Diário de Bordo 2019 – Bran Morrighan https://branmorrighan.com Literatura, Leitura, Música e Quotidiano Mon, 28 Dec 2020 05:43:21 +0000 pt-PT hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.8.3 https://branmorrighan.com/wp-content/uploads/2020/12/cropped-Preto-32x32.png Diário de Bordo 2019 – Bran Morrighan https://branmorrighan.com 32 32 [Diário de Bordo] 11 Anos Blog BranMorrighan https://branmorrighan.com/2019/12/diario-de-bordo-11-anos-blog.html https://branmorrighan.com/2019/12/diario-de-bordo-11-anos-blog.html#respond Mon, 16 Dec 2019 18:09:00 +0000 Fotografia tirada por mim em Cascais.

Parabéns a nós! Com alguns dias de atraso, mas parabéns a este belo projecto, já com 11 anos, que me acompanha há mais de um terço da minha vida! É a primeira vez, desde que comecei a organizar aniversários, há tantos anos atrás, que deixo passar o dia 13 de Dezembro sem escrever nada sobre esta data tão especial. Ainda por cima coincidiu novamente ser uma Sexta-feira 13, tal como tinha sido há 11 anos atrás. Houve várias razões para isso, nenhuma delas má. A primeira foi que tive uma consulta médica logo de manhãzinha. A segunda foi que tinha amigos cá e durante o dia fui mostrar Lisboa a um deles e depois juntámo-nos todos para jantar. A terceira foi que quando cheguei a casa, não assim tão tarde, estava tão cansada de ter acumulado uma semana inteira de stress (fiz parte da organização da conferência internacional Complex Networks and Their Applications que contou com cerca de 500 participantes) que decidi abraçar o Bran e cair para o lado num sono que me soube tão bem.

Confesso que sinto um certo vazio por não ter comemorado a data nem ter organizado as habituais festas e iniciativas de aniversário. A verdade é que mesmo o tempo que vou passar agora na Europa é em conferências e seminários e depois estou de volta aos EUA. Com a mudança para Bloomington e com tanta coisa para tratar, houve uma parte anímica que se foi muito abaixo. Não fosse o João Morales e as suas crónicas e o blogue estaria ainda mais parado. Portanto, antes de mais, muito obrigada João, por contribuíres para este cantinho tão especial para mim. 

Acho que a mudança para os EUA me obrigou a um certo afastamento emocional. E por causa desse afastamento emocional, olhar para o passado e para tudo o que já vivi com o blogue parece já uma realidade distantes. Os concertos organizados, as tours com as bandas da Omninchord, o escrever para o Música em DX, para a SapoMAG, o organizar colectâneas literárias e MixTapes musicais… Este blogue já me deu TANTO e tantas pessoas INCRÍVEIS que confesso sentir-me um pouco triste com este distanciamento mais recente. Porém, a vida é feita de ciclos. Não sei bem onde a vida me vai levar, mas uma coisa eu sei. 

Sinto-me muito, muito GRATA, pelo percurso dos últimos 11 anos. Até orgulhosa. Imaginem-se nos 30 e a olharem 11 anos para trás. Não vos parece uma viagem quase inacreditável? Da licenciatura ao mestrado, do mestrado ao doutoramento, do doutoramento a professora convidada, de professora convidada a postdoc nos Estados Unidos e a organizar as mesmas conferências a que fui com tanto fascínio durante o meu doutoramento… No meio disto tudo as entrevistas aos escritores, aos músicos, a artistas plásticos e tantos outros. As viagens, as conversas, as fotografias, os abraços, a cumplicidade, os sorrisos e as lágrimas. Que também as houve. Ganhei imensas pessoas, mas também perdi outras. Para sempre. 

Ainda assim, sinto de coração cheio que sou muito sortuda. Mesmo com tantos contratempos e dissabores, tenho conhecido as pessoas mais incríveis. Para não falar, obviamente (uma pessoa tem isto tão entranhado que dá como certo, mesmo quando não deve), no apoio brutal da minha família e dos meus amigos mais próximos. E quando tudo aperta são realmente as pessoas que estão lá para nos abraçarem, nos fazerem sorrir, nos lembrarem que a luta vale a pena. Que viver é maravilhoso e que juntos e em sintonia somos todos tão melhores.

A primeira fotografia desta entrada foi tirada em Cascais, no dia 13 de Dezembro, no dia do aniversário do blogue. Só dei conta que era dia 13 já estava com o Tomek em Lisboa, a mostrar-lhe alguns dos sítios do centro que considero mais icónicos.  Fiquei desde logo alegre e triste ao mesmo tempo. Felizmente, acabámos por passar boa parte do dia fora da confusão turística e celebrámos os 11 anos com um almoço delicioso perto do mar. Penso que a fotografia, nas suas cores e nos seus elementos transmite muito bem as minhas emoções. Achei o cenário belo e violento, indomável e admirável. E o surfista ali, a ponderar, imagino eu, se entrava ou não, como o fazer, quando o fazer. A natureza tem uma força que jamais o homem poderá controlar e se não cuidarmos bem dela seremos engolidos por ela. Obrigada, Tomek, pelo belo dia que passámos. Estava a precisar da descontração e paz que acabei por encontrar. Obrigada a todos os nossos outros amigos que fizeram com que o dia acabasse em beleza também. 

Vou deixar-me de deambulações. Sei que o texto está um pouco fragmentado e sem grande coerência, mas para mim é importante registar que este dia existiu e que não foi esquecido. Outra coisa que me estava a lembrar foi que nunca vos contei como foi o regresso a Portugal, mas brevemente talvez o faça. Deixo-vos com a fotografia do meu maior admirador e com algumas fotografias de Bloomington do último mês e meio que lá passei. Houve temperaturas negativas, neve, NBA, e um compromisso de arrendamento até 2021! Em compensação, o meu apartamento em Portugal não vai ver o seu contrato de arrendamento renovado. É como vos digo. Ciclos! E lidamos com eles. Até breve e muito obrigada, do fundo do CORAÇÃO, por continuarem desse lado! 

O meu lindão #ocaobran

Outubro e Novembro em Bloomington


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[Diário de Bordo] Um mês em Bloomington | Amigos, Basquetebol e muitas Saudades https://branmorrighan.com/2019/10/diario-de-bordo-um-mes-em-bloomington.html https://branmorrighan.com/2019/10/diario-de-bordo-um-mes-em-bloomington.html#respond Sat, 19 Oct 2019 19:41:00 +0000

Faz amanhã cinco semanas que aterrei em Indianápolis para iniciar esta nova fase da minha vida. Como já disse anteriormente, mudar-me para o outro lado do mundo não estava planeado, mas está na altura de confessar que, apesar das saudades infinitas (em que por vezes o peito aperta mesmo e fica ligeiramente difícil respirar), sou uma sortuda. Encontrei pessoas tão boas para mim aqui que a adaptação só tem sido tão suave por causa delas mesmas. Dos meus orientadores aos meus colegas de departamento, todos têm tentado facilitar ao máximo este processo que é aprender a estar longe de tudo e todos que antes eram uma realidade constante. 

As rotinas mudam. As pessoas mudam. Não tem que ser para melhor ou pior, mas diferente. E houve muita coisa no meu dia-a-dia aqui que mudou. Algumas para diferente, outras para melhor, pior só mesmo estar longe dos que amo. E como me quero focar nas coisas positivas, imaginem só que volta e meia vou para um campo de basquetebol correr e lançar que nem uma tolinha, cheia de saudades do tempo em que o fazia diariamente! Também entre uma a duas vezes por semana vou a aulas de yoga e as caminhadas pela natureza tento que sejam uma constante aos fins-de-semana. 

A nível científico começo, finalmente, a ter tempo para dedicar às minhas coisas. Este primeiro fez foi completamente frenético em termos de tratar de papelada e burocracias e de começar a apanhar o ritmo das reuniões (tenho muito mais reuniões semanais aqui do que tinha em Portugal). Acima de tudo este primeiro mês tem servido para me tentar encontrar e ao mesmo espaço. Tanto a nível pessoal como profissional. Eu tinha certas rotinas de trabalho em Portugal que ainda não consegui implementar aqui, mas sinto que já estive mais longe. Este pós-doutoramento tem tudo para se tornar numa experiência profissional memorável. Os investigadores são todos de excelência, há sempre ideias novas a pairar no ar, é fácil encontrar alguém com quem discutir os temas em que trabalho. Em Portugal não era assim. 

Tudo demora o seu tempo a ser desenvolvido. Por exemplo, enquanto que em Portugal eu estava habituada a publicar algum artigo científico anualmente (um ou dois por ano, pelo menos), sei que aqui posso vir a demorar pelo menos um ano até começar a submeter alguma coisa. Pelo menos é esse o feedback que tenho recebido dos outros colegas. É claro que provavelmente os jornais e revistas para os quais vou submeter coisas são mais exigentes do que até aqui (o que faz sentido). Ou seja, tudo é um processo de aprendizagem, mas tem sido uma boa experiência até agora. 

Mas já agora deixem-me que vos fale da alimentação aqui. Eu sou vegetariana, o que para os meus colegas é sempre sinónimo de dor de cabeça. Ahahah. No entanto, não tem sido difícil ser vegetariana aqui, o que tem sido é dispendioso… Tudo o que seja frutas e vegetais é bastante caro, se formos para os alimentos orgânicos ainda mais. Até o pão é super caro. Pelo menos se quisermos pão de qualidade. Ainda assim, tem corrido tudo bem e acabo a cozinhar praticamente todas as refeições, tirando quando decidimos almoçar ou jantar fora. 

Resumindo e concluindo: balanço do primeiro mês bastante positivo, até à Opera e ao Ballet fui, vou jogando basquetebol de vez em quando, tenho colegas excelentes, faz frio que dói (à noite tem estado 2/3 graus), mas uma pessoa aguenta… Fica aquele apertozinho, do tamanho do mundo, no coração com saudades do meu lindão #ocaobran. 

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[Diário de Bordo] Duas Semanas de Bloomington e a Ópera https://branmorrighan.com/2019/09/diario-de-bordo-duas-semanas-de.html https://branmorrighan.com/2019/09/diario-de-bordo-duas-semanas-de.html#respond Sun, 29 Sep 2019 23:32:00 +0000

O tempo passa a correr! Já passam duas semanas desde que estou a viver nos Estados Unidos, no estado de Indiana, em Bloomington. Faz duas semanas que comecei como pós-doutorada no grupo do Luís M Rocha e do Johan Bollen, Center for Social and BioMedical Complexity, e  no Indiana University Network Science Institute. Não podia estar mais entusiasmada com a oportunidade! A realidade, em termos de investigação científica na minha área, é tão diferente de em Portugal! Em Portugal não existe um verdadeiro centro de Sistemas/Redes Complexas, portanto as únicas pessoas com quem tinha proximidade para discutir ideias eram os meus orientadores (que adoro e que estarão sempre no meu coração). Por aqui, para além do Luís e do Johan, há muito mais gente a trabalhar na área. Claro que tenho objectivos definidos e pessoas já definidas com quem vou trabalhar, mas só de se respirar este ar cheio de diversidade faz com que me sinta mais inspirada. 

Até esta oportunidade ter surgido, eu nunca tinha considerado vir para os EUA. Nem sequer em visita, confesso. O que significa que quando me comecei a imaginar viver aqui, senti várias coisas contraditórias. Deixando as saudades de lado (sinto falta do Bran todos os dias com uma intensidade inexplicável, para além de sentir falta da minha família e amigos), havia várias coisas que me preocupavam. O custo de vida, tendo em conta o meu salário, a cultura artística, tendo em conta a riqueza cultural a que sempre estive exposta, o estilo de vida, da alimentação ao trato humano, etc. etc. Felizmente, desde que cheguei que tenho tido um apoio enorme dos meus responsáveis e também já tenho um grupo colegas que são super boa onda.

Por falar neles, ontem fomos à Ópera! Le Nozze Di Figaro, com composição musical de Mozart! Nunca tinha ido a uma ópera e foi sem dúvida uma excelente primeira experiência. A peça demorou três horas e meia, com um pequeno intervalo pelo meio, mas não me senti minimamente aborrecida! É claro que foi cantada/declamada toda em italiano, mas havia umas legendas no topo do palco que nos ajudavam a seguir a peça. Os cenários estavam lindíssimos e cada um dos intérpretes soube desempenhar o seu papel com mestria. Fiquei cheia de pena de não ver a orquestra, foram brilhantes! E tão jovens! Como lhe tomei o gosto, daqui a duas semanas devo ir ver uma peça de ballet: Dark Meets Light. A verdade é que a Jacobs School of Music está recheada de talento e tem um cartaz de peças sempre de grande qualidade. Se tudo correr bem até La Traviata hei-de ver! O cartaz dos próximos tempos pode ser visto aqui: https://operaballet.indiana.edu/productions/index.html

Sabem o que é que também está nos nossos planos? Irmos à NBA! Esta semana vamos tentar perceber em que data podemos ir. Uhuh. Como terei de ir para Portugal no máximo em Novembro, estou a organizar uma conferência em Lisboa no início de Dezembro, se calhar só consigo ir para o ano, mas ao menos fica já marcado no calendário! Já que estou aqui a viver, como não ir ver pelo menos um jogo do maior campeonato de basquetebol do mundo? 

Outra coisa que deve começar a acontecer brevemente é ir ao ginásio/yoga. A Faculdade tem um ginásio com aulas e piscina, super completo, que fica a menos de $30 por mês! Apesar de haver imensa natureza por onde caminhar (tenho vivido um pouco longe do centro e quando me mudar definitivamente pretendo continuar perto desta vizinhança), a verdade é que por cá a minha alimentação tem variado entre o super saudável ao super não saudável. Ahah. Mesmo fazendo caminhadas e um pouco de yoga todos os dias, bem vou precisar de ser mais disciplinada. Além disso faz bem à mente e ao corpo. Uma pessoa quando se sente bem consigo mesma, sente-se sempre melhor com o mundo à volta e com mais disposição para trabalhar. E eu sempre pratiquei desporto a vida inteira, sinto mesmo falta disso. Ah! O centro desportivo tem campos de basquetebol de prática livre! Quem sabe, um dia destes vou lá, pego numa bola e reacendo o bichinho por uns momentos!

Dito isto, apesar dos momentos mais difíceis, estou a gostar muito da experiência e sinto-me muito grata por todo o ambiente em que fui inserida. Há uns detalhes que vos estou a ocultar, mas ainda é cedo demais para divagar sobre eles. Prefiro ter uma melhor visão das coisas antes de me pronunciar. Espero que em Portugal estejam bem e felizes! Um grande abraço e até já!

Um campo de basquetebol no meio de um parque!
Hambúrguer vegano!
A grupeta de almoço e da cerveja às Quintas-feiras!
Um dos vários caminhos que fui descobrindo enquanto procuro o meu próximo apartamento
Aquela selfie em que parecemos gigantes :b
Adoro a natureza aqui!
O que dizer? Vou sair daqui bolinha!
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[Diário de Bordo] Uma semana em Bloomington, Indiana, EUA https://branmorrighan.com/2019/09/diario-de-bordo-uma-semana-em.html https://branmorrighan.com/2019/09/diario-de-bordo-uma-semana-em.html#respond Mon, 23 Sep 2019 03:35:00 +0000

Uma semana! Faz hoje uma semana que aterrei em Indianápolis para me mudar para Bloomington! Ufa! Mudar para outro país, principalmente noutro continente, é sempre um desafio. Talvez não se lembrem, mas há dois anos também vivi no Japão durante pouco mais de um mês. Felizmente, desta vez, a experiência está a ser bem diferente já que, pelo menos, não existe a barreira da língua. No entanto, é bem mais do que isso. A Indiana University é a minha nova casa em termos de investigação científica e fui muito bem recebida, o que aquece sempre o coração. 

A burocracia tem sido infinita, e ainda não está toda tratada, o que tem tornado os dias cansativos. Tenho tentado conjugar todos os compromissos burocráticos, com reuniões de projectos, palestras e ainda algum trabalho efectivo, o que não me tem deixado muito tempo para escrever aqui no blogue sobre tudo o que tem acontecido. Ainda assim, queria partilhar convosco as fotografias que tenho tirado com o meu telemóvel nas explorações que tenho feito pela cidade. Estão longe de realmente captarem as cores e a beleza que tenho visto, o meu telemóvel não é assim tão bom, mas se há coisa que me consola é ter tanta natureza por perto. 

Brevemente tento escrever-vos de forma mais detalhada. Agora vou descansar para mais uma semana mega frenética, mas cheia de desafios deliciosos! Até já 🙂 

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[Diário de Bordo] Mudei-me para os Estados Unidos da América! https://branmorrighan.com/2019/09/diario-de-bordo-mudei-me-para-os.html https://branmorrighan.com/2019/09/diario-de-bordo-mudei-me-para-os.html#respond Tue, 17 Sep 2019 13:33:00 +0000

Bom dia! Sim, aqui ainda é bom dia, pois são 8h, enquanto por aí vocês já devem estar a almoçar! Não tive tempo de ir actualizando o blogue como gostava de o ter feito, por isso agora conto-vos já do outro lado do oceano. Mudei-me para os Estados Unidos por uns tempos, mais precisamente para Bloomington, no estado de Indiana, para fazer um pós doutoramento na Indiana University, mais propriamente na School of Informatics, Computing, and Engineering, em Complex Systems, no Center for Social and BioMedical Complexity!

Esta oportunidade surgiu através do meu doutoramento e não poderia estar mais orgulhosa e contente pelo esforço e trabalho desenvolvidos nos últimos anos ser reconhecido desta forma. Existem imensos desafios, claro. Nunca é tudo um mar de rosas. Por exemplo, no dia da viagem partilhei o seguinte no meu Facebook pessoal:

Quem está habituado a viajar, está habituado a dizer adeus, ou até já, muitas vezes. E para quem viaja, ou pelo menos para mim, o pensamento costuma ser “ok, mais uma voltinha, mais uma moedinha”. Mas a verdade é que quando a partida faz parte de uma nova etapa, em que o país de residência (mesmo que temporariamente) passa a ser outro, principalmente quando é do outro lado do oceano, as coisas mudam de figura. O coração das nossas famílias aperta (mesmo que a visita de volta não esteja assim tão longe) e o nosso aperta-se não só por eles como também por nós. Mudar pode ser mais ou menos fácil consoante a personalidade de cada um. Mas há pormenores que escapam à primeira vista: fusos horários diferentes que têm impacto na comunicação, acessibilidade de contacto diferente, ao início há todo um processo de perceber como é que o impulso de pegar no telefone e fazer uma chamada não nos deixa na banca rota, rotinas entranhadas que ganham uma nova importância que antes não tinham, novos valores que se erguem porque os primeiros tempos são sempre em modo sobrevivência…

Sou uma sortuda, tenho consciência disso. Tenho a melhor família e os melhores amigos, uma rede de apoio à distância de uma mensagem, mas quis na mesma partilhar isto convosco. É uma experiência daquelas.

Até já Indiana University, Bloomington ♥

Achei importante partilhar esta mensagem porque muitas vezes existe a tendência para pensar que é tudo muito giro e muito divertido, quando na verdade existem muitos pequenos pormenores que tornam estas aventuras em momentos de crescimento e de superação. 

E pronto, para já é esta novidade que tenho para partilhar convosco e também que vou tentar reactivar o blogue, quanto mais não seja com as peripécias que vou vivendo por cá 🙂 

As parcerias para passatempos vão-se manter e, claro, vou continuar a escrever sobre as minhas leituras. Sei que tenho pelo menos uns dez livros em atraso que fui lendo ao longo do Verão! Espero que se encontrem bem e, lembrem-se, lutem sempre por aquilo que querem, pelo que é melhor para vocês e quebrem as correntes do medo. Ao início pode ser assustador, mas se nunca tentarem, nunca saberão. Beijo e até já! Deixo-vos com algumas fotografias que tirei ontem ao final da tarde.

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Eternos São os Corvos https://branmorrighan.com/2019/08/eternos-sao-os-corvos.html https://branmorrighan.com/2019/08/eternos-sao-os-corvos.html#respond Sun, 11 Aug 2019 16:17:00 +0000

Ter o blogue BranMorrighan tem-me proporcionado experiências incríveis e únicas. Esta vida paralela que tenho levado (muito menos nos últimos anos por causa do doutoramento) tem sido das fontes mais enriquecedoras de realização e orgulho. Orgulho por mim e por aqueles que tenho visto crescer. Orgulho pelos desafios encontrados, mas também pelos desafios propostos que tomaram a forma de belíssimas obras de arte. De compilação literárias e mixtapes musicais, confesso sem problema nenhum que parte de mim fica toda babada quando vê os projectos crescerem para além dos desafios apresentados.

É o caso do João Vairinhos, que assume oficialmente a sua carreira a solo, depois de ter sido desafiado a compor individualmente para a mixtape dos #10anosblogbranmorrighan. O tema já se encontra no Spotify e, quem sabe, até ao final teremos novidades suas em nome próprio. Entretanto, ele não pára, claro. Nos seus projectos colectivos actuais contam nomes como LÖBO, Ricardo Remédio, The Youths e Wildnorthe. Se o seu nome à bateria já é nacionalmente conhecido, só posso esperar que também tenham o privilégio de o descobrir noutras texturas e atmosferas criativas. Eu sei que eu já sou fã. 

Fica aqui a ligação para este tema que me diz tanto, também ilustrado por uma fotografia que eu própria tirei enquanto andei perdida pelas estradas de Cambridge, UK. 

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[Diário de Bordo] Amsterdão e outras coisas https://branmorrighan.com/2019/07/diario-de-bordo-amsterdao-e-outras.html https://branmorrighan.com/2019/07/diario-de-bordo-amsterdao-e-outras.html#respond Sat, 27 Jul 2019 11:35:00 +0000

Já faz quase uma semana que cheguei de Amsterdão, mas há tanta coisa a acontecer na minha vida neste momento que só agora me consegui sentar ao computador para poder partilhar algumas preciosidades convosco. 

Fui a Amsterdão no contexto da International Conference on Computational Social Science (IC2S2). Nunca tinha visitado a cidade e confesso que, previsivelmente, fiquei encantada com a topologia da cidade. Existem canais por todo o lado, casinhas nos próprios canais, mais bicicletas do que carros e imensos espaços verdes. Existe um grande contraste entre o centro da cidade (que não gostei tanto) e os arreadores. E quando digo arredores, digo que basta andarem umas duas ou três ruas paralelas às do centro e o ambiente é logo muito mais pacífico, o ar mais fácil de respirar, e os tais espaços verdes emergem com muito mais frequência. Amsterdão é uma cidade cosmopolita, como só podia ser. Existe tanta diversidade de pessoas, estilos e feitios que é impossível uma pessoa sentir-se deslocada. Há espaço para tudo e todos. Ah! E há que destacar a maravilhosa apple pie que eles lá têm. Por favor, se forem lá, provem-na! 

A conferência também correu muito bem. A IC2S2 mistura pessoas de muitas áreas, sendo que as duas dominantes são as Ciências da Computação e Ciências Sociais. Os primeiros dois dias, o Warm-Up, foi fantástico, com palestras inspiradoras e com actividades sociais que envolveram mergulhos no rio (para os mais corajosos), jogos de voleibol, muita comida vegetariana (YES!), muitos risos e companheirismo. As conversas e as ideias científicas surgiam tão naturalmente que foi extraordinário a forma como a ciência e a diversão se conjugaram de forma tão produtiva. 

Claro que também teve as suas peripécias. Imaginem um jantar social de uma conferência em que as pessoas perseguiam a sua comida! Ahahah! É verdade, isto aconteceu. Apesar da organização impecável da conferência, o jantar social oficial mostrou-se um pouco caótico. O local era belíssimo, mas não o jantar era em pé. Para além da fome e do cansaço que habitava muitos de nós, a comida que surgia nos tabuleiros, de quem passava entre as pessoas para que estas se servisse, era em doses mínimas. Só mais para o final do jantar, quando pelo menos metade das pessoas já se tinha cansado e ido embora, é que a comida surgiu, ou assim pareceu, em mais abundância. Enfim, só uma pequena nota, claro, mas imaginem centenas de pessoas à caça dos empregados, nas saídas da cozinha, só para apanharem um pouco mais de comida. Ahahah. Teve a sua piada 🙂 Atenção, reforço que não estou de todo a falar mal da conferência, mas este evento teve a sua particular piada. 

Já de regresso a Portugal, o trabalho não diminui. Aliás, há algo que espero poder partilhar convosco em breve, mas como ainda não é uma certeza a 100% (só a 99%, o que não é suficiente…) ainda tenho de ficar caladinha. É daquelas coisas que se depois não acontece é um balde de água fria gigante. Vamos ver como corre tudo. Outro ponto caricato, é que com a defesa da tese, as viagens a Itália e Amsterdão, o semestre por fechar, etc., ainda nem sequer marquei férias! Se tiverem sugestões de sítios sossegados, com natureza por perto (seja praia ou floresta ou montanha), com uma piscina (na ausência de praia), eu agradeço! 

Durante esta semana quero retomar artigos e colocar o que for necessário em dia. Tenho alguns textos de livros por escrever, alguns passatempos por lançar, etc etc. Ficam desse lado comigo? Até já 🙂 

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[Diário de Bordo] Consta que já sou Doutora! https://branmorrighan.com/2019/07/diario-de-bordo-consta-que-ja-sou.html https://branmorrighan.com/2019/07/diario-de-bordo-consta-que-ja-sou.html#respond Sat, 06 Jul 2019 17:30:00 +0000

Bom dia!

Para quem segue as minhas redes sociais, certamente já viu esta imagem e já sabe do que se trata. Na passada Terça-feira, dia 2 de Junho, defendi a minha tese de doutoramento, com o título “Complex networks analysis from an edge perspective”! Acabou por correr tudo bem e fui Aprovada com Distinção por unanimidade!

Confesso que ainda não senti bem este fechar de ciclo. O meu dia-a-dia tem sido uma montanha russa tão grande que nos últimos meses ainda não passei uns dias sem que não tivesse que me preocupar com uma responsabilidade qualquer impossível de delegar. Foi a viagem a Indiana, os exames das minhas cadeiras, a viagem a Itália, mais exames, a defesa da tese, época especial, a viagem a Amsterdão por preparar, etc etc etc. Aliás, eu defendi Terça-feira, e na Quarta-feira de manhã já estava na Arrábida nos Encontros Caminhos da Complexidade de 2019 a apresentar um trabalho que foi feito em paralelo com a minha tese de Doutoramento sobre emergência de justiça social com base na forma como se escolhem as pessoas a ter mais poder, com base no Jogo do Ultimato. Trabalho esse que vou também apresentar em Amesterdão já daqui a semana e meia! Quem quiser explorar e tiver curiosidade naquilo que ando a fazer basta ir à minha página académica – https://andreiasofiateixeira.wordpress.com

É claro que estou super contente e orgulhosa. Mas também é óbvio que estou profundamente grata. Não quero fazer desta entrada uma entrada de agradecimentos, mas vou ter de mencionar pelo menos: os meus orientadores, tão fundamentais e com quem aprendi e cresci tanto, Alexandre P. Francisco e Francisco C. Santos; a minha família (incluíndo o pequeno Bran no último ano e meio), sempre presente nos momentos mais fundamentais; os meus amigos mais próximos que acompanharam cada crise existencial minha e cada grito do Ipiranga: Eugénio Ribeiro, Nuno Capela, Ana Sofia Correia, Jorge Oliveira, Miguel Coimbra e Manuela Sado; e, claro, os meus co-autores (para além dos meus orientadores), sem os quais nada disto teria sido tão entusiasmante: Pedro T. Monteiro, João A. Carriço, Mário Ramirez, Luís Russo, Pedro C. Souto, Fernando P. Santos e Francisco Fernandes. Ah! Um último agradecimento, mas tão especial… Família Omnichord Records! Tão inspiradores e tão gente boa que me ajudou a sobreviver a todo este processo! E, já agora, a todos os artistas com quem trabalhei ao mesmo tempo do doutoramento 🙂 (É o que eu digo, ficava aqui infinitamente!)

Também na defesa estiveram presenças muito especiais. Desde alunos meus de Fundamentos da Computação do Mestrado em Ciência Cognitiva na FCUL, um professor do Técnico de quem fui aluna e com quem já tive o prazer de dar aulas, um dos meus primeiros alunos no Técnico, colegas antigos do curso, novos colaboradores e ainda colegas que estão agora na sua demanda para terminarem o seu doutoramento. Foi, sem dúvida, um momento muito especial. 

Esta semana continuo de mangas arregaçadas, com muito trabalhinho pela frente, mas também vão ser partilhadas algumas reportagens pelo João Morales e conto também escrever alguns textos sobre pelo menos dois ou três livros. Gostava de vos dizer que já sei quando vou de férias, mas é um conceito ainda muito distante! Eheheh. Fiquem desse lado que esta semana vai ser mais animada no blogue, com muitas novidades! Muito obrigada pelo vosso apoio 🙂 

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[Diário de Bordo] Pisa, Florença, Lucca e o Complexity72h! https://branmorrighan.com/2019/06/pisa-florenca-lucca-e-o-complexity72h.html https://branmorrighan.com/2019/06/pisa-florenca-lucca-e-o-complexity72h.html#respond Sun, 23 Jun 2019 19:11:00 +0000

Foram nove dias em Itália em que deu para fazer de tudo um pouco: passear, relaxar e trabalhar como se não houvesse amanhã. Sexta e Sábado foram passados entre Pisa e Florença. Começando por Pisa. Bem, a verdade é que este belo local da Tuscânia percorre-se a pé em poucas horas. A grande atração é realmente a torre de Pisa, em que centenas e centenas de turistas fazem malabarismos para conseguirem a fotografia mais original com a torre. Seja a puxá-la, a empurrá-la, a esmagá-la, o que for. Confesso, não me dei a esse trabalho, mas deixo-vos mais uma das infinitas fotografias, esta tirada por mim, da torre. A melhor parte de estar em Pisa foi mesmo rever amigos que já não via há uma série de tempo e que são de lá. Numa das noites, inclusive, acabei a ir a um espaço muito agradável à beira rio em que houve um concerto de blues. A noitada foi curta já que havia planos para o dia seguinte: Florença.

Florença não foi o que esperava. A culpa não é da cidade, coitada. Florença é muito bonita, cheia de arte e de vida própria. Os monumentos, as esculturas, os museus, as pontes e os montes panorâmicos fazem a delícia de qualquer um. O problema é que Florença está a sofrer o mesmo mal de muitas outras cidades, um inferno de turismo. É impossível usufruir tranquilamente do que quer que seja no meio de tanta gente. Eu bem tinha planeado ir às galerias Uffizi e a outros locais, mas as filas, os empurrões e a asfixia foram demasiado para mim. Acabei a percorrer o máximo da cidade a pé, subindo ao monte Miguel Ângelo e sentando-me num pequeno quiosque/gelataria a ler o meu livrinho. Regressada a Pisa foi altura de jantar naquele que se tornou um dos meus locais preferidos à beira rio com comida vegana. Foi aí que acabei de ler A mulher que correu atrás do vento, de João Tordo. Mas sobre o livro, mais tarde.

Domingo foi dia de rumar a Lucca, local do propósito da minha ida a Itália, o Complexity72h. Este workshop consiste numa espécie de maratona de 72h em que, dado um projecto e um tutor, o objectivo é submeter uma versão preliminar de um artigo no arXiv no final desse tempo. O ritmo começa de forma agradável. Domingo é dia de visita guiada por Lucca e pela sua riquíssima história, Segunda-feira é dia de palestras e apresentações dos participantes e dos tutores, mas a partir de Terça-feira a coisa começa a aquecer. Antes de irmos almoçar, na Terça-feira, os projectos são então atribuídos a cada um dos participantes. A partir desse momento começam as 72h. Na hora de almoço de Sexta-feira os artigos têm que estar todos submetidos.

Até nisto tive sorte. Fiquei num dos projectos mais interessantes e com grande potencial de impacto no futuro. E agora vou usar estrangeirismos para falar sobre o projecto porque as traduções literais em português são um pouco mais brutas do que o pretendido. Ora então, o artigo que teve origem no projecto tem como título “Evaluating the impact of PrEP on HIV and gonorrhea on a networked population of female sex workers” e tem como objectivo estudar a relação da propagação e prevalência de HIV e gonorreia aquando da administração de PrEP em sex workers. PrEP significa profilaxia pré-exposição e é uma combinação de dois medicamentos (tenofovir e entricitabina) num único comprimido, que impede que o HIV se estabeleça e se espalhe pelo corpo. A PrEP não previne outras Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) e, portanto, deve ser combinada com outras formas de prevenção, como por exemplo o preservativo.

Tendo em conta estes factores, a administração de PrEP e uso de preservativo, e pegando em dados reais provenientes do Brasil, descobrimos que, quando o HIV é a única doença circulante, a PrEP é eficaz na redução da prevalência do HIV, mesmo com uma compensação de alto risco no uso do preservativo. Não obstante, a complexa interação entre as HIV e gonorreia (a gonorreia aumenta a probabilidade de transmissão de HIV em dez vezes) mostra que diferentes níveis de compensação de risco no uso do preservativo requerem diferentes estratégias de intervenção. Descobrimos também que fornecer a PrEP somente às sex workers mais activas é menos eficaz do que a adoção uniforme da PrEP. O nosso trabalho mostra que os efeitos que emergem das interações complexas entre as duas doenças e as medidas profiláticas disponíveis precisam de ser levadas em conta, a fim de elaborar estratégias eficazes de intervenção.

O artigo está disponível aqui: https://arxiv.org/abs/1906.09085

Como poderão constatar pelas fotos, o processo foi tudo menos fácil, mas a equipa com que trabalhei é mais do que excelente, é mesmo brutal. Na artigo poderão encontrar a lista de autores e, acreditem, sem esta equipa tão particular o que conseguimos teria sido impossível. Houve muita luta, e poucas horas de sono, mas estamos todos bastante orgulhosos do resultado final. 

Em relação às próximas novidades, existem bastantes. A defesa da minha tese de doutoramento está quase aí! Logo a seguir, ou pouco depois, vôo para Amsterdão para a conferência IC2S2 onde vou apresentar um trabalho sobre fairness em sociedades, através de uma abordagem com teoria de jogos, e outro sobre a emergência de equilíbrio social com base na influência por pares. Quando os artigos saírem explico-vos um pouco mais sobre isto! 

Obrigada por se manterem desse lado e até já! 

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[Diário de Bordo] Depois da Longa Ausência, o Regresso https://branmorrighan.com/2019/06/diario-de-bordo-depois-da-longa.html https://branmorrighan.com/2019/06/diario-de-bordo-depois-da-longa.html#respond Tue, 11 Jun 2019 13:46:00 +0000 Amanhecer em Bloomington

Após uma longa ausência, vou tentar retomar ao blogue a um bom ritmo. Espero que seja possível! Mas antes disso, uma pequena descrição do que me manteve afastada.

Quem segue a rubrica Diário de Bordo sabe que já entreguei a minha tese de doutoramento há algum tempo, mas que ainda espero pela defesa. E enquanto a espera me tem causado alguma ansiedade, uma excelente surpresa surgiu pelo caminho: um convite para ir falar sobre o trabalho do meu doutoramento aos Estados Unidos, mais propriamente à Universidade de Indiana, em Bloomington. A Universidade de Bloomington tem das melhores pessoas a trabalhar na mesma área que eu, Redes/Sistemas Complexos, e não me podia ter sentido mais privilegiada com esta oportunidade. Para além de o Campus ser uma espécie de sítio encantado no meio da floresta, também a cidade de Bloomington tem o seu quê de especial. Respira-se liberdade e boa disposição pelas ruas.

Nunca tinha estado nos Estados Unidos, mas senti que Bloomington é quase uma espécie de microestado com vida própria. Foi muito fácil estar lá aqueles dias. Dado o quanto gosto de café ao pequeno-almoço, isso não foi um problema, de todo. Aqueles potes enormes de café (com “recargas” grátis), as omeletes com os mais variados conteúdos feitas de ovos de quintas locais… Uma delícia. Como sou vegetariana, quando viajo sinto sempre o risco de não encontrar locais com facilidade em que possa comer, mas apesar de ser uma cidade pequena, Bloomington tem uma oferta enorme no que diz respeito à comida. Foi fácil encontrar um local de comida vegetariana/vegana, um mercado de comida orgânica e ainda um café espectacular em que também servem smoothies orgânicos deliciosos.

Para além de visitar o Departamento de Informática, tive também o privilégio de conhecer gente super interessante do Departamento de Neurociência e do Indiana University Network Science Institute. Nunca em tão pouco tempo, e de forma tão concentrada, conheci tantos projectos super interessantes e que podem vir a ter tanto impacto em sistemas biológicos/médicos e sociais. Para além de que, e os leitores mais antigos vão-se identificar com isto, o basquetebol por aquelas paragens é um dos desportos principais. Acabei a não tirar nenhuma fotografia do local onde jogam, mas é um autêntico estádio. Deixo-vos com algumas fotografias e o tema principal da minha talk. Como há mais novidades para partilhar, não vos quero cansar já com um post demasiado extenso. Resumindo e concluindo, a primeira ingressão aos EUA pode ser considerada um sucesso e é indescritível quando vemos o nosso trabalho ser reconhecido por alguns dos maiores nomes da nossa área científica. 

Próximas paragens (para os próximos artigos aqui): Itália e Holanda!

PS: Como é óbvio não resisti a comprar dois livros por lá. Estavam em promoção e são sobre assuntos que me fascinam. Encontram-nos no final deste post. Um deles estou prestes a terminar e brevemente escreverei sobre ele também. Gostam de budismo? Enviem-me sugestões para o mail do blogue sobre livros relacionados! Não que eu esteja a seguir a religião, mas porque ando a fazer os meus próprios estudos em tudo o que diga respeito à relação entre as emoções e as acções. Bem, já me estou a esticar, acho que isto dá outro post muito interessante! Até já 🙂 


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