Quando Estou Contigo

Beth Kery

Editora: Saída de Emergência

Sinopse: Lucien Lenault é um herdeiro autoexilado de uma família abastada. Decidido a triunfar sozinho, tornou-se um restauranteur famoso da elite gastronómica de Chicago. O primeiro olhar que lança à arrebatadora chef estagiária que contratou para o seu restaurante deixa-o chocado. Ela é Elise Martin, filha de um abastado estilista francês. Mas ela é também detentora de um segredo que poderá fazer explodir os seus planos cuidadosamente elaborados.

Famosa pelo seu flagrante exibicionismo e por insultar a respeitável fachada dos seus antecedentes aristocráticos, a veia selvagem da pequena coquine deixaria quase toda a gente chocada. Mas não Lucien. Para ele é uma tentação. Ela é uma catástrofe iminente, um inferno onde muitos amantes já arderam. Mas Lucien não é um homem qualquer e não se vai deixar manipular. Para controlar a desafiadora beleza de Elise — a fim de a ver submeter-se — ele terá de voluntariamente caminhar para as chamas…

Elise prova ser tão fogosa e sexualmente temível que Lucien se interroga se ela se poderá alguma vez submeter a ele. À medida que ambos se afundam numa perigosa dança sexual, Lucien interroga-se se estará a perder o rumo ou se ela se entregará a ele…

Opinião: Porque És Minha foi a minha obra de estreia com Beth Kery e agora segiu-se Quando Estou Contigo. Este último vem um pouco no seguimento do anterior apesar de poder ser lido de forma completamente independente. Temos mais um casal como protagonista com todas as suas lutas interiores que se refletem nos seus comportamentos e relacionamentos.

Lucien Lenault tem um passado atribulado com uma família complicada. A muito custo e com algumas jogadas misteriosas, vai conquistando o seu espaço e posição no mundo. Quando numa noite decide regressar a um dos seus restaurantes e se depara com Elise, que é parte do seu passado que o marcou de alguma maneira, não quer acreditar no que os seus olhos vêem.

A história dos dois, à semelhança do casal de Porque És Minha, volta a centrar-se muito no quanto cada um quer dominar ou ser dominado pelo outro. A sexualidade e um erotismo mais cru estão bastante presentes havendo pouco desenvolvimento romântico no seu sentido mais puro. O fio condutor da trama ganha uma nova vida quando finalmente começamos a perceber a forma como os personagens dos dois livros estão ligados e as motivações para algumas acções de Lucien.

A autora presenteia-nos novamente com uma escrita corrida e fluída, muito erótica, com cenários diversos e originais em relação à obra anterior, e suficientemente interessante para termos curiosidade em saber como Lucien e Elisa irão acabar (apesar de ser bastante previsível). Adorei rever Francesca e Ian (do livro anterior). Penso que a presença regular destes personagens trouxe o seu quê, descentralizando um pouco a obsessão dos protagonistas. Não foi uma leitura que me fizesse ficar completamente pregada às folhas, mas que ainda assim se leu bem.

Opinião Porque És Minha: https://branmorrighan.com/2013/01/opiniao-porque-es-minha-de-beth-kery.html

Porque És Minha

Beth Kery

Editora: Saída de Emergência

Sinopse: A autora bestseller do New York Times, Beth Kery, agarra-nos com um romance inebriante como nenhum outro — onde as regras do desejo são quebradas, noite após noite…

No instante em que Francesca e Ian se conhecem, a atração é mútua; uma carga requintadamente física incendeia ambos. Para Ian, ela é o tipo de mulher a que ele não resiste: inocente e pura. Para Francesca, ele é o tipo de homem que ela mais teme e deseja: sombrio, extremo, autoritário, e interdito. O que se passa entre eles não pode ser ignorado — apenas acatado, evoluindo para um inevitável vínculo.

De um jato particular para um interlúdio em Paris, de um ousado encontro num museu público para a intimidade de um hotel de luxo, Francesca e Ian estão um com o outro sempre que o desejo se torna premente. Mas à medida que a relação deles fica mais intensa, Francesca descobre algo a respeito de Ian — e dela própria — que altera para sempre o jogo e os jogadores. É algo com que eles nunca contaram, algo que lhes faz girar as vidas, delirantemente fora de controlo…

Opinião: Este é capaz de ter sido um dos livros mais difíceis de ‘avaliar’ que já me passou pelas mãos. O nosso mercado tem sido inundado de romances sensuais/eróticos, mas penso que uma nova categoria deveria ser criada – a dos livros pornográficos. E com isto não seria exagerado que as editoras começassem a adoptar um sistema de classificação como nos filmes, Maiores de 12, Maiores de 16, Maiores de 18. Mas concentremo-nos na obra em si.

Porque És Minha traz-nos a história de Francesca e Ian, que se conhecem numa festa dada em honra de Francesca por ter ganho o financiamento de Ian através de um concurso de pintura em tela. Nem meia centena de páginas depois, estes encontram-se no chão da sala de esgrima prestes a terem relações sexuais. Daí em diante, tudo evolui de forma bastante frenética e explosiva.

Ian é um dominador nato cujo prazer sexual passa sempre pela submissão total da sua parceira. É através de um misto de dor e prazer que ele consegue atingir o seu clímax. Quando se começa a envolver com Francesca, uma virgem, depara-se com algumas barreiras e incredulidade por parte dela. No entanto, Francesca não coloca muitos obstáculos e para além de se deixar dominar por completo, aprende a tirar o máximo prazer de tal, mesmo quando a dor poderia parecer insuportável.

Ao iniciarmos esta obra, começamos uma viagem por um mundo de luxúria e erotismo. Caracterizada acima de tudo pelas várias fantasias do protagonista, acaba por carecer bastante de um desenvolvimento mais rico e maduro do romance em si. O sexo acontece com bastante facilidade, as crises existenciais de ambos por vezes deixam o leitor exasperado e o fim não poderia ser mais previsível.

O ponto forte deste livro acaba por ser toda a descrição das cenas sexuais. Para um romance erótico, que roça o pornográfico, sou da opinião que os cenários estão bem descritos e deixam muito pouco à imaginação. São bastante explícitos e obviamente que se destinam a um público adulto.

Beth Kery tem uma escrita fluída utilizando um vocabulário bastante próprio. Nesta sua história concentra-se muito mais nos aspectos sexuais, a roçarem o sadomasoquismo, do que num possível trajecto romântico. Para quem procurar uma boa história de amor com erotismo à mistura, este não é o livro ideal. Porém, se procura uma obra que lhe possa proporcionar cenas picantes, extremamente eróticas enquadradas num contexto BDSM este é um deles.