | Fotografia de cena José Carlos Duarte | Residência Centro Coreográfico do Rio de Janeiro | Apoio Eira | Acolhimentos Escola de Mulheres; ZDB | NEGÓCIO; mala voadora/PORTO | Co-produção TEMPS D’IMAGES ‘15

Entrada: 7,5€ | Entrada estudantes em grupo: 5€

Site: http://www.zedosbois.org/

]]>
https://branmorrighan.com/2016/01/alla-prima-de-tiago-cadete-na-galeria.html/feed 0