Daily Misconceptions – Bran Morrighan https://branmorrighan.com Literatura, Leitura, Música e Quotidiano Mon, 28 Dec 2020 05:44:25 +0000 pt-PT hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.8.2 https://branmorrighan.com/wp-content/uploads/2020/12/cropped-Preto-32x32.png Daily Misconceptions – Bran Morrighan https://branmorrighan.com 32 32 [Diário de Bordo] A Noite dos Oito Anos Sonhadores, Electrizantes e Inacreditáveis https://branmorrighan.com/2017/01/diario-de-bordo-noite-dos-oito-anos.html https://branmorrighan.com/2017/01/diario-de-bordo-noite-dos-oito-anos.html#respond Sat, 14 Jan 2017 21:37:00 +0000

«A música não anda sozinha, sempre, desde sempre e para sempre a música vai precisar de quem a leve pela mão, ao colo ou de qualquer outra forma, como nós precisamos da música para nos transportar para sítios onde nunca na vida iremos de carro.

Parabéns Sofia pelo que tens feito nestes 8 anos, e sobretudo parabéns pela vontade e empenho, pela forma como abraças as bandas como se fosse tu a própria banda, é notável, é o motor deste Blog e o transporte de muita gente.

Obrigado.» Rui Estêvão

Não podia começar este texto de outra maneira senão com este pequeno testemunho do Rui. O Rui é uma pessoa que admiro imenso, que respeito imenso e vai ser sempre alguém que vou guardar com muito carinho e consideração, pois é daquelas pessoas que não tem pejo em dizer o que acha que deve dizer, em que sinto que é sincero no que diz, em que sinto que realmente acredita naquilo que faz e porque o faz, e isso é cada vez mais raro. Obrigada, Rui. Andava a guardar este testemunho para a noite de concertos no Musicbox porque nunca me vou esquecer como ele foi o primeiro radialista a convidar-me, e aos meus músicos convidados, a ir ao seu (antigo) programa Purpurina, na Antena 3, e a reconhecer o trabalho que já então almejava fazer. Foi em Janeiro de 2015, logo após ter levado ao Musicbox Twisted Freak, Azul-Revolto e The Allstar Project. Sem dúvida, uma noite para lá de memorável. Talvez por ter sido a primeira. Mas, na verdade, não me posso queixar, o ano passado tive o doce Mahogany, o imparável O Manipulador e uma espécie de super banda que acompanhou os Thunder & Co(nvidados)! Lembram-se? Foi lindo! 

E, de repente, estamos em Janeiro de 2017 e eu volto a ter nova noite no Musicbox com bandas que há meses estavam convidadas. Daily Misconceptions, Mira, Un Lobo! (que foi o Rui Estêvão que me deu a conhecer precisamente ainda em 2015) e os meus mais que declarados adorados First Breath After Coma, com a participação especial do Noiserv, artista que admiro muito já lá vão dez anos. Noutros posts já falei sobre estas bandas, o quão especiais são para mim, por isso só quero mesmo agradecer o facto de terem feito do dia 6 de Janeiro de 2017 uma noite que também não vou esquecer. Eram 21h30 e o Musicbox já tinha, à vontade, perto de uma centena de pessoas. Nunca tinha visto o Musicbox tão cheio tão cedo. Para meu espanto, e jogando por baixo, passaram cerca de 300 pessoas pela caixa mais linda do Cais do Sodré naquela noite. Um record, confesso. 

Foi um dia que, entre altos e baixos, correu para lá de extraordinariamente bem. Comigo as coisas não tinham começado muito bem, logo de manhã, por questões profissionais, e depois quando me dirigi ao Musicbox deparei-me com uma série de condicionantes que fugiam ao controlo de todos (muito obrigada pelos esforços, pela coragem e pelo coração enorme!). Ainda assim fizeram-se os soundchecks possíveis, o nervoso miudinho instalou-se, mas tudo foi decorrendo com tempo. Acho que foi o primeiro ano em que me pude sentar para jantar, porque normalmente o ritual já era ir pegar apenas num kebab qualquer em cinco minutos e de repente tudo começava. Desta vez sentámo-nos todos à mesa, falámos, rimos, foi bonito, muito bonito. 


Pouco depois das 21h30 já Daily Misconceptions estava em palco e não imaginam o orgulho que senti no João e na Sara. São duas pessoas de um coração tão bom e são duas pessoas tão simples, que parecia inacreditável a magia que se fazia operar em cima de palco, quer em termos sonoros quer em termos visuais. Foi um início incrível! Seguiram-se os Mira, Un Lobo!, tocando pela primeira vez em solo português! Era visível que havia muita gente curiosa para os ver, muitos me foram dizendo que estavam super curiosos, e a verdade é que estou orgulhosa da minha aposta, estou grata ao Rui por me ter colocado em contacto com o Luís, e Mira, Un Lobo! tem tudo para vir a ser muito grande! O fecho da noite ficou ao encargo dos First Breath After Coma, com o Noiserv a fechar com eles com a Umbrae e a Blup! Podia desmanchar-me e babar-me em elogios com todos, sem excepção, mas só quero reforçar o quão grata estou. Acho que o alinhamento desta noite, as fases em que as bandas se encontram, a forma como as conheci, como isto tudo veio a acontecer (que se calhar é desconhecido da maior parte de vocês) reflecte perfeitamente tudo aquilo em que tenho acreditado e em que me tenho empenhado em mostrar. Claro que tenho de deixar um agradecimento especial ao Noiserv, que não esteve presente no Sarau da Pataca por antes dessa data surgir já se ter comprometido comigo. Tenho de lhe agradecer o facto de acreditar no meu projecto e tenho de deixar aqui registado que para além dos YCWCB, acho que ele ficava mesmo bem numa banda de post-rock. Eheheh! Perdoem-me os devaneios, mas já sabem que por aqui a coisa torna-se bastante sem papas na língua 🙂

Obrigada, mais uma vez, a todos. Ao Musicbox, a toda a equipa técnica/logística/comunicação, a Daily Misconceptions e à querida Zigur Artists, a Mira,Un Lobo!, aos First Breath After Coma (à equipa toda), ao Noiserv, à Omnichord por ter sido a primeira editora independente, o primeiro projecto, que me fez abrir os olhos para uma realidade de música portuguesa tão rica e fervilhante e por agora me acolher na sua família. Obrigada também a todos os blogues e sites que ajudaram a divulgar, aos jornalistas que estiveram presentes e ao Nelson, da SBSR.FM por ter achado a noite interessante o suficiente para me entrevistar sobre a mesma. Obrigada ao André Anónimo pelo interesse e pelas horas todas que passou connosco a fotografar! E, por último, mas não menos importante, obrigada a todos os meus amigos que fizeram questão de comemorar esta data comigo, obrigada aos conhecidos e aos fãs de cada um destes projectos, eles merecem todo o vosso apoio! O que tenho vivido com o blogue tem sido para lá de incrível e inacreditável. Nem tudo tem sido um mar de rosas, mas o facto de ter a oportunidade de me expressar, de levar para o plano físico aquilo em que acredito, de ter centenas de pessoas a apoiarem, de receber mensagens com tanto carinho e força… Não tem preço. E embora já tenha várias vezes pensado em encerrar este espaço (acreditem que há muita (má) gente por aí a agoirar), acho que o bom que tenho feito com ele, quero acreditar, vale a pena o esforço e algumas coisas das quais vou abdicando para fazer acontecer. 

Entretanto, o Música em DX já escreveu sobre a noite e já me deixou completamente derretida! – http://www.musicaemdx.pt/2017/01/12/8o-aniversario-branmorrighan-fecha-celebracoes-ano-novo/

Segue-se a festa no Porto, com gente igualmente incrível, já no próximo dia 3 de Fevereiro! Amanhã ou Segunda-feira conto-vos tudo sobre isso!

Todas as fotografias pelo André Anónimo

Foto Reportagem Completa: http://www.branmorrighan.com/2017/01/foto-reportagem-8-aniversario.html

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[Foto Reportagem] 8º Aniversário BranMorrighan – Daily Misconceptions, Mira, Un Lobo!, First Breath After Coma, por André Anónimo https://branmorrighan.com/2017/01/foto-reportagem-8-aniversario-2.html https://branmorrighan.com/2017/01/foto-reportagem-8-aniversario-2.html#respond Mon, 09 Jan 2017 13:54:00 +0000

Fotografias André Anónimo

Enquanto não tenho tempo para escrever sobre esta noite magnífica, deixo-vos um cheirinho do que foi pela lente do André Anónimo que esteve connosco desde o soundcheck até ao último segundo. Muito obrigada, André! Foi mesmo uma noite bonita! Obrigada Daily Misconceptions, Mira, Un Lobo! e First Breath After Coma. Foi mesmo uma comemoração do caraças! Até já 🙂 

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Entrevista Rápida a Daily Misconceptions – Amanhã Presente no 8º Aniversário BM no Musicbox! https://branmorrighan.com/2017/01/entrevista-rapida-daily-misconceptions.html https://branmorrighan.com/2017/01/entrevista-rapida-daily-misconceptions.html#respond Thu, 05 Jan 2017 17:12:00 +0000 Fotografia Patrícia Pinto

João, antes de mais, muito obrigada por fazeres parte de mais um aniversário BranMorrighan! Começando por aí, de todo o teu já vasto trabalho, com que parte dele é que nos vais deleitar na próxima Sexta-feira?

Em primeiro lugar, muito obrigado pelo convite Sofia, é um prazer fazer parte desta festa de aniversário! Nesta próxima 6ª feira vamos apresentar o nosso último trabalho e primeiro álbum “Our Little Sequence of Dreams”. Não vamos ter tempo para tocar o álbum inteiro mas vamos fazer um apanhado das músicas que nos deram mais pica tocar ao vivo em 2016.

Ainda te lembras como é que Daily Misconceptions começou? Acho que a maioria das pessoas não tem noção que já andas por cá há quase 15 anos! 

É verdade, já lá vai algum tempo, mas na realidade o projecto só arrancou em 2008, quando comecei a tocar ao vivo com Daily Misconceptions. Foi algo que aconteceu de forma natural, sem pensar muito, numa altura em que estava afastado das bandas com que tinha começado a tocar. A única coisa que tinha em mente era fazer a música que me apetecesse, sem ter que a discutir ou de partilhar ideias e opiniões com outras pessoas. Era a minha música e as minhas decisões. Algo por que nunca tinha passado, um caminho novo, desconhecido e estimulante do ponto de vista musical e criativo. 

Ao longo deste tempo lançaste vários EPs, fizeste residências artísticas, remisturas, mas só agora em 2016 é que lançaste o teu primeiro longa-duração: Our Little Sequence of Dreams. Alguma razão em especial para estes timings?

Não. Aconteceu ter uma história para contar, que não cabia num EP.

De todos os trabalhos que lançaste até agora, há algum pelo qual sintas um especial carinho? Que de alguma maneira te tenha marcado de forma diferente dos outros?

Tenho um carinho especial pelo primeiro EP, o “True Project”. Nunca foi tão fácil compor, gravar e misturar música. Parecia um pequeno sonho, daqueles em que acordas rejuvenescido. Dizem que o primeiro nunca se esquece, que fica para sempre no nosso coração. 

Enquanto músico e compositor, o que é que é mais importante para ti que a tua música transmita? 

Honestidade, sinceridade e bom gosto.

Qual é o impacto do teu contacto com a música de outros artistas, através da remistura, naquilo que depois produzes em Daily Misconceptions? 

O impacto é pouco e imediato, fica guardado no momento da remistura. Não passa para o que produzo seguidamente com Daily Misconceptions. A remistura não é como uma colaboração. Vejo a remistura como uma forma de fazer algo diferente e novo, algo que percorre um caminho diferente do de Daily Misconceptions. Quase como se fosse uma viagem no tempo, tanto para o futuro como para o passado. E gosto muito de ver como é que os outros artistas organizam as faixas e os nomes que dão aos ficheiros, isso diverte-me imenso.

Em termos estéticos, vais beber alguma coisa a outros tipos de arte? Como literatura, cinema, pintura, etc.?

Sim, vou beber a muito lado e as artes não são excepção. Não posso dizer em concreto quais, pois variam de conceito em conceito ou de música para música. Depende muito para onde estou virado na altura em que estou a compor.

Tens a Sara Esteves a partilhar palco contigo ao vivo. É ela que dá vida imagética à tua música? Partilham ideias ou parte tudo da Sara?

Sim, é a Sara quem está a cargo do universo imagético e da sinestesia audiovisual dos concertos. Da captação ou recolha de imagens, à sua edição e posterior manipulação ao vivo. Inicialmente, conversamos sobre a ideia e o conceito, ou o ambiente, das músicas e do espectáculo que queremos apresentar ao vivo. Posteriormente, ajustamos as partes, à medida que vamos percebendo o que resulta melhor a cada momento.

Quão importante é esta componente para a identidade de Daily Misconceptions? 

Daily Misconceptions já tinha uma identidade musical bem definida antes de ter uma componente visual. Essa veio directamente da música e não dos espectáculos que são apresentados ao vivo. Até porque desde cedo que colaboro com ilustradores, designers e videastas. Já dei concertos sem qualquer projecção e a identidade mantém-se. Nestes casos, o espaço onde toco ganha destaque, enquanto cenário do concerto. Normalmente também improviso mais. Para o formato que estamos agora a apresentar ao vivo é muito importante, para mim, o cinema expandido da Sara, mas não altera a identidade de Daily Misconceptions. Expande-a. Gosto de quando um concerto é acompanhado por uma forte componente visual. Especialmente quando esta está interligada à música, não sendo exclusivamente representativa e/ou reactiva.   

Olhando para o futuro, quais é que são as tuas expectativas em relação à tua continuidade no universo musical?

Vou compor música para sempre, é algo que não consigo deixar de fazer, faz parte de mim. Não gosto de criar expectativas em relação à minha continuidade no universo musical, isso é algo que eu não posso controlar.

https://www.facebook.com/dailymisconceptions/

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[Playlist da Quinzena] 1 a 15 de Janeiro de 2017 – As Escolhas de João Zinho (Daily Misconceptions) https://branmorrighan.com/2017/01/playlist-da-quinzena-1-15-de-janeiro-de-2.html https://branmorrighan.com/2017/01/playlist-da-quinzena-1-15-de-janeiro-de-2.html#respond Sun, 01 Jan 2017 15:40:00 +0000 Fotografia Ana Cláudia Silva

As Playlists da Quinzena estão de volta! E no primeiro dia de 2017, temos as escolhas musicais de João Zinho, o nosso Daily Misconceptions, que actua no próximo dia 6 de Janeiro no Musicbox Lisboa, nas comemorações do 8º Aniversário do BranMorrighan! Lançou Our Little Sequence of Dreams em 2016 e ainda ofereceu umas quantas músicas pela altura do Natal. É alguém que aprecio muito e por isso gostava que também vocês o pudessem conhecer melhor. Espero que gostem e vemo-nos Sexta-feira! Facebook DM: https://www.facebook.com/dailymisconceptions/


A Sofia pediu-me para fazer uma playlist musical para o blog. Assim sendo, decidi conjugar uma que fosse bem extensa, para aqueles dias em que não sabes bem o que ouvir. Não vou gastar muitas linhas a falar sobre cada música, pois se estão nesta playlist é porque me influenciaram de alguma forma ou então porque gosto muito, assim muito, muito… mesmo muito, muito, muito delas.


Hannah EppersonShadowless

Foi a primeira música que ouvi desta senhora, nunca mais a consegui tirar da cabeça.


Young KarinHearts

Música super pop vinda directamente da Islândia.

Au Revoir Simone Somebody Who

Tive o prazer de conhecer estas senhoras quando fui tocar com Stereoboy no Clubbing na Casa da Música, no Porto. Conversámos sobre o álbum antes de jantarmos e tirámos umas fotografias juntos. Foi uma bela noite 🙂

FM Belfast Brighter Days

Não sei o que dizer sobre estes senhores. Gosto muito deles. Sabem fazer a festa.

Liima Amerika

Curiosidade: esta música foi composta na ilha do Funchal, na Madeira.

Pascal PinonBloom

Adorei o primeiro álbum. O segundo nem por isso.

Radiohead Kid A

Boa aula sobre como fazer música pop electrónica – parte 1.

Efterklang Step Aside

Boa aula sobre como fazer música pop electrónica – parte 2.


How To Destroy AngelsKeep it together

Simplicidade de uma super banda.

Massive Attack, Tricky & 3DTake It There

Além de ser uma grande música, está aqui por ver que o Tricky e os Massive Attack fizeram finalmente as pazes!

Avey TareLucky 1

Um dos melhores álbuns de 2010 que passou ao lado de muito boa gente.

Deradoorian Weed Jam

Descobertas que fazes sem saber bem, como e porquê.

Nils FrahmSays

Que #### de malha! Sem palavras…

tehn eighteenth

Além de construir o melhor controlador que existe no mundo – o monome – Brian Crabtree é um dos meus compositores contemporâneos preferidos.

Deru – ‎1979

O meu shepard tone.

Lucrecia DaltInframince

Esta senhora é maravilhosamente singular.

Blac KoyoteAntes Era Assim.

Está no meu top 5 de compositores portugueses.

Deakin Just Am

Com muita pena minha, deixar os Animal Collective foi uma boa opção.


Kira KiraBoat

Ainda hoje descubro coisas novas ao ouvir este álbum.

Animal CollectiveLoch Raven

Demorou a entrar e nunca mais vai sair.

Twisted FreakFluid Green

Um dos mais inovadores músicos portugueses.

Galapagoose Ploy

É um vício irregular e complexo que me deixa todo torto.

LASERS Seed

Uma vez toquei esta música ao vivo com ele.

Mùm Sunday Night Just Keeps On Rolling

Um álbum que não pode ser esquecido.

MAHOGANY a house in iceland

Com o frio dá vontade de acabar assim.

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[8 Anos Blog BranMorrighan] Aniversário no Musicbox – Bilhetes à Venda! https://branmorrighan.com/2016/12/8-anos-blog-branmorrighan-aniversario.html https://branmorrighan.com/2016/12/8-anos-blog-branmorrighan-aniversario.html#respond Fri, 09 Dec 2016 09:12:00 +0000

FIRST BREATH AFTER COMA, participação de Noiserv

2013 marcou o aparecimento dos First Breath After Coma quando lançaram “The Misadventures of Anthony Knivet”, que os levou a rádios internacionais e festivais como Monkey Week e Bons Sons. Em 2016, “Drifter” marcou o regresso da banda aos discos e contou com a colaboração de convidados como Noiserv e André Barros. Fecharam-se meses a fio a trabalhar de manhã à noite em experiências. Gravaram sons de quase tudo o que os rodeava, perderam-se nas discografias da evolução do rock e da música electrónica e o resultado chamado “Drifter” carrega o DNA dos First Breath After Coma mas aponta ainda mais caminhos para o presente e para o futuro desta jovem formação leiriense. “Salty Eyes” foi o primeiro single, com vídeo de Vasco Mendes, ao qual se sucedeu “Umbrae”. Desde Maio já encheram salas em Leiria, Porto, Coimbra e Lisboa, passaram pelo palco Vodafone.FM no Festival Paredes de Coura e foram seleccionados para representar Portugal em festivais como Reeperbahn e Eurosonic (a realizar em Janeiro de 2017). Entretanto, também já passaram por Espanha, França, voltaram à Alemanha, e recentemente estiveram em Londres, Inglaterra, com concerto esgotado e já têm regresso marcado. Antes de rumarem ao Eurosonic, passam pelo Musicbox e contarão com a presença especial de Noiserv que para além da participação na Umbrae poderá reservar outras surpresas.

https://www.facebook.com/firstbreathaftercoma12/

MIRA, UN LOBO!

Há algo em Mira, un Lobo! que atinge o nervo poético de algumas das referências do nosso tempo: o blogger americano Kavit Sumud (“The Sights and Sounds”, “Indie Shuffle”) caracteriza-o como “complex electronica, cascading circadian rhythms … serotonin streams and dopamine dancefloors”. O blogue inglês “Repeat Button” maravilha-se com as paisagens exuberantes que são “unbelievably, inexplicably, insanely intoxicating”, “[finding] synths so sublime I feel like maybe heaven is actually here on earth.” Depois de se estrear nos palcos além-fronteiras, o inicio de 2017 foi o momento escolhido pelo artista para se apresentar, finalmente, ao vivo em território nacional. O lobo, outrora solitário, faz-se agora acompanhar em concerto dos músicos Eliana Fernandes (voz e sintetizadores) e Nuno Lamy (Sintetizadores e guitarra). A data escolhida para esta primeira atuação em Portugal, dia 6 de Janeiro, serve também para celebrar o aniversário de um dos blogues que mais apoio tem dado aos novos talentos nacionais, o Bran Morrighan. Avizinha-se uma noite à flor da pele, onde os sentidos se conjugam ao sabor do mais intenso balanço sonoro.

https://www.facebook.com/miraunlobo/

DAILY MISCONCEPTIONS

Daily Misconceptions é o alter ego de João Santos, um projecto de música electrónica sediado em Lisboa e que desde a primavera de 2016 tem vindo a apresentar “Our Little Sequence of Dreams” um pouco por todo o país. O primeiro LP de Daily Misconceptions é um delicioso embrulho que encerra sete canções perfeitamente balançadas entre a electrónica e a pop, deliciosamente cândidas e sonhadoras e que pedem para ser vividas sem qualquer urgência. Neste disco, as canções que mais parecem vinhetas deliciosamente oníricas deixam a descoberto uma atenção minuciosa às texturas e às melodias quase inocentes, que nos deixam rendidos e embevecidos desde o primeiro segundo. Neste concerto para o aniversário do Bran Morrighan estará como sempre acompanhado pela artista visual Sara Esteves, que transforma todos os momentos numa espécie de espectáculo de cinema expandido. A sua presença enaltece a relação simbiótica entre música e imagens tão própria de Daily Misconceptions, usando as falsas ideias quotidianas, de texturas orgânicas e coloração indefinida, como a matéria prima para a criação de um mapa sincero, mas imprevisível. Vai ser especial.

https://www.facebook.com/dailymisconceptions/

ANIVERSÁRIO BRANMORRIGHAN

Tudo começou há oito anos atrás, quando eu, Sofia Teixeira, de forma totalmente inconsciente, decidi criar um blogue. De um diário pessoal, o blogue BranMorrighan, cujo nome vai buscar o imaginário da mitologia celta, passou a ser uma referência entre os blogues de literatura e faz agora três anos que integra também o universo dos blogues de música. A intenção é simples: viver a música que de melhor se faz em Portugal e partilhar essa experiência com os outros. Na terceira festa que organizo no Musicbox, que desde a primeira se tornou uma casa muito querida, o cartaz apresentado não é, novamente, inocente. A aposta é claramente virada para projectos emergentes, mas também para aqueles que acredito já terem passado essa fase e serem agora uma confirmação. Teremos então três participações portugueses que representam o que de melhor se está a fazer em Portugal: Daily Misconceptions, com a sua electrónica sonhadora e cinematográfica; Mira, Un Lobo! estreia-se em Portugal com este concerto e é dono de uma electrónica mais densa e catártica; e os First Breath After Coma, que misturam post-rock com formato canção e percorrem um espectro sonoro alargado e arrebatador. Estes últimos contarão com a participação do artista português Noiserv que contribuiu com uma colaboração para o último disco da banda na música Umbrae. As surpresas costumam acontecer neste dia, por isso apressem-se a reservar o vosso bilhete: vai ser MEMORÁVEL!

https://www.facebook.com/blogbranmorrighan/

https://www.bol.pt/Comprar/Bilhetes/44226-bran_morrighan_feat_fbac_mira_un_lobo_daily_misconceptions-musicbox/
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A Um Mês do 8º Aniversário do BranMorrighan – Novo layout, Ilustradora Oficial, Primeiros Nomes Confirmados https://branmorrighan.com/2016/11/a-um-mes-do-8-aniversario-do.html https://branmorrighan.com/2016/11/a-um-mes-do-8-aniversario-do.html#respond Sun, 13 Nov 2016 21:01:00 +0000

Nunca um ano passou a uma velocidade tão alucinante como 2016. Nunca num ano dei conta de chegar a um mês do aniversário do blogue – 13 de Dezembro – e não ter praticamente nada preparado. Ufa! Ainda assim, felizmente, porque já previa que assim fosse, há uns tempos voltei a falar com o João Pedro Fonseca, artista que admiro de coração que tem sido um elemento crucial na evolução e personalidade estética do blogue, para voltarmos a lavar a cara ao BranMorrighan. Quando ele fez o layout anterior, com o fundo cinzento, a primeira versão vinha já com fundo branco, mas na altura recusei-me a uma mudança tão drástica. Reparem, o blogue no início era negro como breu, lá clareou um pouco há uns três anos atrás, com o Nuno Tenazinha a fazer o primeiro upgrade ao blogue, e depois o ano passado mudou para cinzento. Não sei, acho que esta mudança, na verdade, é um reflexo muito pessoal da minha mudança enquanto pessoa também. É impossível, hoje em dia, dissociar o BranMorrighan da Sofia Teixeira e vice-versa. Eu e o blogue somos parte integrante um do outro. É essa a principalmente diferença entre este e outros blogues. Não é melhor nem pior. É o que é, e é um grande pedaço de mim. Acho que o Jota fez um trabalho magnífico, que ficou muito mais limpo e funcional, mas estamos sempre abertos a sugestões ou gralhas que encontrem. Sabe bem preparar mais um ano de BranMorrighan com cara nova.

Mara Mureș é a cara da ilustração oficial do 8º Aniversário! Como sabem, desde que o Afonso Cruz fez a primeira ilustração para o 5º Aniversário, não mais parei de procurar talentos com os quais me revisse e que achasse que mereciam um espaço, e tempo, de antena onde pudesse divulgar mais o seu trabalho. Confesso que já conhecia a Mara há algum tempo, principalmente através da cena musical de Leiria, mas foi quando vi o trabalho dela no videoclip dos First Breath After Coma, no tema Gold Morning Days, que fiquei apaixonada pelo seu trabalho artístico. Aqui fica o perfil dela de Facebook: https://www.facebook.com/marabajouca . Acredito que brevemente terá a sua própria página de artista e pelo aniversário do blogue vou publicar uma pequena entrevista onde poderemos saber ainda mais sobre a Mara e as suas vertentes artísticas.

Cartaz João Pedro Fonseca

YEAH

Yaps, é verdade, este cartaz existe e parece que vai mesmo acontecer! Apesar de o aniversário oficial do blogue ser a 13 de Dezembro, por questões de tradição com editoras literárias que já se fazem cumprir há uns quatros anos, a festa será feita no final dessas comemorações, a 6 de Janeiro de 2017. Por norma seria um mês de comemorações, mas este ano tive de encurtar esse prazo por EXCELENTES razões. Vou com os First Breath After Coma ao Eurosonic, que é no dia 13 de Janeiro! 

Por falar em First Breath After Coma, novamente, eles são os cabeças de cartaz deste 8º aniversário e poucas bandas fariam tanto sentido quanto estes cinco rapazes. Conheci-os na FNAC Chiado há três anos atrás, muito antes de me envolver com a Omnichord Records e ainda muito no início das entrevistas e divulgações musicais, e estava longe de imaginar que um dia andaria com eles na estrada e que os veria a crescer e a evoluir muicalmente de forma tão forte e tão bonita. Neste último disco, Drifter, o Noiserv deu uma perninha numa das músicas, a Umbrae, e pela terceira vez, depois do CCB e Paredes de Coura, eles vão subir todos ao palco e arrepiar-nos com a intensidade que já lhes é característica. Quem é que, no seu perfeito juízo, vai perder uma oportunidade destas? Tem sido mesmo um orgulho acompanhar este percurso e fico muito contente por também o Noiserv ter aceitado juntar-se a um momento tão especial para mim, já que também sigo e admiro o seu trabalho há anos. Foi dos primeiros artistas a ser entrevistado para o BM! 🙂 

Há mais razões para ficarem atentos à colocação dos bilhetes à venda. A primeira parte da noite vai ser realizada por dois projectos que merecem toda a nossa atenção. Daily Misconceptions é o projecto de João Zinho e Sara Esteves que conheci graças ao SPLIT EP que fizeram com O Manipulador (que actuou no aniversário do ano passado). Este ano lançaram o disco Our Little Sequence of Dreams e há poucos trabalhos que nos levem a viajar por tantos locais com a diversidade de harmonias. Todo o trabalho musical e estético fazem com que o concerto ao vivo seja uma experiência super sensorial. Venham, vai ser bonito! Tão bonito que também vamos ter a estreia magnífica de Mira, Un Lobo! nas salas de Lisboa! Heart Beats Slow, o disco de estreia do mais recente projecto de Luís Fonseca de Sousa, desde que saiu que não tem parado que dar de falar, tanto em Portugal como no estrangeiro. Mira, Un Lobo! tem uma aura densa, com texturas e letras que se entranham e que criam paisagens hipnotizadoras. O que mais gosto nestes dois projectos, é que sendo ambos considerados de música electrónica, enquadram-se em espectros bastante diferentes.

Por hoje é tudo. Coloquei tudo num único post para ficar mais compacto, mas a seu tempo voltarei então a destacar a ilustração oficial e quando os bilhetes forem colocados à venda volto a divulgar o cartaz. Entretanto, podem ir já partilhando a novidade com os vossos amigos. Venham todos, vai ser uma festa bonita! Obrigada ao João Pedro Fonseca pelo maravilhoso cartaz a condizer com o layout novo do blogue! 

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[DESTAQUE c/ Opinião] LOP (split EP), de Daily Misconceptions & O Manipulador, pela ZigurArtists https://branmorrighan.com/2015/02/destaque-c-opiniao-lop-split-ep-de.html https://branmorrighan.com/2015/02/destaque-c-opiniao-lop-split-ep-de.html#respond Tue, 17 Feb 2015 12:23:00 +0000

Existem pessoas realmente talentosas no nosso país e é uma pena que muitas vezes não se lhe dê o devido valor. LOP já foi apresentado no dia 13 de Fevereiro, no Um ao Molhe, mas como estive sem poder passar grande tempo ao computador, só agora vos apresento este magnífico trabalho, dividido entre o talento de Daily Misconceptions e O Manipulador, apresentado pela ZigurArtists. 

LOP é um disco que vem comprovar o que tenho dito, e o que tem sido largamente debatido entre os apreciadores, a música electrónica atravessa um período extremamente rico, em que a criatividade ultrapassa fronteiras até agora algo delineadas. É um dos trabalhos mais bonitos que já ouvi, não só pela simplicidade bela com que nos cativa, mas principalmente porque os dois trabalhos acabam por ser como um reverso, de um lado a calmaria, do outro a agitação. A paz antes da tempestade, os opostos que se atraem e se complementam. Para além das diferenças sonoras, existe aquele contraste entre a inocência e a provocação, entre o que é pacífico e contemplador, e o que explora o lado mais negro, numa mistura de texturas mais densas e uma voz que reflecte a inquietação e purga o tumulto interior. 

João Zinho e Manuel Molarinho são companheiros de banda em Stereoboy uma mão cheia de dias por mês. Nas outras horas e dias que lhes sobram são, respectivamente, Daily Misconceptions e O Manipulador, duas entidades com identidades próprias que se completam numa relação simbiótica que ganha finalmente corpo com LOP.

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