Dear Telephone – Bran Morrighan https://branmorrighan.com Literatura, Leitura, Música e Quotidiano Mon, 28 Dec 2020 05:35:50 +0000 pt-PT hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.8.2 https://branmorrighan.com/wp-content/uploads/2020/12/cropped-Preto-32x32.png Dear Telephone – Bran Morrighan https://branmorrighan.com 32 32 [Queres é (a) Letra!] Dear Telephone – Automatic https://branmorrighan.com/2018/10/queres-e-letra-dear-telephone-automatic.html https://branmorrighan.com/2018/10/queres-e-letra-dear-telephone-automatic.html#respond Sun, 07 Oct 2018 18:02:00 +0000

Depois da extensa tour de apresentação do primeiro álbum, a banda recolheu-se dois anos em trabalho de ensaio e cada um dos seus elementos desdobrou-se em múltiplos projectos pessoais e colaborativos (Sensible Soccers, White Haus, Peixe-avião, Krake, Cavalheiro, PZ, entre outros). O regresso à caverna da composição trouxe um novo fôlego e uma identidade revista e aumentada, que culminou na edição de “Cut” e numa densa agenda de concertos, dos Teatros Municipais da Guarda e Vila Real, ao Gnration (na primeira parte das míticas Raincoats), Casa das Artes de Famalicão, Centro Cultural Vila Flor, até à Casa da Música, ao Festival Terrazeando em Santiago de Compostela e com fecho, no final de agosto, no Festival Vodafone Paredes de Coura.

Setembro deu início a um novo ciclo de vida do álbum, que a banda decide marcar com o lançamento do novo vídeo – Automatic. 

Sucedendo a “Slit”, filmado por André Tentugal, “Automatic” é o segundo capítulo-vídeo de “Cut”, álbum em que os Dear Telephone aprofundam a influência do cinema na sua música e lírica. Realizado por Miguel C. Tavares e Luis Moreira, protagonizado por Bruna Passos Costa, “Automatic” trata de lugares e arquitecturas, onde a personagem aparentemente solitária busca, em passo arriscado e decidido, o caminho de ser o que lhe apetecer, como numa vida-filme.

Late-night shelter

Roof-top pool light

Shoe, cross canvas of glass and tenfold


Worn-out rugs 

And wooden faces

Blue vest let down among the traces


In this drag, where I roam 

New, feels like home


Watch it all from 21 st floor, 

As a flash goes cross the sky 

And I, walk out the threshold, 

Rising through


This white empty ghostly room

It’s just another start


In this trail, where I roam 

 New, feels like home

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[Queres é (a) Letra!] Dear Telephone – Cut – Slit https://branmorrighan.com/2017/10/queres-e-letra-dear-telephone-cut-slit.html https://branmorrighan.com/2017/10/queres-e-letra-dear-telephone-cut-slit.html#respond Sun, 08 Oct 2017 16:12:00 +0000

Os Dear Telephone estão – finalmente! – de volta. “Cut”, título do próximo disco, sairá no dia 27 de Outubro, editado pela PAD e já conta com dois concertos confirmados –  26 e 27 de Outubro no Theatro Gil Vicente em Barcelos. Slit é o primeiro single, e faz antever um disco recheado de novas texturas, sempre com uma assinatura muito única, que acompanha Dear Telephone desde o início, mas agora com Graciela Coelho a assumir a voz por inteiro. O caminho artístico dos Dear Telephone tem sido pautado por uma estética cuidada e cheia de significado. O vídeo de Slit vem reforçar isso mesmo.

Feito de uma mistura fina entre tensão e contemplação, Slit é o tema de apresentação do novo álbum de Dear Telephone. A câmara de André Tentúgal revela esta ambivalência, prendendo os músicos em planos duros e estáticos, para logo perseguir os seus olhares entre a névoa de lirismo. Em fundo, como sempre, a cidade – agora, mais perto do que nunca.

BIOGRAFIA

Formados em 2010, os Dear Telephone reúnem Graciela Coelho, André Simão e Ricardo Cibrão e Pedro Oliveira. Inspiram-se no nome da curta-metragem de Peter Greenaway “Dear Phone” – 1976, para deixar expressa a vontade de decantar soap operas e melodramas de bolso, em composições duras e frugais. Editam o primeiro registo em Março de 2011 pela PAD, o EP “Birth of a Robot”, entusiasticamente recebido pela imprensa e apresentado ao vivo em salas como o Theatro Circo, Hard Club (c/ Anna Calvi) ou em festivais como o Optimus Primavera Club e Milhões de Festa, entre outros. Integram a compilação “Novos Talentos Fnac 2011” e representam Portugal na edição de agosto 2011 do “Music Alliance Pact”. Ocupam o final de 2012 no processo de composição do primeiro longa duração – Taxi Ballad – editado em Maio de 2013, ano que dedicam integralmente à tour de apresentação deste registo, do Centro Cultural Vila Flor – Guimarães, Casa da Música até ao Optimus Primavera Sound. Em 2014 fazem a estreia fora de Portugal, no Powerlunches -Londres e preparam simultaneamente os concertos de encerramento da tour – que termina no final de 2015, com uma mini-tour na Bélgica e passagem pelo Centro Cultural de Belém.

2016 foi dedicado à composição do segundo álbum, gravado em 2017 com Nelson Carvalho nos Estúdios Valentim de Carvalho e edição agendada para Outubro do mesmo ano.

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What if I wake with a rumble

Shall I dive in-to my cloak

Just another cold-feet morning


Breeze from the highway

Sliding through

The slit, just above my window


What if I hit, the road

Poetry

Left out, dimming as the sun shines

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Entrevista aos Dear Telephone, Banda Portuguesa https://branmorrighan.com/2014/04/entrevista-aos-dear-telephone-banda.html https://branmorrighan.com/2014/04/entrevista-aos-dear-telephone-banda.html#respond Sun, 27 Apr 2014 13:31:00 +0000 Existem bandas que nos tocam de uma maneira muito especial com a sua música. Quando descobri Dear Telephone, através do álbum Taxi Ballad, confesso que não estava à espera da vaga de emoções e da energia proporcionadas. Os Dear Telephone formaram-se em 2010, reunindo Graciela Coelho, André Simão e Ricardo Cibrão (companheiros nos La La La Ressonance), Pedro Oliveira (baterista de peixe:avião e Old Jerusalem). O resultado é um conjunto de sons únicos, com um par de vozes que fica no ouvido, perfeitamente conjugadas, e cujo talento é impossível de negar. 

A entrevista, infelizmente, teve de ser por mail e por isso o tom algo impessoal, mas que vale a pena ler. 

1. Estão juntos desde 2010, o que é que motivou formarem este projecto?

Essencialmente a vontade de explorarmos um formato e uma linguagem que não era, até aí, preferencial a nenhum de nós: a canção. Muita da nossa identidade passa pelo encaixe possível entre os nossos passados mais ligados à música experimental e o formato tradicional da canção. O resultado é muitas vezes híbrido e por isso, para nós, entusiasmante. Nasceu também fruto de uma amizade com décadas, da vontade de trabalhar juntos e da entrada em cena da Graciela.

2. Porquê o nome Dear Telephone?

O nome inspira-se directamente numa curta-metragem experimental do Peter Greenaway. As afinidades entre o que nos estava a surgir, musical e liricamente, e o universo estético e mensagem – ou ausência dela – do filme eram demasiado evidentes: ideias como pausa, suspensão, quotidiano, comunicação, etc. Torna-se difícil de explicar resumidamente e por escrito. Vendo o filme e conhecendo o nosso   trabalho, torna-se clara a opção.  

3. Contam com dois álbuns lançados, o primeiro Birth of Robot em 2011 e agora o Taxi Ballad em 2013. Que histórias é que pretendem contar em cada um? Quais os conceitos essenciais por trás de cada um destes discos?

“Birth of Robot” foi um registo muito baseado na ideia de síntese, de minimalismo nos recursos. Em oposição a uma lírica complexa e teatral. No fundo, traços que de algum modo se estendem ao “Taxi Ballad”. Cujo conceito fundamental é a ideia de interior.  Tanto no sentido humano como arquitetural ou espacial.   

4. Vocês oscilam bastante entre os registos calmos e os mais agressivos, com uma bateria rebelde em tom de protesto. Não sou de colocar rótulos nas músicas, mas se vos perguntarem qual é o vosso tipo de música, o que é que respondem?

Esse não é nosso papel. Temos influências tão diversas a contribuir para a nossa música que se torna realmente difícil – para além de irrelevante – engavetar o nosso som. Quando muito poderíamos dizer que somos uma banda de rock.

5. Quais é que consideram as vossas principais influências/inspirações na música que produzem?

Antonioni, Peter Greenaway, Mike Leigh, da cinema. Hemingway e David Lodge, da literatura. Arthur Russell, Low e o universo do country, na música.  

6. Como tem sido a receptividade do público português?

Tem sido óptima. Sentimos a nossa base de seguidores a aumentar lenta e sustentadamente.

7. Já actuaram fora de Portugal? Se sim, como foi a experiência?

Ainda não. Acontecerá em breve, no início de maio.

8. Existe algum palco em que actuarem nele seja como voltarem a casa?

Não. Há palcos que nos deixaram marcas mais fortes, outros que nem tanto. Mas esse é o encanto do palco e da própria ideia de tocar ao vivo: deixarmo-nos surpreender pelo sítio, as pessoas, as interacções. 

9. Conseguem fazer música a tempo inteiro, ou seja, são músicos profissionais?

Não. Apesar de abordarmos a música num sentido semi-profissionalizante, nenhum de nós vive ou quer viver dela.

10. Na vossa perspectiva, é fácil ser-se músico em Portugal?

É fácil ser-se músico em qualquer lugar. O difícil é tornar digna e operativa a ação de partilhar a tua música. Em Portugal demos passos de gigante nos últimos anos, nessa perspectiva. Há poucos países que reúnam em tão pouco espaço geográfico, tantas salas, equipamentos, imprensa, estúdios, bandas, etc. Falta-nos, ainda assim, uma industria mais madura e funcional. Um sistema integrado entre todas estas coisas.

11. Enquanto leitora não consigo dissociar a música da literatura. Quase todos os livros têm algum tipo de banda sonora e, inclusive, existem autores que só conseguem escrever a ouvir música. Que tipo de livro é que acham que a vossa música poderia inspirar?

Um romance, sem dúvida. Diria mesmo, uma novela. Ora negra e intrincada, ora lenta e matinal. Com muitos personagens. Muitas referências subliminares. Poucos acontecimentos reais, muitos imaginários. Um final aberto.

12. E vocês, costumam ler ou escrever? Algum livro preferido que queiram mencionar e que até vos possa ter influenciado de alguma maneira?

São muitos. Do Barão Trepador do Calvino à Troca do David Lodge.

13. Que projectos têm em mente para o futuro?

Continuar a apresentar o Taxi Ballad. Compor o próximo álbum. Prometemos novidades antes do fim do ano.

14.  Agora uma pequena pergunta da praxe que faço a todos os entrevistados: já conheciam o blog BranMorrighan? O que acham do espaço? Que mensagem podem deixar aos seus leitores?

Conhecemos o blog há relativamente pouco tempo. Apreciamos, obviamente, mais este contributo à difusão da arte, de forma descomprometida e independente. Parabéns ao blog e a todos os que lhe justificam a vida, lendo-o e interagindo.

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Desde já o meu muito obrigada à banda pela disponibilidade e fica a informação que dia 9 de Maio vão então actuar pela primeira vez fora de Portugal em Londres.

Podem encontrar mais informações sobre a mesma nos seguintes links:

Site Oficialhttp://www.deartelephone.com/

Facebookhttps://www.facebook.com/deartelephone

PAD-online: http://pad-online.com/dear-telephone/dear-telephone-taxi-ballad

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