Chá das Cinco – Bran Morrighan https://branmorrighan.com Literatura, Leitura, Música e Quotidiano Mon, 28 Dec 2020 05:55:40 +0000 pt-PT hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.8.2 https://branmorrighan.com/wp-content/uploads/2020/12/cropped-Preto-32x32.png Chá das Cinco – Bran Morrighan https://branmorrighan.com 32 32 Opinião: Styxx, de Sherrilyn Kenyon https://branmorrighan.com/2020/01/opiniao-styxx-de-sherrilyn-kenyon.html https://branmorrighan.com/2020/01/opiniao-styxx-de-sherrilyn-kenyon.html#respond Tue, 07 Jan 2020 19:25:00 +0000

Styxx – Parte Um e Parte Dois

Sherrilyn Kenyon

Editora: Edições Saída de Emergência (Chá das Cinco)

Sinopse: Os gémeos Styxx e Acheron tiveram poucos anos de paz antes de serem separados pelas intrigas que os pretendem destruir a ambos. Styxx vive na sombra do irmão, relegado para fora do reino e atormentado pelos deuses que veem nele um perigo para todo o panteão. As traições são constantes. E a lealdade é uma palavra que Styxx não conhece. Quando conhece Bethany, todo o mundo de Styxx se transforma. Escondendo a sua identidade para evitar mais tormentos, Styxx começa a confiar na mulher que revolucionou o seu mundo. Mas, mais uma vez, a sua confiança é abalada com segredos mais dolorosos do que a traição. E quando já não há ninguém em quem confiar e a escuridão ameaça a alma, haverá algum caminho para a redenção?

OPINIÃO: Estava a tentar lembrar-me há quantos anos leio Sherrilyn Kenyon, mas já lhe perdi a conta. E é com grande ânimo que volto a escrever sobre mais um dos seus capítulos na saga Dark Hunters (ou Predadores da Noite, em português). Confesso que os últimos volumes não me entusiasmaram muito, mas com Styxx, e as mais de mil páginas dos dois volumes, foi fácil relembrar-me do porquê de continuar a ler história após história. No entanto, aviso-vos já: Styxx está longe de ser uma leitura fácil e animada. Segundo aviso: amantes de Acheron, preparem-se… No final deste livro conheceremos uma versão (talvez) inesperada do tão amado guerreiro.

Por norma, a receita da autora é bastante simples: vidas difíceis, traumas inimagináveis, um amor que ultrapassa tudo e todos, uma ponta de esperança e a tão aguardada redenção. Paz não é coisa que dure muito tempo, porém em Styxx testemunhamos todo um novo nível de inferno, agonia e vergonha. Acheron e Styxx nasceram como irmãos gémeos, mas as parcas souberam como amaldiçoá-los bem. Ambos são de uma beleza sobrenatural, mas o primeiro tem olhos que o denunciam como pertencendo aos deuses. Styxx, sem esses olhos, acaba por ser o mortal de aspecto sobrenatural que todos desejam, de todas as maneiras possíveis e imaginárias. Como se cada um não tivesse a sua própria cruz para carregar, Styxx foi ainda abençoado com os pensamentos dos que o que lhe rodeiam e de cada vez que Acheron é castigado, ele sente os castigos como se fosse ele mesmo a sofrê-los. Já não bastava ser castigado a torto e a direito só por respirar, nos poucos momentos em que a esperança de paz parece alcançável, chegam-lhe dores impossíveis de superar. Só podem significar uma coisa: Acheron está a ser alvo de violência física. 

Percorrer estas centenas de páginas, dos dois volumes, foi uma autêntica epopeia. A autora foi de uma sensibilidade e de uma brutalidade tão intensas, que tanto fiquei de coração comovido com os irmãos a tentarem dormir no mesmo quarto de pés colados um ao outro, como também tive acessos de náusea com algumas das suas descrições de violações e abusos a todos os níveis. Sherrilyn Kenyon já nos habitou a histórias violentas e sangrentas, mas a narrativa de Styxx parece ter saído do pior dos pesadelos em tantas dimensões… Os sentimentos de isolamento, desespero, solidão, desapego, loucura e insanidade estão presentes ao longo de quase toda a narrativa. Se quem leu Acheron achava que não podia haver evolução mais tortuosa, pois bem, apresento-vos Styxx. Isto causa-me um misto de sentimentos em relação ao livro. Se por um lado admiro a escrita da SK, por outro lado, pela primeira vez, senti que não havia qualquer equilíbrio ou qualquer história de amor que pudesse compensar a brutalidade horrorosa com que Styxx teve que lidar ao longo de milhares de anos. 

A história de amor é bonita e a personagem feminina, Bethany, é uma protagonista forte e empática, mas apesar do caminho de redescoberta que Styxx faz com Bethany, a verdade é que a certa altura eu já só pensava que tudo era injusto e impossível demais para ser verdade. Como é que Styxx ainda prevalecia episódio após episódio de horrores de nos deixarem a ponto de vomitar várias vezes. A segunda parte é ligeiramente mais leve, porém ainda assim tem outro tipo de crueldade. Por exemplo, todos sabemos que Acheron é capaz de visualizar passado/presente/futuro de quase todos menos dos que lhe são próximos. E Acheron tem ajudado dezenas de guerreiros a alcançarem a sua redenção. Seria de esperar que o tipo de postura que ele tem com os outros predadores da noite, em termos de lhes dar uma oportunidade de provarem o seu valor, se estendesse também aos que lhe são próximos. Como o irmão, Styxx, por exemplo. Mas até isto vamos descobrir que não é assim tão simples. 

Resumindo e concluindo: se ainda não leram, preparem-se para o que aí vem. Desculpem algum spoiler involuntário, mas penso que não escrevi nada que coloque em causa a leitura. Quanto muito estou imensamente curiosa por saber o que acham de Styxx, o que acham desta faceta da escritora e, por último, se o Acheron continua a ser o vosso preferido! De qualquer maneira, mesmo após mais de vinte livros da escritora, esta é uma saga que quero continuar a acompanhar e que bate os meus records de números de livros lidos de uma escritora. 

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Opinião: O Guardião (Predadores da Noite #20), de Sherrilyn Kenyon https://branmorrighan.com/2018/09/opiniao-o-guardiao-predadores-da-noite.html https://branmorrighan.com/2018/09/opiniao-o-guardiao-predadores-da-noite.html#respond Fri, 14 Sep 2018 18:39:00 +0000

O Guardião (Predadores da Noite #20)

Sherrilyn Kenyon

Editora: Edições Saída de Emergência

Sinopse: A Caçadora de Sonhos Lydia tem a mais perigosa das missões: descer até ao reino inferior e encontrar o deus dos sonhos que desapareceu, antes que ele revele os segredos que podem pôr em perigo a sua espécie. Mas ela não esperava ser feita prisioneira pelo guardião mais cruel do reino… O tempo de Seth está a esgotar-se. Se ele não descobrir a entrada para o Olimpo, a sua vida e a do seu povo estará perdida. Seth não consegue vergar o deus que tem prisioneiro, mas quando surge uma salvadora, ele decide tentar uma nova tática. Quando estas duas vontades férreas se encontram, uma delas tem de ceder. Mas Lydia não guarda apenas os portões do Olimpo — ela protege um dos poderes mais obscuros do mundo. Se ela falhar, uma maldição antiga vai voltar a assombrar a Terra e ninguém estará a salvo. Mas o mal é sempre sedutor…

OPINIÃO: Que saudades! Andei relutante para pegar neste O Guardião, porque nos últimos dois livros dos Predadores da Noite senti que o meu envolvimento com os protagonistas e o seu universo tinha arrefecido bastante. Felizmente, quando peguei neste volume e li os primeiros capítulos, rapidamente me apercebi que teria de fazer uma maratona de leitura, parando apenas no fim. Dentro do universo multidimensional criado por Sherrilyn Kenyon, os presentes protagonistas pertencem aos Caçadores de Sonhos e foi como voltar às primeiras duplas que tanto entusiasmaram e me fizeram ficar viciada nas histórias desta autora.

A trama entre Seth e Lydia foi extremamente bem desenhada. O potencial e as limitações de cada um entraram tanto em choque como ao mesmo tempo se complementaram. Houve dilemas morais, emocionais, dúvidas constantes, inseguranças inimagináveis, mas a intensidade das fraquezas de um correspondia à intensidade das forças do outro. Tinha saudades da forma como Sherrilyn Kenyon consegue explorar zonas cinzentas, mas acima de tudo como usa o sofrimento inimaginável para criar um caminho que culmina no renascer da fénix.

Em Seth temos a personificação de um semideus que foi abandonado e maltratado tanto pelos pais (deuses) como pelos pais adoptivos (chacais). Vendido a um dos piores seres do universo quando era ainda uma criança, a sua missão é agradar-lhe sempre que possível para não ter terrivelmente torturado. Parte das suas funções é precisamente torturar outros para obter respostas. É num desses episódios que conhece Lydia, que aparece para defender o prisioneiro. Usando-a como moeda de troca, rapta-a. É neste convívio forçado que vamos conhecendo e desbravando a escuridão que habita em Seth. Lydia, com uma personalidade fortíssima e destemida, mostra-se alguém à altura do desafio. 

Gostei muito do ritmo a que a acção se desenvolveu, incluindo os tempos a que nos foi sendo dada nova informação. A mitologia criada por Sherrilyn Kenyon é tão rica que esta pode-se dar ao luxo de cruzar e intercalar as suas várias componentes. Sendo o vigésimo livro que leio da escritora, não há muito que possa acrescentar em relação a opiniões anteriores, tirando o reforço de que este é um dos melhores dos últimos tempos (isto falando do que está editado em português). E se nunca leram nenhum da autora, lerem este de forma individual não é assim tão mau porque dá para perceber praticamente tudo. Mas um aviso: assim que entrarem neste universo não vão querer largá-lo.

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[DESTAQUE] Em Fevereiro, pela Chá das Cinco: Retribuição, de Sherrilyn Kenyon (Predadores da Noite #19) https://branmorrighan.com/2018/01/destaque-em-fevereiro-pela-cha-das.html https://branmorrighan.com/2018/01/destaque-em-fevereiro-pela-cha-das.html#respond Thu, 18 Jan 2018 10:23:00 +0000

Retribuição

Sherrilyn Kenyon

Chancela: Chá das Cinco

Saga/Série: Predadores da Noite  Nº: 19

Data 1ª Edição: 02/02/2018

ISBN: RETRIBUISONHO

Nº de Páginas: 288

Dimensões: [160×230]mm

Encadernação: Capa Mole

Sherrilyn Kenyon regressa ao mundo dos Predadores da Noite. E agora os predadores também podem ser presas.

LIVRO

Órfã desde criança e criada por vampiros, Abigail tem apenas um objetivo na vida: destruir os implacáveis Predadores da Noite que perseguem e matam a sua raça adotiva. Mas, acima de tudo, encontrar o responsável pelo brutal assassinato da sua família: o ex pistoleiro Jess “Sundown” Brady… 

Jessup Brady sempre viveu a sua vida com um pé para a cova. Ressuscitado dos mortos por uma deusa grega rancorosa, Jess trocou a sua alma imortal pela possibilidade de vingança. Na sua busca para destruir quem está a assassinar os Predadores da Noite, a última coisa que espera encontrar é um rosto humano que o recorda da traição que sofreu há anos. Jess sabe que não assassinou os pais de Abigail, mas agora tem de a convencer da sua inocência antes que o mais negro dos poderes os destrua a ambos…

AUTORA

A escritora norte-americana Sherrilyn Kenyon é uma das fundadoras do género do romance paranormal e conhecida pela sua aclamada série Predador da Noite, sobre guerreiros imortais. Publicada em mais de trinta países, e com milhões de cópias vendidas, os seus livros têm presença garantida nos topos de vendas do New York Times, Publishers Weekly e USA Today. Uma autora de culto a nível internacional, escreve também romances históricos com elementos paranormais sob o pseudónimo Kinley MacGregor. Sherrilyn Kenyon vive em Nashville, Tennessee, com o marido, três filhos e os animais de estimação.

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Opinião: Guerreiro dos Sonhos (Predadores da Noite #17), de Sherrilyn Kenyon https://branmorrighan.com/2015/08/opiniao-guerreiro-dos-sonhos-predadores.html https://branmorrighan.com/2015/08/opiniao-guerreiro-dos-sonhos-predadores.html#respond Tue, 11 Aug 2015 15:31:00 +0000

Guerreiro dos Sonhos (Predadores da Noite #17)

Sherrilyn Kenyon

Editora: Edições Saída de Emergência

Chancela: Chá das Cinco

Sinopse: Filho de deuses violentos, Cratus passa os tempos da sua eternidade a lutar em nome dos deuses antigos que o trouxeram à vida. Ele é a morte personificada a quem quer que se atravesse no seu caminho. Até ao dia em que baixou os braços e simplesmente não lutou mais, impondo um auto exílio. É então que um antigo inimigo liberta as suas forças e usa os sonhos humanos como campo de batalha. A única esperança da humanidade reside precisamente naquele que se recusa continuar a lutar: Cratus.

Sendo uma Caçadora de Sonhos, Delphine passou a eternidade a combater os predadores que se alimentam do nosso estado inconsciente. Mas os seus aliados voltam-lhe as costas e ela sabe que, para sobreviver, os Caçadores de Sonhos precisam de um novo líder: alguém que os oriente e ensine a lutar contra os novos inimigos. Cratus é a sua única esperança. No entanto, é Delphine a amarga recordação que fez Cratus baixar os braços…

Opinião: Cada espera por um livro novo de Sherrilyn Kenyon é sempre uma pequena tortura. Entre a série dos Predadores da Noite ou dos Predadores de Sonhos, em Portugal já temos 17 livros publicados maioritariamente pelas Edições Saída de Emergência, mas ainda assim não são os suficientes. A razão é simples, a autora é mestre em recriar universos que pensávamos já conhecer. Mesmo quando a fórmula se repete, afinal o próprio mote da história é toda ela uma espécie de redenção, até dos protagonistas mais inesperados, Kenyon consegue construir enredos ricos em emoções com os quais é fácil o leitor se sintonizar e ainda se enternecer.

Chegado ao décimo sétimo volume do conjunto das duas séries, seguindo uma ordem temporal, eis que nos chegam desenvolvimentos no que toca a guerras entre os deuses e também sobre o universo dos caçadores de sonhos. Como foco temos Deslphine e Cratus, ligados por um gesto que teve consequências terríveis para este último, mas do qual ele não se arrepende nem um pouco – apenas está com sede de vingança e não vai descansar até a conseguir. Se há coisa que temos acompanhado ao longo desta série é que Zeus é bastante difícil de tolerar e que o próprio Olimpo é maioritariamente uma montra de aparências. É sabido que os deuses são tanto mais fortes quanto a adoração que se tem por eles e também isso terá influência nas decisões tomadas pelos intervenientes, pois nos tempos que correm – século XXI – os deuses já são muito pouco adorados. A humanidade não está tão segura como pensa.

Cratus é um protagonista que apela a todo o sentido de justiça que alguém possa ter. Para além de um espécime que deixa muita à nossa imaginação, a sua determinação férrea tal como o seu calculismo chegam a ser inspiradores. Delphine é aquela personagem feminina de que também é fácil gostar. Não vira costas a uma batalha, não tem a postura de donzela desprotegida, mas antes a de alguém que não descansará enquanto não assegurar que todos os que estima estarão bem, nem que para isso tenha de arriscar a sua própria vida. O romance entre os dois desenrola-se a um bom ritmo e para além de querido é sensual. Isso aliado ao facto de revisitarmos tantos outros personagens de que já tinha saudades, fez com que em apenas dois dias tivesse lido tudinho!

É sem dúvida a melhor série sobrenatural, com laivos deliciosos de erotismo e com uma dose de mitologia construída com imensa originalidade. Tem ainda o condão de expressar, de forma algo fantasiosa mas intensa, coisas bem reais como o sentimento de traição, sofrimento, capacidade de sacrifício e ainda a capacidade de amar para além da compreensão. Claro que recomendo! 

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Opinião: À Luz da Meia-Noite (Predadores da Noite #13) de Sherrilyn Kenyon https://branmorrighan.com/2013/10/opiniao-luz-da-meia-noite-predadores-da.html https://branmorrighan.com/2013/10/opiniao-luz-da-meia-noite-predadores-da.html#respond Mon, 21 Oct 2013 11:09:00 +0000

À Luz da Meia-Noite (Predadores da Noite #13)

Sherrilyn Kenyon

Editora: Saída de Emergência

Chancela: Chá das Cinco

Sinopse: Uma celebridade generosa que tudo oferecia e nada pedia em troca… até ser enganado pelos que o rodeavam. Agora Aidan nada quer do mundo ou sequer fazer parte dele.

Quando uma estranha mulher aparece à sua porta, Aidan sabe que já a viu antes… nos seus sonhos.

Uma deusa nascida no Olimpo, Leta nada sabe do mundo dos humanos. Mas um inimigo implacável expulsou-a do mundo dos sonhos e para os braços do único homem capaz de a ajudar: Aidan. Os poderes imortais da deusa derivam de emoções humanas, e a raiva de Aidan é todo o combustível que precisa para se defender…

Uma fria noite de inverno irá mudar as suas vidas para sempre…

Aprisionados durante uma tempestade de inverno brutal, Aidan e Leta terão que conquistar a única coisa que os poderá salvar a ambos – ou destruí-los – a confiança. Conseguirão triunfar sobre todos os obstáculos?

Opinião: Sherrilyn Kenyon há muito que se afirmou como uma das minhas autoras preferidas do romance sensual paranormal e confesso que já tinha umas saudades imensas de voltar ao mundo dos Predadores da Noite.  À Luz da Meia-Noite é uma viagem ao mundo dos Predadores dos Sonhos, com uma história muito doce, simples, mas que aquece o coração de qualquer leitora romântica.

Aidan é um homem que pode ter tudo o que quiser, mas que abdica de bom grado de toda a sua riqueza pelo bem-estar daqueles que ama. Ou abdicava, até ser brutalmente traído vezes sem conta por aqueles que menos esperava, principalmente pelo seu irmão. De uma inveja louca e irracional, o irmão de Aiden arranja maneira de conjurar o deus da Dor para matá-lo. Quando Dolor acorda, também Leta, uma deusa condenada a não sentir emoções, desperta para um mundo totalmente diferente daquele que deixou antes de se induzir em estase.

Aidan e Leta vão tornar-se aliados imprevistos, mas cujo envolvimento vai evoluindo de forma calorosa, numa rendição lenta e curativa de ambas as almas. Aos poucos, Leta apercebe-se que as emoções que sente não são apenas resquícios das de Aidan, mas sim de si mesma, confrontando-a com sentimentos que julgava não mais poder sentir. Também Aidan, convicto de que nunca mais poderá confiar nem amar alguém, vê a sua determinação e barreiras a serem desmoronadas. 

O enredo é bastante simples, as personagens cativantes e o tom trágico com que a narrativa é pontuada prende-nos à leitura ansiando pelo final feliz. O livro traz ainda uns contos de Natal em que revisitamos umas quantas personagens que nos são queridas e que nos despertam a curiosidade para os próximos volumes da série. Escusado será dizer que é claro que gostei, mas eu sou suspeita! 🙂

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Opinião: O Diabo Também Chora (Predadores da Noite #12) de Sherrilyn Kenyon https://branmorrighan.com/2013/03/opiniao-o-diabo-tambem-chora-predadores.html https://branmorrighan.com/2013/03/opiniao-o-diabo-tambem-chora-predadores.html#respond Mon, 25 Mar 2013 12:00:00 +0000

O Diabo Também Chora (Os Predadores da Noite #12)

Sherrilyn Kenyon

Editora: Saída de Emergência

Chancela: Chá das Cinco

Sinopse: Sin, um antigo deus Sumério, era um dos mais poderosos do seu panteão… até à noite em que Ártemis lhe roubou a divindade e o deixou a um passo da morte. Durante milénios, o ex-deus convertido em Predador da Noite procurou recuperar os seus poderes e vingar-se de Ártemis. Mas agora tem peixes mais graúdos — ou demónios mais graúdos — com que se preocupar. Os letais gallu, que tinham sido enterrados pelo seu panteão, começam a despertar e estão famintos de carne humana. O seu objetivo: destruir a humanidade. Sin é o único que os pode deter… se uma certa mulher não o matar primeiro. E para quem apenas conheceu a traição, agora Sin terá de confiar numa pessoa que não hesitará em o entregar aos demónios. Ártemis pode ter roubado a sua divindade, mas outra mulher roubou-lhe o coração. A única pergunta é: irá ela mantê-lo… ou dá-lo a comer aos que o querem morto?

Opinião: Ao fim de doze livros de uma mesma série é incrível a capacidade da autora Sherrilyn Kenyon ainda nos surpreender e de nos agarrar à nova história que conta. Em O Diabo Também Chora, conhecemos um novo panteão, exploramos o passado do misterioso Acheron e ainda descobrimos mais algumas coisas sobre Ártemis e o que a motiva a ser como é.

Sin, o personagem principal deste volume, é um homem com um passado mais do que difícil em que a Traição era a ordem do dia. Foi traído por quase todos os que o rodearam, incluindo Ártemis. Agora que a humanidade está em causa por causa dos demónios sumérios e ele precisa de ser objectivo e preciso nas suas acções, o seu caminho é atravessado por Katra, também ela carregada de segredos, e esta chegou para lhe abanar todas as crenças e descrenças.

Com aliados improváveis e inimigos mais do que temíveis, O Diabo Também Chora é um livro cheio de acção, carregado de emoções, que vai colocar à prova até a mais temível das deusas. O enredo está muito interessante e gostei imenso da forma como a autora explorou os pontos fracos e fortes de cada um. É um livro mais virado para a parte sentimental e para a forma como as pessoas lidam com ela do que para o lado sensual, apesar de essa componente também estar presente.

A escrita da autora continua sem desiludir. A cada capítulo consegue que o leitor tenha vontade de ler deixando sempre em suspenso o que está para vir. A batalha final e o próprio fim acabam por ser um pouco previsíveis, mas não deixam de enternecer e de satisfazer o leitor mais romântico. A cada livro a série só melhora. Gostei muito.

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Opinião: ‘O Caçador de Sonhos’ (Predadores da Noite #11) de Sherrilyn Kenyon https://branmorrighan.com/2013/01/opiniao-o-cacador-de-sonhos-predadores.html https://branmorrighan.com/2013/01/opiniao-o-cacador-de-sonhos-predadores.html#respond Wed, 09 Jan 2013 09:55:00 +0000

O Caçador de Sonhos (Predadores da Noite #11)

Sherrilyn Kenyon

Editora: Saída de Emergência

Chancela: Chá das Cinco

Sinopse: Condenado pelos deuses a viver para toda a eternidade sem emoções, Arikos apenas consegue sentir através dos sonhos dos outros. Durante milhares de anos vagueou pelo inconsciente humano em busca de sensações. Agora encontrou finalmente uma sonhadora cuja mente vívida é capaz de preencher o seu próprio vazio.

Megeara Kafieri testemunhou a ruína do pai na sua demanda para provar a existência de Atlântida. A promessa da filha, no leito de morte do pai, de resgatar a reputação dele, trouxe-a até à Grécia, onde a jovem tenciona provar que a mítica ilha está no local identificado pelo pai. Em vez disso, Megeara encontra um estranho a flutuar no mar – um estranho cujo rosto reconhece de muitos dos seus sonhos. O que Megeara desconhece é que Arik esconde mais segredos do que aqueles de que ela precisa para encontrar a Atlântida. Arik fez um pacto com Hades: em troca de duas semanas como mortal, ele terá de regressar ao Olimpo com uma alma mortal… a de Megeara.

Opinião: Desde que descobri a autora Sherrilyn Kenyon que fiquei apaixonada pelas suas histórias. A escritora tem a capacidade de colocar numa só obra romance, sensualidade, perigo, suspense, mitologia e imensa acção. As personagens conseguem ser sempre diferentes, de livro para livro, e quanto mais avançamos na saga, mais notável isso se torna. Ao fim de onze obras, a autora ainda consegue acelerar a pulsação do leitor e prendê-lo do início ao fim.

Arikos é o primeiro caçador de sonhos que conhecemos nesta saga. Confinado a vaguear pelos sonhos dos outros seres, humanos/deuses/predadores/etc, vive uma existência vazia e desprovida de emoções. Até que por acaso entra num sonho de Megeara. Tudo naquele sonho eram tão mais vivido, tão mais intenso, que ele não resiste em manifestar-se repetidamente ao longo do tempo no seus sonhos. Sendo um caçador de sonhos erótico, é fácil adivinhar as sensações que procura e que provoca nela.

Megeara quase que espera pela hora de dormir para poder sonhar. Apesar de viver numa luta constante para conseguir cumprir o juramento que fez ao pai, é nos seus sonhos que consegue sentir algum consolo perante a frustração de falhanços repetidos. Quando o homem dos seus sonhos lhe aparece à frente após um resgate mais que estranho no mar, a confusão na sua cabeça instala-se e a desconfiança é o sentimento na ordem do dia.

Sendo um Skotos, Arikos nunca poderia ter sentimentos humanos. A troca que faz com um dos deuses mais voláteis do panteão grego é precipitada e até inconsciente. Quando este começa a experienciar o que é ser humano, não tarda a dar conta do grande erro que cometeu. O que antes eram apenas sensações prazerosas, rapidamente se tornam em algo mais forte, algo que lhe aperta o peito, acelera a pulsação e provoca pânico, em amor.

Também o chamamento de Apollymi para ser libertada interfere na trama. O panteão grego treme e são precisas intervenções de outros seres para que se certifiquem de que a Atlântida permanece onde está. Porém, é graças à ligação que Apollymi mantém com Megeara, que uma possível solução para o problema de Arikos e Megeara será explorada.

Uma escrita apaixonada, personagens fortes e uma trama irresistível. O Caçador de Sonhos é daqueles livros da série que para além da história principal levantam muitas questões sobre outros personagens que já conhecemos e ainda desperta a curiosidade sobre outros que ainda desconhecemos. Mal posso esperar por ler o próximo. Para mim, Sherrilyn Kenyon continua a ser a rainha do sobrenatural.

Sherrilyn Kenyon - www.wook.pt

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Traição Mortal de J.D. Robb (Nora Roberts) já se encontra em Pré-Venda! https://branmorrighan.com/2012/08/traicao-mortal-de-jd-robb-nora-roberts.html https://branmorrighan.com/2012/08/traicao-mortal-de-jd-robb-nora-roberts.html#respond Fri, 31 Aug 2012 11:57:00 +0000

Traição Mortal

J. D. ROBB

Chancela: Chá das Cinco

Data 1ª Edição: 14/09/2012

ISBN: 9789897100383

Nº de Páginas: 336

Dimensões: [160×230]mm

Encadernação: Capa Mole

Sinopse

Durante uma gala no luxuoso Hotel Palacio Roarke, uma criada prestes a comecar mais uma noite de rotina encontra o seu pior pesadelo. Um assassino deixa-a morta e estrangulada. Eve Dallas esta presente no evento e torna-se imediatamente a detetive encarregue do caso. Os resultados de ADN apontam para um assassino em serie, procurado pelo FBI, que esta a solta ha mais de quarenta anos. Mas neste estranho caso, conhecer o assassino nao basta para resolver o crime. Ha mais alguem envolvido. Alguem com motivos pessoais. Como se nao bastasse, Roarke acaba de receber a visita de um velho amigo dos seus anos como ladrao e vigarista em Dublin. Para Eve o momento da chegada e muito suspeito e, para complicar as coisas, tudo aponta para a aterradora possibilidade de o proximo alvo do assassino ser o seu proprio marido. Conseguira ela tratragedia a tempo?

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Opinião: ‘O Vale do Silêncio’ (Trilogia do Círculo #3) de Nora Roberts https://branmorrighan.com/2012/08/opiniao-o-vale-do-silencio-trilogia-do.html https://branmorrighan.com/2012/08/opiniao-o-vale-do-silencio-trilogia-do.html#comments Mon, 27 Aug 2012 11:53:00 +0000

O Vale do Silêncio (Trilogia do Círculo #3)

Nora Roberts

Editora: Saída de Emergência

Chancela: Chá das Cinco

Sinopse: Após ter viajado no tempo através do Baile dos Deuses para o antigo reino de Geall, Moira toma o seu lugar como rainha. Ao lado dos seus cinco companheiros, Moira terá que liderar os seus súbditos, na maior batalha alguma vez vista, contra o exército de vampiros de Lilith que tudo fará para destruir Geall. Moira também não esqueceu que os vampiros mataram a sua mãe e esta é a oportunidade de se vingar. Mas há um vampiro a quem confiaria a sua alma: Cian foi transformado em vampiro por Lilith há séculos, mas agora é fiel ao Círculo. Sem hesitação, irá matar outros da sua espécie, ganhando o respeito da rainha. Mas Cian quer mais do que o respeito de Moira, mesmo sabendo que esse amor o deixa vulnerável. Pois como poderá um imortal amar uma mulher que está condenada a morrer – ou pelas mãos de Lilith ou pela maldição do tempo?

Opinião: Depois do início em A Cruz de Morrigan, onde conhecemos o mundo em questão, e da continuação em O Baile dos Deuses, onde testemunhamos toda a preparação para a batalhar final, temos finalmente o derradeiro desfecho da história do círculo em O Vale do Silêncio. Sem dúvida uma trilogia que de livro para livro ficou cada vez melhor.

Neste último volume da Trilogia do Circulo, temos a história de Moira e Cian.

Moira está destinada a ser a rainha de Geall. Mais do que nunca ela sente isso e quando chega a altura de puxar a espada dos deuses da pedra, uma nova energia apodera-se dela tornando-a um exemplo para os eu povo e ainda mais temível aos olhos de Lilith. No entanto, a sua força não advém apenas de toda a magia que a rodeia, mas também de o inesperado, porém inevitável, amor por Cian.

Cian é um não-morto, um vampiro. Durante demasiado tempo só conheceu as trevas e a escuridão. Foi abandonado depois de criado e dependeu sempre apenas de si próprio para conseguir sobreviver. Depois de Lilith lhe ter matado o melhor amigo que alguma vez teve, King (que nos foi apresentado no primeiro livro), Cian jurou que seria ele próprio a matar Lilith. Após ter aceite fazer parte do círculo, rapidamente as suas razões para se vingar aumentaram. Moira, com o tempo, tornou-se a sua Luz. Sem ele se aperceber bem quando ou como, Moira, a rainha guerreira, tornou-se a fonte de esperança naquela batalha.

A história de amor destes dois é deveras comovente. Transmite emoções bastante fortes como a paixão, o desespero por a morte estar próxima e não haver tempo suficiente para se amarem, a tristeza por nunca poderem ter uma vida em conjunto e muito mais. São duas personagens de personalidades fortes, que fazem o que tem de ser feito mesmo que isso lhes cause o maior sofrimento.

A batalha final acaba por ser um pouco daquilo que estávamos à espera. Caos, morte, sacrifício, mas ao mesmo tempo uma força e convicções inabaláveis de que é possível vencer a escuridão com a luz que une o círculo.

Tenho de confessar que a escritora Nora Roberts conseguiu surpreender-me pela positiva. O início deixou-me na expectativa, o livro anterior aguçou-me a curiosidade e este encheu-me de adrenalina e emoções. Penso que quando um autor consegue provocar isto num leitor, é bom sinal. Os seus livros normalmente não me despertam muito a curiosidade, mas sinto-me obrigada a aconselhar esta trilogia a quem gosta de um bom romance recheado de magia. Gostei.

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Opinião: ‘O Baile dos Deuses’ (Trilogia do Círculo #2) de Nora Roberts https://branmorrighan.com/2012/08/opiniao-o-baile-dos-deuses-trilogia-do.html https://branmorrighan.com/2012/08/opiniao-o-baile-dos-deuses-trilogia-do.html#respond Sat, 25 Aug 2012 21:09:00 +0000

O Baile dos Deuses (Trilogia do Círculo #2)

Nora Roberts

Editora: Saída de Emergência

Chancela: Chá das Cinco

Sinopse: Uma batalha entre as forças do bem e do mal está prestes a começar.

De um lado Lilith, a vampira mais poderosa do mundo. Do outro, a deusa Morrigan, que tudo fará para a travar com o seu círculo…

Tendo crescido numa família de caçadores de demónios, Blair Murphy tem os seus próprios demónios pessoais com que lidar – o pai treinou-a, mas depois abandonou-a, e o noivo afastou-se após descobrir a sua verdadeira identidade.

Agora vê-se na posição de treinar um feiticeiro da Irlanda do século XII, uma bruxa de Nova Iorque, um erudito e um metamorfo da terra mítica de Geall. Para piorar as coisas, tem que se controlar para não ir à caça do sexto membro do círculo, um vampiro criado por Lilith, a rainha dos vampiros que têm de derrotar.

Não sendo mulher para fugir a uma boa luta, Blair encontra um desafio à sua altura no bonito e galante Larkin, o metamorfo.

Mas um desafio ainda maior serão os confrontos com seguidores de Lilith que irão testá-la até ao limite. Conseguirá Blair manter-se viva tempo o suficiente para derrotar o exército de Lilith? Ou irá ceder à única coisa que jurou nunca mais voltar a sentir?

Opinião: Após um início de trilogia promissor em A Cruz de Morrighan, Nora Roberts traz agora até nós a sua fantástica continuação. Se o primeiro livro tinha servido mais como introdução às personagens e aos mundos em questão, O Baile dos Deuses prepara-nos para o derradeiro confronto final.

É essencial que o círculo se prepare para a grande batalha. É preciso treinar, traçar estratégias e fortalecer todo o conhecimento que adquiriram até então. O inimigo está sempre à espreita e eles não podem ser apanhados desprevinidos. Mas até que ponto estas seis pessoas conseguirão aguentar todo o peso que carregam nas costas? A cada tentativa furtiva de conhecer melhor o inimigo e o terreno alheio, alguém acaba sempre seriamente magoado.

No entanto, como em todas as histórias em que o bem combate o mal, haverá sempre uma arma que será mais forte do que todas – o amor. Enquanto no volume anterior a história estava focada em Hoyt e Glenna, neste é-nos apresentado um novo casal, não menos intenso – Blair e Larkin.

Blair é uma mulher de armas, de uma personalidade de ferro e de uma convicção inabalável. Desde muito cedo teve consciência do que a rodeava e, para o combater, treinou de forma incansável sem que nunca lhe fosse dado o devido valor. Abandonada pelo pai e posteriormente por alguém que julgava amar, Blair tornou-se numa mulher fria e determinada a fazer o que tem de ser feito sem se dar ao luxo de sentir fosse o que fosse. Até conhecer Larkin.

Larkin, o metamorfo, é uma personagem extremamente engraçada. Arranja todas as desculpas e mais algumas para não fazer o serviço de cozinha, namorisca aqui e ali e é um autêntico brincalhão. Porém, bastou ver Blair a lutar para se aperceber que ali estava uma mulher diferente de todas as outras, capaz de lhe provocar sensações nunca antes sentidas.

E é debaixo de uma atmosfera cheia de medo e apreensão que mesmo assim o círculo se vai preparando, o amor prosperando e a esperança crescendo. Foi sem dúvida uma obra que tive muito gosto em ler e que me proporcionou umas boas horas de leitura. A escrita da autora sabe como tocar-nos no coração, apesar de por vezes ser bastante previsível no que irá acontecer a seguir. Gostei Muito e aguardo ansiosamente pelo desfecho da história.

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