Diário de Bordo 2018 – Bran Morrighan https://branmorrighan.com Literatura, Leitura, Música e Quotidiano Mon, 28 Dec 2020 05:43:24 +0000 pt-PT hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.9 https://branmorrighan.com/wp-content/uploads/2020/12/cropped-Preto-32x32.png Diário de Bordo 2018 – Bran Morrighan https://branmorrighan.com 32 32 [10 Anos Blog BranMorrighan] A Mixtape – Depois de André Barros é a vez de Slowburner https://branmorrighan.com/2018/12/10-anos-blog-branmorrighan-mixtape_31.html https://branmorrighan.com/2018/12/10-anos-blog-branmorrighan-mixtape_31.html#respond Mon, 31 Dec 2018 12:40:00 +0000

Slowburner é o protagonista do segundo tema da Mixtape dos #10anosblogbranmorrighan! Uma primeira curiosidade é que o Élvio Rodrigues, aka Slowburner, foi meu colega de faculdade há perto de uma década atrás. Nunca fomos do mesmo círculo de amigos, mas cruzávamo-nos com frequência pelos edifícios da RNL, no Instituto Superior Técnico. Claro que a vida acontece e, tal como na maioria dos casos, terminado o curso nunca mais o voltei a ver. 

Há umas semanas, já comigo enquanto professora na Faculdade de Ciências, um colega meu, o José Coelho, falou-me neste rapaz que tocava piano como ninguém e que até já o tinha levado a tocar no telhado da sua casa. Como sou aficcionada por piano, fui ver quem era e ele até comentou comigo que achava que nós tínhamos sido colegas, já que ele também tinha andado no IST e era mais ou menos da nossa idade. Na mouche

Nem queria bem acreditar. Não que fosse duvidar do talento do Élvio, mas foi tão imprevisível para mim que fiquei ligeiramente em choque. E por boas razões. Depois de visitar o bandcamp do Slowburner, rapidamente me apercebi que ele é um daqueles raros talentos que ninguém devia perder, mas que quase ninguém conhece. Como já tinha a ideia da Mixtape em mente, não tardei a convidá-lo e ele prontamente aceitou. 

O resultado é o que podem ouvir através do bandcamp. Sublime, magnífico. Ao contrário do que lhe é habitual, em que só toca instrumental, Slowburner decidiu dar voz ao que o momento lhe falava ao ouvido e em “Custe o que custar” temos um tema inédito e especial em todos os sentidos. Confesso, fiquei comovida, para além dos arrepios na espinha provocados pela música. Deixem-se levar e arrebatar por ele. Procurem-no, ouçam-no, apoiem-no. Ele merece.

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[10 Anos Blog BranMorrighan] A Mixtape https://branmorrighan.com/2018/12/10-anos-blog-branmorrighan-mixtape.html https://branmorrighan.com/2018/12/10-anos-blog-branmorrighan-mixtape.html#respond Wed, 26 Dec 2018 16:17:00 +0000

Esta comemoração dos 10 anos do BranMorrighan é capaz de estar a ser a mais em cima do joelho que alguma vez aconteceu. Consegui acumular deveres profissionais com deveres académicos, encher-me de trabalho até ao tutano e chegar ao ponto de não saber a quantas ando. O tempo passou depressa demais e uma série de ideias e projectos que tinha para este aniversário nunca aconteceram. Ainda assim, porque sou uma sortuda e porque nas alturas certas as pessoas certas têm o condão de aparecer na minha vida, a ideia da Mixtape está a ganhar forma e já tem sítio no bandcamp – https://branmorrighan.bandcamp.com

A minha ideia foi desafiar uma série de artistas que admiro e que me marcaram nos últimos anos a comporem um tema inédito, quem sabe até fora do contexto e das sonoridades que normalmente exploram. O primeiro a ter o seu tema pronto foi o música André Barros, pianista sublime, compositor de outro mundo. O seu tema chama-se Racing Thoughts e tem origem na associação que o André Barros fez entre o meu estilo de vida e o blogue. Quando o ouvi pela primeira vez comecei por sentir logo um arrepio na espinha. Depois foi uma espécie de caminho para a catarse. Senti alegria, tristeza, sorri, chorei, uma autêntica corrida de emoções e pensamentos. Curioso, não acham? O André Barros é alguém cujo trabalho artístico admiro profundamente. A sua versatilidade e a sua sensibilidade dão as mais diversas texturas à sua música e é muito difícil não ficarmos sensibilizados e hipnotizados com as mesmas. 

Este início da Mixtape, com este tema do André Barros, acaba por abrir o mote ao propósito da mesma. Viagens que exploram o nosso interior. Umas vezes mais luminoso, outras vezes mais escuro e pesado. Estou muito contente com os temas que me chegaram até agora e acredito que, de alguma maneira, irão tocar as pessoas certas, no momento certo. Na véspera de ano novo divulgarei mais um tema, o do Slowburner. Se não o conhecem, desafio-vos a pesquisarem-no e a ouvirem-no. Nessa altura divulgarei mais pormenores e novidades.

A capa da mixtape é uma fotografia tirada por mim quando estive em Cambridge, há coisa de duas semanas. Estava a passear dentro de um campus de uma universidade e tornou-se impossível não captar aquela paisagem que coincide tanto com a essa tal mistura de emoções que mencionei há pouco. Espero que gostem. Obrigada por estarem desse lado e por todo o apoio.

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10 Anos de Blogue BranMorrighan | Ilustrações de Katharina Leppert https://branmorrighan.com/2018/12/10-anos-de-blogue-branmorrighan.html https://branmorrighan.com/2018/12/10-anos-de-blogue-branmorrighan.html#respond Mon, 17 Dec 2018 20:30:00 +0000

10 anos. Uma década. E uma sensação constante de abismo e fascínio. Ao longo dos últimos anos, a cada dia 13 de Dezembro, escrevi sempre uma mensagem enorme, uma espécie de memorial anual, mas este ano nem sequer consegui vir ao computador nesse dia. Estava numa conferência, em Cambridge (Inglaterra), a apresentar dois trabalhos e ainda acabei a ser convidada para participar na organização da próxima edição que será em Lisboa. Estava constantemente num misto de alegria e coração apertado, pois o BranMorrighan sempre foi aquele meu projecto que mais me deu e eu não estava sequer a conseguir homenageá-lo como deve ser. 

Olhando para trás, e lembrando que tinha apenas 20 anos quando escrevi as primeiras linhas num layout que era totalmente negro, apenas com uma lua amarela a iluminar o espaço, parece que já se passaram várias vidas e não apenas dez anos. As circunstâncias que me levaram a criar o blogue são tão misteriosas quanto inevitáveis. Eu tinha passado por dois anos muito complicados, com cirurgias, a interrupção da minha carreira desportiva (joguei basquetebol e representei a selecção nacional até à selecção sub20), e estava numa licenciatura, Engenharia Informática e de Computadores no Técnico, que tanto me desafiava como dava comigo em doida. A par de tudo isto uma curiosidade inata sobre o desconhecido, o místico, a procura de um sentido no universo. E assim começou o BranMorrighan.

Bran, deus celta cujo símbolo é um corvo, Morrighan, deusa celta cujo símbolo também é um corvo. Ambos partilham a sua ligação à guerra, à morte, mas também à profecia, à escrita, à música e ao caminho da perseverança. No meu imaginário, com base na forma como eu encarava as situações em que me via envolvida, ter um blogue como este, naquele ano, era criar um espaço onde me poderia sentir em casa, falar sem qualquer reserva de qualquer assunto, partilhando assim as minhas descobertas e as minhas paixões. 

Cedo a minha vida se revelou uma batalha constante. Por vezes é assim. Umas vezes por razões admiráveis, outras vezes porque não temos senão outra solução senão lutar e seguir em frente. Com o blogue conheci gente que marcou, irremediavelmente, a minha vida. Muitas vezes o blogue não teve um impacto directo na minha, mas por o ter criado muitas outras oportunidades surgiram. Vivi coisas que, se não me tivesse sentado, à luz de uma lua cheia a 13 de Dezembro de 2008, a escrever num computador sobre o que me ia na alma nunca teriam acontecido e eu hoje não seria quem sou. Directa ou indirectamente, por este blogue existir vivi momentos que estão para lá de qualquer descrição. 

Criei ligações ao mundo da literatura, mais tarde ao mundo da música. O BranMorrighan passou de ser o blogue com o nome esquisito para ser o blogue da Sofia, sendo que neste momento já não há distinção entre um e outro. O BranMorrighan tornou-se numa extensão de mim. Com 30 anos feitos em 2018, uma licenciatura e um mestrado em Engenharia Informática, uma tese de doutoramento entregue em Engenharia informática, uma ligação maior que o  mundo, pelo menos no coração, à Omnichord Records, tours nacionais e internacionais com artistas que vou admirar sempre e para sempre, colaborações editoriais com as principais editoras nacionais, colaborações escritas com o Música em DX e SapoMAG, viagens pela Europa e Japão a divulgar o meu trabalho científico, e agora como professora auxiliar convidada na Faculdade de Ciências – sei que estou a ser injusta nesta listagem porque vivi (oh tanto!) mais – certamente não sou a mesma pessoa que era há 10 anos atrás. 

E nestes 10 anos, não me querendo alongar muito mais, preciso sempre, mas sempre, de mencionar o LMR. Partiu cedo demais, mas sem a presença dele na minha vida, nos anos em que esteve presente, eu não teria vencido metade das batalhas com que me deparei, este blogue nunca seria metade do que é. Ele desafiou-me a ser mais, a querer mais, a nunca desistir de um sonho. Para além de ter sido uma das pessoas mais carismáticas que alguma vez conheci, foi um dos meus melhores amigos. A sua marca na minha vida e na deste blogue nunca, jamais, será esquecida. 

Preciso também de agradecer, tão essencial quanto a existência deste sítio, aos meus leitores. Os leitores do BranMorrighan são leitores especiais. Não quero saber se pareço arrogante com esta afirmação, mas eles sabem que é verdade. Vocês sabem que de alguma maneira, nas vossas vidas, ousam ser diferentes, ousam ser curiosos, ousam querer mais das vossas vidas. E é isso que pretendo continuar a inspirar. Seja por ajudar directamente artistas, escritores, académicos, quem for, seja por partilhar convosco experiências e opiniões pessoais que mostram que, independentemente de qualquer status, somos todos humanos, com forças e fraquezas, com alegrias e tristezas. Acima de tudo, nada disto valia a pena sem ser através da partilha. E esta é a palavra-chave que resume esta última década. Uma PARTILHA do meu coração para os vossos. 

Mais uma vez, obrigada a todos, sem excepção, que todos os dias fazem com que este caminho faça sentido e valha a pena. Obrigada a todos, sem excepção, que se cruzam com a minha vida com boas intenções e que me fazem uma pessoa mais feliz. Obrigada também àqueles que nem sempre têm boas intenções e tentam causar problemas, tornam-me mais forte. E, claro, obrigada aos meus amigos e à minha família. Aquele pilar inabalável que conta agora com o canino mais lindo do mundo #ocaobran, o abençoado. 

As comemorações este ano contam novamente com os tradicionais passatempos literários (a serem lançados a partir de amanhã), com duas festas, Lisboa e Porto (novidades brevemente) e também com um elemento novo. Uma mixtape de temas originais de alguns artistas portugueses. Uns mais conhecidos que outros, mas o melhor de tudo é perceber a ligação que encontraram entre os temas que criaram, a minha pessoa e o blogue. E, não falhando à filosofia de apresentar novos talentos, bem que podem contar com eles. Ainda esta semana ou na próxima começo a revelar os temas e os seus autores. Fiquem atentos!

As belíssimas ilustrações deste aniversário, incluindo os cartazes dos concertos, são da magnífica Katharina Leppert. Fica o poster e logo a seguir toda a informação sobre uma das mais recentes pessoas que entrou no universo BM e que, sem dúvida, o tornaram mais bonito. Muito obrigada, querida Kate. 

[katharina leppert], podem chamar-me Queite e escrever Kate.

25 anos, Tatuadora e Ilustradora, a viver e a beber no Porto. 

Podem encontrar-me no estúdio privado Tigres Studio.


Todos os meus trabalhos são inspirados em elementos botânicos e esotéricos. Se puder juntar cristais de quartzo-rosa com raminhos de flores, tenho o dia feito.


Para completar alguns artworks que faço, adiciono por vezes a fotografia. É normalmente analógica de retratos ou de paisagem citadina e campestre. 

Instagram:

@katetattoo

@kateleppert

Facebook:

Kate Tattoo – https://www.facebook.com/powergirltattookate/

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[Diário de Bordo] Depois de quase duas semana sem smartphone e rede móvel https://branmorrighan.com/2018/11/diario-de-bordo-depois-de-quase-duas.html https://branmorrighan.com/2018/11/diario-de-bordo-depois-de-quase-duas.html#respond Sat, 24 Nov 2018 16:52:00 +0000

Quem é que nunca ficou sem telemóvel de um momento para o outro? Ou porque caiu, ou porque avariou, ou porque, como no meu caso, a bateria começou a drenar, do nada, em menos de quatro horas? Convencida que estava do modelo que queria comprar a seguir, e que não há em Portugal, tratei de arranjar um pequeno telemóvel básico, da Select Line (custou uns 16€) que dá para as tradicionais chamadas e sms. Melhor de tudo, para ter um toque de chamada, tive de gravar, literalmente, uma música a sair de um sítio qualquer e gravei a Drops, dos Jungle. Ahahah. A cada despertador ou chamada, lá começava com aquele ruído típico de uma qualquer gravação de baixa qualidade. Foi quase nostálgico. 

Fiquei praticamente duas semanas nestas condições porque a primeira encomenda com a Amazon.es correu mal. Chegou-me um telemóvel que não vinha selado e nem sequer ligava ou carregava. Ainda aguardo que me reembolsem o dinheiro, já que já enviei o telemóvel de volta. Acabei por mandar vir um da Tek4Life, que chegou em menos de 24h com tudo perfeito. 

Porque é que partilho isto convosco? Achei a experiência de ter um telemóvel sem qualquer acesso a rede móvel/internet completamente libertadora. Muitos dos meus amigos perguntavam como é que eu conseguia, cheguei até a ouvir “uma miúda moderna como tu como é que não tem um smartphone?”, mas a verdade é que o detox surtiu de tal maneira efeito que agora dou por mim a esquecer-me de prestar atenção ao smartphone. 

Isto leva-me a crer que a minha adição às novas tecnologias e à internet não é assim tão grave, mas, principalmente, faz-me perceber que muitas vezes andamos desfocados do que realmente nos rodeia para verificarmos as redes sociais ou então para respondermos a mails de forma imediata. Como estive estas duas semanas sem telemóvel e como não estive sempre colada ao computador, afinal estou a dar aulas a maior parte do tempo e também convém dormir e comer, claro que não lia nem respondia aos mails imediatamente (ainda tenho alguns em atraso), mas obviamente ninguém morreu por isso. 

Dou por mim a pensar que as pessoas deviam, claramente, abrandar o ritmo a que vivem, abrandar a ansiedade com que vivem de mostrar tudo, de responder a tudo, de fazer parte de tudo. Dou por mim a tirar prazer só pelo facto de estar desconectada, de poder estar no presente. É quase redescobrir o que nos rodeia, observar como as pessoas se comportam, o quão dependentes disto ou daquilo estão, como é que isso as influencia e que impacto é que isso tem nas suas vidas. 

Tenho clara noção que o BranMorrighan tem sofrido com a minha falta de tempo e de dedicação. Tenho lido menos, tenho ouvido menos coisas novas, faço poucas entrevistas, não consigo acompanhar as novidades todas em tempo real, etc. Mas sabem a contrapartida? Acabei a primeira versão da minha tese de doutoramento. Tenho passado mais tempo com #ocaobran e sempre que preciso tenho conseguido estar mais focada. 

Estar na fase de término de uma tese de doutoramento é muito complicado. Existe muita pressão. Achamos sempre que nunca está boa o suficiente. Todas as inseguranças vêm ao de cima. Todo o nosso tempo, todo o nosso pensamento livre acaba por ir para àquele documento que é decisivo para o futuro da nossa carreira enquanto docente universitário e investigador científico. O cansaço consegue ser arrasador.

Para além disto tudo, ando a ver se consigo preparar as festas de aniversário do blogue. Ilustrações, cartazes, bandas, logísticas, tudo e mais alguma coisa. Para não falar do que, obviamente, me ocupa mais tempo, preparar todas as aulas que preciso de dar ao longo da semana. Porque, este sim, é o meu maior compromisso, assegurar-me que consigo que os meus alunos tenham gosto em aprender e que consigam efectivamente apreender os conceitos que é suposto eu transmitir-lhes. A mim não me interessa só debitar a matéria. Interessa-me que eles ganhem cada vez mais curiosidade, que se tornem proactivos, que tenham gosto em ir às aulas. Que as aulas sejam estimulantes e não apenas uma obrigação. Tudo isto envolve uma grande dedicação e desgaste. 

Juntar tese, aulas, blogue, mais trinta mil logísticas caseiras e ainda não descurar da minha saúde e dos tratamentos que preciso consegue ser explosivo. Mas sabem que mais? É maravilhoso ter o privilégio de viver isto tudo. Às vezes o custo é grande. Às vezes dou por mim a abdicar de coisas que adoro porque o dever está primeiro. No entanto, não posso ficar triste ou chateada com isso. Tudo na vida exige um equilíbrio e acho que, entre aquilo que abdico e aquilo que usufruo, não me posso queixar. 

E pronto, fica aqui uma pequena reflexão que me apeteceu partilhar convosco! Espero que estejam bem e que continuem desse lado que brevemente tenho muitas novidades para partilhar convosco! 

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[Diário de Bordo] Porque a chave está sempre na partilha https://branmorrighan.com/2018/11/diario-de-bordo-porque-chave-esta.html https://branmorrighan.com/2018/11/diario-de-bordo-porque-chave-esta.html#respond Sun, 11 Nov 2018 12:24:00 +0000 Ilustração parcial de Katharina Leppert

Estamos praticamente a um mês de comemorar 10 anos de blogue BranMorrighan! 10 anos! Uma década! Duas mãos cheias! Eheheh 🙂 Esse número redondo que parece tão fantástico como inacreditável. Parecendo que não, e olhando para trás, eu tinha apenas 20 anos quando comecei a escrever por aqui. Para quem já está nos trinta, como eu, dá para ter noção que em 10 anos há tanta coisa que muda em nós… Principalmente nesta década tão determinante em que iniciamos a nossa vida adulta, iniciamos e terminamos estudos e empregos, algumas pessoas começam casam e/ou constituem família, etc. etc. 

Se olharmos para o intervalo temporal no que diz respeito à história, a verdade é que nos últimos 10 anos houve tanta coisa que mudou e evoluiu! Quando eu comecei este blogue ainda nem Facebook havia! Temos jovens, hoje em dia, que nem sequer sabem o que é não existir internet ou não haver redes sociais! Dito isto, cada vez que penso em todos estes anos, há sempre um certo fascínio, quase abismal, em relação a tantos aspectos diferentes da minha vida pessoal e do quotidiano humano no geral. Mas vamos com calma, que sobre estas reflexões falarei no devido tempo. 

Este post surge porque quero muito agradecer a todos os leitores e amigos que continuam a tornar este projecto possível. Que continuam a ler, a partilhar, a motivar-me para continuar. Os últimos dois/três anos têm sido muito duros. Um doutoramento não é brincadeira e agora que me encontro na recta final, tudo é ainda mais exigente, ainda mais difícil de gerir. As inseguranças assaltam-me, a desmotivação está sempre na esquina à espreita e à espera que eu baixe as minhas guardas, e há dias que são mesmo muito difíceis tanto a nível emotivo como de motivação. 

Mesmo as coisas avançando a um ritmo dolorosamente lento, a ilustração do 10º aniversário já se encontra concluída e este ano temos novamente uma ilustradora, a Katharina Leppert. A imagem que ilustra o post é um excerto dessa mesma ilustração, que adoro de coração. Tenho tido muita sorte. Na panóplia de ilustradores do blogue já pude contar com Afonso Cruz, João Pedro Fonseca, Marta Banza, Mara Mures, Mariana Cáceres e agora a querida Kate. Brevemente vamos ficar a saber mais sobre ela! 

As comemorações vão acontecer primeiro em Lisboa, dia 18 de Janeiro no Musicbox, e depois no Porto, dia 1 de Fevereiro. Entre o dia 13 de Dezembro, dia em que o blogue faz, efectivamente, 10 anos, e essas comemorações, vão haver dezenas de passatempos e mimos para os leitores. Serão também revelados, brevemente, os cartazes de cada uma das festas. É só apontarem já na agenda os dias e virem comemorar connosco! 

Até lá continuo na luta a preparar e a dar aulas, a tentar terminar a minha tese de doutoramento, a ter de preparar um poster e uma apresentação para a conferência de redes complexas em Cambridge, a acontecer em Dezembro, a cuidar do meu pequenote grandalhão Bran, etc. Ora vejam como ele adora livros também!

E é tudo! Tenham um resto de um excelente Domingo! Novidades brevemente! 

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[Diário de Bordo] Sangue, Suor, Lágrimas… e a Recompensa https://branmorrighan.com/2018/10/diario-de-bordo-sangue-suor-lagrimas-e.html https://branmorrighan.com/2018/10/diario-de-bordo-sangue-suor-lagrimas-e.html#respond Mon, 08 Oct 2018 11:19:00 +0000

As últimas semanas têm sido de doidos. Desde que as aulas começaram que toda a minha noção de tempo livre mudou. Nas primeiras semanas parecia que não existia, de todo. Tem sido um processo conseguir ajustar-me ao novo horário, em que acordo três dias seguidos às 6h15 e os restantes às 7h15. O problema nem está no acordar cedo. Na verdade, começar a dar aulas às 8h, pode ser bastante produtivo se chegarmos vivos à tarde. O que também é um processo. 

Na primeira semana no final de cada manhã de aulas estava KO, na semana passada já foi mais ou menos. A maior luta é contra o desgaste mental. Para além das aulas normais, existem sempre reuniões das cadeiras e o horário de dúvidas, por isso quando damos conta parece que realmente o tempo que sobra é para preparar aulas e pouco mais. Mas esse pouco mais, para mim, tem de ser muito. Preciso de continuar a escrever a tese de doutoramento (coloquei como data limite o final deste mês e ainda tenho muito para pedalar) e convém arranjar sempre algum tempinho (duas a três vezes por semana) para ir largar toxinas ao ginásio. Fora isto tudo, idealmente, existe uma vida pessoal e social que deve incluir convívios, concertos, cinema, sei lá eu, mas para já, esta última parte, ainda é uma miragem. Vá, talvez esteja a ser injusta. 

A semana passa consegui ir ver José Gonzalez (com o preço de dormir umas 5h e de no dia seguinte estar completamente insuportável) e no Sábado fui ver Löbo ao Side B Rocks, em Alenquer. O feriado, na Sexta-feira, calhou precisamente com o dia em que normalmente não dou aulas, portanto foi apenas mais um dia normal em que finalmente me dediquei um pouco mais à minha tese. Vida animada, hein? Bem, a verdade é que não me posso queixar. Esta é a primeira semana em que me sinto mais calma e a verdade é que tudo parece menos complicado e complexo. Há duas semanas estava a arrancar cabelos e a pensar que ia dar em maluca. Parece-me um bom avanço, não acham? 

Mas passemos às boas notícias! Uma das razões pelas quais tenho a minha tese atrasada, é que em Agosto e início de Setembro andei a dedicar-me a um paper e a um abstract para uma conferência. O primeiro em redes financeiras, o segundo em “fairness” (justiça) em sociedades com o jogo do Ultimato. Lá submetemos o paper e o abstract e ambos foram aceites na Complex Networks 2018, em Dezembro, em Cambridge. “Capturing Financial Volatility Through Simple Network Measures” foi aceite com apresentação de poster e “Fairness in multiplayer ultimatum games through degree-based role assignment” foi aceite com apresentação oral. Claro que se forem ao meu CV académico – http://andreiasofiateixeira.wordpress.com – estes são dois trabalhos em áreas nas quais ainda não tinha trabalhado, o que me deixa ainda mais contente e orgulhosa. Os meus co-autores são as pessoas mais maravilhosas deste mundo (obrigada Pedro Souto, Fernando Pedro, Francisco Santos e Alexandre Francisco) e sem eles tudo isto seria completamente impossível. 

Resumindo e concluindo, uma pessoa lá vai nadando até chegar a solo. Costumo dizer que tudo o que tenho conseguido é com muito sangue, suor e lágrimas, mas também já me devolveram, e com razão, que as coisas que valem a pena normalmente são assim conseguidas. Que assim seja. O importante é ir respirando e tendo sempre em vista que por muito terrível que tudo pareça no momento, eventualmente arranjamos mecanismos para lidar com isso tudo e chegarmos a terra sãos e salvos. Quer dizer, a parte do sãos… Ahahah, mas também é para isso que existem os terapeutas, certo? 🙂 

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[Diário de Bordo] Quando mal dás conta… https://branmorrighan.com/2018/09/diario-de-bordo-quando-mal-das-conta.html https://branmorrighan.com/2018/09/diario-de-bordo-quando-mal-das-conta.html#respond Mon, 24 Sep 2018 08:35:00 +0000

Estava com aquela impressão que há algum tempo que não escrevia para o blogue, mas pensei que só tinham passado três ou quatro dias. Quando fui a ver, o último texto era de dia 18 de Setembro. Ora, estamos a 24. Já há muito, muito tempo que não passava tanto tempo sem sequer fazer uma divulgação. Dentro da minha cabeça tenho textos planeados e iniciativas que quero partilhar convosco, mas o ritmo a que realmente tenho andado não tem sido, ainda assim, suficiente para atacar todas as frentes. 

Acordo todos os dias pelas 6h15 (embora hoje o meu despertador interno tenha decidido não me deixar dormir a partir das 5h) e chego a casa, na melhor das hipóteses, pelas 20h30. Isto, em dias bons. Como é que num dia tão comprido não arranjo uma horinha para me dedicar ao blogue? Bem, foi o que decidi fazer hoje, mal cheguei à FCUL, ainda nem 8h da manhã eram. Eu sabia que as coisas iam mudar, mas não deixo de ficar um pouco espantada com a constatação que mesmo estendendo o meu dia ao máximo ainda fica tanta coisa por fazer. 

Preparar duas cadeiras diferentes, ter reuniões das cadeiras, ter reuniões de investigação, reuniões com iniciativas das instituições, escrever a tese de doutoramento e tentar ainda ter vida para além disto tem sido uma tarefa hercúlea. Ainda assim, no pouco tempo que vou arranjando, tenho conseguido ler um pouco. Li recentemente três livros: “Se esta rua falasse”, de James Baldwin (que adorei, adorei, adorei, a ver se consigo escrever a opinião esta semana); “Penas de Pato”, de Miguel Araújo (com o qual fiquei muito agradavelmente surpreendida, dando por mim viciada no mesmo); e “Anti-Aging”, de Mariana Morais (não porque estou interessada em fazer qualquer coisa anti-aging, mas porque acho que o livro tem imensa informação útil e de valor para a nossa saúde). Neste momento (comecei ontem à noite antes de cair para o lado), encontro-me a ler “A Ordem do Tempo”, de Carlo Rovelli. 

Outro belo acontecimento que gosto sempre de deixar registado é o Equinócio de Outono. Em 2010, dentro do enquadramento ancestral/pagão, escrevi um pouco sobre a simbologia deste acontecimento para os povos da altura. Podem ler aqui. De qualquer maneira, estes últimos três dias foram muito bonitos a níveis de cor, da lua, tudo. Com o meu novo horário de despertar, por vezes saio de casa e o sol ainda não nasceu, outras vezes (como no fim-de-semana) tenho oportunidade de ver o sol nascer e há poucas coisas mais bonitas do que essa. Também a lua tem estado crescente, estando agora cheia, e da minha cozinha consigo vê-la subir aos céus, ficando depois com a casa iluminada pela mesma. Pequenas coisas que aquecem o coração. 

Resumindo e concluindo. Estou viva, gerindo todos os novos desafios da melhor maneira possível. Agora tenho de ir tratar de mais mil burocracias para depois tentar escrever um pouco da tese durante a manhã, que à tarde já tenho pelo menos mais duas reuniões marcadas! Tenham uma excelente semana 🙂 

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[Diário de Bordo] O maravilhoso mundo do #phdlife vs #proflife https://branmorrighan.com/2018/09/diario-de-bordo-o-maravilhoso-mundo-do.html https://branmorrighan.com/2018/09/diario-de-bordo-o-maravilhoso-mundo-do.html#respond Tue, 18 Sep 2018 18:53:00 +0000

Eu sei, as aulas já começaram na Segunda-feira, eu já estou pela FCUL há alguns dias, mas não tenho conseguido pousar uns momentos e dedicar-me a escrever sobre esta transição. Transição essa que se está a dar de forma bastante suave. Já me sinto integrada em boa parte das componentes nas quais vou estar envolvida (principalmente na de ensino) e agora é tentar arranjar rotinas que me permitam preparar as aulas, dar as aulas, escrever a tese de doutoramento e ainda tratar de alguns assuntos pessoais, nomeadamente de saúde. É todo um malabarismo de calendário e de horários, mas estou muito contente com esta oportunidade e acho que é um desafio que me vai fazer crescer ainda mais enquanto professora e investigadora (obviamente que não em altura que o meu 1,80m já me chega! Eheheh). Vou estar a leccionar Introdução à Programação (Teórico-Práticas e Laboratórios) e também Construção de Sistemas de Software (Laboratórios). Se até agora dava apenas, no total 4h30 lectivas, este semestre vou leccionar 12h mais 3h de horário de apoio. Uma bela diferença, hein?! 

Este é o grande destaque desta nova fase: a vida boa (que só damos valor quando de repente ela tem de terminar) de ser aluno de doutoramento acabou. Demorei muito tempo a aperceber-me da maravilhosa liberdade que é ser-se aluno de doutoramento (poderei escrever sobre isso um dia destes se tiverem interesse), mas ao mesmo tempo acho que me apercebi a tempo de ter experiências extraordinárias. Desde as conferências à Summer School, passando pela experiência no Japão, pude viajar, conhecer investigadores fantásticos, mentes extraordinárias, e juntando isso à paciência eterna dos meus orientadores, cá estou eu agora, na recta final do meu doutoramento com uma sensação que é um misto de fascínio e de terror absolutos. Ahahah! É que só agora é que tudo vai realmente começar. Agora é a minha vez de passar para o outro lado. Orientar alunos, obter financiamento, continuar a conseguir fazer investigação e publicar de forma minimamente assídua… E isto tudo enquanto se tem um horário completo enquanto professor na faculdade. 

Não obstante, BRING IT ON! Cartas em cima da mesa e vamos a jogo! E evitar que eu me torne naquela professora afogueada ali da imagem! 

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[Diário de Bordo] A Luta Continua – Tese, #ocaobran e Rentrée https://branmorrighan.com/2018/08/diario-de-bordo-luta-continua-tese.html https://branmorrighan.com/2018/08/diario-de-bordo-luta-continua-tese.html#respond Tue, 21 Aug 2018 20:48:00 +0000

Sempre achei piada ao PHDCOMICS. Para quem está a fazer um doutoramento há tantos, mas tantos comics em que nos revemos que quase que irrita! Lembram-se dos últimos Diários de Bordo? Sim, o pânico, sim, estou quase a começar uma nova etapa, sim, tenho pouquíssimo tempo para escrever uma tese de doutoramento, entre outros objectivos, sim, estou quase a dar em doida! Ahahah! Para aliviar um pouco toda esta pressão e porque estava com um bloqueio enorme, decidi tirar umas mini-férias e fui até ao Couraíso, local que tanto me inspirou no passado e que já me “salvou” tantas vezes a vida. Foi bom, foi maravilhoso, vim de coração cheio (hei-de escrever um post só sobre o festival), mas também vim com alguma preocupação acrescida e ligeiramente adoentada. É um crime a diferença de temperatura que se faz lá do dia para a noite, mas para quem já vai na sétima edição isso não devia ter sido novidade. Ainda assim, não consegui evitar aquela garganta dorida e sensação de resfriado. 

Cheguei no Domingo e ontem e hoje já estive a trabalhar a tempo inteiro. Não tinha saudades nenhumas de acordar antes das 7h, principalmente quando com este calor é impossível dormir em condições. Então depois de almoço é que são elas. Chega aquela moleza e aquele sono de quem só quer dormir uma sesta! Felizmente, já consegui avançar numa ou outra coisa que estava pendente do tal “bloqueio de escrita” que não ataca só escritores, mas também, se não mais, académicos! Sem dúvida que o meu doutoramento tem sido uma epopeia. Ainda estou a tentar desvendar como vou conseguir ligar tudo o que fiz de forma fluída, mas se há coisa que tem funcionado como reforço positivo é o feedback que tenho recebido de quem me tem acompanhado. 

Acho que a grande luta aqui é perceber quando é que se deve parar. Até onde é que se deve ir. As proporções do que se deve explorar. Então quando se trata de atacar o trabalho relacionado e a contextualização, o oceano parece infinito. Mas mesmo no trabalho desenvolvido, que foi praticamente todo revisto por pares e está publicado em conferências ou em revistas científicas, há toda uma insegurança. Quer dizer, há e não há. Há, no sentido de recear que os júris da minha tese não achem interessantes e pertinentes, por outro lado não deveria haver razão nenhuma para inseguranças já que outros, devidamente capazes, o aprovaram. Toda uma montanha russa de emoções. Há-de correr tudo bem! 

Antes de terminar, quero só deixar aqui a nota que este matulão, #ocaobran, comemora 10 meses! Ou seja, está há nove meses comigo e com a minha família! Nunca pensei que cuidar de um cão, desde as suas quatro semanas, altura em que foi abandonado, acabasse por ter um impacto tão grande nas nossas vidas. Mas teve. E de que maneira! Eles têm o condão, não sei explicar bem como, de nos fazer olhar para dentro de nós mesmos. O laço que criamos com eles é uma espécie de compromisso de partilha. Nós cuidamos deles, eles dão-nos um suporte e um carinho sem igual. Como não adorar este patusquinho? 

Nas próximas semanas começam a sair as novidades da rentrée literária das diversas editoras, sendo que na próxima semana temos já as da Porto Editora reveladas e na semana seguinte da Bertrand! Vou estar presente no lançamento das duas, por isso fiquem atentos! Até já 🙂 

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[Diário de Bordo] Fake it until you make it https://branmorrighan.com/2018/08/diario-de-bordo-fake-it-until-you-make.html https://branmorrighan.com/2018/08/diario-de-bordo-fake-it-until-you-make.html#respond Wed, 08 Aug 2018 10:35:00 +0000

Não é que ande a procrastinar, mas estou naquela fase em que devia realmente estar a escrever algo de significativo na minha tese e as coisas não saem ao ritmo nem com a qualidade que deviam. O Verão é tudo menos agradável para estar fechada dentro da minha própria cabeça a pensar como é que posso ser a super mulher e conseguir a inacreditável proeza de escrever uma tese de doutoramento em menos de um mês. Claro que sei o que vos passa pela cabeça – “Não vai acontecer! Impossível!”. Bem, nada que não me tenha ocorrido, mas uma pessoa tem de continuar a sonhar, certo? 

Portanto, o plano é mais ou menos o tradicional “Fake it until you make it”. Eu sei que o plano era só entregar em Dezembro, mas felizmente já tenho o futuro imediato (pós doutoramento) definido o que me obriga a ter de entregar a tese o mais rapidamente possível. Em Setembro, como já aqui partilhei convosco, começo então como Professora Auxiliar Convidada na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e com horário completo vai-me sobrar pouco tempo, e disponibilidade mental, para me dedicar à tese. O blogue vai mesmo andar mais parado, mas sei que vocês compreendem o aperto pelo qual estou a passar. 

Tenho de deixar aqui um agradecimento de coração ao João Morales, que tem contribuído de forma significativa com conteúdos de qualidade invejável aqui para o BranMorrighan. E agora vou ver se me concentro e finjo que acontece algum tipo de magia. Pode ser que aconteça mesmo! Boas férias 🙂 

PS: Ainda hoje deverá sair um artigo, ou dois, com sugestões de leitura para o resto de Verão. Minhas e do João Morales. Fiquem atentos!

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