Fronteira do Caos – Bran Morrighan https://branmorrighan.com Literatura, Leitura, Música e Quotidiano Wed, 23 Dec 2020 21:18:45 +0000 pt-PT hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.8.3 https://branmorrighan.com/wp-content/uploads/2020/12/cropped-Preto-32x32.png Fronteira do Caos – Bran Morrighan https://branmorrighan.com 32 32 Fronteira do Caos – Novidade Julho https://branmorrighan.com/2010/07/fronteira-do-caos-novidade-julho.html https://branmorrighan.com/2010/07/fronteira-do-caos-novidade-julho.html#comments Sun, 04 Jul 2010 21:04:00 +0000 A PROMESSA

JOÃO PEDRO MARTINS

EDITORA: Fronteira do Caos Editores
COLECÇÃO: FICÇÃO CONTEMPORÂNEA
PVP: 11.90 euros

DATA DE PUBLICAÇÃO: JUNHO DE 2010
FORMATO: 15,00 cm x 22,00 cm
NÚMERO DE PÁGINAS: 126PP
SUPORTE: Livro
ISBN: 978-989-8070-51-7

Excerto da Obra:

É no coração da Beira Baixa, no seio de uma família desagregada, que vai crescendo Tóino, um jovem rapaz que aos poucos se vai isolando de tudo o que o rodeia. Os seus problemas começam bastante cedo com o abandono prematuro do pai que foge com outra mulher para fora do País, e prosseguem com a posterior relação da mãe com o pai do seu pai, o avô alcoólico. A situação é agravada pela quase marginalização a que é votado pelo irmão toxicodependente e pela irmã prostituta.
A vida de Tóino é uma perfeita miséria, mais ainda a partir do momento em que a meia-irmã o acusa de incesto e o irmão mais novo o agride insistentemente apenas por ciúmes. Resta a Tóino, para conseguir de alguma forma superar as suas dificuldades, o amor e a solidariedade da irmã mais nova, e a mais pura amizade que muito cedo lhe é oferecida pelo vizinho Tó Pê, o narrador e personagem central deste romance.

PONTOS FORTES DA OBRA:
1) Um livro extremamente actual, que nos é narrada a experiência de vida de um jovem e de uma família problemática, em que estão presentes todos os elementos que minam as famílias e sociedade contemporânea: toxicodependência, alcoolismo, marginalidade, desestruturação social, incesto só para cotar alguns.
2) Ao melhor estilo de João Pedro Martins, o livro caracteriza-se por enorme fluidez literária e pela facilidade de exposição dos conceitos. O autor consegue de facto comunicar com o leitor de uma forma muito intimista.
3) João Pedro Martins é jornalista de profissão, foi um dos fundadores da Antena 3 e actualmente é apresentador de programas na RTP e RDP – África.

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Opinião: O Ladrão de Livros de Carlos J. Barros https://branmorrighan.com/2010/06/opiniao-o-ladrao-de-livros-de-carlos-j.html https://branmorrighan.com/2010/06/opiniao-o-ladrao-de-livros-de-carlos-j.html#comments Tue, 01 Jun 2010 15:11:00 +0000 O Ladrão de Livros

Carlos J. Barros

Editora:Fronteira do Caos

Nº de Páginas:214

Sinopse:“O Ladrão de Livros” é um convite a uma meditação interior, a uma viagem pela nossa solidão, com um destino bem definido – a nossa redescoberta. É ténue a fronteira entre o sonho e a realidade. Realidade que nos conduz a uma paz e nos ensina a sorrir para a vida, independentemente das circunstâncias, dos nossos recalcamentos, dos nossos fantasmas…

Opinião:Após a leitura dos primeiros parágrafos, nada fazia prever o quanto acabei por gostar deste livro. Em poucas palavras, O Ladrão de Livros é uma delícia, um pouco complexa, mas extremamente saborosa.

No início, a leitura foi um pouco difícil. Não que estivesse mal escrito, mas a formatação escolhida para o texto, penso que não foi a mais adequada. Parágrafos com contextos diferentes não estão espaçados, o que faz com que de repente nos percamos na história. Mas tendo consciência deste tipo de formatação, começamos a não estranhar tanto quanto de repente mudamos de cenário.

Fora este pequeno pormenor, opção que acho que a editora devia rever, o livro está extremamente bem escrito, num português delicado que dá gosto ler.

O Ladrão de Livros mostra-nos duas histórias paralelas, a de uma mulher e a de um homem. O que têm em comum é o livro que lêem. O livro chama-se Linhas Paralelas e por mais que o leiam, querem sempre continuar a lê-lo e a cada leitura, eles não reconhecem as palavras. É como se o livro fosse constantemente reescrito. E o mais engraçado, é que a capa do livro muda. Umas vezes está todo colorido, outras vezes está metade colorido metade cinzento. Este livro que lêem, fala de duas pessoas que estão destinadas, mas que nunca se cruzam. Mesmo percorrendo as mesmas ruas, os mesmo locais, passam sempre paralelamente um ao outro sem nunca se cruzarem. Um livro extramamente curioso.

Mais do que um romance, este livro obriga-nos a uma introspeção enorme, a vermos o que realmente importa, se damos valor ao que deviamos, ajuda-nos, essencialmente, a revermos a nossa identidade.

As histórias de David e Matilde, são bastante diferentes uma da outra e ao mesmo tempo bastante parecidas. Com uma escrita elegante e profunda, apegamo-nos a estas duas personagens e só queremos continuar a ler para ver o que acontece a seguir. Mesmo nada o prevendo, será que algum dia as suas linhas se irão cruzar?

Além de a história ser mesmo muito boa, o final do livro é muito surpreendente e leva-nos a reflectir ainda mais. Gostei muito dos momentos que este livro me proporcionou. Para além de não ser de fantasia, género que tenho bebido bastante, conseguiu surpreender-me com a sua sensibilidade e profundidade. Um livro que não ficava nada mal em todas as bibliotecas. Recomendo este livro sem reservas nenhumas.

Deixo um excerto disponibilizado no site da editora:

“Quando ‘acordou’ daquela letargia devidamente explicável, já o rapaz ia a uma distância razoável, seguiu-o. Pelo caminho ia roubando a fragrância que se desprendia dele, um perfume que bem conhecia, rompia com todos os protocolos conhecidos – docemente amargo, quando se perdia pela solidão e vertiginosamente salgado, quando planava sobre a ilusão. Pertencia-lhe aquela fórmula da sua própria existência, não tinha dúvidas de que a vida sobreviveria a mais um salto sobre a sua própria imagem – meio gelada, meio a arder – de sobrevivente. Desceu uma rua acentuada e viu o seu ‘vulto’ a entrar numa enorme porta, num antigo palácio – só depois se apercebeu que era a Biblioteca Municipal Braamcamp Freire. Desceu, o que viria depois a descobrir – a rua da ‘amargura’. Apreciou durante poucos minutos – o tempo que a ansiedade permitiu – a paisagem do lado esquerdo que se estendia até ao rio Tejo. De novo ouviu aquele ruído metálico e rafeiro vindo de um rádio a pilhas, não vinha de lado nenhum o velho que calmamente empurrava a sua ‘pasteleira’. Examinou, de forma delicada e complacente Matilde, e soltou um suspiro.

– Tenha cuidado – aclarou a garganta e repetiu – tenha cuidado com o que persegue.

– Desculpe?! – Matilde ficou numa paralisia quase profusa.

– Tenha cuidado – fixou-lhe os olhos e desceu fundo, como se de uma montanha russa se tratasse – ele é um ‘Ladrão de Livros’. Rouba-lhes a alma e bebe-lhes a vida. – Naquele instante Matilde já olhava para um imenso vazio, o barulho do rádio tinha desaparecido e com ele as palavras que escutara.

– Mas não somos todos assim? – interrogou-se no meio da sua perplexidade – para que servem os livros? Não é para isso, para lhes roubarmos a Alma e lhes bebermos a Vida?”

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Opinião: Senhores da Noite de Carla Ribeiro https://branmorrighan.com/2010/05/opiniao-senhores-da-noite-de-carla.html https://branmorrighan.com/2010/05/opiniao-senhores-da-noite-de-carla.html#comments Mon, 10 May 2010 20:04:00 +0000 Senhores da NoiteSenhores da Noite by Carla Ribeiro

My rating: 7.5of 10 stars
Este foi o primeiro livro que li da escritora Carla Ribeiro. Depois de a entrevistar, tinha imensa curiosidade em ler um dos seus livros e lá se proporcionou ser este o primeiro.

Que saudades que eu tinha de imortais à antiga! Onde a frieza e a crueldade reinam, onde são egoístas e ao mesmo tempo vão conseguindo ter este ou aquele sentimento.
Senhores da Noite foi uma leitura breve, mas muito agradável.

O livro fala-nos de uma lenda em que, quando um vampiro mata outro, absorve o seu poder, e o vampiro mais forte torna-se o Senhor da Noite. Conhecemos Moranius, o imortal mais antigo de todos e conhecemos também Delatress, uma poderosíssima imortal. Ambos são extremamente belos e, um dia, quando decidem confrontar os seus poderes, a atracção física vence e acabam por unir poderes. Temporariamente… Nem tudo o que parece é…
Continuam então as lutas pelo poder do Senhor da Noite. Entretanto, a irmã de Delatress, também entra no enredo com a peça fundamental do jogo.
Quem será o/a Senhor/a da Noite?

Tenho que elogiar todo o percurso do livro. Com personagens imensamente vis, inteligentes, cruéis, mas com muita sensualidade, torna-se viciante virar cada página.

Como aspecto menos bom, tenho a apontar a repetição excessiva de algumas palavras em alguns parágrafos. Não que aconteça ao longo do livro todo, mas principalmente no início do livro, existem muitas repetições de vários termos como “brancura”, “negrura”, “imponente”, “oponente”, o que acaba por cansar um bocadinho a vista. Um pouco depois a meio do livro, também se nota o uso excessívo de virgulas e de outras duas palavras: “pois” e “contudo”.
São reparos que apenas visam a melhoria da autora, reparos construtivos e não destrutivos. Penso que deveria ter sido trabalho do revisor alertá-la destes pequenos pormenores que, não estando gramaticalmente errados, podem cansar um pouco a leitura. Mas como o revisor não o fez, aqui estamos nós para ajudar os nossos autores a melhorar.

Fazendo uma avaliação global do livro, gostei bastante da trama, fez-me realmente recordar aqueles romances vampíricos mais antigos que, com a inundação de vampiros bonzinhos e piedosos, quase foram esquecidos.

Parabéns Carla e continua a tua luta, com garra, neste mundo editorial tão pouco acessível a jovens.

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Novidade Fronteira do Caos – Abril https://branmorrighan.com/2010/04/novidade-fronteira-do-caos-abril.html https://branmorrighan.com/2010/04/novidade-fronteira-do-caos-abril.html#respond Mon, 26 Apr 2010 21:02:00 +0000 Aníbal, Maldição do deus de Israel
João Santos Fernandes

Editora: Fronteira do Caos Editores
Colecção: Fora de Colecção
PVP: 17.50 euros
Número de Páginas: 281pp

Num cenário expansionista da República de Roma irá concluir porque é que a sua Guerra dos Cem Anos (264-146 a. C.) contra Cartago voltará na Guerra dos Cem Anos da Idade Média (1334-1452 d.C.) e será um vaticínio funesto para a Guerra dos Cem Anos actual (1914-2032), durando sempre 118 anos. Ao longo deste livro vai com certeza mudar de opinião de que o Universo e a História não têm acasos e coincidências.

Numa altura em que os portugueses se sentem desmotivados perante o Mundo e a sua classe política, responsável por tantas crises financeiras, guerras e grandes assimetrias sociais, descubra na escrita deste livro quão importante foi e é a Luxitânia para o devir da Humanidade, uma realidade que Hannibaal, o herói perseguido pelos corruptos do seu povo, viria a constatar antes de se suicidar perto do Mar Negro.

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Novidade Fronteira do Caos https://branmorrighan.com/2010/04/novidade-fronteira-do-caos.html https://branmorrighan.com/2010/04/novidade-fronteira-do-caos.html#respond Sat, 10 Apr 2010 19:59:00 +0000

NOVIDADE

Aníbal – Maldição do Deus de Israel da autoria de João Santos Fernandes.

Centrada a narração na família cartaginesa dos Barcas, onde a figura central é Hanibaal, o lendário estratega que queria conquistar Roma e que depois de derrotado ainda conseguiu sanear as finanças da corrupta cidade de Cartago, o leitor irá perceber porque se perseguem os honestos, aqueles que respeitam os adversários e os que denunciam os escândalos.
Numa altura em que os portugueses se sentem desmotivados, descubra neste livro o quão importante foi e é a Luxitânia para o devir da humanidade, uma realidade que Hanibaal, o herói perseguido pelos corruptos do seu povo, viria a constatar antes de se suicidar perto do Mar Negro.

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