D’Alva – Bran Morrighan https://branmorrighan.com Literatura, Leitura, Música e Quotidiano Mon, 28 Dec 2020 05:43:25 +0000 pt-PT hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.8.3 https://branmorrighan.com/wp-content/uploads/2020/12/cropped-Preto-32x32.png D’Alva – Bran Morrighan https://branmorrighan.com 32 32 [Queres é (a) Letra!] P’ÓDIO é o segundo single que antecipa MAUS ÊXITOS dos D’ALVA https://branmorrighan.com/2018/09/queres-e-letra-podio-e-o-segundo-single.html https://branmorrighan.com/2018/09/queres-e-letra-podio-e-o-segundo-single.html#respond Tue, 25 Sep 2018 15:55:00 +0000 Fotografia Cristina Morais

P’Ódio aborda a ansiedade que advém de nos expormos à crítica e escrutínio, e de como deve ser a nossa relação para com quem apenas “fala muito e não faz nada”. É um “vive e deixa viver”, mas algo que se estende para além da música e para o quotidiano e as presentes dinâmicas e interacções sociais.” explica Ben Monteiro.

Dia 12 de Outubro sai o novo disco dos D’Alva, Maus Êxitos. Marcantes pela sua versatilidade, e até imprevisibilidade, os D’Alva têm percorrido um caminho admirável no universo POP. Mantém-se fieis a si mesmos e conseguiram criar uma espécie de família com a simples hashtag #somosdalva. Têm acompanhado a mudança dos tempos, ao mesmo tempo que não se deixam cair nos lugares comuns do deslumbramento. Num interpretação muito própria, depois de Verdade Sem Consequência, P’ÓDIO soa na linha da afirmação pela liberdade de criação, contendo também uma mensagem pelo respeito da individualidade, mas acima de tudo pelo próximo. Tem sido um orgulho acompanhar este percurso e pelo vídeo conseguimos testemunhar tanto a intensidade como a entrega dada a cada concerto. Deixo-vos com informações oficiais, vídeo e letra. 

Se para muita gente D’Alva é sinónimo de descontracção e leveza, o videoclipe que acompanha este single revela a intensidade com que Alex D’Alva Teixeira, Ben Monteiro e restantes membros que os acompanham se entregam aos espectáculos e ao público. A realização/produção é mais uma vez totalmente D.I.Y.  pela mão de Ben Monteiro, num registo acima de tudo documental, e que mostra uma verdade que em certa medida só os D’Alva verdadeiramente conheciam de si mesmos: bem para além do hype, dos discos, das canções, dos memes, dos likes, das visualizações, os D’Alva são compreendidos ao vivo. Se em estúdio pela mão da produção de Ben Monteiro a elasticidade com que saltam de género é inigualável, o mesmo acontece ao vivo pela mão do front-man puro que é Alex D’Alva Teixeira. É impossível falsear a energia frenética, entrega e maneira como grupo e público se tornam um, seja num coreto, num clube, num auditório ou num palco de festivais de grandes dimensões – o resultado é invariavelmente o mesmo, ninguém fica indiferente como aliás retrata o vídeo.


Os D’Alva querem-se (re)definir pelo que são, com “mais acção e menos conversa”, e P’Ódio é mais um capitulo que nos introduz aos seus MAUS ÊXITOS (clicar aqui para saber mais sobre o disco).

Entrevista de antecipação ao novo discohttp://www.branmorrighan.com/2018/05/entrevista-o-regresso-punk-dos-dalva.html



Não tenho tempo para ódio

Não aspiro a esse pódio

Não sou mais um concorrente

Tenho mais em mente, não jogo ao Monopólio

Não brinco com coisas sérias

‘Tou no hustle, tu de férias

E as tuas frustrações e aspirações não me tocam


Não dou atenção à murmuração

Faz a tua, boy, vive a tua, boy, e deixa viver, boy

Cada situação esconde uma razão

Mas eu não dou atenção…


A gente que fala, fala, fala, fala, fala, fala

Fala muito e não faz nada

Sem saber que é mal amada

Gente que fala, fala, fala, fala, fala, fala

Fala muito e não diz nada

E lá no fundo é recalcada


Não dou p’ra esse peditório

Não tenho culpa no cartório

Mas é sempre a mesma história

Só querem a glória sem o que traz de inglório

Será que falas ou te calas boy,

Se for pra dar o corpo às balas boy,

Se as tuas conclusões e dissertações de nada valem?

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MAUS ÊXITOS é o nome do segundo disco dos D’Alva https://branmorrighan.com/2018/09/maus-exitos-e-o-nome-do-segundo-disco.html https://branmorrighan.com/2018/09/maus-exitos-e-o-nome-do-segundo-disco.html#respond Wed, 12 Sep 2018 17:25:00 +0000

MAUS ÊXITOS é o nome do segundo disco dos D’Alva

Álbum chega às lojas a 12 de Outubro

Entrevista aos D’Alva em antecipação ao novo disco: http://www.branmorrighan.com/2018/05/entrevista-o-regresso-punk-dos-dalva.html

D’Alva revelam o título e capa do sucessor do seu disco de estreia “#batequebate”, a um mês do seu lançamento.

“MAUS ÊXITOS” é o nome do segundo esforço de estúdio do duo que fez mexer a Pop independente nacional. O título encerra em si uma dualidade peculiar reflectida nas canções, e quem sabe reveladora do que o duo experimentou nestes últimos quatro anos. No bom, no mau, e em tudo o que há pelo meio, Alex D’Alva Teixeira e Ben Monteiro encontraram as expectativas e o medo de falhar. Largaram-nas, abraçaram-no, e encontraram-se num disco (ainda) sonicamente Pop, pessoal e honesto, onde procuraram canções que falem por si, mais que a produção ou outros quaisquer “fireworks”.

 Para a capa de “Maus Êxitos” a Direcção de Arte ficou a cargo de Bráulio Amado, o criativo Português sediado em Nova Iorque que tem dado que falar pelo trabalho desenvolvido para artistas como Frank Ocean, Beck ou Roisin Murphy entre outros. Foi-lhe dada total liberdade criativa e o resultado é uma composição fotográfica representativa da sua interpretação de cada uma das canções que integram este longa duração. A fotografia ficou a cargo de Cristiana Morais que, à distância, concretizou a visão de Bráulio. 

Dia 12 de Outubro é o dia em que chegam às lojas os “Maus Êxitos” dos D’Alva.

O primeiro single retirado deste disco, “Verdade Sem Consequência”, é já um sucesso radiofónico, tendo passado várias semanas no topo dos TOPs de rádios como a Radar, VodafoneFM e Antena 3. Neste último caso está em primeiro lugar há 6 semanas consecutivas.

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Entrevista: O regresso punk dos D’Alva com “Verdade sem Consequência” https://branmorrighan.com/2018/05/entrevista-o-regresso-punk-dos-dalva.html https://branmorrighan.com/2018/05/entrevista-o-regresso-punk-dos-dalva.html#respond Mon, 28 May 2018 13:58:00 +0000 Fotografia Jorge Oliveira

Entrevista originalmente publicada no SAPO Mag: https://mag.sapo.pt/showbiz/artigos/entrevista-o-regresso-punk-dos-dalva-com-verdade-sem-consequencia

Os D’Alva estão de volta com novo single/vídeo – “Verdade Sem Consequência”. Lançado na passada Sexta-feira, na mesma tarde sentámo-nos com eles, Alex D’Alva Teixeira e Ben Monteiro, para falarmos um pouco sobre o tema, o vídeo e também sobre o interlúdio que houve entre o disco passado e o próximo disco que estará disponível nas lojas a 12 de Outubro. 

Passaram quatro anos desde o disco de estreia dos D’Alva “#batequebate” que obteve um enorme sucesso. Que razões levaram a que demorasse tanto tempo até termos notícias de um disco novo?

Nós também tivemos que esperar (risos). Demorou porque nós também tivemos que perceber o que é que íamos fazer a seguir enquanto D’Alva, em relação ao novo álbum e em relação à identidade da banda.

Se calhar no primeiro ano estávamos tranquilos, mas depois foi sempre em crescendo e ficámos expostos a mais realidades diferentes dentro do que é a música. De repente sentíamos que podíamos ir por aqui, mas também podemos ir por ali., etc. E houve uma altura, há dois anos atrás, quando queríamos começar o novo disco, em que não sabíamos se havíamos de ir para a esquerda ou para a direita. Até mesmo a nível das letras não sabíamos o que queríamos dizer às pessoas. Não íamos fazer músicas sobre nada.

Eu [Ben] li uma entrevista do Billy Corgan, os Smashing Pumpkins estão a gravar outra vez, em que ele diz que é frequente acontecer o primeiro disco ser muito fixe e depois daí para a frente ser sobre andar na estrada, estar com saudades ou ir embora. E nós não queremos fazer isso. (risos) Foi preciso viver um bocado, viajar… Não somos as pessoas que éramos há quatro anos.

Entretanto, também fomos convidados a escrever para outras pessoas que fazem música completamente diferente da nossa. E nós sempre fomos uma banda que nunca tivemos medo de experimentar e conseguimos fazer muita coisa diferente. O facto de trabalharmos com artistas mais pop fez-nos sentir que podíamos fazer música mais experimental e exploratória com os D’Alva.

Houve alturas em que estávamos a gravar e é fixe a sensação do vale tudo e não “isto tem de ser assim para passar na rádio ou para aquela pessoa gostar”. É fixe não haver a pressão de cumprir regras. D’Alva é quem nós somos. Acima de tudo foi bom perceber que isto é D’Alva, é o que eu e o Ben trazemos para cima da mesa. Se fosse o Ben com outra pessoa ia soar completamente diferente. Foi o lado mais gratificante deste processo todo. Perceber que isto é uma banda e que tem um som muito próprio. Ouvir outras coisas e perceber que nada soa como D’Alva (risos).

Verdade Sem Consequência é um tema muito diferente do que já ouvimos dos D’Alva. Foi também este processo de espera que vos tornou mais seguros e confiantes de forma a lançarem-no como carta de apresentação do próximo disco?

Sim, o termos escolhido esta ser a primeira coisa que as pessoas ouvem é a prova disso. Podíamos ter começado com coisas mais seguras. Sabemos que foi arriscado porque é diferente daquilo que fizemos para trás e é arriscado porque não é uma música de rádio. Mas esta música dá-nos um grande feeling.

O que é que vos motivou a compô-la?

A primeira versão, a primeira maquete, apareceu há quase dois anos e foi por causa da internet. Aconteceu qualquer coisa no Facebook. O Ben escreveu qualquer coisa e alguém interpretou mal e isso motivou-me a escrever a canção. Enviei-lhe a música logo a seguir e ele sentiu qualquer coisa quando a ouviu. Podes [Ben] ser mais detalhado (risos).

Ben – Eu penso que senti [em relação à música] o que toda a gente sente agora: isto é um bocado desconfortável, mas ao mesmo tempo… Se calhar porque choca exactamente com a imagem que as pessoas têm de nós ou com o que podemos fazer. Eu senti isso, havia qualquer coisarough nela e que nos apeteceu não polir. Há ali coisas que estão desde a primeira maquete.

Todas as canções que temos estado a trabalhar eram boas canções individualmente. Pela primeira vez tivemos canções que ficaram de fora. Foi perceber quais eram as canções que conseguiam conviver no mesmo espaço. Mais do que sonicamente, o que está a ser dito. Esta [Verdade sem Consequência] foi a primeira. Depois foi revisitada para ficar mais bem contextualizada.

Há dois anos atrás foi quando começou esta cena toda do Trump ser eleito – “Ah não, não vai ser nada”. Depois é [eleito] e existem todas estas falsas notícias e factos alternativos… Começámos a perceber que já não dá para confiar. O Facebook, por exemplo, que é uma das praças onde habitamos agora e comunicamos, não dá para confiar porque há uma lente automática e essa lente é diferente de pessoa para pessoa.

Será o tema então uma espécie de crítica ao que se lê e se julga tão levemente nas redes sociais?

Também pode ser por aí e até com a ideia da pós-verdade. Mas há mais coisas. O refrão é o grosso do que estamos a dizer e também foi revisitado. Lá está, há uma série de sintomas que todos começámos a sentir e no início não encontras as palavras certas. Agora no fim ficou mais focada. Percebemos que para esta música dizer tudo aquilo que queríamos dizer tinha de ficar gigante (risos) e decidimos “porque não dividir e irmos dizendo noutras canções aquilo que queremos dizer?”. Ou seja, este é o pontapé na porta, para arrombar (risos), e é o pontapé de saída para o nossomindset quando estávamos a fazer o disco. Esta música foi a primeira e aquela sensação desconfortável que eu senti inicialmente quando a recebi não quis que desaparecesse. Fizemos por mantê-la e acho ainda que está lá.

Em que é que estavam a pensar quando, no vosso vídeo, fizeram o plano da destruição da muralha de caixas?

Cada um de nós tinha ideias claras do que queria passar.

Alex – Para mim há várias questões. A muralha é feita de caixas e há aquela ideia de arrumares as tuas ideias em caixinhas. Por um lado, estamos a desfazer isso tudo. Mas até há também um lado político: em vez de ser “build that wall” é “break that wall”.

Ben – Havia a ideia de estarmos a tocar em frente a uma parede e essa parede ser feita de caixas onde cabem coisas. Nós organizamos em caixinhas diferentes as ideias que temos de tudo e de todos. Lembro-me de estarmos a gravar e de o Bruno (que tinha chegado no próprio dia) estar a fazer de assistente de realização e de perguntar, mas sabes como é que isto vai acabar? Porque tínhamos de gravar tudo num só plano. E eu disse, claro que sim, vamos partir tudo (risos).

A ideia era fazer um vídeo rápido, simples, barato, mas que não seja só a banda a tocar. Isso ninguém quer ver. Nós queríamos ter o elemento de tocar instrumentos, esta música pedia isso, mas queríamos dizer algo mais e surgiu a ideia das caixas.

Fotografia Jorge Oliveira

Apesar do tema misturar punk, rock e hip-hop, na comunicação do single é-nos dito que este não é o carimbo sonoro do disco. Mas então temos um carimbo em termos de narrativa? (ao contrário do último disco)

A nível sonoro não é, de todo. Em relação à narrativa, no último disco nenhuma canção era igual à outra. As pessoas puseram-nos no “D’Alva é isto”. Neste disco acontece mais ou menos a mesma coisa. Cada canção tem o seu universo, mas ao mesmo tempo todas estão na mesma dimensão. Há temas que de uma forma ou outra são recorrentes. Mas não são necessariamente uma crítica, expõem uma coisa que acho que está às claras.

Nós quisemos continuar a fazer pop sem soarmos muito pretensiosos. Mas o que nós fazemos também é arte. E o artista tem esse lado de arauto de pegar no oxigénio que está toda a gente a respirar e torná-lo em algo sólido. Pode ser uma escultura, o que for. Penso que acabámos por fazer um bocado isso com esta canção.

Acima de tudo havia uma intenção de não querermos ter certezas ou ditar uma verdade preto no branco. O disco é um bocado isso, descobrir que as coisas não são preto no branco e queríamos fazer canções que nos levantassem questões. “Verdade Sem Consequência” é uma música que coloca questões nos seus próprios versos.

O disco também é um bocado dores de crescimento. É um bocado clichê, mas acho quando ouvirem o resto das canções podem tirar as vossas ilações.

Consideram que neste caminho pop têm de alguma maneira quebrado toda uma série de preconceitos? Ou seja, apesar de todas as sonoridades e temas diferentes que têm explorado, ainda assim mostram uma grande consistência.

É difícil fazer isso. É um exercício complicado, criar uma coerência quando misturas tantos géneros ou até mesmo décadas diferentes da música. Mas às vezes eu [Alex] sinto que estamos numa posição ingrata em que às vezes não somos nem uma banda pop, nem uma banda alternativa ou eletrónica. Depende sempre da óptica de quem ouve. Consegue ser esquisito. Quando perguntam qual é o género dos D’Alva, porque há imensa gente que não nos conhece, nunca sabemos bem o que responder. (risos). Dizemos que é pop esquisita ou alternativa pop (risos).

Acham que beneficiavam em ter um género específico atribuído?

Nós sabotámos o caminho para nós mesmos logo no primeiro disco. Foi “vamos fazer isto com todas as cores que conseguirmos meter aqui”, precisamente porque se amanhã quiséssemos ir só para as cores quentes íamos para as cores quentes ou se quiséssemos ir para as cores frias íamos para as cores frias.

É nos concertos ao vivo que as pessoas melhor possam aperceber-se da verdadeira essência de D’Alva?

Sem dúvida. Nós pensamos na versão ao vivo como a experiência no seu todo. Quando estás em casa queres ouvir outros pormenores. Num festival queres sentir outras coisas.

E por falar em festivais, vem aí o NOS Alive e vocês vão actuar lá. Que novidades vamos ter?

Não vamos tocar o disco todo, não temos tempo de set para isso tudo, e também queremos tocar outras canções que as pessoas já conhecem. Vai dar para se ter uma noção do Lado A do próximo disco. (risos)

Mais alguma coisa que possam desvendar sobre o disco?

(risos)Temos algumas participações especiais, mas não fomos buscar as pessoas mega famosas da música portuguesa. Estamos tristes porque ainda não é desta que temos uma música escrita pelo [Samuel] Úria, mas não houve tempo. Resumindo: vamos ao Alive e há cenas novas antes do Alive. Como o Alive esgotou não há problema em dizer (risos) que vamos dar um concerto grátis no Arraial de Benfica no dia 22 de Junho.

Fotografia Jorge Oliveira

Já que o nosso pano de fundo é a Feira do Livro de Lisboa, este disco conta com alguma referência literária?

Ben – Quando eu fui de férias li um livro muito pequenino. Fui visitar um amigo meu, que é psicanalista, e ele apanhou assim o bolo de onde é que eu estava e de onde é que D’Alva estava e comprou-me este livro muito pequenino de Freud, que se chama “O Mau Estar na Sociedade”. O livro é de 1930 e há coisas que se calhar fazem mais sentido agora do que faziam na altura. E durante este tempo todo eu ia dando umas mordidas no livro. Aliás, durante este disco todo nós vimos, ouvimos e lemos muita coisa. Chegámos a parar o que estávamos a fazer só para ver um vídeo ou ler só sobre um autor ou uma disciplina, um conceito qualquer. Nesta música [Verdade sem Consequência] temos “se a verdade é dissonante” que está relacionada com a dissonância cognitiva. E quisemos de em vez de estar só a escrever perceber mesmo o que é que isto é, de onde é que vem e como é que isto se aplica. Voltando ao livro, é muito pequeno, mas tive que voltar atrás muitas vezes e acompanhou-me ao longo deste processo.

Resumindo e concluindo, “Verdade Sem Consequência” pode ser considerado um regresso punk, no que toca à atitude, dos D’Alva?

Isso tem piada, mas sim. Mas a nossa atitude sempre foi um bocado punk. Até a Frescobol tinha atitude punk. Naquela altura fazeres uma canção como a Frescobol e dizeres que gostamos mesmo de Pop e é o que queremos fazer, enquanto toda a gente acha que és o maior hipster da aldeia… (risos) O que é que há mais punk do que isso? É esticar o dedo do meio e fazer o que nos apetece. Seja pop ou não. Nós estamos satisfeitos com esta canção e estamos satisfeitos com o que dizemos nesta canção. Estamos super contentes com esta música e se calhar pode ser mesmo um dedo do meio levantado se calhar até para nós (risos), para ideia que tínhamos de nós mesmos, pois não queremos ofender ninguém. Mas há uma coisa interessante, pela reacção das pessoas nestas horas, há pessoas em que a música é para elas e elas não estão a perceber e partilham a dizem que é fixe. Pessoas diferentes interpretam aquilo de maneira diferente. A primeira frase do primeiro verso – “Não sentes que há algo de errado (oh não) / Quando tudo bate certo, e sentes a verdade perto / Mas nada corre como esperas?” – há pessoas em que isto é a vida delas. Nada corre bem, mas continuam na mesma cena. Se calhar isto interiorizado vai promover algum tipo de mudança. Nós conseguimos dizer aquilo que queríamos com esta música e o que não conseguimos dizer há-de estar no resto do disco. 

Mais sobre “Verdade Sem Consequência”

http://www.branmorrighan.com/2018/05/destaque-dalva-regressam-com-verdade.html

Mais sobre os D’Alva no BranMorrighan

http://www.branmorrighan.com/search/label/D%27Alva

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[Diário de Bordo] O Primeiro Dia da Feira do Livro de Lisboa 2018 https://branmorrighan.com/2018/05/diario-de-bordo-o-primeiro-dia-da-feira.html https://branmorrighan.com/2018/05/diario-de-bordo-o-primeiro-dia-da-feira.html#respond Sat, 26 May 2018 16:19:00 +0000 Fotografia Jorge Oliveira

Há dias mais estranhos que outros e ontem foi, certamente, um dia recheado de altos e baixos emocionais. Não só ando completamente sobrecarregada de trabalho, como tinha em agenda entrevistar os D’Alva e estar presente no Tributo ao Luís Miguel Rocha, no espaço Porto Editora, na Feira do Livro de Lisboa. O trabalho não rendeu muito, mas felizmente a entrevista aos D’Alva rendeu mais de meia hora de boa conversa, risos e sorrisos, terminando com aquele abraço sempre bom, de quem se quer bem. O percurso dos D’Alva tem sido incrível, mas mais incrível ainda é humildade e o carácter que trazem consigo. Terminada a entrevista dirigi-me para o espaço Porto Editora. Foi ali, precisamente na Feira do Livro de há muitos anos atrás, que conheci o Luís Miguel Rocha. E agora ali me vi novamente, mas para um tributo, três anos após o seu falecimento. O Luís, mais do que um dos autores mais extraordinários do nosso país, era um grande amigo. Uma pessoa sempre de sorriso pronto, sempre disponível, sempre receptivo. O Luís era daquelas pessoas fáceis de falar e tratar, humilde e carinhoso com os seus leitores. Foi precisamente isso que a Porto Editora destacou e conseguiu transportar-nos no tempo mostrando algumas fotografias do Luís com os seus leitores. Em Viana do Castelo foi criado também um prémio literário em nome do Luís Miguel Rocha e as candidaturas encontram-se neste momento abertas. 

Acabei por sair da Feira do Livro já ao anoitecer e sem nenhum livrinho novo comigo. Entre sorrisos e lágrimas, enquanto caminhava para o meu carro (uma caminhada de vinte minutos) fui reflectindo sobre uma série de coisas. Não só sobre algumas partes da entrevista com os D’Alva, que foram pertinentes, mas também sobre a efemeridade da vida e como tudo de alguma forma se liga e se entrelaça. O resto do fim-de-semana vai ser dedicado à correcção de projectos dos meus alunos, portanto ainda está pendente a minha ida à Feira do Livro tanto hoje como amanhã. Mas é sempre bom voltar à FLL. Tantas memórias, tanta gente boa que conheci por ali. Os livros têm esta capacidade magnífica de unir as pessoas e a FLL é um excelente local para encontrarmos aqueles que, como nós, encontram alguma paz, ou até um necessário desassossego, nas páginas de um livro.

As fotografias foram são todas do Jorge Oliveira, a quem agradeço, de coração, a paciência e o olhar perspicaz. A entrevista aos D’Alva será brevemente publicada tanto no blogue como na SAPOMAG. Até já!

Fotografias Jorge Oliveira

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[DESTAQUE] D’Alva regressam com Verdade Sem Consequência https://branmorrighan.com/2018/05/destaque-dalva-regressam-com-verdade.html https://branmorrighan.com/2018/05/destaque-dalva-regressam-com-verdade.html#respond Fri, 25 May 2018 10:54:00 +0000 Fotografia Vera Marmelo

Em Março passado fui uma das pessoas presentes no Lisboa Style Out Loud que teve o privilégio de ver uma primeira actuação ao vivo de um novo tema dos D’Alva. Era o Verdade sem Consequência” e deu logo para perceber que o regresso da banda seria em grande. São vários os cunhos POP que lhes têm atribuído, mas o que mais admiro neles, sendo que ouço muito pouca música pop, é que dificilmente se prendem a uma única fórmula musical. Prova disso mesmo é que têm conseguido contagiar todo o género de público e não foram poucos os concertos memoráveis que deram desde o seu disco de estreia, e único até agora. Verdade sem Consequência traz-nos então o aperitivo para o novo disco que sairá em Outubro que em conjunto com uma batida forte e inebriante, tem também uma letra com a qual é fácil nos identificarmos, sentindo assim na pele uma energia irreverente e de auto-afirmação. Bem-vindos de volta, D’Alva! 

D’Alva regressam com novo single

Verdade Sem Consequência

Segundo álbum chegará às lojas a 12 de Outubro


“Não há verdade sem consequência, mas há uma diferença entre não saber e não querer saber” é a primeira frase da primeira canção a ser composta para o segundo longa-duração dos D’Alva, marinado num pós-guerra de pós-verdade, pós-factos alternativos e dissonâncias afins.

Neste single “não-single”, sem filtro, sem recurso a fórmulas seguras, de algum modo incómodo e contrastante com a ideia dos D’Alva a que nos habituámos, o refrão orelhudo não ficou esquecido. Sonicamente é a fusão entre um soul punk e o inescapável novo rock n’ roll — o hip-hop —, algures entre Jack White e Kendrick Lamar.

Desengane-se quem pensa que esta canção revela o tom do disco que será editado este ano. Trata-se apenas de uma pequena parte do todo, e poderemos descobrir outras partes no primeiro dia do festival NOS Alive, onde a banda irá revelar algumas das novas canções, entre outras surpresas.

Para a concepção da capa deste lançamento, foi concedida total liberdade criativa a Bráulio Amado, designer e ilustrador português residente em Nova Iorque, responsável por capas de discos de artistas como Beck, Róisín Murphy e Frank Ocean e de publicações como a New York Times Magazine.


O videoclipe (mais uma vez D.I.Y.) é colorido mas no entanto deslavado, desfocado e desfasado, e continua a narrativa deste glitch cultural e existencial em que nos encontramos. Não tece preceitos ou juízos, não faz afirmações, e, mais do que colocar questões, abre as caixas onde as guardamos. Abre-as e expõe-nas.

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[Queres é (a) Letra!] Amor Missão, dos D’Alva feat. Sir Scratch https://branmorrighan.com/2017/02/queres-e-letra-amor-missao-dos-dalva.html https://branmorrighan.com/2017/02/queres-e-letra-amor-missao-dos-dalva.html#respond Sat, 11 Feb 2017 10:06:00 +0000

Os D’Alva nunca fazem por menos e eis que surgem com novo single, com a colaboração de Sir Scratch, que para além de ficar no ouvido deve ser realmente escutado com atenção. A letra, cheia de significado, faz-se acompanhar de um ritmo contagiante e é agora representado por um vídeo cheio de caras conhecidas. Muito amor para todos! 



Sei que pouco ou nada sei mas quem não

O que vejo só ajuda à confusão

Sei que fechar os olhos e tapar os ouvidos não é solução

Sei que queres o meu bem, mas nem sempre o resultado iguala à intenção


Se estar certo é munição

De que serve ter razão?

Se estar certo é munição

Que o amor seja a missão


Neste coro de mil vozes pedes-me afinação

Mas em cada voz um tempo, para cada voz um tom

Para cada cabeça há uma sentença

Cada uma o seu refrão


Se estar certo é munição

De que serve ter razão?

Se estar certo é munição

Que o amor seja a missão


Eu tenho ambição de estar onde quero estar

Sempre a pensar optar pelo certo e nunca errar

Isso é só missão eu sei

Mas anseio que mesmo sendo imperfeito posso sê-lo sem receio

Tê-lo sem receio

Verdade traiçoeira traz sempre um bloqueio

Cai, cais na real e tropeças man, a vida são peças man

Se queres um conselho sincero, a sério, não peças man

Andamos todos baralhados, é poker ou espera lá: somos todos derrotados

Salve-se quem puder e a tua munição qual é?

Se não acertas desvia-te que a bala perde

Não há setas, nem mapas, nem guias

Ou fias-te ou não confias, o que é que queres?

Na vida aprendi a ser prático, a minha munição é o amor

É mais fácil


Se estar certo é munição

De que serve ter razão?

Se estar certo é munição

Que o amor seja a missão

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[DESTAQUE] D’Alva compõem, produzem e gravam novo single em live-stream https://branmorrighan.com/2016/01/destaque-dalva-compoem-produzem-e.html https://branmorrighan.com/2016/01/destaque-dalva-compoem-produzem-e.html#respond Thu, 07 Jan 2016 15:53:00 +0000

Dia 15 de Janeiro, tanto o Alex como o Ben vão estar no 7º Aniversário do blogue BranMorrighan, no Musicbox, como convidados dos Thunder & Co., mas antes disso, já dia 11, os fãs vão ter a oportunidade de vê-los num processo criativo em directo, através da plataforma Tradiio!

“Decidir fazer pop como fazemos, quando o fizemos, foi uma atitude punk-rock.” – Estas foram as palavras proferidas numa das primeiras entrevistas que deram quando editaram o seu disco de estreia #batequebate, ênfase em “pop”, “como” e “quando”.

 A alguns meses da marca dos 2 anos depois desse primeiro registo os D’Alva preparam-se para fazer música + internet + reality tv:

“Há muito que queremos mostrar o nosso processo de trabalho desde o início, e mostrar também a toda uma nova geração de futuros músicos que é possível fazer música de forma independente, sem a infra-estrutura de outrora, tudo graças à tecnologia condensada num computador portátil, mas acima de tudo que o maior património, a melhor ferramenta que têm é a sua imaginação, criatividade e trabalho.”

 Os D’Alva vão compor, produzir e gravar o seu próximo single do zero, e vão mostrar todo o processo em live-stream, sem guião, sem música composta, sem rede.

 Em parceria com a Tradiio, o processo pode ser acompanhado a partir de 11 de Janeiro, nos dias úteis, das 11h às 20h em directo ou a partir das 21h em diferido, neste link:

www.tradiio.com/somosdalva

Mais sobre os D’Alva no blogue: http://www.branmorrighan.com/search/label/D%27Alva

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[7 Anos Blogue Morrighan] Festa de Aniversário no Musicbox, dia 15 de Janeiro com THUNDER & Convidados, MAHOGANY e O Manipulador https://branmorrighan.com/2015/12/7-anos-blogue-morrighan-festa-de-2.html https://branmorrighan.com/2015/12/7-anos-blogue-morrighan-festa-de-2.html#respond Tue, 22 Dec 2015 08:25:00 +0000 Cartaz por Marta Banza

Eis que posso finalmente colocar o cartaz cá fora! O Musicbox recebe, pela segunda vez, uma Festa de Aniversário do BranMorrighan e à semelhança do que aconteceu no último aniversário voltamos a ter um leque de artistas muito especial. Acho que só assim faz sentido, apresentar projectos que de alguma maneira me marcaram, que tê-los conhecido contribuiu para que me sentisse mais rica musicalmente e pessoalmente. São três projectos que descobri em 2015 e que se tornaram muito especiais para mim, cada um à sua maneira. 

A noite vai começar com MAHOGANY, cujo disco de estreia – A House in Iceland – é dos mais bonitos que já ouvi. Todo o ambiente musical, os pormenores familiares, a proximidade calorosa da sua voz em comunhão com a guitarra conquistaram-me à primeira audição. Vê-lo ao vivo foi a confirmação de que não faria sentido comemorar mais um aniversário sem a sua presença e estou ansiosa por partilhar esse momento convosco.

Segue-se O Manipulador, um dos projectos do incansável Manuel Molarinho, foi outro projecto que conheci este ano graças ao Split EP que lançou com Daily Misconceptions e que, mais uma vez, na performance ao vivo superou qualquer expectativa. A magia que opera com o seu baixo, a forma como, literalmente, manipula os pedais que traz consigo e ainda a forma como veste a sua música com projecções, fazem de O Manipulador um projecto singular.

São dois projectos da label Zigur Artists, com pessoas extraordinárias e cheias de talento. Estou muito contente por tê-los presentes neste dia e tenho a certeza que não vos vão desiludir. 

Outra coisa que para mim faz sentido, dado todo o trabalho que vou desenvolvendo aqui no blogue, é ter um concerto no aniversário que de outra maneira não aconteceria. Olhando para todos os projectos com que fui interagindo ao longo de 2015, quando esta ideia surgiu fez todo o sentido e acredito que vamos assistir a um espectáculo único e que ficará na memória dos presentes.

Quem vai fechar a noite de concertos são os THUNDER & Convidados, tendo como base Rodrigo Gomes e Sebastião Teixeira dos Thunder & Co. com convidados especiais que tratarei de apresentar daqui a pouco. Os Thunder & Co. são uma das bandas que mais se destacou em 2015. Nociceptor, o disco de estreia, é para mim um dos discos do ano (à semelhança dos outros dois que mencionei) e por isso acho que a noite não podia terminar de melhor maneira. É música de dança “lamechas”, segundo eles, mas também é música de dança que nos conquista, que nos eleva a outra dimensão tanto sonora como estética. Prova disso são as várias nomeações de que têm sido alvo e ainda o mais recente destaque ao vídeo do single N.I.K. Mais uma vez, a experiência de os ver ao vivo fez-me ter a certeza que não só o trabalho que apresentaram é bom, como a forma como o apresentam vale a pena. E no dia 15 vamos ter o essencial de Thunder & Co. mas também vamos ter muito mais. Vamos ter em palco (por ordem alfabética) os seguintes artistas de luxo:

Alex D’Alva Teixeira (D’Alva)

Ariel Rosa (Boss AC)

Ben Monteiro (D’Alva)

Carol B (D’Alva)

Frederico Costa (Cut Slack)

João Pascoal (The Happy Mess)

Maria do Rosário (Mirror People)

Nuno Sarafa (X-Wife)

Rui Maia (Mirror People)

Brevemente farei um post dedicado a cada um dos espectáculos em que no caso de Thunder & Convidados será falado em mais detalhe de cada um dos projectos, como bem merecem.

Estou convicta que vai ser uma noite única. Sei que são géneros completamente diferentes, sei que provavelmente os ouvintes de umas bandas não seriam de outras, mas tenho para mim que vai funcionar muito bem e que haverá gente a sair dali surpreendida e com uma maior diversidade musical na sua biblioteca.

Por último, um muito, muito, muito obrigada à Marta Banza pelo belíssimo cartaz para esta noite! Também podem ler mais sobre o trabalho dela aqui.

Deixo-vos com os links para poderem ouvir cada uma das bandas e bilheteira! Marquem na agenda: 15 DE JANEIRO! Bilhete 7€! Até já.

BILHETES:

http://bol.pt/Comprar/Bilhetes/32654-thunder_convidados_mahogany_o_manipulador-musicbox/

EVENTO FACEBOOK:

https://www.facebook.com/events/1678603209049457/

MAHOGANY

http://www.branmorrighan.com/search/label/Mahogany

https://www.facebook.com/mahoganysounds

O Manipulador

http://www.branmorrighan.com/search/label/O%20Manipulador

https://www.facebook.com/omanipulador/

Thunder & Co.

http://www.branmorrighan.com/search/label/Thunder%20%26%20Co.

https://www.facebook.com/ThunderAndCo/

Boss AC

https://www.facebook.com/BossACoficial/

Cut Slack

https://www.facebook.com/CutSlack/

D’Alva

https://www.facebook.com/somosdalva/

Mirror People

https://www.facebook.com/mirrorpeoplemusique/



The Happy Mess

https://www.facebook.com/thehappymess/

Musicbox Lisboa

https://www.facebook.com/MUSICBOXLISBON/

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[ESPECIAL Queres é (a) Letra!] D’Alva com novo single – “Mas Só Se Quiseres (Feat. Carol B)” https://branmorrighan.com/2015/10/especial-queres-e-letra-dalva-com-novo.html https://branmorrighan.com/2015/10/especial-queres-e-letra-dalva-com-novo.html#respond Tue, 20 Oct 2015 15:45:00 +0000

Tive o privilégio de ouvir esta música pela primeira vez no Festival Bons Sons. O concerto teve tanta resposta do público que mesmo não tendo mais canções, queríamos mais. Pediu-se então que se interrompesse a transmissão em directo para a Antena 3 e mesmo com algum nervoso miudinho, pois nunca tinham tocado, eles mostraram-nos Mas Só Se Quiseres. Quem lá esteve sabe quão bom foi e eis que agora a canção toma formato oficial de single. Esta é também a primeira de várias canções que se adivinham diferentes do primeiro disco, não fossem os D’Alva das bandas mais multifacetadas que temos em termos rítmicos e líricos em Portugal. Deixo-vos com a informação oficial, vídeo e letra – mas só se quiserem, claro.

Se há algo que os D’Alva não são é puristas, fazendo da mescla de géneros o seu género. Desta feita em mais uma canção inédita, certeira e sincera, que cresce em profundidade com a voz de Carol B.


Depois da Pop Tropical de “Frescobol”, do Kuduro Cósmico de “Homologação” e do Funk Brasileiro de “#LLS”, ficou um dos ritmos dos PALOP por explorar. Esse ritmo veio justamente por intermédio de Carol B., que acompanha os D’Alva em palco, e que se tornou parte imprescindível do grupo ao vivo.


A cantora de origem angolana trouxe consigo a “passada” da Kizomba que conquistou o imaginário dos D’Alva, e que entra no seu universo de forma tudo menos previsível.


“Mas Só Se Quiseres” é o título sugestivo desta canção, que continua o desejo do grupo de fazer música de inclusão e sem preconceitos.


O vídeo ficou mais uma vez a cargo da dupla de “#LLS”, Angie Silva e William Sossai, num registo que leva o trio a um mundo onde o VHS dos anos 90 e os 4K que a tecnologia de hoje nos trouxe dançam em mais uma mistura ímpar.

Mas Só Se Quiseres

Letra e Musica: Ben Monteiro e Alex D’Alva Teixeira

Produção: Ben Monteiro

Mistura e Masterização: Miguel Ferrador

Capa:

Fotografia: Leonor Fonseca 

Ilustração: Wasted Rita

Video:

Realizador: Angie Silva

Diretor de Fotografia: William Sossai

Produtora: BRO

Direção de Produção: Alex, Ben & Carol

Coreografia: Luisa Trocades e Pedro Trocades

Pós-Produção: Angie Silva

Lança, lança sobre mim o teu peso e descansa

Lança, lança sobre mim o teu peso e descansa



Deixa-me conduzir 

Mas só se quiseres

Só tens de deixar, só tens seguir

Mas só se quiseres



Eu posso dar ou receber

Mas só se quiseres tentar

Quiseres-te dar a conhecer

Mas só se quiseres



Eu dou, tu dás, a cada compasso que passa

E se eu me dou, te dás, a cada compasso que vem e que passa



Deixa-me segurar

Mas só se quiseres

Não tens que fugir, nem tens que negar

Mas só se quiseres



Eu posso dar ou receber

Mas só se quiseres tentar

Quiseres-te dar a conhecer

Mas só se quiseres



Só se quiseres



Eu digo quero ver essa passada bem dada

Tu dizes quero ser quem faz do nada teu tudo

Só quiseres é que vai dar

São precisos dois p’ra dançar



Eu posso dar ou receber

Mas só se quiseres tentar

Quiseres-te dar a conhecer

Mas só se quiseres

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Antecipando o Bons Sons – O que os artistas esperam do festival e o que podemos esperar deles! – PARTE I https://branmorrighan.com/2015/08/antecipando-o-bons-sons-o-que-os.html https://branmorrighan.com/2015/08/antecipando-o-bons-sons-o-que-os.html#respond Mon, 10 Aug 2015 13:09:00 +0000

O Festival Bons Sons está mesmo aí a chegar, já com a recepção ao campista na Quarta-feira à noite, mas é na Quinta-feira que os concertos realmente começam e em tom de antecipação desafiei algumas bandas a dizerem o que é que esperavam viver no festival e o que é que podíamos esperar deles! Aqui ficam os pares de respostas de alguns dos artistas! Em breve teremos mais, tal como uma espécie de Guia de Bons Sons para principiantes, após conversa com o seu organizador – Luís Ferreira. Se também vão andar pelo festival, deixem na caixa de comentários quais os concertos que não querem perder nem por nada! Até já.

Tio Rex

1 – Sendo o primeiro festival com esta dimensão em que teremos o prazer de tocar,e tendo em conta o conceito do mesmo e que vamos tocar numa igreja, conto ser uma experiência inigualável que marque quem nos vier ver, e que certamente nos marcará a nós.

2 – Intimismo, momentos de introspecção, amor e verdade.

D’Alva

1- Não vamos ter tempo para ver muita coisa, mas há nomes que gostamos imenso, só no nosso dia há Duquesa, Bruno Pernadas e DJs da príncipe discos.

2 – Nós vamos dar tudo, num formato diferente que gostamos de chamar “D’Alva Redux” onde iremos tocar versões mais electrónicas e dançáveis das nossas canções, mas não é por ser diferente que se pode esperar menos diversão, pelo contrário, pois acreditamos que este formato nos permite criar uma ligação de maior proximidade com o público.

Peixe:Avião

1 – Contamos experienciar um bom ambiente, rural, amistoso e abraçado que é o da aldeia de cem soldos, junto das suas gentes e costumes, e de quem por lá visita seja para tocar ou ver e ouvir música.

2 – O festival pode esperar dos peixe avião um concerto enérgico, de punho cerrado e alma aberta, convidando os pés e cabeças a abanar , e a mente a expandir e sorrir.

Riding Pânico

1 – O vosso amor misturado com alguma novidade.

2 – O nosso amor misturado com alguma novidade.

Retimbrar

1 – Em Cem Soldos esperamos viver belos momentos de partilha da música e da alegria.

2 – Cem Soldos pode contar que, de nossa parte, vamos fazer os possíveis para que essa partilha seja uma constante.

Bruno Pernadas

1 – O bom ambiente que caracteriza o festival e ver os concertos que conseguir.

2 – Um concerto longo com imensa intensidade e dedicação. 

Benjamim

1 – Esperamos viver um festival com boa música e bom ambiente. Um local onde se respira música e boa disposição.

2 – Podem esperar o concerto número 31 da nossa Volta a Portugal em Auto Rádio, nós queremos que seja especial e vamos dar tudo o que temos.

Podem ouvir estes e outros artistas na playlist do mês: http://www.branmorrighan.com/2015/08/playlist-especial-verao-musica.html

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