Bed Legs – Bran Morrighan https://branmorrighan.com Literatura, Leitura, Música e Quotidiano Mon, 28 Dec 2020 05:34:42 +0000 pt-PT hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.8.2 https://branmorrighan.com/wp-content/uploads/2020/12/cropped-Preto-32x32.png Bed Legs – Bran Morrighan https://branmorrighan.com 32 32 [DESTAQUE] Grandfather’s House + Bed Legs no Sabotage este Sábado https://branmorrighan.com/2017/09/destaque-grandfathers-house-bed-legs-no.html https://branmorrighan.com/2017/09/destaque-grandfathers-house-bed-legs-no.html#respond Tue, 26 Sep 2017 08:00:00 +0000

Para quem estiver em Lisboa este Sábado, não pode haver melhor programa! 

30 de Setembro/ 22h30m/ 6€

Grandfather’s House + Bed Legs

Grandfather’s House

Grandfather’s House é uma banda de Braga que surge em 2012. Com Tiago Sampaio na guitarra, Rita Sampaio nos sintetizadores e voz e João Costeira na bateria, contam hoje com mais de 250 concertos dados por todo o país e internacionalmente.

O seu terceiro disco – “Diving” – foi editado dia 15 de Setembro, resultado de uma residência artística no espaço gnration (Braga), contando com as participações de Adolfo Luxúria Canibal, Nuno Gonçalves e Mário Afonso, na voz, teclados e saxofone, respectivamente. Gravado e produzido na Mobydick Records (Braga) por Budda Guedes e Grandfather’s House, misturado e masterizado no HAUS (Lisboa) por Makoto Yagyu. Com um método de composição mais complexo, que contou com a participação de mais um elemento em todos os temas – o músico convidado, Nuno Gonçalves (teclas) – a banda, explora assim, uma sonoridade mais densa.

https://youtu.be/2NizT__lecc

Bed Legs 

Situada algures entre a reivindicação de um Blues musculado e o descomprometimento do Rock n Roll, a música de BED LEGS é marcada por uma constante “tertúlia” entre uma voz de charme e um power trio de intervenção.

Entre os vários temas destaca-se como objecto principal uma silhueta feminina, que aparece dançando e desaparece num sobressalto por entre as cortinas vermelhas de veludo do bar onde Ferna, Tiago, David e Hélder são habitués.

Depois do lançamento do primeiro EP “Not Bad” em 2014, “Black Bottle” é o nome do álbum de estreia deste projecto de Braga. Um rock que enrola e envolve, concentrado em 9 canções, que contam a história de uma noite estranha naquele bar onde entras enganado, mas do qual não queres sair. https://bedlegs.bandcamp.com/

Evento: https://www.facebook.com/events/127124778026255/

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[Especial Exclusivo] Bed Legs e Ménage no Canadian Music Week the Music Conference and Festival – Entrevista aos Bed Legs https://branmorrighan.com/2017/05/especial-exclusivo-bed-legs-e-menage-no.html https://branmorrighan.com/2017/05/especial-exclusivo-bed-legs-e-menage-no.html#respond Wed, 17 May 2017 08:20:00 +0000

Contexto da Entrevista: http://www.branmorrighan.com/2017/05/especial-exclusivo-bed-legs-e-menage-no_99.html

Desde a última entrevista que tive a oportunidade de vos ver ao vivo em Paredes de Coura, 2016. Deram um concerto que foi um autêntico estrondo! Que balanço é que fazem desde que lançaram o disco até agora?

Acho que o disco no geral foi muito bem recebido, abriu algumas portas, e ajudou a banda a conquistar novos públicos. 2016 foi um ano particularmente bom para nós e claro tocar em Paredes de Coura foi um sonho realizado, e ainda mais com o carinho e força com que a audiência nos recebeu, é certamente um concerto que nos vai ficar na memória.

Recentemente estiveram em Toronto, no Canadian Music Week the Music Conference and Festival, como é que surgiu a oportunidade?

Tomamos conhecimento do festival através do Steve Bootland, investigamos um pouco e gostamos muito do formato do Canadian Music Week. Decidimos então enviar o nosso material para a organização, eles gostaram e felizmente fomos lá tocar.

E o concerto, como correu? Foram bem recebidos?

Demos 2 concertos no CMW e tirando alguns problemas técnicos no primeiro concerto a experiência e a receptividade foi muito boa. Sempre tivemos curiosidade em tocar na cena dos pubs americanos e gostamos particularmente do concerto no Hard Rock Café Toronto.

Que impacto é que acham que participar neste festival, dentro desta conferência, pode ter para vocês?

O CMW é essencialmente um festival para fazer contactos com agentes da indústria musical a que normalmente não se tem acesso, fizemos alguns, vamos  ver o que se segue. Principalmente gostávamos de voltar a tocar no Canadá e quiçá nos EUA, gostamos muito da experiência.

Partilharam o mesmo festival com Ménage, banda com costela portuguesa (luso-canadiana). Como foi conhecerem-nos e conhecer a comunidade portuguesa em Toronto? Ouvi dizer que passaram a ser uma das bandas favoritas deles! 😊

Fomos muito bem recebidos pela comunidade portuguesa em Toronto, fizeram-nos sentir em casa. Quanto aos Ménage foram incansáveis, a ajuda deles foi preciosa e só temos a agradecer, esperamos retribuir aquando a vinda deles a Portugal.

Como é que foi darem conta que não podiam fumar em esplanadas nem em bares, nem beber na rua? (Ouvi dizer que os Ménage tiveram uma missão complicada aqui! Eheheh)

Nos primeiros dias estranhamos um pouco as regras (que, diga-se, são muito rígidas) que existem lá quanto ao tabaco e ao álcool, pelo que podem ter havido algumas transgressões da lei hehe (talvez seja a isso que os Menage se referem). Estar numa esplanada a beber uma cerveja e não poder fumar um cigarro foi no mínimo estranho, mas foi algo a que nos habituamos, resultado final foi que fumamos muito menos do que o normal.

A realidade musical no Canadá parece-vos muito diferente da realidade em Portugal?

Sim, sem dúvida. Como já seria de expectar no Canadá existe indústria musical no verdadeiro sentido da palavra e um mercado muito maior, muitos espaços para as bandas tocarem e claro muitas bandas.

Algum momento memorável enquanto estiveram por lá?

Houve vários, musicalmente os concertos de Dandy Warhols e de Ménage. A nível de culinária os demoníacos Poppey’s Alabama Hot Chicken Wings, algo a não repetir por razões de saúde, hehe.

E agora, no futuro próximo, o que é que podemos esperar dos Bed Legs?

Temos vários concertos marcados para este verão, vamos andar por aí em vários festivais. Estamos também a trabalhar no próximo álbum e posso dizer que já temos algumas ideias.

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[Especial Exclusivo] Bed Legs e Ménage no Canadian Music Week the Music Conference and Festival – Entrevista aos Ménage https://branmorrighan.com/2017/05/especial-exclusivo-bed-legs-e-menage-no_17.html https://branmorrighan.com/2017/05/especial-exclusivo-bed-legs-e-menage-no_17.html#respond Wed, 17 May 2017 08:20:00 +0000

Contexto da Entrevista: http://www.branmorrighan.com/2017/05/especial-exclusivo-bed-legs-e-menage-no_99.html

Sendo a primeira vez que vos estou a entrevistar, querem apresentar-se e falar um pouco sobre vós?

Ménage é constituído por nós, 3 irmãos e mais 2 amigos ao vivo. Irmãos Gabriel, Bela e Fernando. Filhos de pai Madeirense, de Machico, e mãe de Seixo de Mira… Uma aldeia que pertence a Coimbra. Naturais de Toronto, Canadá, mas a banda nasceu quando estávamos a viver em Los Angeles, California.

De que forma é que surge a banda?

Nós os três estávamos envolvidos noutros projectos musicais, mas não a trabalhar juntos desde os “jams” na sala dos nossos pais em criança. Acho que começou com uma música escrita que pensei em envolver uma parte feminina, depois outra, e uma terceira… até decidir gravar um disco inteiro. Antes mesmo de ter nome, a música já existia.

Têm tido um enorme sucesso na América do Norte e no Canadá, mas em Portugal o vosso nome ainda está agora a dar os primeiros passos. Tendo a banda uma costela portuguesa, é algo que vos preocupa?

A nossa única preocupação é compor o melhor disco possível, transmitindo em gravação e ao vivo aquilo que imaginamos nas nossas mentes. Queremos lançar música e actuar em Portugal por razões egoístas. Adoramos as audiências, cultura, música, o país em geral. Seja a nível comercial, underground, ou só como fonte de inspiração, Portugal sempre será parte da nossa história.

O ano passado lançaram o vosso segundo disco. Que balanço é que fazem desde que o lançaram até agora?

Desde o ano passado fizemos tournée de 14 cidades na China e estamos na última fase de gravação de um novo disco. Está previsto o nosso primeiro single ser lançado em Junho.

Recentemente estiveram em Toronto, no Canadian Music Week the Music Conference and Festival, como é que surgiu a oportunidade?

Como em muitos festivais, as bandas enviam a sua musica, no caso de Canadian Music Week, são bandas de todo o mundo, e são seleccionadas para fazer parte do festival.

E o concerto, como correu? Foram bem recebidos?

Era a nossa primeira atuação em Toronto depois de estar fora meses e em estúdio. Acho que a nossa ausência e os meses de silêncio criaram ainda mais curiosidade por novas músicas. Actuamos num clube cheio e “transpirado”, não podemos pedir muito mais.

Que impacto é que acham que participar neste festival, dentro desta conferência, pode ter para vocês?

É tão difícil dizer o impacto que um festival assim pode ter. Eu pessoalmente gosto de conhecer bandas de outros países. A semana também traz a presença de indústria de vários países que cria uma certa oportunidade que pode não existir noutro dia, mas é difícil planear…Há bandas a toda a hora, em todos os palcos que existem na cidade. Ou seja, muita oferta a pedir atenção no mesmo momento. A Farrah Fawcett era uma manequim ultra famosa por décadas. Poucas pessoas falam da morte dela que infelizmente foi no mesmo dia que o Michael Jackson. Parece cliché, mas a única coisa que uma banda pode fazer é actuar todas as noites como se fosse a ultima.

Partilharam o mesmo festival com Bed Legs, banda portuguesa que, ouvi dizer, agora é uma das vossas preferidas! Que tal foi conhecerem-nos?

Fui apresentado à sua musica enquanto estava em tournée em Portugal. Depois de ver a banda ao vivo, e de conhece-los pessoalmente, fiquei ainda maior få. O maior desafio da semana foi tentar explicar aos Bed Legs que ao contrario de Portugal e além de não fazer sentido nenhum… não é autorizado beber álcool ao ar livre, nem fumar em esplanadas, nem dentro de bares nem em venues.

A realidade musical no Canadá parece-vos muito diferente da realidade em Portugal?

Sim, mais de metade do ano é frio e neve no Canada e ninguém sai para ver musica ao vivo. Haha… Acho que cada vez mais há menos importância de localização de uma banda. Há fãs de Ménage em sítios que ainda não tivemos oportunidade de visitar, mas com o mundo online há possibilidade da nossa musica ultrapassar essas fronteiras.

Algum momento memorável no CMW?

A verdade é que a semana toda foi como um relâmpago, mas comer uma fatia de pizza na baixa de Toronto com um grupo de Braga foi memorável.

E agora, no futuro próximo, o que é que podemos esperar dos Ménage?

Novo single em breve. Temos umas datas nos Estados Unidos no verão, mas esperamos voltar a Portugal na segunda parte de 2017. Ser uma banda independente e com pouca organização, as coisas mudam a qualquer momento… facebook.com/menagetheband é o sitio com todas as novidades e a informação mais em dia!

Fernando – voz/guitarra

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[Especial Exclusivo] Bed Legs e Ménage no Canadian Music Week the Music Conference and Festival – Fotografias e Entrevistas! https://branmorrighan.com/2017/05/especial-exclusivo-bed-legs-e-menage-no_99.html https://branmorrighan.com/2017/05/especial-exclusivo-bed-legs-e-menage-no_99.html#respond Wed, 17 May 2017 08:20:00 +0000

Recentemente, a banda portuguesa Bed Legs, e a banda luso-canadiana Ménage, estiveram no Canadian Music Week – Conference and Festival. Andaram juntos por Toronto, actuaram no festival e em rádios, acima de tudo fizeram aquilo que mais amam e divertiram-se com isso. Da minha parte, já vi Bed Legs ao vivo e são mesmo do caraças a partirem tudo. Ainda não tive oportunidade de ver Ménage em concerto, mas há algum tempo que vou tomando contacto com a sua realidade e são um grupo que, mal voltem a Portugal, quero conhecer. Para além do registo fotográfico que se encontra neste post, partilhando gentilmente pelas bandas, (Muito obrigada!), falei um pouco com eles sobre esta aventura e podem ler essas conversas aqui, com Bed Legs, e aqui, com Ménage. Em cada post encontram ligações para ouvirem os seus trabalhos! Sigam-nos aqui: 

https://www.facebook.com/BedLegs/

https://www.facebook.com/menagetheband/

Sobre cada uma das bandas:

BED LEGS

Entras num bar com um néon convidativo à porta. À tua volta há música, barulho, objectos bizarros, estranhos manequins, plumas e misteriosos personagens. Uns conversam, outros dançam e outros olham fixamente para o que acontece no palco. Onde raio é que estás? Não fazes ideia, mas queres ficar e pedir uma bebida.

Situada algures entre a reivindicação de um Blues musculado e o descomprometimento do Rock n Roll, a música de BED LEGS é marcada por uma constante “tertúlia” entre uma voz de charme e um power trio de intervenção.

Entre os vários temas destaca-se como objecto principal uma silhueta feminina, que aparece dançando e desaparece num sobressalto por entre as cortinas vermelhas de veludo do bar onde Ferna, Tiago, David e Hélder são habitués.

Depois do lançamento do primeiro EP “Not Bad” em 2014, “Black Bottle” é o nome do álbum de estreia deste projecto de Braga. O que dá a beber? Um rock que enrola e envolve, concentrado em 9 canções, que contam a história de uma noite estranha naquele bar onde entras enganado, mas do qual não queres sair.

Pelo raiar do dia, a garrafa cai ao chão, ou quebra-se para fazer frente a alguém numa rixa que não tem pernas para andar e, seja qual for o sentimento, a cama poderia ser o conforto certo para quem, ao acordar, teria um novo tema para uma nova canção. Mas não te enganes, “BED LEGS” são, sobretudo, as pernas da cama que sustentam a ressaca de acordar com uma cara desconhecida.

MÉNAGE

The Ferreira siblings spent there whole childhood travelling between Toronto Canada, and Small town Portugal where their heritage and much of their family still lived. Through being divided between Canadian, indoor boredom, and European culture, the common thread that was present on both sides of the globe, was the influence of the music that they were exposed to.

The household was soon filled with a drum set, a keyboard, and some traditional portuguese guitars. As quite common, the kids grew apart, Bela, recording piano based song ideas, keeping to herself, performing wherever she could . From various new york city open mics to touring in Canada.

Brothers Gabriel and Basilio kicked around Toronto, Los Angeles, started bands, fought, would self destruct, and do it again.

For the first time all three have set aside their differences and contributed to what they all can agree as being the first thing that is exciting to them since first picking up their instruments.

With mixer David Bottrill (Muse, Placebo, Peter Gabriel) and mastering engineer Ted Jensen (Radiohead, Bjork, Sigur Ros) on their side, this brother/sister, dual fronted band is ready to become the music that inspires on an international level.

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[Queres é (a) Letra!] Bed Legs com novo vídeo – Black Bottle https://branmorrighan.com/2016/12/queres-e-letra-bed-legs-com-novo-video.html https://branmorrighan.com/2016/12/queres-e-letra-bed-legs-com-novo-video.html#respond Fri, 09 Dec 2016 14:36:00 +0000

Os Bed Legs foram uma das maiores revelações para mim neste 2016. Não só pelo disco que mal ouvi gostei, mas principalmente pela actuação que tive oportunidade de ver no Vodafone Paredes de Coura. Aproveito que lançaram recentemente um novo vídeo para começar o Queres é (a) Letra! cujo nome é homónimo a esta mesma canção. Até já e rock on m/



Black bottle

You’re killing me

Gotta stop drinking

Dark waters you give to me


Black bottle

Forget me

No friends to share

The wonders of the cold sea


Hard days are coming

This body will never be free

Neither the blood tears

Will fill my glass of beer


Black bottle

You’re drowning me

Can’t fight ghost pirates

I’m lost in the cold sea


Same stories

You’re telling me

Stop writing on pages

Where light will never reach


Hard days are coming

This body will never be free

Neither the blood tears

Will fill my glass of beer


Black bottle

You’re killing me

Gotta stop drinking

Dark waters you give to me


Black bottle

Forget me

No friends to share

The wonders of the cold sea


Hard days are coming

This body will never be free

Neither the blood tears

Will fill my glass of beer

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Entrevista aos Bed Legs, Banda Portuguesa – “Este disco tem muito sacrifício de todos a vários níveis” https://branmorrighan.com/2016/03/entrevista-aos-bad-legs-banda.html https://branmorrighan.com/2016/03/entrevista-aos-bad-legs-banda.html#respond Thu, 03 Mar 2016 14:52:00 +0000 Uma das coisas que mais tenho pena neste 2016, pelo menos até agora, é de não ter conseguido ir ao Sabotage ver o concerto de apresentação de Black Bottle, pelos Bed Legs. Recebi o disco com umas boas semanas de antecedência, mas quis o universo que algumas peripécias acontecessem e nem entrevista presencial, nem concerto, mas o gosto pelo disco é muito superior a isso tudo e propus-lhes uma entrevista por escrito. Nunca ficam tão boas nem com tanta alma como as outras, mas achei que era uma presença merecida neste espaço que pretende dar a conhecer projectos emergente da música portuguesa, e neste caso com um rock tão bom. Ficam algumas perguntas para vos despertar a curiosidade e no fim também os links para os seguirem e ouvirem. Dia 12 de Março eles vão estar no Café Au Lait, a convite da querida Biruta Records, por isso podendo é irem vê-los! Espero que gostem! Obrigada, Fernando, pelas tuas respostas!

Ouvi dizer que os Bed Legs, na altura ainda sem nome, surgem de uma jam num sótão. O que é que veio primeiro: a decisão de formarem uma banda ou a jam resultar tão bem que quiseram formar a banda? 

Foi a química que tivemos durante esses encontros, bem como a amizade, que nos fez continuar até formarmos banda.

Também sei que o nome surgiu por causa de um concurso de bandas em que tinham a necessidade de apresentar um nome juntamente com a maquete. Convosco é caso para dizer que desde o início escolheram fazer a vossa própria cama?  🙂 

A banda não foi premeditada. Porém, existia em todos os membros uma vontade de continuar a criar e a praticar música. A nossa cama sempre foi desarrumada e despreocupada. Agora temos mais brio e fazemos a camita. Mas haverá sempre o problema das migalhas, dos líquidos entornados e do ressonar.


Como é que surge Not Bad, o primeiro EP em 2014?

Na altura em que fomos para o concurso de bandas já tínhamos cerca de 7/8 temas compostos e estávamos entusiasmados com as composições. Apresentamos esse repertório em vários concertos e o feedback do público foi positivo. Até aí, já tínhamos umas demos caseiras mas achamos que as músicas eram demasiado boas para serem demos e precisavam de um registo mais apropriado. Foi aí que nos dirigimos ao Grave Studio e gravámos o “Not Bad” com o Pedro “Grave” Alves.

Confesso que só vos conheci com o aparecimento do Black Bottle agora em 2016. Como é que tem sido o percurso até aqui? O EP correu como desejavam?

Sim, o lançamento do EP foi espectacular, fizemos uma festa de arromba em Braga e depois começámos a dar concertos pelo país. Completamente desconhecidos no panorama musical mas extremamente entusiasmados tivemos oportunidade de mostrar o nosso trabalho em diversos palcos. Conhecemos locais novos, bandas novas, gente nova e criámos contactos que ainda mantemos. Foi gratificante. Ah! E ainda fomos à Arménia para uma residência musical. We love Armenia!!!

Assim que coloquei o vosso disco a tocar fiquei de “orelhas no ar”. Sem lhe ter prestado muita atenção já captava um sentimento de proximidade e intensidade muito grande. Sei, por ter lido noutras entrevistas, que é um disco muito pessoal. Quanto de cada um de vocês é que este disco tem?

Este disco tem muito sacrifício de todos a vários níveis. Começámos a compor  a “Black Bottle”depois de um período largo de descanso em que estivemos afastados dos palcos. Desde essa altura até ao lançamento passámos por momentos conturbados e difíceis na nossa vida pessoal. Acho que é por isso que  o álbum tem uma aura de lamento, envolto de alguma escuridão mas cheio de vida ao mesmo tempo, porque existe em nós vontade de criar e de ultrapassar os desafios da vida. O lançamento do álbum foi como que o fechar de um ciclo complicado e agora é altura da colheita. Porém, as vindimas dão cabo das costas.

Mesmo tendo músicas orelhudas, o tema que escolheram para nomear o disco – Black Bottle – pode ser considerada uma espécie de balada. Concordam? Porquê este extremo oposto da maioria aguerrida que é o disco?  

Não a consideramos uma balada, é mais um lamento. A aura do álbum é de lamento. Este não é um álbum de celebração e de vibrações positivas. É um reflexo da vida que levamos e que não é pêra doce. Decidimos ser verdadeiros com o sentimento geral do álbum e nomeá-lo “Black Bottle”.

Vícios, ambições, paixões, desejos, ilusões e desilusões. São estes os ingredientes principais que quando presentes numa vida podem dar origem a um rock, a uma sonoridade, como a vossa? Desde as cadências vocais, aos riffs tanto agressivos como até melancólicos, sempre com um baixo pulsante e uma bateria que complementa e unifica. Sai-vos tudo naturalmente?

A alma dos temas sai-nos naturalmente, através da improvisação. Por vezes, um de nós traz ideias de casa mas é maioritariamente na sala de ensaios  onde tudo acontece. Depois há que desenhar o mapa de todo aquele imaginário e aí entram as estruturas, letras, passagens, solos e arranjos. 

Basta fecharmos os olhos, sentir a vibração da nossa sugestão para podermos soluciona-la, termina-la e acabar com o rumor.


Existe alguma história em particular que queiram partilhar connosco? Sobre alguma coisa que tenha motivado algum dos temas?

A  história da “Wrong Man” já se passou com todos os elementos da banda. Fala sobre não seres o homem indicado para a mulher que está apaixonada por ti. As incompatibilidades são sempre chatas e complicadas, principalmente para quem está enamorado. É preciso tomar uma atitude e acaba sempre mal. Ou então, podes sempre fugir, mas é “xunga”.



Se um escritor fosse contratado para pegar no vosso disco e transformá-lo numa obra literária, que género de livro é que acham que daria origem?

Uma comédia orgásmico-trágica, por Hank Moody.

Já agora, a literatura é algo que faça parte do vosso quotidiano ou nem por isso?

Sim, nas rótulas das garrafas podemos encontrar aspirantes a escritores muito interessantes(risos).

E que discos é que vocês, mesmo que não sejam influências, gostam de ouvir?

Um pouco de tudo. Sempre à procura da melhor cura.

Voltando ao disco, como correram os concertos de apresentação? Sei que em Braga a festa tornou-se numa autêntica loucura. Falem-nos disso e também de como foi vir a Lisboa. Foram bem recebidos ou sentem que ainda existe muito aquela divisão sul/norte no que às bandas diz respeito?

A apresentação em Braga foi espectacular. Sentia-se a expectativa do público no ar e isso muito motivante, principalmente quando queres “arrebentar com ela toda”. O público vibrou, cantou, dançou e aplaudiu. Sem palavras!

Em Lisboa, foi altamente porque já somos acarinhados no Sabotage. Partilhámos o palco com os Crude e a casa estava composta. O saldo de Lisboa foi positivo. Ainda não somos muito conhecidos e existe o receio de não termos casa. Mas em qualquer circunstância rockamos! 

E sim, “Portugal é Lisboa e o resto é paisagem”(Eça de Queirós) mas as coisas estão a mudar, mesmo que lentamente. Sente-se que em todo o país existem artistas, indivíduos e grupos culturais, apoiantes que lutam para que localmente exista qualidade, quantidade e regularidade na criação de eventos artístico-culturais. Um abraço a todos eles.

E o futuro? O que é que podemos esperar dos Bed Legs nos próximos tempos? A internacionalização é uma meta?

O futuro passa por dar muitos concertos e divulgar o nosso trabalho. Mais para a frente, lançar novo álbum. A internacionalização é uma meta. Conan O’Brien Show e Jimmy Fallon aqui vamos nós!

Links: 

CONCERTO NO PORTO – https://www.facebook.com/events/681574705317246/

Facebook – https://www.facebook.com/BedLegs/

Bandcamp – https://bedlegs.bandcamp.com

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Bed Legs editam “Black Bottle” HOJE! https://branmorrighan.com/2016/01/bed-legs-editam-black-bottle-hoje.html https://branmorrighan.com/2016/01/bed-legs-editam-black-bottle-hoje.html#respond Fri, 29 Jan 2016 12:15:00 +0000 https://www.facebook.com/BedLegs

Entras num bar com um néon convidativo à porta. À tua volta há música, barulho, objectos bizarros, estranhos manequins, plumas e misteriosos personagens. Uns conversam, outros dançam e outros olham fixamente para o que acontece no palco. Onde raio é que estás? Não fazes ideia, mas queres ficar e pedir uma bebida.

Situada algures entre a reivindicação de um Blues musculado e o descomprometimento do Rock n Roll, a música de BED LEGS é marcada por uma constante “tertúlia” entre uma voz de charme e um power trio de intervenção.

Entre os vários temas destaca-se como objecto principal uma silhueta feminina, que aparece dançando e desaparece num sobressalto por entre as cortinas vermelhas de veludo do bar onde Ferna, Tiago, David e Hélder são habitués.

Depois do lançamento do primeiro EP “Not Bad” em 2014, “Black Bottle” é o nome do álbum de estreia deste projecto de Braga. O que dá a beber? Um rock que enrola e envolve, concentrado em 9 canções, que contam a história de uma noite estranha naquele bar onde entras enganado, mas do qual não queres sair.

Pelo raiar do dia, a garrafa cai ao chão, ou quebra-se para fazer frente a alguém numa rixa que não tem pernas para andar e, seja qual for o sentimento, a cama poderia ser o conforto certo para quem, ao acordar, teria um novo tema para uma nova canção. Mas não te enganes, “BED LEGS” são, sobretudo, as pernas da cama que sustentam a ressaca de acordar com uma cara desconhecida.

SOBRE A BANDA

Nascidos na cidade de Braga em 2011, os Bed Legs caracterizam-se por uma sonoridade forte e energética, fruto de uma mescla musical que vai desde os anos 60 até aos dias de hoje.

Em Janeiro de 2014, lançam o seu primeiro Ep intitulado “Not Bad” e, de seguida, arrancam numa tour de apresentação do mesmo na qual deram cerca de 40 concertos, passando por festivais como o Indie Music Fest, Braga Music Week, Ponte Party People, Sounds of Peace (Arménia), Expand Your Mind, entre outros, e tocando em salas como o Theatro Circo, MusicBox, Generation, Toca, etc.

Em 2015, gravam o seu primeiro longa duração intitulado “Black Bottle” que vai ser lançado em Fevereiro 2016.

Os Bed Legs são: Tiago Calçada na guitarra, Hélder Azevedo no baixo, David Costa na bateria e Fernando Fernandes na voz.

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