Eugénio Ribeiro – Bran Morrighan https://branmorrighan.com Literatura, Leitura, Música e Quotidiano Mon, 28 Dec 2020 05:48:12 +0000 pt-PT hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.8.2 https://branmorrighan.com/wp-content/uploads/2020/12/cropped-Preto-32x32.png Eugénio Ribeiro – Bran Morrighan https://branmorrighan.com 32 32 [Foto Reportagem] 8º Aniversário BranMorrighan no Maus Hábitos! Aventura pelo Porto com The Rite of Trio, Few Fingers, Surma, Then They Flew e Malibu Gas Station https://branmorrighan.com/2017/02/foto-reportagem-8-aniversario.html https://branmorrighan.com/2017/02/foto-reportagem-8-aniversario.html#respond Mon, 06 Feb 2017 19:18:00 +0000

O PORTO É AMOR!

Fotografias da nossa aventura com a câmara do Nuno Capela, mas com fotografias não só dele como minhas e do Eugénio Ribeiro. Brevemente o Diário de Bordo, com menos fotografias, quem sabe com outras, com o testemunho da aventura que foi! Com Maus Hábitos, The Rite of Trio, Few Fingers, Surma, Then They Flew e Malibu Gas Station! Só quero deixar claro que sou a pessoa mais grata do mundo por ter estas pessoas na minha vida! Muito obrigada a todos os que tornaram o dia 3 de Fevereiro uma realidade tão boa! Mil beijos!

PS: Fotografias tiradas na Torre dos Clérigos, na Lello, na Leica, nos Aliados, no Maus Hábitos e num ou outro sítio extra. Beijos! 

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Coura 2016, pelo Eugénio Ribeiro https://branmorrighan.com/2016/08/coura-2016-pelo-eugenio-ribeiro.html https://branmorrighan.com/2016/08/coura-2016-pelo-eugenio-ribeiro.html#respond Wed, 24 Aug 2016 10:30:00 +0000 ««« O Eugénio foi pela primeira vez ao Paredes de Coura e coube-lhe a tarefa de ir representar o blogue como imprensa. Eu sei, eu já escrevi, de forma pouco inspirada, a minha experiência, mas a intenção era que o Eugénio escrevesse também. Aqui fica o seu texto, o estilo pode ser diferente, mas a honestidade e sinceridade mantêm-se »»» Sofia

Ao longo desta reportagem vão provavelmente reparar que o estilo de escrita é diferente do habitual. Isso é porque a Sofia este ano anda muito ocupada com as tarefas de manager e, por isso, eu ofereci-me para escrever por ela. No entanto, ela é teimosa e não foi capaz de deixar de escrever também. Ainda assim deixo aqui a minha opinião.

Esta foi a minha primeira vez em Paredes de Coura e, como tal, não tenho as recordações que fazem a Sofia dizer que este é o melhor festival do mundo, independentemente do que aconteça. No entanto, posso desde já dizer que me arrependo de não ter vindo antes, especialmente pelo ambiente que envolve o festival, tanto durante o mesmo como nos dias que o antecedem.

Nós chegamos no Domingo e, por isso, os concertos na vila já tinham começado no dia anterior. Ainda assim, fui surpreendido pela quantidade de pessoas que já estavam presentes na zona de campismo. Para mim, isto revela que este festival não vive apenas dos concertos, mas sim de toda a envolvente. Falando do campismo, tenho a dizer que nunca estive num festival que desse tão boas condições como este, com casas de banho em grande número e quase sempre limpas (as senhoras estavam praticamente à espera que as pessoas saíssem para limpar), duches também em grande número e separados por sexo (sobre isto ouvi algumas queixas de pessoas de ambos os sexos Ahah), sítio para carregar o telemóvel, algumas barracas com comida bastante apetecível e uma grande proximidade quer do rio, nas margens do qual as pessoas passam a tarde, quer do recinto do festival. Para finalizar este assunto devo apenas dizer que quem pretende descansar decentemente deve escolher outra opção, porque no acampamento é difícil adormecer antes das 5 ou 6 da manhã devido à animação proporcionada por todos os presentes. Mas é essa a ideia do festival, não?

Relativamente aos concertos na vila só posso falar a partir do segundo dia, que foi quando chegamos. Este dia ainda coincidiu com as festas do município, o que teve duas consequências. Por um lado, quer os festivaleiros quer os habitantes de Paredes de Coura puderam escolher e/ou alternar entre os concertos do festival, da banda filarmónica e das bandas pimba. Por outro lado, isso fez com que os concertos do festival tivessem de ser em sítios que não a praça central da vila. Neste caso foram na Caixa da Música que, sendo um espaço fechado de tamanho bastante reduzido, não foi capaz de conter todos os interessados em assistir aos concertos. Para além disso, apesar de não ser permitido, havia bastantes pessoas a fumar lá dentro, tornando o ar pesado e fazendo com que fosse desconfortável lá estar. Ainda assim, a energia dos músicos conseguiu sobrepor-se a isso, com os Paraguaii a darem um concerto cheio de energia. O baixista parecia querer dar o seu próprio show, incitando os presentes a partir tudo, saltando em cima dos monitores e chegando até a cair em palco. Isto enquanto os restantes membros apelavam a um pouco mais de calma porque os Galgo ainda tinham de tocar ali nesse dia. Quanto a estes últimos, não assisti a  muito do concerto porque já os tinha visto antes e preferi ir apanhar ar mas, pelas opiniões que ouvi, foi também um bom concerto. Já no exterior, foi a vez de Joaquim Quadros tentar pôr os corpos das muitas pessoas ainda presentes a mexer. Lamento, mas no meu caso não foi capaz. É possível que tenha sido porque só tinha dormido uma hora e meia nesse dia, antes de conduzir até Paredes de Coura, e só me apetecia ir para a tenda descansar, mas as músicas que escolheu fizeram-me sentir que estava simplesmente a ouvir a Vodafone FM numa noite qualquer. Isso é bom quando estou no carro a caminho de casa, mas como DJ Set nem por isso e acabei por ir embora ao fim de 3 ou 4 músicas.

Na segunda-feira, depois de várias horas a dormir ao Sol e de mais um rodízio de enlatados para jantar, chegamos à vila mesmo a tempo do início do concerto dos Time for T, a banda encabeçada por Tiago Saga (ou “Baby Jesus”, como o teclista lhe chamou), o único português em palco. Apesar de estarem a tocar com instrumentos emprestados, já que os seus se perderam algures durante as viagens de avião, conseguiram cativar o público com o seu som harmonioso. Não os conhecia e foram uma boa descoberta. Em seguida veio Nuno Rodrigues, a Duquesa, e os seus vassalos. Confesso que seu o estilo pop-rock antiquado não é dos que mais que cativa, mas tenho de admitir que ele sabe interagir com o público e cativá-lo para os seus concertos, nem que seja falando sobre drogas sintéticas. Por fim, os DJs Bitch Boys para animar a madrugada. Ouvi gente a chamar-lhes “DJ Spotify” pela sequência de hits que puseram a tocar, enquanto se abanavam e incitavam o público com o seu estilo alternativo. No entanto, era exactamente isso que o público da vila precisava, indo ao rubro a cada música, quer entoando a letra, quer através de moshes, crowdsurfing e os mais variados passos de dança. Ao contrário do que aconteceu no anterior, neste dia só voltei para o campismo no final da actuação dos DJs.

Terça-feira foi o último dia do Festival Sobe à Vila, com Imploding Stars e Quelle Dead Gazelle. Tenho de vos confessar que tenho um problema com post-rock. Eu gosto, mas como é tudo instrumental e dentro do mesmo género, não consigo ouvir mais de duas músicas sem me fartar. Assim sendo, apesar de ser capaz de reconhecer qualidade em ambas as bandas, acabei por desligar um bocado dos concertos. Já o DJ A Boy Named Sue conseguiu cativar-me a mim e ao resto do público com o seu estilo disco dos anos 80, terminando em altas os concertos na vila.

Passando ao festival propriamente dito, o primeiro dia foi uma espécie de introdução, com concertos apenas no palco principal. A abrir, We Trust e Coura All Stars mostrando que é possível chegar longe desde que haja pessoas interessadas em criar novos projectos e lutar por eles. Pela negativa, pudemos ver o André Tentugal bastante emocionado a revelar que aquele seria o último concerto dos We Trust. Esperemos que seja apenas um até já. Seguiram-se os Best Youth que, apesar de na minha opinião não estarem no palco mais indicado para o tipo de som que tocam, conseguiram transmitir ao público toda a emoção presente nas suas canções. Já sobre o concerto dos Minor Victories, a super banda que junta elementos de várias grandes bandas, não tenho grande coisa a dizer. Ouviu-se. Ponto. Sobre o cabeça de cartaz, Unknown Mortal Orchestra, já tenho alguma coisa a dizer. Infelizmente é pela negativa. Apesar de até terem começado bem, o som parece que se foi degradando ao longo do concerto, especialmente pelos efeitos de distorção introduzidos. Não me parece a melhor opção. Não me conseguiram aquecer na noite gelada de Paredes de Coura e acabei por ver grande parte do concerto a partir da zona de imprensa. A fechar, os Orelha Negra, com um estilo totalmente diferente das restantes bandas do dia, o que fez com que muita gente nem sequer tentasse assistir ao concerto, deram, na minha opinião um grande concerto. Só me parece que teria sido muito melhor se fosse no palco secundário, mais abrigado e com piso plano, para as pessoas ficarem mais quentes e poderem dançar à vontade.

O segundo dia começou ainda junto ao rio, no palco Jazz, com Gisela João e Samuel Úria a declamar e cantar poesia com um à vontade e uma sinceridade que cativaram todo o público. Já no recinto, o primeiro concerto que vi foi o da Joana Serrat. Nota-se que é claramente uma grande interprete, mas fiquei a sentir que não trazia nada de novo. Já os Whitney trouxeram um estilo bastante diferente e que me deu prazer estar a assistir. Ainda assim, não me parece algo que vá ouvir no dia a dia. Passando a algo realmente bom, o concerto dos Bed Legs foi um terramoto que atingiu o festival (provavelmente a antecipar o que seria o concerto dos Thee Oh Sees). Com uma energia interminável, música após música, levaram o público ao rubro, acabando o vocalista por se juntar ao crowdsurfing já perto do final. Sleaford Mods. Não sei bem o que dizer. Olhar para um palco enorme e ver duas pessoas, uma de microfone na mão em fúria contra tudo e todos e outra a abanar-se de mãos nos bolsos enquanto o seu MacBook reproduz a batida, é estranho. Ainda assim, a qualidade da música é bastante boa e as letras estão cheias de críticas que deixam toda a gente a pensar. Além disso, só o humor do Jason Williamson vale a pena. Algiers foram uma agradável surpresa, com a voz forte e profunda a encaixar perfeitamente na melodia e com o teclista/baixista a presentear o público com todo um conjunto de passos de dança aleatórios e a sua tendência masoquista. Se os Bed Legs foram um terramoto, os Thee Oh Sees foram um vulcão que entrou em erupção em Paredes de Coura, com as duas baterias a partirem tudo no concerto mais intenso e agressivo do festival. A fechar o palco principal, LCD Soundsystem, o grande nome do festival. Com a máquina totalmente afinada, foi um concerto tecnicamente irrepreensível. Para os fãs da banda penso que foi um óptimo concerto, passando por todos os grandes clássicos. No entanto, acho que houve momentos durante o concerto que acabaram por perder um pouco o público em geral, devido às escolhas de alinhamento. Ainda assim, é impossível dizer mal. Já no palco After Hours, a noite terminou com Branko e Rastronaut a colocarem uma zona totalmente cheia a mexer.

No terceiro dia, depois de uma manhã e um início de tarde com chuva, o tempo acabou por ficar ensolarado para aquele que foi para mim o melhor dia do festival. Os First Breath After Coma tocaram às 18 e tenho a dizer que acho que nunca vi tanto público num festival para um concerto a essa hora. E digo já que fizeram muito bem em lá estar. Se eu dissesse mal a Sofia batia-me, mas também não tenho razões para isso. Lembram-se do meu problema com o post-rock? Pois, os First Breath After Coma resolveram isso introduzindo letras nas suas músicas, num entrosamento perfeito com a parte instrumental. Durante o concerto não notei qualquer falha e deu até para perceber a emoção que os músicos sentiam por estarem a ser reconhecidos e a tocar perante tanta gente. Já Sean Riley e os seus Slowriders pareceram-me algo confusos. Apesar de ter gostado, já vi melhores concertos deles. Depois de comer qualquer coisa fui para o palco principal para uma sequência de três concertos memoráveis. Primeiro, King Gizzard & The Lizzard Wizard, sete músicos imparáveis em cima do palco, a dar tudo pelo seu rock e pelo seu público. A seguir, The Vaccines, a banda que já tocou tantas vezes em Portugal e que eu nunca tinha visto ao vivo apesar de o querer desde a primeira vez. Sei que provavelmente não foi o melhor concerto deles, mas para mim foi óptimo, com todos os grandes sucessos. Só pecaram talvez um pouco na ordem das músicas, tornando-se o alinhamento um pouco monótono em algumas partes. Por fim, com aquele que foi para mim o melhor concerto do festival, Cage The Elephant. Irrepreensíveis ao longo de todo o concerto, não falharam mesmo quando o vocalista dava piruetas de um lado para o outro do palco e o guitarrista estava a tocar enquanto era engolido pelo público. Uma energia interminável da primeira à última música que se transmitiu ao público, que nunca os deixou de acompanhar. Para terminar a noite, no palco After Hours, Moullinex deu um concerto curto mas com a qualidade do costume e os The Vaccines, em formato DJ Set, rodando todos os membros, passaram música para todos os gostos, desde rock dos anos 80 a Justin Bieber.

E chegamos ao último dia do festival, que infelizmente ficou um pouco áquem dos outros. Não que os concertos tenham sido maus, mas acho que o festival merecia um final mais explosivo. Só cheguei a tempo das últimas músicas dos Grandfather’s House, mas tenho a dizer que fiquei encantado pela intensidade da voz da vocalista. Tenho de ir ouvir mais. Entretanto, The Last Internationale gritavam músicas de revolução para o pouco público que havia no palco principal. Talvez se fosse mais tarde e no outro palco tivesse corrido melhor. Filho da Mãe e Ricardo Martins são dois músicos dotados de uma técnica a um nível altíssimo, mas tornaram-se aborrecidos após duas músicas. Sim, eu sei, tenho problemas com instrumentais. Dizer que o concerto dos Capitão Fausto foi provavelmente o mais intenso deste dia é dizer muito sobre o dia. O novo álbum é muito mais melódico e harmonioso que o anterior, e mesmo as músicas mais antigas foram arranjadas para se enquadrarem no novo estilo. Ainda assim o público foi ao rubro, com as letras na ponta da língua e com mosh e crowdsurfing constante. É sempre bom ver bandas portuguesas a receber este carinho do público. The Tallest Man On Earth, que na verdade deve ser ainda mais baixo que eu, conseguiu, com a ajuda do público, que o seu concerto fosse um daqueles momentos extremamente familiares, em que conseguimos sentir toda a emoção transmitida pela calma da sua guitarra e voz. Só achei um pouco estranho ter gostado mais das músicas em que tocou sozinho do que daquelas em que foi acompanhado pela banda. De Cigarettes After Sex esperava mais. Foi aborrecido e apenas isso. Tanto que fiquei cheio de frio e acabei por ir à tenda buscar um casaco. Depois acabei por encontrar lá pessoas e perder aquele que foi provavelmente o melhor concerto do dia por causa disso, mas pronto. Sempre deu para ouvir a versão de “Don’t Look Back in Anger” desde o acampamento. Voltei para o concerto do cabeça de cartaz, Chvrches, com quem tenho uma espécie de relação de amor/ódio. Dependendo do dia tanto posso passar horas a ouvir, como achar o ruído estridente insuportável. Desta vez só tenho a dizer que o festival e principalmente o público precisavam de uma banda com mais força para terminar, tanto que a própria vocalista pediu às pessoas que faziam mosh e crowdsurfing para terem mais calma. No palco After Hours, Matias Aguayo foi bom durante 15 minutos, mas depois aquela batida repetitiva tornou-se insuportável.

No geral, adorei esta primeira experiência em Paredes de Coura e espero repeti-la. Vou sentir saudades das noites na vila, de fazer amigos novos, das tardes passadas na margem do rio, da poesia javarda, do mosh e do crowdsurfing mesmo nas músicas mais calmas, etc.. Enfim, agora preciso é de tirar férias para descansar das férias. Foi tão bom chegar a Lisboa e tomar um banho quente e deitar-me na minha cama Ahah. Bem, até para o ano e lembrem-se de uma coisa: se vos disserem que o bagaço é caseiro, tenham cuidado. É veneno!

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[Fotografia] 2ª Edição An experimental Jet Set, Trash & No Star Night! com Born a Lion, Then They Flew e Whales https://branmorrighan.com/2016/06/fotografia-2-edicao-experimental-jet.html https://branmorrighan.com/2016/06/fotografia-2-edicao-experimental-jet.html#respond Wed, 08 Jun 2016 11:00:00 +0000

Fotografias Nuno Capela e Eugénio Ribeiro

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[Playlist da Quinzena] 1 a 15 de Junho de 2016 – As Escolhas de Eugénio Ribeiro https://branmorrighan.com/2016/06/playlist-da-quinzena-1-15-de-junho-de.html https://branmorrighan.com/2016/06/playlist-da-quinzena-1-15-de-junho-de.html#respond Fri, 03 Jun 2016 10:05:00 +0000

Fiz anos no dia 1 e confesso que me desleixei aqui com a Playlist da Quinzena. Mas não se preocupem, cá está ela e tenho a dizer que me é muito especial. É do meu querido afilhado, Eugénio Ribeiro, que não sendo um artista declarado, é um protagonista na minha vida e por isso fez todo o sentido partilhar com ele esta quinzena que me é sempre tão querida todos os anos. Sim, sou uma criança eterna que adora fazer anos e ter coisas especiais por essa altura. Já antes dediquei um ou mais posts ao Eugénio por aqui, basta que pesquisem pelo seu nome no blogue, portanto vou-me abster de mais baba de madrinha orgulhosa e do quão fantástico ele é para vos dar a conhecer a sua playlist “13 Steps”. Não se esqueçam que logo à noite há festão no Musicbox e, adivinhem, o Eugénio vai lá estar! 🙂 


1. Massive Attack – Teardrop

A maior parte das pessoas conhece esta música como sendo o genérico do Dr. House, mas ela é muito mais que isso. Escolhi-a para abrir a playlist pela sua capacidade de captar a atenção das pessoas e de proporcionar uma experiência altamente imersiva, caso uma pessoa feche os olhos e se foque nela durante os seus 5 minutos e meio. Esta é aquela música que gosto de ouvir quando tenho de me concentrar. Paro tudo o que estou a fazer, oiço, e a seguir estou pronto para qualquer coisa.

2. Smashing Pumpkins – Disarm

Todos temos na nossa imaginação um esboço físico e psicologico da pessoa que gostariamos de ter ao nosso lado pelo menos uma vez. Aquela a que normalmente se chama a pessoa ideal. No meu caso esse esboço manteve-se desde o início da adolescência. No entanto, à medida que vai avançando, vamos tendo várias desilusões que nos levam a deixar de acreditar que vamos encontrar essa pessoa e a criar diversas barreiras à nossa volta para tentar evitar o sofrimento. Até que um dia alguém sorri para nós e, tal como diz a música, ficamos totalmente desarmados porque naquele momento sentimos que é aquela a pessoa. Independentemente de tudo o que possa acontecer a seguir, isto é algo que espero que toda a gente possa experienciar. É nisto que penso quando oiço esta música e foi por isso que a escolhi.

3. The Kooks – Seaside

Esta música tem apenas 1 minuto e 39 segundos, o que é estranho tendo em conta que as músicas de indie rock costumam ser bastante mais longas. No entanto, esta pequena preciosidade tem tempo suficiente para me pôr um sorriso na cara cada vez que a oiço. Consigo sentir nesta música aquela alegria que sentimos quando nos apaixonamos. A cabeça nas nuvens, as borboletas no estômago… Não me consigo lembrar de uma música melhor para ouvir numa tarde de Verão.

4. Snow Patrol – Set the Fire to the Third Bar (Feat. Martha Wainwright)

Para mim esta música descreve perfeitamente a importância de haver alguns períodos de distância entre casais. Quando as pessoas não se largam, a relação acaba por arrefecer e, eventualmente, acabam por se tornar apenas bons amigos. No entanto, quando existe alguma distância, mesmo que por pouco tempo, entra o factor saudade, que nos acende de novo o desejo de estar com a pessoa que amamos. E não me lembro de sensação melhor do que saciar esse desejo intenso, que pega fogo a tudo.

5. Incubus – Love Hurts

O que esta música diz, e com razão, é que todos somos masoquistas. Todos sofremos por amor e muitas vezes a dor que ele provoca é mais difícil de suportar que a dor física. Ainda assim, não deixamos de o procurar porque, tal como com uma droga, quando estamos no ponto alto sentimos que tudo o resto vale a pena. E a verdade é que se não existissem fases más, não daríamos valor às boas e a vida seria simplesmente aborrecida.

6. Bloc Party – This Modern Love

Esta música é uma crítica aos relacionamentos modernos, em que as pessoas estão juntas só por estar e não são capazes de se dar completamente porque estão à espera da pessoa certa. No entanto, tendo em conta este fecho, as pessoas certas podem estar frente a frente sem nunca se aperceberem. Basicamente, o que a música transmite é que é preciso viver tudo intensamente, se não não é viver, é apenas passar o tempo.

7. Pixies – Where is my Mind?

Esta é um clássico. Duvido que conheça alguém que não conheça esta música e, se alguma vez conhecer tal espécime, tratarei imediatamente de colmatar essa falha gravíssima. Aquilo que é mais surpreendente nesta música é que ela parece levar a interpretações muito diferentes e muito pessoais dependendo de quem a ouve. Para mim ela fala daqueles momentos em que temos tantas coisas na cabeça e queremos fazer tanto que acabamos por não fazer nada e aconchegar-nos no nosso canto, sem reagir. Para além disso, faz parte da banda sonora de um dos meus filmes preferidos, por isso tinha de estar aqui.

8. Nirvana – Heart-Shaped Box

Nirvana é aquela banda que, apesar de nunca ter sido a minha favorita, ouvi durante todas as fases da minha vida. Por isso, tinha de colocar aqui uma música deles. Escolhi esta porque, tal como da “Where is my Mind?”, tenho dela uma interpretação muito pessoal. Para mim esta música mostra como o amor se pode tornar uma prisão. Infelizmente, por vezes deixamos de ser felizes na relação em que estamos. No entanto, como a outra pessoa já fez muito por nós, sentimos que lhe devemos algo e ficamos presos a um amor que na verdade já morreu. O problema é que a outra pessoa vai acabar por perceber e isso nunca acaba bem.

9. Green Day – Good Riddance (Time of Your Life)

Eu passei a minha adolescência a ouvir punk rock e Green Day é era uma das minhas bandas favoritas. Optei por colocar aqui uma das músicas mais calmas porque se enquadra melhor com o resto da playlist. O que gosto especialmente nesta música, para além da mensagem importante de que por vezes as melhores coisas são aquelas que não se esperam, é que ela me causa sempre uma mistura estranha de sentimentos. Por um lado, faz-me viajar pelas memórias boas da minha vida, o que me deixa sempre com um sorriso na cara. Por outro lado, isso misturado com o tom melancólico da música faz com que sinta alguma tristeza por esses momentos já terem passado e não os poder voltar a viver. É difícil ficar indiferente…

10. blink-182 – Adam’s Song

Esta é outra das músicas da minha adolescência. Foca-se na solidão e em como é difícil para os humanos lidar com ela. Para além disso, refere um ponto importante, que é o facto de muitas vezes as pessoas que parecem mais alegres serem aquelas que estão em maior sofrimento. Por isso, deixo-vos aqui um conselho: mostrem aos vossos amigos que eles não estão sozinhos. Por vezes, os pequenos gestos, como dizer olá e perguntar se está tudo bem, são os mais importantes.

11. Arctic Monkeys – 505

Esta é uma música de contrastes. Felicidade e tristeza, realidade e imaginação, amor e saudade… Na minha opinião merece bem mais que ser a música de despedida do frenético “Favourite Worst Nightmare”. Curiosamente, está bastante mais próxima do registo mais recente dos Arctic Monkeys em temas como “Do I Wanna Know?” e “I Wanna Be Yours”. Para mim, esta música reflecte aquelas alturas em que estamos presos a uma relação que já não podemos ter e revivemos os momentos bons em loop na nossa imaginação, porque não somos capazes de a deixar morrer totalmente.

12. Billie Marten – In for the Kill

A versão original desta música, dos La Roux, é mexida, alegre e chama as pessoas para a pista de dança. Esta versão da Billie Marten é exactamente o oposto, o que dá um significado completamente diferente à música. Sinceramente, gosto muito mais desta versão. Ela mostra-nos que a partir do momento em que cedemos aos nossos desejos, ao tentar voltar atrás vamos sofrer porque sentimos falta e que, por isso, o melhor é dar tudo para satisfazer esse desejo enquanto for possível.

13. Damien Rice – 9 Crimes (Demo Version)

Esta versão da 9 Crimes, que encerra o álbum 9, consegue, na minha opinião, transmitir muito mais que a versão “final”, que abre o álbum. Esta é uma música que fala sobre traição. No entanto, eu vejo-a de uma forma diferente, embora relacionada. Para mim esta música enquadra-se naquele momento em que uma relação acabou, mas ainda há claramente sentimento de ambas as partes e não somos capazes de arriscar estar com alguém novo porque sentimos que se o fizermos estamos a destruir todas as hipóteses de reconciliação.

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[Foto Reportagem] LAmA, Surma, azul-revolto, no Um ao Molhe no Musicbox Lisboa https://branmorrighan.com/2016/04/foto-reportagem-lama-surma-azul-revolto.html https://branmorrighan.com/2016/04/foto-reportagem-lama-surma-azul-revolto.html#respond Sun, 10 Apr 2016 10:41:00 +0000

Fotografias Eugénio Ribeiro

Set completo de fotos aqui: https://www.flickr.com/photos/theawesomege/sets/72157666968101065/

Foi na passada Quinta-feira, dia 7 de Abril, que o BranMorrighan, em co-organização com o Um ao Molhe, levou mais uma noite ao Musicbox com três jovens projectos musicais portugueses – LAmA, Surma e azul-revolto foram a delícia de quem apareceu. Fica o registo fotográfico de Eugénio Ribeiro e o registo escrito de que foi uma noite muito bonita, que são necessárias mais iniciativas destas que coloquem estes músicos a tocar com mais regularidade e em diferentes palcos para que possam crescer e afirmar a sua personalidade enquanto artistas. 

Fica o agradecimento de coração ao Manuel Molarinho, que é incansável ao infinito e tem uma paixão louca por isto, ao João Zinho e à Sara Esteves (Daily Misconceptions) pelo jantar fofinho e pela simpatia com que nos receberam em sua casa e, claro, ao Musicbox, por confiar em nós e nesta noite.

Dia 21 de Abril o BranMorrighan volta à estrada, desta vez ao Maus Hábitos para o concerto de apresentação de Sur Lie do Grutera, com primeira parte de Homem em Catarse. Vemo-nos por lá? O evento está aqui: https://www.facebook.com/events/904195903031741/

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[Foto Reportagem] Tó Trips + Benjamim + Pista, no Musicbox Lisboa (Talkfest’16) https://branmorrighan.com/2016/03/foto-reportagem-to-trips-benjamim-pista.html https://branmorrighan.com/2016/03/foto-reportagem-to-trips-benjamim-pista.html#respond Fri, 11 Mar 2016 10:14:00 +0000

Fotografias Eugénio Ribeiro

Textohttp://www.musicaemdx.pt/2016/03/10/talkfest16-to-trips-benjamim-e-pista/

Desta vez escrevi para o Música em DX sobre esta noite! Para não me repetir, visitem o link que deixei porque pelo MDX também encontram outras coisas mesmo muito boas! De destacar que realmente adorei o concerto do Tó Trips com o João Doce, que foi o concerto com que mais me identifiquei, talvez por me ter despertado outros sentidos. Quem segue o blogue há mais tempo conseguirá perceber bem porquê. É como regressar às origens!

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[Foto Reportagem] peixe:avião e o seu Peso Morto, no Lux Frágil https://branmorrighan.com/2016/03/foto-reportagem-peixeaviao-e-o-seu-peso.html https://branmorrighan.com/2016/03/foto-reportagem-peixeaviao-e-o-seu-peso.html#respond Thu, 03 Mar 2016 15:51:00 +0000

Fotografias Eugénio Ribeiro

Peso Morto é um dos meus discos de 2016 até agora. Desde que o recebi, há já quase dois meses atrás, que o tenho ouvido vezes sem conta. O percurso dos peixe:avião tem sido tudo menos linear e a evolução apraz-me de sobremodo. Gosto do ambiente mais intenso, mais escuro, mais trabalhado. Ao vivo, tendo-os visto já por três ou quatro vezes nos últimos dois anos, o conjunto apresenta-se agora com uma estética mais resguardada, mais íntima, mas não menos entusiasta. Quase em formato estrela (dentro de um quadrado), com o baterista no centro, os peixe:avião têm um espectáculo que cada vez mais fascina pela descoberta da construção das composições. No Lux, podendo estar perto do palco e já conhecendo o disco de uma ponta à outra, fascinou-me aperceber-me de que forma é que cada sonoridade é construída, compreendendo também melhor o que o André Covas tinha explicado na entrevista que deu ao blogue. O público, esse, contrastou com a discrição em palco da banda, manifestando a bons pulmões o entusiasmo com o concerto. Não havendo interacção com o público, e seguindo um alinhamento mais ou menos certo, as características dos concertos de peixe:avião – luzes, projecções, ambiente – tendem a depender um pouco do espaço em que actuam, mas que eles sabem o que fazem, disso não há dúvidas nenhumas e são uma das melhores bandas portuguesas do momento. 

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[Foto Reportagem] 7º Aniversário Blog BranMorrighan – Surma, Whales, Azul-Revolto, DJ A Boy Named Sue – no Maus Hábitos https://branmorrighan.com/2016/02/foto-reportagem-7-aniversario-blog.html https://branmorrighan.com/2016/02/foto-reportagem-7-aniversario-blog.html#respond Mon, 15 Feb 2016 17:31:00 +0000

Fotografias Eugénio Ribeiro



Galeria Completa: 

https://www.flickr.com/photos/theawesomege/sets/72157664588628826/

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[Diário de Bordo Especial 2015] O Eugénio https://branmorrighan.com/2015/12/diario-de-bordo-especial-2015-o-eugenio.html https://branmorrighan.com/2015/12/diario-de-bordo-especial-2015-o-eugenio.html#respond Sun, 20 Dec 2015 13:56:00 +0000 Foto mais antiga/pirosa/lamechas que eu encontrei! 

Podia ter etiquetado o post como fazendo parte do sétimo aniversário, mas a verdade é que ao pensar nisto, neste texto que agora lêem, vejo que não fazia grande sentido. Tal como não fará à medida que for falando de algumas pessoas. A primeira é o Eugénio Ribeiro, que conheço há mais de 7 anos. Conheci-o em Setembro de 2007, ele com 18 aninhos, eu com 19, ele a entrar na faculdade, eu a querer fazer-me de gente grande na faculdade. O nosso curso, Engenharia Informática e de Computadores, no Instituto Superior Técnico, sempre teve uma tradição de praxe muito saudável. Pelo menos no meu tempo era assim. Não sei qual é a vossa opinião sobre a praxe, sinceramente também não é o mais importante aqui, o que é de valorizar e de destacar é que graças a essa tradição das madrinhas e afilhados, padrinhos e afilhadas, e vice-versa, eu fiz amizades que de outra maneira talvez não acontecessem.

O Eugénio é uma dessas amizades. Afilhado da vida universitária, para mim tornou-se como alguém da minha família, aquela que pode não ser de sangue mas que trazemos connosco no nosso coração. Aliás, ainda hoje, passados anos e sem praxes ou tradições académicas envolvidas, eu apresento-o, muito orgulhosamente, como “o meu afilhado”. Claro que muitos ficam espantados, afinal ele é só um ano mais novo do que eu e supostamente não teria idade para ser madrinha dele, mas também não me interessa se as pessoas acham normal ou não eu designá-lo assim, interessa-me o que ele significa para mim. E o Eugénio, ou o Gé, como tantos lhe chamam, tornou-se numa das pessoas mais especiais que trago comigo. Num outro post disse que havia um quarteto fantástico na minha vida que vos queria apresentar, o Eugénio faz parte desse quarteto e dos quatro é quem eu conheço há mais tempo. 

Nem sempre fomos muito próximos, nem sempre fomos aquelas pessoas que sabiam tudo uma da outra, mas os astros organizaram-se de forma a que nos últimos anos nos tivéssemos aproximado mais e hoje em dia só posso dizer que tenho o maior orgulho na pessoa que ele se tornou. Não o quero expor muito, sou sincera, sei que ele próprio tem a sua maneira de estar no mundo e não quero de forma alguma de repente despi-lo aqui, mas já que o deixei humilhar-me completamente pela altura de Bons Sons (quando destruiu a minha imagem social com este post, ahahah) achei que podia ao menos dizer a quem quiser ler que gosto imenso dele. Que o facto de saber que posso contar com ele, que ele se preocupa comigo e está lá quando mais ninguém está… Não tem preço, não tem adjectivos nem termos suficientes para lhe agradecer. 

Por isso Eugénio, é assim afilhado, eu gosto imenso de ti, eu juro que mesmo quando me apetece dar-te chapadas por estares sempre a gozar comigo e a fazer-me passar vergonhas, que te adoro do fundo do coração. Que este 2015 foi difícil para mim para caraças, mas que tu ajudaste a torná-lo mais fácil, mais suportável, mais confortável. Por isso desgraçado, prepara-te, porque estou aqui para retribuir tudo e ainda um pouco mais, se for possível. Mil beijos e Feliz Natal! 

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[Foto Reportagem] TFIST, Toy e Capitães de Areia no Arraial do Técnico https://branmorrighan.com/2015/11/foto-reportagem-tfist-toy-e-capitaes-de.html https://branmorrighan.com/2015/11/foto-reportagem-tfist-toy-e-capitaes-de.html#respond Wed, 04 Nov 2015 13:35:00 +0000

Fotografias de Eugénio Ribeiro

Mais fotografias aquihttps://www.flickr.com/photos/theawesomege/albums/72157658002387854

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