Francis Dale – Bran Morrighan https://branmorrighan.com Literatura, Leitura, Música e Quotidiano Mon, 28 Dec 2020 05:26:26 +0000 pt-PT hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.1 https://branmorrighan.com/wp-content/uploads/2020/12/cropped-Preto-32x32.png Francis Dale – Bran Morrighan https://branmorrighan.com 32 32 A estreia bonita da Tour Isaura Francis Dale no Lux https://branmorrighan.com/2015/10/a-estreia-bonita-da-tour-isaura-francis.html https://branmorrighan.com/2015/10/a-estreia-bonita-da-tour-isaura-francis.html#respond Sun, 18 Oct 2015 16:07:00 +0000 Fotografia por Eugénio Ribeiro

O dia 15 de Outubro de 2015 ficou marcado pelo arranque da tour Isaura Francis Dale no Lux, que esgotou e transbordou não só de pessoas como de uma energia imensa. Quer estivessem presentes pela amizade, pela admiração ou apenas pela curiosidade, o frenesim fazia-se notar e às 23h, hora prevista para o concerto começar, já todos ansiavam que as luzes baixassem e os protagonistas subissem ao palco. Passado uns minutos tal aconteceu e tudo ficou silencioso. 

In the Elegy, do Francis Dale, foi o início daquele que seria um concerto bastante emotivo. Voltando um bocadinho atrás, eu já conhecia o trabalho do Francis Dale, graças ao Diogo que muito humildemente me mostrou o seu EP quando saiu. Como o mundo é pequenino, fomos a ver e o próprio artwork do seu disco tinha sido realizado pelo João Pedro Fonseca, já bem conhecido aqui no blogue, e a cereja no topo do bolo foi eu realmente ter gostado do seu trabalho. O concerto só veio assoberbar essa noção. Em relação à Isaura, já tinha ouvido o seu EP, mas os nossos caminhos nunca se cruzaram. Em conversa com os D’Alva e por esta ter participado no concerto especial do #batequebate, soube um pouco mais sobre ela e fiquei genuinamente curiosa quando soube da sua junção com Francis Dale numa tour. O EP de Isaura – Serendipity – tem tido uma excelente aceitação, a Change It e a Useless passam na rádio imensas vezes, e a verdade é que os estilos de ambos cruzam-se e complementam-se. Mote dado para uma colaboração promissora, eis que se juntam Ben Monteiro (D’Alva) e Fred Ferreira (Orelha Negra) – também eles músicos cuja qualidade é reconhecida e aclamada por quem trabalha com eles – completando assim a “banda” que sobe ao palco. 

Existem uns quantos pormenores nesta colaboração que acho que devem ser notados. O primeiro é a estética. Se os cartazes já realçavam um contraste simples de sombras entre o preto e branco, esse mesmo contraste subiu ao palco emparelhado no branco com Isaura e Ben Monteiro e no preto com Francis Dale e Fred Ferreira. mas não fica por aqui, os traços do espectro oposto faziam-se notar nos pescoços de ambos, ou nos braços, reafirmando e intensificando a noção de complementaridade. 

O concerto foi brutal. Os sorrisos do público comprovavam isso mesmo, mas também a gratidão de Francis Dale e Isaura, a cada paragem, tocou nos corações dos presentes. É fácil ligarmo-nos a pessoas que lutam pelos seus sonhos, que quase nem acreditam que se estão a tornar reais, mas que graças ao seu trabalho e dedicação fazem as coisas acontecerem. Entre um ou outro percalço técnico, percorreram-se os temas dos EPs de ambos, alternando entre um e outro e terminando com um coro fervoroso por parte dos espectadores quando Isaura e Francis Dale voltaram ao palco para um encore conjunto das músicas Eleanor e Change It. Nesta última então, Isaura mal precisava de ter cantado, pois as vozes do público estavam bem afinadas e sincronizadas. 

Também da parte do Ben e do Fred se notou um carinho enorme pelos seus dois companheiros e as trocas de abraços e provocações ao longo do concerto mostraram um companheirismo invejável. Dizem que a magia não existe, mas eu acho que a música é uma espécie de magia e que quando encontramos pessoas tão em harmonia com aquilo que fazem, com tanta paixão, é magia que acontece, pois o que sentimos não é apenas uma contemplação de algo estático, mas de algo que mexe honestamente com os nossos sentidos. 

E é isto da minha parte. Quero deixar aqui um mega abraço com votos de que corra tudo muito, muito bem, pois a continuarem assim, tendo sempre em vista que há sempre por onde crescer e aprender, quer-me parecer que o futuro só pode ser risonho. Um orgulho testemunhar que temos música portuguesa tão boa, que supera bastante algumas referências internacionais que andam por aí. 

Mais fotografias, aqui: http://www.branmorrighan.com/2015/10/foto-reportagem-tour-isaura-francis.html

Mais pormenores da tour: http://www.branmorrighan.com/2015/06/destaque-c-opiniao-francis-dale-com.html

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[Foto Reportagem] Tour Isaura Francis Dale no Lux https://branmorrighan.com/2015/10/foto-reportagem-tour-isaura-francis.html https://branmorrighan.com/2015/10/foto-reportagem-tour-isaura-francis.html#respond Sat, 17 Oct 2015 11:57:00 +0000

Fotografias de Eugénio Ribeiro

Quinta-feira o Lux esgotou para ver Francis Dale e Isaura, numa noite que foi bonita, sentida, informal, mas ao mesmo tempo muito séria no que toca à demonstração da qualidade musical destes dois músicos. Sobre isso falarei num post próprio, mas entretanto podem ver mais fotografias, tão ou mais bonitas desta noite, aqui: https://www.flickr.com/gp/theawesomege/1488S2

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[DESTAQUE] Hoje no LUX – Início da Tour Isaura Francis Dale https://branmorrighan.com/2015/10/destaque-hoje-no-lux-inicio-da-tour.html https://branmorrighan.com/2015/10/destaque-hoje-no-lux-inicio-da-tour.html#respond Thu, 15 Oct 2015 11:04:00 +0000

Um espectáculo conjunto de “música electrónica tocada em tempo real”, onde as duas promessas da nova música portuguesa se deixam descobrir. Sobem ao palco Fred Ferreira (Orelha Negra, Banda do Mar, 5:30) e Ben Monteiro (D’Alva, Ana Cláudia) para integrar a banda que viajará por Portugal com os temas dos últimos trabalhos de Isaura e Francis Dale, “Serendipity” e “□ – square”, respectivamente.

Relembro que os discos de Francis Dale e Isaura saíram em Maio e podem ler a minha opinião e ouvir o disco do Francis Dale seguindo o link: http://www.branmorrighan.com/2015/06/destaque-c-opiniao-francis-dale-com.html O da Isaura pode ser ouvido aqui: http://nosdiscos.pt/discos/artistoptimusdiscos/serendipity

“Há histórias que se escrevem lado-a-lado; sem se ver, sem se tocar. Isaura Francis Dale nasce para contar uma dessas histórias.”

ISAURA FRANCIS DALE TOUR

15.10 – LUX, Lisboa

21.10 – CINETEATRO ANTÓNIO LAMOSO, Sta. Maria da Feira

22.10 – CENTRO CULTURAL, Ílhavo

23.10 – SALÃO BRAZIL, Coimbra

24.10 – TEATRO DIOGO BERNARDES, Ponte de Lima

21.11 – TEATRO CINE, Gouveia

12.12 – HARD CLUB, Porto

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[DESTAQUE c/ Opinião] Francis Dale com novo disco pela NOS DISCOS https://branmorrighan.com/2015/06/destaque-c-opiniao-francis-dale-com.html https://branmorrighan.com/2015/06/destaque-c-opiniao-francis-dale-com.html#respond Mon, 22 Jun 2015 10:01:00 +0000 Artwork por João Pedro Fonseca

Tenho andado a guardar esta pequena preciosidade para vos mostrar. Falo-vos do novo disco homónimo de Francis Dale, recentemente lançado pela NOS Discos. Começando pela capa, esta foi obra do nosso já conhecido João Pedro Fonseca e, ouvindo o disco e vislumbrando o propósito do mesmo, faz todo o sentido.

É um disco para se ouvir de headphones, daqueles que isolam bem o exterior e nos permitem mergulhar em pleno nas sonoridades. É, também, um disco que sendo português, ao ouvi-lo poderia dizer que estava perante um talento sólido internacional. O ambiente electrónico, as batidas ritmadas e a voz cúmplice transportam-nos para uma zona etérea em que as letras se alinham ao som, preenchendo-nos e deixando-nos vazios, como uma espécie de maré irrequieta.

Diogo Ribeiro, o nome por traz do projecto português, tem uma voz invejável e que encaixa harmoniosamente no género que produz. Não é difícil as músicas ecoarem na nossa mente, mas é ainda mais fácil fecharmos os olhos e deixarmos o corpo expressar-se livremente. Apesar de todo o potencial que as novas tecnologias trouxeram à música electrónica, não deixa de ser necessário ter o condão de fazer com que tudo faça sentido. Ao ouvir este disco, e em tom de brincadeira, fico com a sensação que os astros souberam como se alinhar, resultando em seis músicas versáteis dançáveis, que procuram no pensamento, na reflexão e nas emoções um porto de abrigo. É todo um oceano por explorar. Não se ouve só uma vez, ouvem-se muitas e em loop. Ou pelo menos foi isso que aconteceu comigo. 

Eleanor, a quinta música, já tem vídeo, mas não podia terminar este post sem dizer que a minha preferida é, na verdade,  Poème Électronique. Não sei dizer bem porquê, porque gosto de todas, mas existe algo no ritmo daquela música que mexe verdadeiramente comigo. E a última, Auguries of Spring, é uma espécie de epopeia na despedida, aquela marca de água salgada que fica na nossa pele enquanto nos despedimos de um pôr-do-sol na praia sem a certeza de quando o podemos repetir, com memórias à deriva. Ou assim imagino eu. Na verdade conto-vos estas coisas porque gostava que vós próprios sentísseis a necessidade de ouvir o disco, de o descobrirem livremente e de se deixarem levar por ele.

Brevemente o Diogo fará o lançamento da edição física do CD numa galeria em Lisboa. A edição física será limitada a 50 unidades cada uma criada manualmente pelo João Pedro Fonseca. “É a minha reacção a um mundo no qual a individualidade da peça foi perdida e no qual o acto de comprar um CD foi completamente desprovido de relevância!” 

Termino com os links e com a vontade de trazer mais sobre este projecto para vocês, brevemente.

Link NOS DISCOS: http://nosdiscos.pt/discos/destaques/francis-dale

Facebook Francis Dale: https://www.facebook.com/francisdalemusic

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