Dan Wells – Bran Morrighan https://branmorrighan.com Literatura, Leitura, Música e Quotidiano Wed, 23 Dec 2020 20:55:11 +0000 pt-PT hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.8.2 https://branmorrighan.com/wp-content/uploads/2020/12/cropped-Preto-32x32.png Dan Wells – Bran Morrighan https://branmorrighan.com 32 32 Opinião: Não Te Quero Matar (John Cleaver #3) de Dan Wells https://branmorrighan.com/2013/03/opiniao-nao-te-quero-matar-john-cleaver.html https://branmorrighan.com/2013/03/opiniao-nao-te-quero-matar-john-cleaver.html#comments Mon, 18 Mar 2013 11:53:00 +0000

Não Te Quero Matar (John Cleaver #3)

Dan Wells

Editora: Contraponto

Sinopse: John Wayne Cleaver é um rapaz bem-comportado, tímido, reservado (e obcecado com a morte, mais especificamente com homicídios), que estuda obsessivamente serial killers e passa os tempos livres a trabalhar na casa funerária da família. A morte parece fazer parte indelével da sua vida; talvez por isso John tenha desenvolvido os poderes de dedução que lhe permitiram salvar a sua cidade do ataque de assassinos (literalmente) demoníacos.

Em Não Te Quero Matar, John Wayne Cleaver apercebe-se de que a única maneira de pôr fim a estes ataques é fazer frente aos demónios que mataram tantos dos seus amigos e vizinhos.

Para isso, vai ter de desafiar uma das criaturas mais perigosas com que já se deparou; e os demónios nunca fazem jogo limpo…

Um thriller sobrenatural irresistível, com um dos protagonistas mais inesquecíveis deste género.

Opinião: A curiosidade nasceu com Não Sou Um Serial Killer, a paixão e o vício com Senhor Monstro e é já com saudades que me despeço de John Cleaver em Não Te Quero Matar. Dan Wells conseguiu construir uma história fantástica com uma personagem principal sólida e fascinante e com um enredo de prender o leitor do início ao fim, mantendo sempre o suspense até às últimas páginas.

No fim do Senhor Monstro, John fez uma promessa solene – iria destruir Ninguém. Como? Ainda não sabia. Porém, não demorou muito a formular algumas hipóteses… Existe um novo serial killer à solta e estranhos suicídios vão ocorrendo com colegas de John. Desta vez não está sozinho na sua demanda. Marci, a filha do chefe da polícia local, entra no jogo com ele. Até que ponto ele poderá revelar a sua verdadeira essência a Marci? Não o achará louco?

Mais do que toda a trama em torno da caça ao demónio, gostei imenso do desenvolvimento que o autor deu à personagem John Cleaver. Nota-se que amadureceu desde o primeiro livro e também as suas emoções são mais trabalhadas. Depois de ter conseguido dominar o desejo insano de matar, embora este ainda esteja presente, John começa a criar ligações emocionais quase sem se dar conta. Os acontecimentos finais deixam o leitor de coração apertado e a empatia é inevitável.

A escrita de Dan Wells é de uma mestria cativante. Ele consegue capturar a nossa atenção e envolver-nos de tal maneira na vida das personagens que torna a leitura uma viagem cheia de emoções. Sem dúvida uma trilogia que, como diz a sinopse e muito bem, será inesquecível.

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Opinião: ‘Senhor Monstro’ (John Cleaver #2) de Dan Wells https://branmorrighan.com/2013/01/opiniao-senhor-monstro-john-cleaver-2.html https://branmorrighan.com/2013/01/opiniao-senhor-monstro-john-cleaver-2.html#respond Sat, 19 Jan 2013 21:46:00 +0000

Senhor Monstro (John Cleaver #2)

Dan Wells

Editora: Contraponto

Sinopse: Em Não Sou Um Serial Killer, ficámos a conhecer John Wayne Cleaver, um rapaz bem-comportado, tímido, reservado (e obcecado com a morte, mais especificamente com homicídios), que salvou a sua cidade de um assassino ainda mais aterrador que os serial killers que estuda obsessivamente.

No entanto, como rapidamente descobre, até os demónios têm amigos, e o desaparecimento daquele que John matou atraiu outro monstro ao condado de Clayton. As suas vítimas vão aparecendo na casa mortuária onde John trabalha, e ele tenta resolver o mistério, uma vez mais. Desta vez, contudo, há uma diferença: John já provou o sabor da morte, e a parte mais escura da sua personalidade pode descontrolar-se, com consequências imprevisíveis mas muito perigosas.

Ninguém em Clayton estará seguro se John não conseguir derrotar estes dois adversários tremendos: o demónio desconhecido que tem de caçar, e o seu próprio demónio interior – a criatura sedenta de sangue a que ele chama «Senhor Monstro»…

Opinião: Não Sou Um Serial Killer foi para mim um dos livros ano de 2012. Conheci o nosso John Cleaver e lembro-me de já nessa altura ter sentido grande compulsividade na leitura ficando, no fim, ávida por novos desenvolvimentos. Finalmente me vi com a sequela na mão, Senhor Monstro, e foi impossível não devorá-lo. Dan Wells não me desiludiu e conquistou um respeito ainda maior pela sua escrita.

John tem as suas regras. Apesar de ter consciência que é um sociopata e que despertou a fome do Senhor Monstro com a morte do demónio anterior, continua com o trabalho incansável de ir contrariando todos os seus instintos primários. O importante para ele é ter consciência de que ele e o Senhor Monstro mantêm-se separados e que é John quem detém as rédeas do domínio.

E tudo até vai correndo bem até que novos corpos começam a aparecer exactamente em locais onde ele se encontra em actividades de lazer. Para piorar a situação, os seus sonhos recorrentes em que tortura Brooke, a rapariga mais gira da escola e que por sinal gosta dele, começam a atormentá-lo cada vez mais, aumentando a ansia do Senhor Monstro em voltar a agir.

A trama desenvolve-se a muito bom ritmo e é impressionante a carga psicológica que o autor, de forma subtil e descontraída, sem tornar o livro pesado, impregna nos acontecimentos. Toda a informação que vamos acumulando sobre os serial killers e sociopatas é ao mesmo tempo fascinante e aterrorizador. O leitor sente-se em constante sobressalto, pois a instabilidade de John é cada vez maior e mesmo quem está deste lado não sabe se quer que ele mate de uma vez ou se resista.

Extremamente bem escrito e com personagens interessantes, os cenários do Senhor Monstro tornam-se irresistíveis. A leitura flui sem nunca se tornar aborrecida e a curiosidade alimenta a vontade de seguir em frente na vida deste adolescente de dezasseis anos. Recomendo vivamente.

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Opinião: ‘Não Sou Um Serial Killer’ de Dan Walls https://branmorrighan.com/2012/03/opiniao-nao-sou-um-serial-killer-de-dan.html https://branmorrighan.com/2012/03/opiniao-nao-sou-um-serial-killer-de-dan.html#respond Sun, 25 Mar 2012 16:39:00 +0000

Não Sou Um Serial Killer

Dan Wells

Editora: Contraponto

Sinopse: John Wayne Cleaver é um rapaz perigoso – muito perigoso. E passou a vida a tentar não cumprir o seu potencial.

É bem-comportado, calado, tímido e reservado, mas incapaz de sentir empatia e de compreender as pessoas que o rodeiam. Prefere conviver com os mortos; o seu trabalho (e passatempo favorito) é embalsamar cadáveres na casa mortuária que pertence à família. Além disso,

partilha o nome com um famoso serial killer e tem uma obsessão quase incontrolável por psicopatas e assassinos em série. Sob estas circunstâncias, parece que o seu destino está traçado.

Contudo, Cleaver tem consciência das suas invulgares características, e quer a todo o custo impedir-se a si mesmo de matar. Para tal, criou um conjunto de regras muito precisas: tenta cultivar apenas pensamentos positivos pelas pessoas que o rodeiam (até pelo bully do

liceu), evita criar laços ou interessar-se por elas (tem apenas um amigo da sua idade) e, sobretudo, tenta a todo o custo manter-se afastado do fogo (que gosta de atear), dos animais (que gosta de dissecar) e de locais e vítimas de crimes. As suas regras vão ser postas à prova quando é encontrado um corpo terrivelmente mutilado – e depois um segundo, e um terceiro.

Será que na sua pacata vila existe uma criatura ainda mais perigosa do que John Wayne Cleaver?

Opinião: Não Sou Um Serial Killer foi uma leitura divertida, descontraída e muito engraçada. Foi a primeira obra de Dan Wells que li e adorei a sua escrita e as personagens que criou.

Falar do livro, tendo a sinopse neste post, quase parece despropositado porque esta já diz tudo, ou quase tudo, de relevante no que toca ao nosso personagem principal John Wayne Cleaver. No entanto, quero realçar que foi uma das personagens literárias de que mais gostei.

Apesar de muita gente poder relacionar este personagem com outra muito conhecida ‘Dexter’, penso que o autor tornou John Cleaver muito original, pois conseguiu cativar-nos e ligar-nos a este adolescente que se tenta compreender e conhecer, tendo sempre consciência de que é diferente.

A história em si está muito gira, apesar de algumas pessoas mais sensíveis poderem ficar um pouco impressionadas com algumas descrições. Penso que não está exagerado e ao mesmo tempo causa aquele impacto no leitor ‘bolas, mas o que é que vai acontecer a seguir?’.

A escrita do autor é simples, cativante e prende-nos do início ao fim. Sem dúvida uma obra que gostei muito, um pouco juvenil, intercalada com emoção e um certo fascínio. Uma óptima aposta da Contraponto.

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