Holy Nothing – Bran Morrighan https://branmorrighan.com Literatura, Leitura, Música e Quotidiano Mon, 28 Dec 2020 05:34:49 +0000 pt-PT hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.8.2 https://branmorrighan.com/wp-content/uploads/2020/12/cropped-Preto-32x32.png Holy Nothing – Bran Morrighan https://branmorrighan.com 32 32 Entrevista aos Holy Nothing sobre o seu disco “HYPERTEXT” https://branmorrighan.com/2015/11/entrevista-aos-holy-nothing-sobre-o-seu.html https://branmorrighan.com/2015/11/entrevista-aos-holy-nothing-sobre-o-seu.html#respond Tue, 17 Nov 2015 10:49:00 +0000 Conheci os Holy Nothing em 2014 quando foram actuar ao palco da vila do Vodafone Paredes de Coura. Não resisti em ter uma primeira conversa com eles, que podem ler aqui, na qual falámos sobre o início da banda, de como estava a ser a experiência de actuarem em festivais e o que esperam que acontecesse no futuro. Como costumam dizer, o futuro é agora e não só passaram do palco da vila para o palco secundário do Vodafone Paredes de Coura como estiveram no Jameson Urban Routes a apresentar o seu primeiro disco de longa duração – HYPERTEXT. O facto de tentarem que a sua música seja o mais orgânica possível ao vivo e ainda o cuidado com a estética do projecto tem levado a críticas muito boas e não resisti em ter uma nova conversa com eles. Aqui fica o resultado. 

Fotografia Sofia Teixeira

Na nossa última conversa ficámos na parte sobre o que é que esperavam para o vosso futuro. Na altura, o futuro parecia ainda por definir, mas passado um ano sai um disco, com apoio FNAC, e tudo parece tomar um rumo muito positivo. Quando é que decidiram que estava na hora de lançarem esse primeiro trabalho cá para fora? 

As decisões na banda são tomadas um bocadinho pelas circunstâncias que se vão proporcionando. Na verdade saiu um álbum porque o conjunto de ideias que compilámos era suficiente. Poderia ter sido outro EP se as ideias não fossem suficientes para criarmos algo coerente à volta de uma ideia/conceito. Neste caso, o HYPERTEXT é um conceito descritivo do que é a banda em si. A ideia de hipertexto enquanto múltiplas ligações, e o nosso hipertexto são as múltiplas referências que nós vamos tendo e as múltiplas ideias e músicas que vamos trazendo para a sala de ensaio. O disco não foi propriamente planeado, não foi algo que achámos que tínhamos de fazer cronologicamente, foi a oportunidade que surgiu de ter um conjunto de músicas num disco, neste caso um LP.

Para além dessa multiplicidade sonora e de referências, o título HYPERTEXT tem mais algum significado?

O nome não é descritivo em termos sonoros, é descritivo em termos do processo de composição. É mais uma descrição de nós próprios, da nossa forma de trabalhar, da nossa forma de interagirmos entre nós, e criarmos músicas através de três inputs que por vezes são similares outras vezes são completamente diferentes. Eu acho que HYPERTEXT pode ser considerado um álbum conceptual se pensarmos no que é que é Holy Nothing. No fundo HYPERTEXT é isso, não é tanto a descrição da nossa música, mas do nosso processo criativo – como um hipertexto com múltiplas ligações.

Dessa multiplicidade sonora que cada um traz para a banda, querem dar alguns exemplos? 

Ainda há poucos dias falávamos disso. Do que são as referências. A verdade é que estas variam imenso e depende muito do que estamos a ouvir no momento. É sempre difícil responder, cada dia teríamos uma resposta diferente. Mais, responder de forma directa a isso às vezes é estranho porque damos nomes que muitas vezes não têm nada a ver com aquilo que fazemos, mas que de alguma maneira nos inspiram ou dizem algo. Nós criamos uma espécie de metrópole à volta dessas referências múltiplas e vamos tirando coisas de lá. 

Nos últimos tempos têm surgido, na música portuguesa, mais projectos musicais que vão beber muito à electrónica e que têm tido uma boa aceitação. Sentem que também por causa disso este é um momento favorável para o lançamento do vosso disco?

Não acho que seja algo pontuado no tempo, que seja uma coisa efémera. Acho que é quase uma espécie de globalização de informação. As pessoas vão tendo referências diferentes, vamos tendo acesso a instrumentos diferentes, vamos tendo acesso mais rápido a imensa música e as barreiras dissolvem-se. As barreiras e os nichos nacionais vão-se perdendo. Também existe esta complexidade e a exaustão de estilos em que as pessoas fazem fusões com tudo. O estarmos inseridos neste espectro mais electrónico, isto é um termo muito lato. Há muita coisa que se pode por dentro dessa caixa, mas permite-nos a cada momento refrescar a coisa, as formas de compor são muito mais flexíveis e abrangentes do que quando só tens um baixo, uma guitarra e uma bateria. Permite-nos abrir um espectro muito grande e fugir a esta saturação de estilos. Quando estás dentro desta núvem que é a electrónica, que é tanta coisa, permite-te ir para caminhos muito diferentes. 

Fotografia Sofia Teixeira

Vocês têm mostrado uma forte e sólida componente estética. O trabalho com os vídeos, o desenho do disco, as projecções nos concertos ao vivo, é tudo muito coerente. Quão importante é esta componente nos Holy Nothing como complemento à música? 

Desde o primeiro concerto, mesmo com a logística mais primitiva que tínhamos,  que sempre fizemos um esforço para ter esta componente bidimensional. Nós queremos que este projecto tenha essa dimensão audiovisual, em que tens essa vertente audio, importante para nós enquanto compositores, mas também temos um conjunto de pessoas que vamos agrupando à nossa volta. Inicialmente o Bruno Albuquerque, que é responsável por toda a imagem gráfica do álbum e por todos os vídeos, agora também temos a colaboração do João Pessegueiro e do Rui Monteiro, que é designer de luz. São sempre pessoas novas que vêm tentar dar mais coerência e mais corpo a este projecto. Para além da música, interessa-nos esta questão de cenário porque cada vez mais achamos que a experiência num concerto não é só a audição, é muito mais do que isso. Sensorial a vários níveis. E essa foi sempre uma preocupação nossa e por isso os nossos cenários também têm evoluído. Tentamos que haja uma evolução paralela entre estas duas dimensões – musical e visual. 

Passemos à parte lírica. Que papel é que as letras e a voz têm em Holy Nothing? Li, ou vi, numa entrevista que vocês encaravam a voz como apenas mais um instrumento. Expliquem-nos esse conceito.

Até ao lançamento deste disco essas perguntas nunca nos tinham sido postas (risos). Nem mesmo com o EP Boundaries. Agora com o HYPERTEXT essa questão das letras tem sido abordada. É assim, nós não temos o objectivo que o projecto seja uma espécie de passagem de mensagem. A voz e a mensagem que a voz transmite não são propriamente o ex-líbris do projecto. É importante para mim (Pedro) enquanto compositor/escritor das mensagens, mas estas não fazem parte de um conceito de Holy Nothing, mas sim coisas que para mim naquele momento têm sentido, mesmo que agora já não tenham. Mas é como tu estavas a dizer, a voz é mais uma vertente musical, equilibrada e nivelada com os restantes instrumentos. Nós queremos que seja mais um instrumento e não a cabeça do projecto. 

Fotografia Sofia Teixeira

Ouvi dizer que a escolha do vocalista, também por causa do que explicaram, foi assim um bocadinho à sorte (risos). Há hipótese de no futuro termos frequências diferentes? 

Samuel: Pode acontecer (risos)! 

Pedro: Gostava muito que o Samuel cantasse uma canção (risos). Isto foi um bocado “se calhar o Pedro não canta assim tão bem, vamos tentar o Nelson!” 

Nelson intervém: Tu também não cantas nada bem, tens só pedais à tua volta (risos). 

Pedro: Mas já pensámos a certa altura de convidar pessoas para participarem, até termos uma voz feminina. São coisas que nos vão passando pela cabeça, mas para já ainda não aconteceu. 

Para terminar e voltando um bocadinho ao início, o que é que vocês perspectivam para o vosso futuro. A vossa visão mudou muito desde há um ano, com o lançamento do disco? Eu sei que cada um tem o seu trabalho. Nós estamos interessados em viver bem o presente e não tanto em pensar no futuro.

Samuel: Acho que posso dar a mesma resposta que o ano passado. Queremos continuar a fazer as coisas por prazer e deixar que o resto surja naturalmente.

Nelson: O que acontece é que neste momento nós estamos super satisfeitos com este disco e as coisas estão super coesas e claras na nossa cabeça. É isto que nós queremos agora, se calhar para o ano estamos a fazer coisas completamente diferentes. 

Pedro: Há também uma questão importante naquilo que o Samuel diz: as coisas são sempre feitas por prazer e é sempre um prazer enorme dar um desvio à nossa vida profissional como tu falavas, mas é também fazê-lo com muito compromisso. Há sempre muita gente envolvida, mesmo a Turbina e a colaboração com a FNAC, a ajuda imensa da VodafoneFM… É fazê-lo da forma mais profissional possível, mas nunca perder essa vertente de prazer que é o que nos move, que nos faz andar estes quilómetros todos por Portugal. E já que falas no futuro, claro, tocar lá fora. São sempre possibilidades a serem pensadas, mas não há projectos megalómanos para a banda. O que nós queremos é continuar com a mesma energia, o mesmo afinco e trabalho.

Nelson: O facto de nós dizermos que fazemos isto por prazer é também porque a música é para as pessoas e queremos que chegue ao máximo número de pessoas e que façam a festa connosco.



Facebook Holy Nothing: 

https://www.facebook.com/holynothingmusic

Mais sobre os Holy Nothing: 

http://www.branmorrighan.com/search/label/Holy%20Nothing

AGENDA:

21 Novembro | Café au lait, Porto | 23:30h, disco-bilhete, entrada limitada à lotação da sala

27 Novembro | Coimbra Discoteca Twiit

28 Novembro | Vodafone Mexefest, Cinema São Jorge | Sala Montepio

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[Foto Reportagem] Holy Nothing a apresentar HYPERTEXT no Musicbox Lisboa (Jameson Urban Routes) https://branmorrighan.com/2015/10/foto-reportagem-holy-nothing-apresentar.html https://branmorrighan.com/2015/10/foto-reportagem-holy-nothing-apresentar.html#respond Sun, 25 Oct 2015 14:06:00 +0000

Fotografias por Sofia Teixeira

A noite de Sexta-feira ficou marcada por ter imenso a acontecer ao mesmo tempo, mas obrigatória era a paragem no Musicbox para a apresentação do primeiro disco de longa duração dos Holy Nothing – HYPERTEXT. Com direito a entrevista antes do concerto, foi com grande expectativa que aguardei pelo concerto. Não era uma primeira vez. Aliás, quem foi este ano ao Festival Paredes de Coura sabe bem que eles ao vivo não estão para brincadeiras. O ambiente no Musicbox era mais “frio” do que nos outros em que estive presente, mas isso não os impediu de mostrarem o porquê de serem dos projectos de música electrónica mais promissores do nosso país. É até redutor dizermos apenas “música electrónica” quando eles misturam tantas sonoridades e têm referências tão diferentes. Se virem que vão tocar em algum local perto de vós, não hesitem, a dança está garantida, assim como ritmos que pouco provavelmente já terão ouvido. A entrevista será brevemente publicada e entretanto podem segui-los aqui: https://www.facebook.com/holynothingmusic

Mais sobre os Holy Nothing: http://www.branmorrighan.com/search/label/Holy%20Nothing

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“Rely On” é o novo vídeo dos Holy Nothing e o disco HYPERTEXT é apresentado dia 23 no MUSICBOX LISBOA https://branmorrighan.com/2015/10/rely-on-e-o-novo-video-dos-holy-nothing.html https://branmorrighan.com/2015/10/rely-on-e-o-novo-video-dos-holy-nothing.html#respond Wed, 14 Oct 2015 14:35:00 +0000

“Rely On” é uma das músicas que identifica o álbum de estreia dos Holy Nothing, “Hypertext”. É feita de múltiplos “links”, múltiplas entradas e referências, unificadas por uma estética electrónica composta de ritmos quentes. O seu vídeo, realizado pelo chileno Joaquin Mora, é construído a partir da cor, onde as imagens não são o mais importante. As imagens, nunca muito claras, são apenas um suporte para a apresentação de uma paleta, de uma variação cromática, que reflecte a multiplicidade de elementos que compõem a música. Vejam e dancem!

Criados no final de 2012, os Holy Nothing são Pedro Rodrigues (voz, groovebox), Samuel Gonçalves (baixo, guitarra, drum pad) e Nelson Silva (teclados, drum pad). Praticam uma electrónica dinâmica, enérgica, que reflecte um pouco de todas as influências da música de dança (da chamada old school, da cold wave e do “disco not disco” do início dos anos 80 até às muitas recentes manobras ressuscitadoras destes géneros), sem nunca prescindir do formato canção.

Constituído por oito temas, “Hypertext” sucede ao EP “Boundaries” (2014) e, tal como este, foi misturado e produzido por Rui Maia (Mirror People, X-Wife) – uma escolha mais que óbvia, que tem tudo para resultar. “Hypertext” foi gravado por Rui Lima & Sérgio Martins (aka Ekco Deck) nos estúdios 31 de Janeiro, no Porto.

Ao vivo, as enérgicas prestações dos Holy Nothing contam com narrativas visuais projectadas por Bruno Albuquerque (também autor da capa do CD), João Pessegueiro e Rui Monteiro.

Rodrigo Affreixo

“Hypertext” é um álbum editado fisicamente pela Cultura Fnac e digitalmente pela Turbina.

CONCERTO DE APRESENTAÇÃO EM LISBOA

23 Outubro | Musicbox Lisboa | Jameson Urban Routes

 

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[DESTAQUE] Holy Nothing com novo disco – HYPERTEXT https://branmorrighan.com/2015/09/destaque-holy-nothing-com-novo-disco.html https://branmorrighan.com/2015/09/destaque-holy-nothing-com-novo-disco.html#respond Mon, 28 Sep 2015 11:07:00 +0000

É com imenso gosto e entusiasmo que partilho convosco esta notícia! Conheci os Holy Nothing no Festival Paredes de Coura 2014 e bastou vê-los uma vez a tocarem para ficar presa à sua música. Este ano voltei a encontrá-los, mas infelizmente não os pude ver por doença, porém a correcção chega já dia 23 de Outubro com a ida ao Jameson Urban Routes, no Musicbox Lisboa, onde vão apresentar o disco novo! Deixo-vos com a informação oficial e com o adiantamento de que o disco está só lindo! (Sim, já tive o prazer de o ouvir, mais sobre isso brevemente!)

Criados no final de 2012, os Holy Nothing são Pedro Rodrigues (voz, groovebox), Samuel Gonçalves (baixo, guitarra, drum pad) e Nelson Silva (teclados, drum pad). Praticam uma electrónica dinâmica, enérgica, que reflecte um pouco de todas as influências da música de dança (da chamada old school, da cold wave e do “disco not disco” do início dos anos 80 até às muitas recentes manobras ressuscitadoras destes géneros), sem nunca prescindir do formato canção.


Constituído por oito temas, “Hypertext” sucede ao EP “Boundaries” (2014) e, tal como este, foi misturado e produzido por Rui Maia (Mirror People, X-Wife) – uma escolha mais que óbvia, que tem tudo para resultar. “Hypertext” foi gravado por Rui Lima & Sérgio Martins (aka Ekco Deck) nos estúdios 31 de Janeiro, no Porto.


Ao vivo, as enérgicas prestações dos Holy Nothing contam com narrativas visuais projectadas por Bruno Albuquerque (também autor da capa do CD), João Pessegueiro e Rui Monteiro.

Rodrigo Affreixo

“Hypertext” é um álbum editado fisicamente pela Cultura Fnac e digitalmente pela Turbina.

CONCERTO DE APRESENTAÇÃO EM LISBOA

23 Outubro | Musicbox Lisboa | Jameson Urban Routes

 

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Holy Nothing com novo Vídeo – Mind https://branmorrighan.com/2015/05/holy-nothing-com-novo-video-mind.html https://branmorrighan.com/2015/05/holy-nothing-com-novo-video-mind.html#respond Tue, 05 May 2015 10:35:00 +0000

Os portuenses Holy Nothing apresentaram ontem, através da plataforma P3, o seu novo vídeo, pelo Vasco Mendes. Quem já os viu em performance ao vivo sabe que pode esperar dali um grande concerto. A música electrónica tem vindo a mostrar, por entre os diversos artistas, as suas várias facetas, mas existe algo em Holy Nothing que os distingue e não é difícil encontrar o quê. As letras intimistas, as texturas variadas, mas síncronas na harmonia, mesmo que caóticas, provocam a dança até ao mais resistente dos ouvintes. Num mar de sonoridades onde a imagética desempenha o seu papel como em poucos projectos, é tempo de nos prepararmos para um novo disco de Holy Nothing que tem previsão para Setembro de 2015. Em tom de desfecho, brevemente haverá um passatempo para o EP Boundaries. Fiquem atentos! 

Entrevista rápida aos Holy Nothing no Festival Paredes de Coura 2014: http://www.branmorrighan.com/2014/09/os-artistas-portugueses-no-vodafone.html

Facebookhttps://www.facebook.com/holynothingmusic
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[DESTAQUE] Holy Nothing, Sequin, Paus e Walter Benjamin com novos vídeos https://branmorrighan.com/2014/11/destaque-holy-nothing-sequin-paus-e.html https://branmorrighan.com/2014/11/destaque-holy-nothing-sequin-paus-e.html#respond Sat, 22 Nov 2014 12:50:00 +0000

Depois do EP Boundaries, eis que os Holy Nothing lançam o primeiro single “Cumbia” que antecede o novo trabalho. Uma conjugação de elementos dançantes com electrónica imensamente contagiante e que abre então o apetite para músicas futuras. 

Entrevistahttp://www.branmorrighan.com/2014/09/os-artistas-portugueses-no-vodafone.html

O mundo de Ana Miró é um brilhante multicolorido em formato de palete. De facto, as canções de Sequin são verdadeiras bolas de espelho, bem a condizer com o ambiente nocturno e dançável dos seus temas.

E agora, chega o terceiro single extraído do disco de estreia, que vem dar ainda mais razão ao parágrafo acima. Chama-se “Flamingo” e, claro, o seu sentido maior é o movimento, com doçura pop. O vídeo foi realizado por Pedro Pinto e co-produzido pelo próprio e por Ana Miró.

Já se passaram alguns meses desde a edição de “Penelope”, o disco de estreia desta alentejana que, cada vez mais, apaixona quem a ouve e vê. Inúmeros concertos depois, incluindo internacionalizações e passagens pelos mais importantes festivais do país (Vodafone Paredes de Coura, NOS Alive, Milhões de Festa, entre outros), Sequin é, sem dúvida, uma das surpresas do ano.

Entrevistahttp://www.branmorrighan.com/2014/06/entrevista-ana-miro-sequin-musica.html

Foi lançado hoje o video official de “Cume”, o Segundo single retirado do mais recente álbum dos Paus: “Clarão”. Esta é a melhor maneira de celebrar um ano muito importante para a banda portuguesa.

O vídeo em si já é uma celebração. O colectivo ZDB, CHERYL e VOLKOV COMMANDERS convidaram fãs a vestirem a pele dos Paus e depois destruírem a própria banda.

Os Paus têm sido chamados a atuarem nalguns dos maiores festivais de música do mundo como o caso do Eurosonic (Groningen, Holanda), SXSW (Austin, EUA), NRMAL (Monterrey, México), Primavera Sound (Barcelona, Espanha), Optimus Alive (Lisboa, Portugal), Low (Benidorm, Espanha), Jabberwocky (London, Reino-Unido) e Le Guess Who? (Utrecht, Holanda).

Entrevistahttp://www.branmorrighan.com/2014/07/entrevista-paus-banda-portuguesa-banda.html

O último vídeo do Walter Benjamin é para a última canção inédita que o músico editou, Drive Anyway. O vídeo é composto exclusivamente de imagens caseiras do tempo em que vivia com a sua banda em Roman Road, Londres, e da sua viagem de volta para Lisboa – destino de viagem tão simbólico para o nome Walter Benjamin.

A música, gravada na casa de Roman Road, em 2012, com o companheiro Jakob Bazora, só poderia ter um vídeo a celebrar a amizade e um período tão fundamental para o crescimento do escritor de canções enquanto pessoa. É um encerrar de múltiplos capítulos que só terminará definitivamente no dia 12 de Dezembro no Lux, em mais uma noite Black Baloon, praticamente um ano após concerto em que Walter e os amigos deram uma vida nova ao clássico álbum dos Smiths, The Queen Is Dead. Há tantos convidados que o problema agora é saber como irão todos caber no demasiado pequeno palco do Lux. A noite começa às 23:00 e acaba quando o Lux fechar as portas com um DJ set de Pedro Ramos, Quem és tu Laura Santos? e do próprio Walter.

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[Os Artistas Portugueses no Vodafone Paredes de Coura VII] Entrevista rápida aos Holy Nothing, Banda Portuguesa https://branmorrighan.com/2014/09/os-artistas-portugueses-no-vodafone.html https://branmorrighan.com/2014/09/os-artistas-portugueses-no-vodafone.html#respond Wed, 03 Sep 2014 10:37:00 +0000 Este ano, tivemos quatro dias de concertos, em tom de
warm-up, a preceder o Festival Paredes de Coura. Uma das bandas que actuou no
dia 19 foi Holy Nothing e, como não os conhecia, para além de ouvir as suas
músicas e depois ver o concerto, consegui apanhá-los, mais concretamente ao
Samuel, para uma entrevista rápida para o blogue. A energia em palco foi
enorme, a recepção do público muito boa e a conversa decorreu de forma fácil e
com muito boa disposição.

Comecemos então pelo início, em tom de apresentação: «Quando
começámos a falar deste projecto, estávamos todos separados. Eu estava no
Chile, o Pedro estava na Holanda e o Nelson estava no Porto. Começámos a
trabalhar à distância que foi, basicamente, começar a trocar ficheiros, coisas
ainda produzidas muito em casa ou em estúdios de amigos, cada um no seu país e
tudo muito digital. No início de 2012, encontrámo-nos todos no Porto e levámos
todo esse material, mais de computador, para a sala de ensaio. Foi aí que as
coisas se começaram a transformar – uma coisa que era quase electrónica
purista, tomou o formato banda. Foi nesse
momento que também conhecemos o Bruno Albuquerque, que nos trata da parte da
imagem, que faz narrativas visuais para os nossos concertos e que acaba por resultar
num influência mútua – nós influenciamos o que ele faz, mas o que ele faz
também nos influencia.
»

Já o nome, Holy Nothing, apenas surgiu quando já gravavam:
«Nós estávamos a gravar com o Rui Maia, em 2013, no estúdio e não tínhamos nome
ainda. O produtor que estava a trabalhar connosco já
estava farto de ouvir essa discussão, pegou num livro do James Joyce e
disse-nos “abram um livro em qualquer página e aí vão encontrar o vosso nome”
(risos), e assim foi. Optámos por ir mesmo por aí, por uma coisa casual.
»

Por causa do nome, surgiu-me uma dúvida existencial
relacionado com a sua origem e que, antes de ser esclarecida, se prendia com as
possíveis referências a Holy Fuck ou Holy Ghost… «Se tiver de responder a
isso, qual prefiro, Holy Fuck (risos) Mas acho que são todas ok, assim como
Holy Other (risos) e não saíamos daqui a noite toda!
»

Pedi-lhe então que me falasse das verdadeiras influências
musicais: «Falar de influências é sempre complicado porque ouvimos todos coisas
muito diferentes e o que ouvimos está sempre a mudar. Pessoalmente, agora,
estou a ouvir coisas que não têm muito a ver com aquilo que estamos a fazer –
música brasileira, africana, anos 70. Estas coisas acabam por influenciar
aquilo que fazemos, mas não de uma forma directa, por isso é-nos difícil falar
de influências. Se calhar existem bandas com sonoridades parecidas com as
nossas, mas que nós não ouvimos, percebes?
» Percebo sim senhor! 

A banda é jovem, mas há poucos meses já saiu o primeiro EP e
podemos esperar mais: «Já temos material novo, mas ainda não sabemos o que
vamos fazer com ele. Se vamos criar um álbum, se vamos lançar outro EP. Temos a
necessidade de sentir alguma liberdade na forma como pensamos nisso. Não
queremos forçar nada, quando chegar a altura de lançar coisas, lançamos, mas
sempre neste registo muito do momento, muito relaxado.
»

A música electrónica em banda, acaba por ter bastante
impacto ao vivo na interacção com o público, talvez mais do que lançar um disco
apenas: «Lá está, nós, por esse processo de criação do disco, ainda não
passámos, mas já gravámos um EP, e é sempre muito difícil porque temos
sempre dificuldade em passar aquilo que somos ao vivo. Acaba por ser uma coisa
electrónica, mas ao mesmo tempo muito orgânica, pouco computorizada e muito
mais ligada ao formato de banda, ainda que em termos de som possa soar mais
digital. A construção em estúdio é sempre um desafio para nós, como equilibrar
a parte digital e orgânica. Mas acho que faz parte, é como ensaiares – o
trabalho que tens a ensaiar é o que tens no estúdio, é uma constante
aprendizagem.
» Disse-lhe que com o tempo, provavelmente o processo seria
agilizado e se tornaria mais fácil, mas o Samuel não tem de todo essa
expectativa: «Sabes, na verdade, espero nunca agilizar, espero que consigamos
manter este carácter quase experimental nas coisas que fazemos. Ou seja, o
nosso resultado final pode não ser experimental, mas o processo sim. Espero que
isso nunca se perca e que nunca chegamos àquele ponto em que já sabemos o que
nos espera.
»

Estiveram no Bons Sons, actuaram então no warm-up de Paredes
de Coura, o que reflecte já um bom reportório de concertos em palcos
importantes. Perguntei-lhe como é que andavam a ser essas experiências ao vivo:
«Nós adoramos tocar ao vivo, a única coisa que te posso dizer é que tem sido
óptimo. Temo-nos sentido muito bem em cima do palco, olhar para o públco e
sentir que estamos a fazer uma festa juntos. É bom quando sentes isto de parte
a parte e o público tem sido excelente.
»

A nível de objectivos futuros, a postura é modesta: «Nós não
pensamos em objectivos em termos de mercado ou de promoção. O nosso objectivo
passa por fazer aquilo que gostamos e o resto vem por acréscimo, penso eu. Isto
há-de-nos levar para onde tiver que ir.
» Cada um dos elementos da banda tem a
sua profissão e fazer apenas da música vida não é bem um objectivo de vida:
«Cada um de nós tem o seu emprego. Gosto muito do que faço e a música é um
complemento. Mais, quando te começas quase a profissionalizar, começas a perder
muitas coisas que são boas e que nada paga. O facto de nunca te sentires
pressionado, essa liberdade, permite-te originar coisas muito mais naturais.
» E
tocar lá fora? «Só tocámos uma vez lá fora, em Madrid, valeu a pena a viagem
(risos). Mas é algo que pode começar a acontecer em breve. Tocar lá fora é
sempre sinónimo de tocar mais e é disso que gostamos. O prazer de tocar
sobrepõe qualquer objectivo económico.
»

Foi um prazer estar à conversa com o Samuel e podem seguir a página de facebook deles aqui: https://www.facebook.com/holynothingband

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