Brass Wires Orchestra – Bran Morrighan https://branmorrighan.com Literatura, Leitura, Música e Quotidiano Mon, 28 Dec 2020 05:34:48 +0000 pt-PT hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.8.3 https://branmorrighan.com/wp-content/uploads/2020/12/cropped-Preto-32x32.png Brass Wires Orchestra – Bran Morrighan https://branmorrighan.com 32 32 BRASS WIRES ORCHESTRA apresentam “ICARUS” a 16 de Novembro no Musicbox https://branmorrighan.com/2017/11/brass-wires-orchestra-apresentam-icarus.html https://branmorrighan.com/2017/11/brass-wires-orchestra-apresentam-icarus.html#respond Thu, 09 Nov 2017 15:59:00 +0000

Este Outono traz consigo o novo álbum dos Brass Wires Orchestra (BWO), o tão aguardado sucessor de “Cornerstone”, o primeiro registo de originais do sexteto lisboeta. A troca da folhagem e a mudança das cores tecem de forma perfeita o mote para esta transição de identidade musical.

O conto mitológico de Icarus foi a premissa para a mentalidade geral do grupo, antes de entrarem em estúdio: “fail big or go home”. Durante a hibernação entre discos, os membros da banda cresceram individualmente, musicalmente e encontraram-se num acerto de contas de notas frescas e eléctricas. Foi tomada a decisão de explorar os mesmos instrumentos do primeiro disco, mas numa perspectiva de renovação, de profundidade e procura de novos sons e texturas originais. Tomando as rédeas da produção do disco, os BWO encontraram assim uma forma de dar resposta ao seu alto nível de exigência para este trabalho gravado por Makoto Yagyu e Fábio Jevelim nos estúdios HAUS. 

O processo criativo manteve-se igual sendo que as composições são todas da autoria de Miguel da Bernarda, tratando depois a banda em conjunto de fazer os melhores arranjos possíveis. Praticamente nada foi deixado de fora deste trabalho que é uma edição de autor. A banda executou e levou a cabo tudo a que se propôs para este “Icarus”, desde arranjos complexos de cordas (Lyza Valdman, Rita Cardona e Tiago Rosa), a tablas indianas (Niraj Singh), a um belíssimo arranjo de sopros de Zé Maria Gonçalves na faixa “Whispers”, ao melhor baterista português da actualidade (André Silva).

Felizmente tudo isto foi possível, não deixando nada para trás e já com olhos postos no futuro, os Brass Wires Orchestra estão desejosos de poder apresentar este trabalho ao vivo. “Icarus” chegou às lojas a 20 de Outubro e o concerto de lançamento em Lisboa está agendado para 16 de Novembro no Music Box. 

O primeiro single “Youth” é o estandarte deste disco, tema que faz uma radiografia social atacando a óbvia alienação que provém do abuso da tecnologia e redes sociais. O videoclip foi realizado por Filipe Correia dos Santos.

Os elementos actuais da banda são Miguel da Bernarda (voz e guitarra), Afonso Lagarto (banjo e guitarra), Gui Salgueiro (teclados), Camões (trompete), Rui Gil (trompete) , André Galvão (baixo) e Zé Valério (saxofone). O artwork é da artista Kruella D’Enfer.  

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Brass Wires Orchestra com novo vídeo – Love Someone – gravado pelas ruas de Lisboa https://branmorrighan.com/2015/03/brass-wires-orchestra-com-novo-video.html https://branmorrighan.com/2015/03/brass-wires-orchestra-com-novo-video.html#respond Thu, 12 Mar 2015 10:48:00 +0000

Dia 12 de Março chegou e com ele trouxe um novo vídeo dos nossos Brass Wires Orchestra – Love Someone – em primeira mão pela Antena 3

“«Love Someone» é um tema que antecipa a chegada do Verão e que faz adivinhar amor no ar. O segundo single oficial dos Brass Wires Orchestra traz uma promessa de boa disposição, de janelas abertas a caminho da praia, de cervejas com os amigos ou mesmo de um pôr-do-sol com a melhor companhia.” 

O vídeo foi gravado em vários locais simbólicos da cidade de Lisboa e traz com ele não só paisagens maravilhosas como planos de pessoas sorridentes, expressões únicas e de grande felicidade. Vale a pena ver e ouvir! 

Entrevista aos BWO no Morrighan: 

http://www.branmorrighan.com/2014/11/entrevista-aos-brass-wires-orchestra.html

Opinião do disco Cornerstone

http://www.branmorrighan.com/2014/09/musica-opiniao-cornerstone-de-brass.html

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Entrevista aos Brass Wires Orchestra, Banda Portuguesa https://branmorrighan.com/2014/11/entrevista-aos-brass-wires-orchestra.html https://branmorrighan.com/2014/11/entrevista-aos-brass-wires-orchestra.html#respond Tue, 04 Nov 2014 00:54:00 +0000 É com um enorme prazer que finalmente publico esta entrevista. Em Setembro, quando finalmente mergulhei a sério na música dos Brass Wires Orchestra, ao ouvir o disco Cornerstone (a opinião pode ser lida aqui), senti uma empatia imediata com as músicas e a curiosidade em saber mais sobre a banda por trás dela surgiu naturalmente. Foi na esplanada do café Mexicana, ali na Alameda, que me sentei com o Miguel e com o Zé a falar sobre o seu percurso até hoje e sobre este disco. O grupo que começou por tocar covers de bandas como Beirut, Typhoon ou Mumford & Sons, tem hoje um projecto sólido, um disco belíssimo e uma identidade muito própria. Só posso agradecer o tempo despendido na troca destas palavras. 

O início da banda deu-se em 2011 após uma ideia piloto para um novo projecto que o vocalista, Miguel da Bernada, tinha. Tudo correu tão bem que esse projecto acabou por se tornar na banda em si. Começaram com covers, tocaram pelas ruas de Lisboa e após algum tempo participaram numa “Batalha de Bandas” que os levou a Londres, a tocar no Hard Rock Calling, em 2012. Desde esse início e até ao Cornerstone (lançado pela Sony Music), muito se passou: «Até há pouco tempo estávamos à espera de lançar o disco por nossa conta, de forma independente. Só depois surgiu a oportunidade de lançar através da Sony. Voltando um pouco atrás, talvez tenha sido a participação no Hard Rock Calling o ponto de viragem que fez com que nós levássemos isto um pouco mais a sério. Obrigou-nos a lutar de uma forma competitiva e a partir daí começámos a encarar o projecto de forma mais profissional. Em relação ao Cornerstone, este já estava pronto há muito tempo, há cerca de um ano e sete meses, na prateleira, à espera… (risos). No Hard Rock Calling já tocámos os temas originais. Mais tarde gravámos no Blacksheepstudios e só muito depois é que surgiu o contacto com a Sony. Mas não foi como nos filmes! Em que nos abordaram com um contrato milionário… Não. (risos) Como o disco já estava gravado, acabou por ser aquilo que precisávamos que era produzir e distribuir, mas nada de coisas milionárias. (risos)»

Muitas vezes, o facto de as bandas actuarem fora de Portugal faz que, quando regressem, o reconhecimento seja maior. Perguntei-lhes o que é que sentiram em relação a essa experiência no Hard Rock Calling em Londres: «Para já é uma grande honra termos sido a única banda portuguesa a tocar lá até hoje. Um mega festival, em Londres, no dia de Bruce Springsteen, é bom, é muito bom. Mas todo o processo que tivemos até aí, desde a meia-final, à final, irmos para Londres e tocarmos nesse palco, fez com que levássemos a coisa mesmo a sério. Quanto mais tocas e quanto melhor o sítio em que tocas, mais vontade tens de continuar. Fomos ainda a Paredes de Coura, recebemos mais convites para ir a outros festivais e tudo isso resultou num bom impulso para nós enquanto banda.»

Pegando nessa parte dos festivais, pedi-lhes a sua opinião sobre a importância de um festival, enquanto montra de bandas, em relação a um concerto a solo: «O festival é o melhor formato para chegar a um maior número de pessoas, o ambiente também é excelente, mas nunca é a tua actuação sozinha. Nós funcionamos bem nas duas vertentes, seja festival ou auditório. Na verdade o que nós preferíamos era uma sala fechada, sem cadeiras, para as pessoas estarem de pé a usufruir. Ao mesmo tempo a nossa música é muito intimista e acaba por puxá-las para um ambiente mais acolhedor. Também jogamos muito com luzes e então precisa de ser um espaço fechado, mais controlado – acho que é esse o nosso ambiente perfeito. Aconteceu-nos num concerto, recentemente, no Cadaval, uma amiga nossa chegar até nós e dizer “Adorei o concerto! Só tive pena de ter que estar sentada.” (risos), estava tudo sentado… Para nós, bem, da primeira vez que tocámos com as pessoas sentadas foi estranho, ao início. Pensas: “as pessoas não vão saltar, não vão pular, nada…”, mas acabámos por adorar. Foi no Casino da Figueira, fomos abrir um concurso de tunas. Funciona bem na mesma, é mais intimista.»

Não é difícil encontrar várias comparações de BWO a outras bandas pela comunicação social. As mais comuns são as clássicas com Beirut, Mumford & Sons, etc, talvez fruto das covers que fizeram no passado. Questionei-os sobre como é que lidam com estas comparações constantes: «Nas primeiras vezes que essas comparações surgiram, achámos-lhes um piadão. “Ehhhh, estão-nos a chamar os próximos Beirut!” (risos) Mas claro que acaba por cansar porque nós assumimos uma identidade nossa, escrevemos as nossas músicas e achamos que as pessoas acabam por nos limitar quando nos comparam a essas bandas. Com Beirut, por exemplo, se calhar o que temos de mais parecido são os sopros porque as malhas são muito diferentes. Eles usam um estilo muito balcânico, nós usamos tudo mais para o clássico, mais para o nosso estilo. Essas comparações acabam por ser limitadores e sim, estamos ansiosos por nos libertar delas, apesar de serem boas por serem bandas excelentes. Mas já nos vemos num estilo e numa identidade próprios.» Eu, por aqui, concordo.

Quem já pegou no disco Cornerstone, consegue descobrir facilmente todo o artwork, cuidado e artístico, do álbum. Sendo uma amante destas edições físicas diferentes, que não se limitam à caixa com o folheto e o disco, quis saber mais sobre a ideia por trás desta criação: «Esse imaginário surgiu há algum tempo, já. O ilustrador é o Tiago Albuquerque, um amigo meu (Miguel), e eu disse-lhe que queria a capa de um disco que tivesse estas influências meio folk. Na minha opinião, o folk também se liga a elementos de bosque e então pedimos que fosse uma capa fora do normal, numa estética uniforme, que nos destingisse. Eu dei-lhe a sugestão e ele acabou por fazer essa capa incrível.»

Quanto ao título, Cornerstone, este deve-se à simbologia de ser a pedra mãe de um edifício: «Para nós este é o primeiro trabalho de muitos, de um grande edifício. Pensamos nós, queremos nós. Foi com olhos no futuro que nós também pensámos no nome deste disco. Porque é um disco muito ingénuo. Foi as primeiras música que fizemos e colocámos logo em disco. Se calhar hoje em dia, tirávamos uma ou outra, mas foi assim que as coisas foram nascendo e achámos bem colocar tudo em disco. É a primeira pedra de um trabalho duradouro, esperamos nós.»

Já o conceito do álbum não foi assim tão inocente: «Cada uma das letras tem uma espécie de mini-moral, mas não têm ligação de umas para as outras. Todas têm uma intenção própria. Acabam por ser coisas da vida, experiências que se acumularam.» As letras foram escritas pelo Miguel e ele explica: «Eu escrevo de uma maneira muito estranha. As coisas nem sempre aconteceram assim. Às vezes gosto de fabricar histórias à volta de coisas reais. Ou porque me identifico com elas ou porque acho que alguém se vai identificar. Vou buscar aqui e ali, ao que me rodeia.»

Lancei-lhes então o desafio de pensarem numa possível obra literária inspirada no disco deles. No que é que daria? «(risos) Que tipo de livro?! Era um drama de amor entre animais de raças diferentes! Arca de Noé, de Não É! (risos). Agora a sério, isso é uma pergunta muito complexa. Acho que remete mais para cenários do que para histórias. Mais para um imaginário estético do que para uma história. É que tens uma música que fala só sobre amor, outra que fala sobre álcool e drogas. Acaba por ter altos e baixos, não segue uma linha, um fio condutor. Se fosse numa linha continua, talvez um romance com altos e baixos, como todos têm, senão um livro de contos. Um conto por cada música. (risos)»

É já nos próximos dias 8 e 9 de Novembro que os poderemos ver nas FNACs do Colombo e de Cascais, respectivamente e também uma digressão por alguns auditórios anda a ser preparada. Em termos musicais: «Temos coisas novas, não parámos de escrever, mas também chegámos a um ponto em que já tínhamos cinco músicas novas e já queríamos ir gravar outro disco… Acabámos por colocar um pouco o travão porque íamos ter de esperar para gravar e depois cansávamo-nos delas. Andamos a aperfeiçoar estas. É que para quem só agora nos conhece, isto é uma novidade, mas para nós e para quem já nos acompanha há algum tempo, já não é. Mas ainda há tanta gente a quem ainda não mostrámos o nosso trabalho, e que temos de o fazer, que isso dá-nos alento para continuar a tocar esses mesmos temas. O nosso set ao vivo já tem músicas novas, também para nos estimular, dependendo da duração do set. Quando são pequenos, tocamos apenas músicas do disco, quando temos a sala só para nós pelo tempo que quisermos, tocamos tudo. Até para explorarmos coisas novas, sonoridades novas, já a pensar num próximo disco. Pelo que já temos feito, achamos que promete. É um caminho cada vez mais nosso, cada vez mais próprio.»

Em relação à dualidade Portugal-Estrangeiro no que toca a promover discos a opinião do Miguel e do Zé acaba por ter algum peso económico e reflectir um pouco a carência de apoios a projectos mais numerosos: «Nos Estados Unidos, por exemplo, tens muitos mais locais por onde promoveres, mas também tens muito mais bandas a tentarem fazê-lo. Cá em Portugal temos o bom e o mau. Acabamos por nos distinguir cá dentro, porque mais ninguém faz o que nós fazemos, talvez por sermos um país pequeno, mas depois tens as limitações dos espaços porque nem todos conseguem suportar um projecto como o nosso. Nós somos uma equipa de nove músicos, doze ou treze pessoas ao todo, a viajar, a comer, a dormir e não é fácil um festival médio/pequeno suportar esses custos. E temos de nos manter fiéis a isso. Acreditamos que o valor da música no conjunto, não dá para diluir, não dá para sermos menos. Preferimos sofrer no sentido de actuarmos menos a comprometer a nossa música com um número mais reduzido de elementos.» A ida para o estrangeiro continua a ser uma ambição: «Estivemos em Londres, em Espanha, e se vierem mais contactos, óptimo, arriscamos e arrancamos, mas para já estamos preocupados em promover o disco cá em Portugal, aos portugueses.»

Brass Wires Orchestra:

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[Música] Opinião: Cornerstone, de Brass Wires Orchestra https://branmorrighan.com/2014/09/musica-opiniao-cornerstone-de-brass.html https://branmorrighan.com/2014/09/musica-opiniao-cornerstone-de-brass.html#respond Tue, 23 Sep 2014 10:10:00 +0000

Informações gerais sobre o disco

http://www.branmorrighan.com/2014/09/musica-cornerstone-dos-brass-wires.html

Chegou ontem, cá a casa, esta edição maravilhosa dos Brass Wires Orchestra. Se muitas vezes a beleza de um disco não está apenas na sua música, esta é uma dessas vezes. A edição física está lindíssima. O grafismo apelando ao imaginário folk, a descoberta ao abrir a caixa, ao retirar o pequeno livrinho com as letras das músicas e a informação técnica, tudo isto contribui para que de repente nos vejamos fora do local onde nos encontramos, transportados para uma floresta frondosa, entre montanhas e cascatas, numa corrida pela liberdade e tranquilidade. 

Começando pela Wash My Soul e atravessando a Tears of Liberty, é precisamente esse sentimento, essa busca pela libertação de todo o tipo de amarras e pelo entendimento de si mesmo. Continuando a caminhar, somos confrontados, em The Lost King, por uma melodia mais melancólica, crescente, numa imagética de alguém que perdeu o seu próprio rumo. People & Humans traz novamente uma mensagem positiva, em que existe sempre mais do que pode parecer a uma primeira vista. Este crescendo positivismo encontra nova alegria em Love Someone, onde basta gostar-se de alguém e não se sentir medo para que o Sol brilhe sempre. O espírito apaixonado continua em Finders Keepers em que por muito que hajam mudanças, é sempre possível encontrar segurança em alguém. Anchor contraria um pouco esta tendência, numa espécie de pedido de ajuda, de encontrar um sentido nos sonhos e em si mesmo. Time traz uma mensagem muito forte, de segurança, conforto e confiança no outro. Já Prophet Child coloca em música a narrativa de alguém que consegue ver a destruição dos tempos e o fim do tempo do homem, mas que é totalmente ignorado, sendo imperativo que se ganhe novamente a confiança do planeta antes que se torne tarde demais. O disco termina com The Life I Chose, como um culminar da afirmação do indivíduo enquanto portador identidade própria e independente, assumindo a liberdade como um essencial mandatário e um grito de independência. 

Talvez tenha divagado, talvez não, mas ao entrar neste disco, consigo imaginar umas quantas narrativas para cada música. Não será esse um pouco o propósito da música folk? A passagem através da música de tantas ideias e ideais, por vezes em tom poético, narrando uma evolução? Para mim é claro que este é um disco rico em conteúdo não só lírico como sonoro. Existe uma harmonia entre a diversidade instrumental que, mesmo sendo fácil associar outros músicos como Beirut ou Mumford&Sons, lhes dá um carimbo próprio e é com orgulho que reparo numa certa nacionalidade em cada uma das músicas. Está mesmo na hora do nosso país acordar para a riqueza musical que tem em si mesmo em vez de andar sempre em busca do que se faz lá fora. 

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