Filipe Faria – Bran Morrighan https://branmorrighan.com Literatura, Leitura, Música e Quotidiano Mon, 29 Aug 2022 12:23:16 +0000 pt-PT hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.8.3 https://branmorrighan.com/wp-content/uploads/2020/12/cropped-Preto-32x32.png Filipe Faria – Bran Morrighan https://branmorrighan.com 32 32 Voltar à Feira do Livro Lisboa com o Trio Fantástico https://branmorrighan.com/2022/08/voltar-a-feira-do-livro-lisboa-com-o-trio-fantastico.html https://branmorrighan.com/2022/08/voltar-a-feira-do-livro-lisboa-com-o-trio-fantastico.html#comments Sun, 28 Aug 2022 20:36:59 +0000 https://branmorrighan.com/?p=25389

Quando publiquei a entrada de Já ninguém lê blogues, não sabia que a palavra se ia espalhar tão rapidamente. Ao que parece alguns ainda lêem, ou pelo menos têm visitado o BranMorrighan, o que muito me alegra! E porque é que falo nisto? Porque foi graças ao blogue que há mais de 10 anos atrás, na Feira do Livro Lisboa, comecei a conhecer escritores portugueses — para quem não se lembra, ou não sabe, o blogue sempre teve uma atenção especial autores portugueses — e hoje em dia ainda tenho o maior privilégio em ter alguns como meus amigos.

É o caso do trio fantástico — Filipe Faria, Sandra Carvalho e Rafael Loureiro. No que diz respeito à literatura fantástica em Portugal sempre foram das maiores referências e tenho tido o prazer de fazer parte das suas trajectórias, volta e meia apresentado os seus livros em eventos públicos. Foram uns quantos anos, no auge do blogue, quando a Presença ainda tinha uns sofás na feira do livro onde os autores se sentavam a assinar, que me sentei com eles durante horas em conversa entre autógrafos. Tristezas e alegrias, frustrações e euforias, foi assim durante muito tempo.

Nos últimos cinco anos as coisas tornaram-se mais irregulares. Se contarmos com os últimos 3 de pandemia, não é difícil encontrar explicação. Fui encontrando-os em separado, às vezes de corrida, mas ainda hoje fico fascinada com a ligação especial que sinto com eles e sei ser recíproca. E agora que penso nisto, penso que este ano foi a primeira vez, de sempre, que conseguimos uma fotografia os quatro juntos! Por serem um trio fantástico, por norma têm filas bem grandes de leitores para dar autógrafos.

Foi tão especial vê-los novamente, os três ao mesmo tempo, poder conversar um bocadinho que fosse com cada um e largar umas boas gargalhadas. Enquanto estava com eles, reencontrei também o Rogério Ribeiro, o grande por trás do Fórum Fantástico, que já entrevistei pela primeira vez, imaginem, em 2013! Foi tão bom revê-lo e termos uma pequena walk on memory lane e como as nossas vidas se vão aproximando e distanciando, mas com a paixão dos livros e do fantástico sempre em comum!

Claro que a Feira não foi só este espaço da Editorial Presença, mas 12 anos de convivência com estes três merecem o seu post. Claro que não perdi a a oportunidade de visitar Afonso Cruz, João Tordo, Nuno Nepomuceno, algumas das pessoas que já conheço há tantos anos da comunicação das editoras com o blogue, e… Hoje fui a maior fangirl a visitar a Rosa Montero! Mas deixem-me aproveitar o entusiasmo que tenho sentido em voltar a escrever e depois faço outro post sobre isso. Deixo-vos com pequenas relíquias, de hoje e de anos anteriores. Eu sei que já me ri muito a olhar para elas!

Filipe, Sandra e Rafael, adoro-vos e que maravilha foi termo-nos encontrado nesta altura especial também para o regresso do blogue!

Esta já é de 2014! Tantos autores que visitei naquele dia! Post aqui.
Quando apresentei O Olhar do Açor e Filhos do Vento e do Mar da querida Sandra Carvalho em 2017! Post aqui.

PS: Entretanto criei conta no Substack e as newsletters já começaram a sair! Subscrevam 🙂

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Passatempo: A Oitava Era, de Filipe Faria https://branmorrighan.com/2021/01/passatempo-a-oitava-era-de-filipe-faria.html https://branmorrighan.com/2021/01/passatempo-a-oitava-era-de-filipe-faria.html#comments Thu, 07 Jan 2021 10:28:12 +0000 https://branmorrighan.com/?p=24762

Viva!

Mais um fantástico passatempo desta vez com a parceria da Editorial Presença, em comemoração dos 12 Anos BranMorrighan, para o exemplar de A Oitava Era, de Filipe Faria! Para se habilitarem a ganhá-lo basta preencherem correctamente o formulário com as seguintes regras:

– O Passatempo termina às 23h59 do dia 12 de Fevereiro
– Só será aceite uma participação por dia
– Só serão aceites participações de Portugal
– Partilhar o link deste post numa rede social não é obrigatório, mas agradece-se a divulgação

Boa Sorte!

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E não é que o Filipe Faria agora está no Youtube? https://branmorrighan.com/2020/10/e-nao-e-que-o-filipe-faria-agora-esta.html https://branmorrighan.com/2020/10/e-nao-e-que-o-filipe-faria-agora-esta.html#respond Sat, 24 Oct 2020 20:53:00 +0000
Ora bem, porquê o meu espanto? Deixem-me começar pelo início.

Eu conheci o Filipe Faria na Feira do Livro de… 2009? 2010? Honestamente, não me lembro bem, mas tenha sido num ano ou no outro, há mais de uma década que conheço este nosso (para sempre) jovem autor português. Entrevistei-o uma série de vezes, li todos os seus livros (menos o último, que foi publicado comigo já nos Estados Unidos) e até sair de Portugal tínhamos a tradição de nos sentarmos todos os anos, numa das tardes da Feira do Livro, a colocar a conversa em dia.

A literatura nacional era sempre um dos assuntos abordados, para além de outros. E um desses outros era “porque raio, Filipe, não tens pelo menos uma página no Facebook para divulgares os teus livros?”. Imaginem que cheguei a oferecer a minha ajuda e tudo! E o Filipe, sempre no seu tom meio altivo (coisa que não é, ele é bastante acessível e um fixe, mas é preciso conhecê-lo para além de apenas conjeturar sobre a sua personalidade) lá me dizia “Sofia, não. Sofia, não. Sofia, não” (claro que não mo dizia desta forma, sempre justificou o porquê de não estar nas redes sociais). No entanto, a verdade é que, hoje em dia, o maior canal de comunicação para qualquer arte são as redes sociais. Para o bem e para o mal.

Daí, qual não é o meu espanto quando recebo uma notificação do seu canal no Telegram a dizer que ele agora tinha um canal Youtube! Chama-se Litortura Nacional e, lol (Filipe, este lol é dedicado à tua discussão sobre como o inglês se infiltrou na nossa linguagem do dia-a-dia), não podia ser um título mais à Filipe Faria.

Neste episódio zero, ele apresenta-se, diz que inicialmente se queria queixar e que depois mudou de ideias, mas a verdade é que se queixa desde o início. Ahahah! Fora de brincadeiras, o Filipe apresenta o propósito do canal, observando por si mesmo que, apesar de tanto criticarmos que não se lê literatura portuguesa, a verdade é que os próprios autores portugueses nem sempre lêem assim tanto literatura portuguesa (não é Filipe? Não se preocupem, ele mostra-vos o seu Goodreads a provar que só leu um livro português nos últimos dez meses).

E o que é engraçado é que o próprio nome do canal “Litortura Nacional” também vem da ideia que se tem que é uma tortura ler autores portugueses. Mas não quero revelar tudo o que o Filipe refere no episódio, quero só reforçar que no meio da resistência a aderir a redes sociais, esta iniciativa mostra uma coragem considerável, porque um canal no YouTube é provavelmente a forma de expressão em que pode existir mais vulnerabilidade.

Eu própria já pensei em começar um mais a sério (na verdade tenho uma ideia mais específica que está em fase de maturação), e acabei por nunca ter a coragem de dar esse passo. Parabéns, Filipe!

Dito isto, este post na verdade é uma brincadeira em tom de divulgação do novo canal do Filipe Faria. O Filipe sempre se distinguiu por ser dos poucos autores portugueses com publicação constante no género do Fantástico. Género este que em Portugal sempre foi um pouco não grato, o que faz com que a sua perseverança e a lealdade dos seus leitores seja ainda mais admirável. Podem seguir toda a sua actividade através do seu sítio: https://www.allaryia.com/

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Opinião: Dragomante, de Filipe Faria e Manuel Morgado https://branmorrighan.com/2018/08/opiniao-dragomante-de-filipe-faria-e.html https://branmorrighan.com/2018/08/opiniao-dragomante-de-filipe-faria-e.html#respond Wed, 29 Aug 2018 10:33:00 +0000

Dragomante

Filipe Faria e Manuel Morgado

Editora: G Floy Portugal

Sinopse: Um Dragomante e um dragão são guerreiro e cão de guerra, aliados e amigos inseparáveis. Mas uma Dragomante pode ser cobiçada por vários dragões, que ela, em certas circunstâncias, pode a todos domar… No reino de Armitaunin, Nereila, uma jovem Dragomante, conclui por fim o seu árduo treino, juntamente com Ékión, o seu Escudeiro, que deverá protegê-la de qualquer perigo.. e de si mesma. Porque os Dragomantes, que defendem a humanidade da ameaça dos dragões, podem representar um perigo maior ainda que estes, se neles for ateado o fogo que lhes arde nas veias: o fogo de dragão. No caso de Nereila – a primeira mulher Dragomante em séculos – as consequências podem ser mais drásticas ainda, quando os pecados do seu pai regressam para a atormentar. E Ékión, o seu Escudeiro, não sabe se está à altura da tarefa – ou mesmo se deseja fazê-lo. E, se o fogo de dragão for ateado em Nereila, Armitaunin e o mundo inteiro poderão arder.

OPINIÃO: Sou nova nisto das bandas desenhadas, mas o que é certo é que lhe estou a tomar o gosto. Com a G Floy não só conheci a série Saga (uma das melhores experiências e da qual já comecei a falar aqui no blogue), como tive acesso ao universo Marvel com o qual só tomava contacto através de séries e filmes, entre outros. Um desses outros é esta estreia de Filipe Faria no universo BD. Ao contrário do que se poderia esperar, não é Manuel Morgado que o acompanha, mas o oposto. O artista Manuel Morgado já tinha as belíssimas ilustrações, faltava o argumento. Por isso mesmo, comecemos pelo início. 

A capa, só por si, chama logo à atenção. Eu sei que até nas BDs existe um pouco o preconceito de que o que é estrangeiro é que é bom, mas Manuel Morgado encosta muitos a um canto com o seu traço e a palete de cores que utiliza para expressar a sua imaginação. Os cenários, que vão de paisagens a cenas bélicas, parecem ganhar uma dimensão multi-dimensional. Sendo um universo populado por dragões, dragomantes (guerreiros que conseguem criar um laço com dragões “domando-os”) e escudeiros, é de louvar o realismo, a emotividade e a agressividade bem conseguidos. Com páginas com esta qualidade, a tarefa hercúlea era agora a de construir um argumento que acompanhasse este sangue na guelra criativo.

Tarefa, talvez injusta, que coube ao escritor português Filipe Faria. A associação ao contexto pareceu-me evidente, quem conhece os universos literários criados pelo escritor português sabe que ele já conta com milhares de páginas em descrições de batalhas, campos de guerra e personagens femininas potencialmente “problemáticas”. Nem sempre achei a narrativa, principalmente os diálogos, extraordinários, mas para a introdução do universo e dos conceitos subjacentes foi suficientemente bom para querermos virar página após página o mais rapidamente possível para desvendarmos a intriga. A dupla portuguesa está de parabéns e, havendo próximos volumes, tem todo o potencial para criar uma série memorável. 

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[8 Anos Blog BranMorrighan] Os Parabéns do Filipe Faria https://branmorrighan.com/2016/12/8-anos-blog-branmorrighan-os-parabens_14.html https://branmorrighan.com/2016/12/8-anos-blog-branmorrighan-os-parabens_14.html#respond Wed, 14 Dec 2016 09:09:00 +0000

Muito do que o blogue é hoje vem de um atrevimento inicial no universo literário. Idas à Feira do Livro de Lisboa para conversar com autores, ter episódios insólitos com leitores a falarem do meu blogue comigo ali ao lado e sem saberem quem eu era, pessoas meio embriagadas a virem com conversas quase do além para comigo e com o autor a meu lado… Enfim! Tantas memórias, tanta coisa que me marcou. E podem não acreditar, mas um pouco disto tudo aconteceu, ano após ano, quase sempre ao lado deste rapaz/homem que vêm na péssima fotografia que lhe tirei há uns anos atrás. É o Filipe Faria, escritor português, autores d’As Crónicas de Allaryia, da série Felizes Viveram Uma Vez e da obra A Alvorada dos Deuses. De vez em quando ele lá escreve um ou outro texto aqui para o blogue, desta vez escreveu aqui umas frases de parabéns. Ah! Sim, foi ele que me apelidou de chamariz de freaks! Mas ao lerem o testemunho dele, acho que perceberão que isto de se ser freak deve ser contagioso 🙂 Obrigada, Filipe, por seres aquela pessoa. 

Obrigado, Bran Morrighan, por dares voz a quem fala baixinho.

Obrigado por dares música a quem é duro de ouvido.

Obrigado por não saberes dizer ‘não’ a quem só precisa de um ‘sim’,

E por fazeres isso tudo enquanto trabalhas pró vocalista dos U2.



Feliz oitavo aniversário, e que chegues ao redondo décimo e mais além.

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Entrevista a Filipe Faria sobre a série Felizes Viveram uma Vez e o novo romance A Alvorada dos Deuses https://branmorrighan.com/2016/04/entrevista-filipe-faria-sobre-serie.html https://branmorrighan.com/2016/04/entrevista-filipe-faria-sobre-serie.html#respond Mon, 11 Apr 2016 14:14:00 +0000 Lembram-se de quando o blogue era praticamente só livros e entrevistas a escritores? Pois, quase que eu também não. Mas a verdade é que já tenho algumas saudades, principalmente porque não deixei de ler autores portugueses, apenas me tornei um bocado preguiçosa no que toca a tomar a iniciativa de os contactar. Verdade seja dita, a maioria mostra muito menos disponibilidade para dar entrevistas do que os músicos, por exemplo. São muito mais distantes em relação a este tipo de proximidade do que a maior parte do pessoal do meio musical. Mas há quem fuja a esse estigma e por isso aqui estou eu, a tentar voltar, lentamente, ao contacto mais próximo com a literatura portuguesa. A desculpa é o novo romance do Filipe Faria, A Alvorada dos Deuses. Sigo a sua escrita desde os primórdios d’As Crónicas, cheguei mesmo a fazer parte da apresentação do Oblívio, e eis que à sua décima obra ele aborda temas tão familiares às origens do blogue – mitologia e religião. Já li o livro, e podem ler a opinião aqui: http://www.branmorrighan.com/2016/04/opiniao-alvorada-dos-deuses-de-filipe.html

Entretanto fiquem com a entrevista, que basicamente complementa outras já anteriormente feitas aqui no blogue. Tudo sobre o autor aqui: http://www.branmorrighan.com/search/label/Filipe%20Faria

Acaba de fazer 14 anos que saiu a primeira edição de A Manopla de Karasthan, pela Editorial Presença. Ainda te lembras de como era o Filipe Faria de há 14 anos? 

Era um puto peculiar que andava de sobretudo mesmo no Verão e que devia sofrer de uma forma de acalculia, pois vivia convicto de que estaria a perder dinheiro se ajudasse alguém a dar-lhe troco quando lhe perguntavam se tinha um euro, e por isso dizia sempre que não tinha.

Entretanto, acabaste As Crónicas de Allaryia, iniciaste uma nova série chamada Felizes Viveram Uma Vez e ainda lançaste a tua décima obra literária – A Alvorada dos Deuses. Duas mãos cheias de livros é um número bastante considerável para um autor tão jovem. Queres fazer um balanço de cada uma destas três aventuras, tão diferentes umas das outras? 

É como dizes; são muito diferentes umas das outras. Fantasia épica, contos de fadas deturpados, romance histórico fantasioso… Cada uma delas foi escrita numa fase distinta da minha vida, é verdade, e até poderia ser de certa forma reflexiva do Filipe que eu era na época em que me senti impelido a escrevê-las… mas também não vale a pena entrar no ramo da psicanalítica, até porque uma delas, A Alvorada dos Deuses, foi inicialmente concebida há quase dez anos, e só a lancei no ano passado. 

No fundo, cada uma delas coçou à sua maneira uma “comichão” que é sempre a mesma: a de contar histórias; histórias que eu gostaria de ler. O resto são romantizações.

Felizes Viveram Uma Vez é sabido que não vingou em termos de vendas. Sei que tinhas planeado mais uns quantos volumes para a mesma. Em que formato é que se vai dar o fecho da série? 

A única coisa que posso adiantar é que irei condensar num só os quatro volumes que faltavam para acabar de contar a história, e que o terceiro e último volume será forçosamente maior que os dois primeiros.

Qual a razão que encontras para os teus leitores, sempre tão ávidos com As Crónicas, não terem pegado nesta segunda série? 

Talvez a maior parte dos leitores das Crónicas gostassem das Crónicas, e não propriamente de Filipe Faria. Talvez o Felizes Viveram Uma Vez tenha passado a imagem errada no início, a de que era uma obra de teor infantil, e não mais a tenha conseguido limpar. Talvez tenha saído em má altura. Talvez estes três motivos, mais outros tantos, ou mesmo nenhum deles. Falta de qualidade sei que não foi, e isto dos livros e da adesão aos mesmos é sempre uma lotaria, por isso tento não remoer o assunto e limito-me a acabar a série, para não deixar “pendurados” os leitores que lhe deram uma hipótese, e aos quais devo isso.

A Alvorada dos Deuses saiu no final de 2015. Passado o primeiro trimestre de 2016, tens obtido feedback sobre o mesmo? 

Muito positivo, até agora. Foi inclusive escolhido para integrar o lote de obras da Final Distrital de Lisboa do Concurso Nacional de Leitura, o que muito me surpreendeu e lisonjeou, até porque tive ocasião de falar com um público que eu muito sinceramente não imaginava como os leitores-alvo de uma obra deste género, e que me surpreenderam com aquilo que extraíram do livro. Estou muito curioso por saber mais, e conto sabê-lo nas vindouras feiras do livro.

O que é que te levou a escrever este livro? 

Foi um trabalho de paixão e interesse académico, nascido da minha relação de amor com a Islândia, o meu antigo fascínio pela mitologia nórdica, uma embirração com a forma como esta acabava em todas as histórias e relatos que dela li, e a pretensão de escrever uma obra que transmitisse uma mensagem.

Tenho de confessar que me fez lembrar um pouco a série Vikings que passa no canal História. Semelhanças são pura coincidência?

A única semelhança entre o meu livro e a série (que acho excelente) é a existência de personagens escandinavas e um padre cristão.

Por onde é que passa o futuro próximo, e longínquo, do escritor Filipe Faria?

Por mais aventuras fantásticas, quiçá outro romance histórico fantasioso, e por um regresso a Allaryia, certamente.

Página Filipe Faria na Editorial Presença:

http://www.presenca.pt/autor/filipe-faria/

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Opinião: A Alvorada dos Deuses, de Filipe Faria https://branmorrighan.com/2016/04/opiniao-alvorada-dos-deuses-de-filipe.html https://branmorrighan.com/2016/04/opiniao-alvorada-dos-deuses-de-filipe.html#comments Wed, 06 Apr 2016 13:03:00 +0000

A Alvorada dos Deuses

Filipe Faria

Editora: Editorial Presença

Sinopse: No inverno de 1477, Berardo de Varatojo, padre franciscano estigmatizado, viaja para a distante Thule (Islândia) em busca de respostas para a sua crise de fé. Contudo, acaba raptado por desconhecidos antes de as conseguir encontrar, e os seus captores afirmam ser deuses, os sete destinados a sobreviver a um Crepúsculo dos Deuses de que nunca ouvira falar. Aqueles que Berardo toma por feiticeiros pagãos confessam-se numa encruzilhada, culpando o Deus cristão pelo seu dilema, e, segundo eles, o franciscano é precisamente a chave para a sua salvação, embora ele não consiga sequer conceber como.

Opinião: Acompanho o Filipe há quase tantos anos como aqueles que leio romances. Acompanhei As Crónicas de Allaryia, que são um marco na literatura fantástica (e não fantástica) portuguesa, fiquei apaixonada pelos livros Felizes Viveram Uma Vez (em que obviamente não houve consenso com os restantes leitores já que os livros não tiveram nem de perto o sucesso das Crónicas), e é agora com tremendo orgulho que vejo este A Alvorada dos Deuses a ser publicado. Basta trocar meia dúzia de palavras com o Filipe (e eu só falo com ele praticamente a cada Feira do Livro, e não fui à última, imaginem o que está por colocar em dia!) e seguir o seu blogue para percebermos que o seu universo literário vai muito para além das Crónicas. Essa versatilidade, que poucos lhe (re)conhecem, parece não estar a ter entrada fácil no mercado literário português, mas penso que isso se deve a alguma preguiça. A escrita do Filipe exige, é verdade, principalmente nas primeiras leituras, uma atenção acrescida ao habitual. O seu vocabulário é diversificado e a prosa composta, requer alguma atenção, mas está longe de ser um bicho demasiado coloquial e presunçoso. Onde é que eu quero chegar com isto? Bem, quero chegar que sendo este o terceiro tipo de romance que leio do Filipe Faria, continuo a afirmar que estamos perante um grande escritor português.

A Alvorada dos Deuses é um romance que dentro do género fantástico quase poderia ser também considerado histórico. Eu que sou uma devoradora ávida de mitologias e até um pouco da religião cristã, vi-me deliciada ao longo destas quase duas centenas de páginas. Vá, é verdade, a leitura não é muito fluída caso a nossa cabeça não esteja devidamente comprometida com a leitura, mas tal é resolvido quando a narrativa atinge uma imagética forte constante. Os cenários estão, como já tão bem nos habituou ao final de nove livros, sendo este o décimo, muito bem descritos. Parece-me claro que foi necessária uma boa dose de pesquisa para a dose de rigor mitológica e religiosa que nos é apresentada. Isso foi o que mais me agradou na obra. Não tanto os protagonistas em si, o franciscano e os quatro deuses que o acompanham na viagem, mas toda a composição paralela que nos vai sendo apresentada através das visões. Para quem nunca leu sobre mitologia nórdica, este não pode ser considerado uma enciclopédia, mas antes um compêndio da mesma, onde o essencial sobre a natureza de alguns dos deuses mais conhecidos passa a ser conhecido. 

Depois existem todas as questões ligadas à fé ou à transição que houve entre o paganismo e o monoteísmo cristão. Costuma-se dizer que uma coisa só ganha força se acreditarmos nela e ao longo dos tempos assim se tem confirmado também com as crenças. O confronto entre aqueles seres primevos e o franciscano é interessante por diversas razões, sendo que esta é para mim essencial no que toca à derivação das religiões consoante os séculos vão passando. Não poucas vezes fiz paralelismo aqui entre as crenças pagãs e as cristãs, principalmente em alturas festivas como o Natal ou a Páscoa. Em Alvorada dos Deuses vai-se um pouco mais longe no que ao paralelismo de personalidades diz respeito. É um livro de literatura fantástica, a 100%, não vos estou a tentar fazer passar uma mensagem diferente disso, mas ainda assim tem a capacidade de para além de entreter, dar que pensar. Da minha parte, recomendado. 

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[Crónica Filipe Faria] Corpo São https://branmorrighan.com/2015/12/cronica-filipe-faria-corpo-sao.html https://branmorrighan.com/2015/12/cronica-filipe-faria-corpo-sao.html#respond Fri, 18 Dec 2015 16:14:00 +0000 Corpo São

A escrita é uma actividade sedentária e cerebral, mas isso não é desculpa para descurarmos o corpo. Seria esse o meu chavão, caso estivesse a tentar vender a ideia por detrás desta crónica, mas a verdade é que ela não se aplica só a escritores, mas sim a qualquer pessoa que passe muito tempo sentada a trabalhar ao computador. Nesse sentido, e porque a nossa estimada Morrighan há muito me atazanava o juízo por eu lhe estar a dever uma crónica, venho hoje partilhar convosco três dicas para manterem o corpo são enquanto trabalham ao computador — na medida do possível, bem entendido, pois quem passa muito tempo a trabalhar ao computador nunca tem um corpo inteiramente são. A sério, deviam mesmo ir dar uma volta em vez de lerem isto… mas, para quem não se quer levantar, eis como podem fazer menos mal a vocês mesmos.

Fundo preto

Aquilo que salvou os meus olhos nestes quinze anos que levo de escrita intensiva ao computador foi um hábito que desde cedo cultivei: o de não me expor à luminosidade intensa que os fundos brancos dos processadores de texto radiam. É uma sova luminosa que se dá à vista, sobretudo de noite, e mais ainda quando se fala da exposição prolongada a que se sujeita quem trabalha muito tempo à frente do ecrã. Por isso, a primeira, melhor e mais básica dica que posso dar a todos quantos se encontram em situação semelhante, é mudarem a cor do fundo da aplicação que usam. Para mim, o esquema que melhor funciona é fundo preto, bordas cinzentas e letras cinzento-claras — este último pode parecer estranho, mas a verdade é que o contraste entre o branco e o preto também se torna cansativo para os olhos à sua maneira, e a menor luminescência do cinzento-claro trata disso. A única coisa que têm de ter em atenção é, quando enviam um documento para outrem, certificarem-se de que a letra não vai cinzento-clara, mas acreditem quando vos digo que a saúde dos vossos olhos vale bem esse pequeno passo adicional em situações pontuais.

O da esquerda faz os olhos chorar. O da direita, também, mas de alívio

Adaptar a cor do ecrã

Não, não vou começar a discorrer acerca de placas gráficas, níveis de cor, correcção gama nem nada que se pareça. Vou, isso sim, recomendar que instalem um programa para vos poupar aos efeitos nefastos da “luz azul” que é emitida por dispositivos electrónicos como telemóveis, tablets e monitores de computador. Sem querer entrar em demasiados detalhes, sermos expostos à luz durante a noite não é lá muito bom para o nosso ciclo circadiano, porque suprime a produção de melatonina, a hormona fundamental para a organização temporal dos ritmos biológicos, e o comprimento de onda da cor azul é particularmente mau. Diminuir a luminosidade do ecrã ajuda um pouco, mas não muito, porque o comprimento de onda da luz continua a ser o mesmo, e a desgraçada da melatonina continua a penar. Como escrevo e trabalho muito com o computador de noite, instalei o programa f.lux (ou, em alternativa, Redshift), que ajusta a “temperatura” da cor do monitor consoante a hora do dia. Além de serem gratuitos, os dois programas são um verdadeiro bálsamo para os olhos, fáceis de instalar e de personalizar, e recomendo-os vivamente a quem tem hábitos informáticos nocturnos, com a garantia de que não conseguirão imaginar como as vossas retinas sobreviveram até então sem eles.

Inverter o paradigma

O ser humano não foi feito para passar tanto tempo sentado, e nós fazemos muito mal a nós mesmos todos os dias por isso mesmo. Escritores, então, é uma desgraça, mas qualquer trabalho de escritório nos sujeita aos efeitos nefastos que passar muito tempo sentado acarreta para a circulação sanguínea, postura, etc. Escusado será dizer que o exercício físico é fundamental para uma vida saudável, e que fazer intervalos para nos levantarmos e esticarmos as pernas deve ser um ritual para quem tem um trabalho ou entretém que o leva a passar muitas horas sentado, mas há algo mais que se pode e deve fazer em tais situações. Eu chamo-lhe “ioga sem mariquices”, um par de exercícios que vou alternando ao longo do dia e da noite, e que serve para dar uma sacudidela ao corpo e ajudar a manter o motor afinado. Recomendarei apenas um deles sem quaisquer reserva, pois os outros podem magoar quem não estiver habituado a fazer exercício, e nem eu nem a Morrighan queremos ser responsáveis por acidentes.

Este não tem nada que saber. É deitarem-se no chão e ajeitarem-se como puderem com as pernas contra a parede. Há formas mais elegantes de o fazer, mas o importante é formar um “L” contra a parede e deixarem-se estar nele até 15 minutos, embora ninguém tenha paciência para isso quando está a meio do trabalho. Para mim, bastam uns minutos para relaxar, estimular a circulação sanguínea e aliviar a sensação de pernas pesadas quando se passa muito tempo sentado. 

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[DESTAQUE] Filipe Faria e Sandra Carvalho no Comic Con Portugal https://branmorrighan.com/2015/12/destaque-filipe-faria-e-sandra-carvalho.html https://branmorrighan.com/2015/12/destaque-filipe-faria-e-sandra-carvalho.html#respond Wed, 02 Dec 2015 16:44:00 +0000

É com muito gosto que partilho convosco que os autores portugueses Filipe Faria e Sandra Carvalho vão estar na banca da FNAC, dia 5 de Dezembro, pelas 17h, para dar autógrafos e falarem das suas obras com os seus leitores. Mas da parte do Filipe Faria há mais e ele tem partilhado algumas coisas no seu blog. Sobre este dia podem ler aqui: http://www.allaryia.com/pearnon/?p=1675

Podendo, apareçam!

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[DESTAQUE] Em Novembro, pela Editorial Presença: A Alvorada dos Deuses, de Filipe Faria https://branmorrighan.com/2015/11/destaque-em-novembro-pela-editorial.html https://branmorrighan.com/2015/11/destaque-em-novembro-pela-editorial.html#respond Fri, 27 Nov 2015 16:00:00 +0000

A Alvorada dos Deuses

Filipe Faria

Páginas: 176

Coleção: Via Láctea Nº 129

PREÇO SEM IVA: 12,17€ / PREÇO COM IVA: 12,90€

ISBN: 978-972-23-5706-7

Código de Barras: 9789722357067

Data de Publicação: 18 Novembro 2015

NOVO LIVRO DE FILIPE FARIA

AUTOR DA SÉRIE FANTÁSTICA AS CRÓNICAS DE ALLARYIA

LIVRO

No inverno de 1477, Berardo de Varatojo, padre franciscano estigmatizado, viaja para a distante Thule (Islândia) em busca de respostas para a sua crise de fé. Contudo, acaba raptado por desconhecidos antes de as conseguir encontrar, e os seus captores afirmam ser deuses, os sete destinados a sobreviver a um Crepúsculo dos Deuses de que nunca ouvira falar. Aqueles que Berardo toma por feiticeiros pagãos confessam-se numa encruzilhada, culpando o Deus cristão pelo seu dilema, e, segundo eles, o franciscano é precisamente a chave para a sua salvação, embora ele não consiga sequer conceber como.

AUTOR

Filipe Faria nasceu em 1982, em Lisboa. Concluiu a sua educação na Escola Alemã de Lisboa, onde o contacto e o convívio com a cultura germânica lhe possibilitaram a abertura de novos horizontes. Impulsionado por um forte interesse pela Idade Média e pela descoberta fortuita, na biblioteca escolar, de um livro acerca daquela história sobre senhores e anéis, cultivou, desde cedo, a paixão pela literatura. Estreou-se no mundo literário com a série Crónicas de Allaryia, que lhe granjeou o Prémio Branquinho da Fonseca, atribuído conjuntamente pela Fundação Calouste Gulbenkian e pelo Expresso, em 2001, bem como o Prémio Matilde Rosa Araújo  ̶  Revelação na Literatura Infantil e Juvenil, em 2002.

GÉNERO: Ficção e Literatura/Romance Fantástico. 

PÚBLICO-ALVO: Leitores de obras do fantástico. 

Mais sobre o Filipe Faria, com entrevistas e opiniões: 

http://www.branmorrighan.com/search/label/Filipe%20Faria

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