João Cruz – Bran Morrighan https://branmorrighan.com Literatura, Leitura, Música e Quotidiano Mon, 28 Dec 2020 05:34:02 +0000 pt-PT hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.8.3 https://branmorrighan.com/wp-content/uploads/2020/12/cropped-Preto-32x32.png João Cruz – Bran Morrighan https://branmorrighan.com 32 32 [Crónica João Cruz] Criatividade https://branmorrighan.com/2014/08/cronica-joao-cruz-criatividade.html https://branmorrighan.com/2014/08/cronica-joao-cruz-criatividade.html#respond Thu, 07 Aug 2014 21:30:00 +0000

Foi-me
recentemente pedido que falasse um pouco sobre a criatividade, sobre o seu
significado e de que forma é possível para quem trabalha numa área criativa
manter “a luz” acesa continuamente.

Acho
primeiro importante definir o que para mim é isso da criatividade numa frase:
tornar a imaginação real e funcional. Toda a gente tem ideias… a maior parte
são total e espectacularmente inúteis, os provável 1% de boas ideias que
existem continuam a ser exactamente isso… ideias. Criatividade é passar essas
ideias da cabeça para o mundo real e fazê-las funcionais, dentro do seu
objectivo (um carro esteticamente maravilhoso que por questões de design
contemple rodas quadradas, mas cujo objectivo continue a ser andar, não deixa
de ser um dos 99% olimpicamente inúteis). Esta é a minha definição de
criatividade… e nós portugueses somos espectaculares nisso…

Nenhum
povo consegue ser mais astuto, inventivo e rápido a CRIAR desculpas para não
ser criativo. Não procuramos uma solução a longo prazo, procuramos algo que
desenrasque. Não arranjamos a porta do armário, mas passamos o tempo que
podíamos passar a arranjar à procura de uma solução para não o fazermos, que
pode ir de um variado leque de fitas adesivas a deixar um volume encostado para
a porta não cair. Somos criativos para não sermos criativos… passamos mais
tempo a pensar em desculpas para não fazer do que em formas de fazer. Somos os
perguiçosos mais criativos do mundo, tornando a procrastinação numa forma de
arte.

Por
vezes criamos soluções de mais difícil execução do que a resolução do problema
inicial. Existe uma grande possibilidade de os descobrimentos tenham sido
lançados por um capitão que tinha um móvel em casa para concertar e inventou
uma viagem para se safar.

Nós
portugueses temos sempre a luz acesa… mas é só uma luzinha de presença. A
criatividade está lá, mas não arriscamos usar tudo de uma vez para não gastar.
Em qualquer outro país a frase “sê criativo” é um ultimato… é
realmente preciso uma solução nova, diferente e fora da caixa ou algo pode
correr mal… em Portugal é uma autorização oficial para o
“avacalho”… é realmente preciso uma solução nova para deixar tudo
como estava… mas com uma côr diferente para que pareça novo.

Não
é por não sermos capazes… é por termos medo de falhar. Porquê esforçar-me
para um objectivo que não tenho garantias de conseguir. Se Portugal fosse uma
corrida, teríamos 1 milhão de candidatos a correr para a meta e os outros 9
milhões a dividirem irmamente as quedas forçadas, dores de reumático ou ténis de
fraca qualidade como desculpa para não tentarem.

Se
toda a gente participasse, os que hoje correm à frente não teriam as mesmas
hipóteses. Se todos tentássemos ser criativos na forma de ganhar, continuaria a
só haver um vencedor, mas 50 ou 60 novas formas de evitar quedas, 20 ou 30
remédios para o reumático e 200 ou 300 novos ténis de corrida que no ano
seguinte melhorariam as hipóteses de toda a gente, tornando a corrida cada vez
melhor e mais aliciante. A excelência traz excelência… o progresso nem sempre
foi trazido pelos mais capazes, mas pelos que não se acomodaram e procuraram
uma nova forma de se tornarem igualmente capazes.

Se
gastássemos o tempo que passamos a inventar formas de esticar o dinheiro até ao
fim do mês ou a queixarmo-nos da falta dele, a criar formas de aumentar a nossa
produtividade e fazer mais dinheiro, não andávamos constantemente a contar
moedinhas. Se vivessemos num país em que 9 milhões criam soluções viáveis e
apenas 1 milhão procura a via mais fácil, em vez do contrário, podíamos tornar
o quinto império de Fernando Pessoa uma realidade…

Como
é que isto será um dia possível? Não tenho a solução… mas este texto é uma
óptima e criativa desculpa da minha parte para não termos de tentar…

João Cruz

]]>
https://branmorrighan.com/2014/08/cronica-joao-cruz-criatividade.html/feed 0
[Crónica João Cruz] Saber estar com público https://branmorrighan.com/2014/07/cronica-joao-cruz-saber-estar-com.html https://branmorrighan.com/2014/07/cronica-joao-cruz-saber-estar-com.html#respond Wed, 30 Jul 2014 20:30:00 +0000

Saber estar em público é uma capacidade que mais cedo ou mais tarde todos nós adquirimos de forma natural. Manter o low-profile, não sobressair e seguir as normas, tirando algumas excepções, são comportamentos vamos compreendendo como parte do normal e do expectável. 

Bem diferente é saber estar com público. Ter o olhar julgador de várias pessoas posto em nós é uma experiência para a qual ao longo da nossa vida temos pouca ou nenhuma preparação. O nervosismo apodera-se, as mãos suam e tendem a esconder-se para não fazerem movimentos involuntários que denunciem a nossa vontade de fugir, a saliva começa a desaparecer da nossa boca, fazendo a nossa língua ter uma textura muito semelhante à cortiça e as palavras do nosso discurso tão bem preparado como que por magia desaparecem da nossa cabeça, dando-nos vontade de ficar em posição fetal, à espera que a tudo passe, que aquelas pessoas más vão embora e a nossa mãe nos venha buscar.

Estar com público é talvez das experiências mais aterradoras da nossa vida (e não é a toa que várias pessoas fogem dessa exposição como o diabo da cruz). Como tudo na vida exige trabalho… exige treino. 

É por isso que foi com indignação que soube que a Expressão Dramática tinha sido retirada do plano das Actividades de Enriquecimento Curricular na maior parte das escolas primárias. Quando dei aulas, sempre recusei o título de “Professor de Teatro” que colegas e alunos teimavam em colocar-me, por não ser isso que eu estava a ensinar. Nunca encarei como parte das minhas funções criar actores ou actrizes com 6 anos de idade, mas sim preparar crianças para lidar com a exposição. 

Os jogos de expressão dramática a meu ver têm exactamente essa função. Através de brincadeiras, por pessoas de várias idades a interagir e a vencer o medo do ridículo e sempre foquei as minhas aulas nesse sentido. Com a difícil missão de dar aulas de expressão dramática em salas de aula, com mesas e cadeiras que os professores titulares me pediam que permanecessem como estavam e com um horário que não me permitia perder 10/15 minutos com arrumações, investi nos exercícios à vez. Sozinhos ou em pequenos grupos pedia aos meus alunos que fossem à frente, a um palco imaginário, e recriassem os jogos apreendidos ou simplesmente contassem estórias aos colegas. E é com orgulho que afirmo que consegui resultados notórios. Alunos que mal falavam sentados no lugar, iam agora à frente e falavam, faziam jogos, etc… mesmo estando lá os colegas…

Esta é a importância da expressão dramática. Não é ensinar as crianças a imitar um macaco ou um leão, mas sim que bem ou mal, tenham confiança para o fazer quando alguém está a olhar.

Isto não devia ser algo optativo de se aprender, devia ser obrigatório. Pedem-nos apresentações de trabalhos na escola, mas nunca nos ensinam a fazê-lo convenientemente, resultando apenas em 10 minutos de tortura para um adolescente, a debitar palavras em frente aos seus colegas que não perderão uma oportunidade para lhe infernizar a vida. É claro que odeiam falar em público… só lhes traz dissabores.

Nenhum grande orador (seja ele de cariz político ou artístico) resolveu um dia começar a falar alto e as pessoas naturalmente o começaram a ouvir. Foi uma coisa construída, preparada, treinada, até chegar ao ponto em que falar para um auditório é uma coisa natural e é essa naturalidade que enfeitiça as pessoas. 

João Cruz

]]>
https://branmorrighan.com/2014/07/cronica-joao-cruz-saber-estar-com.html/feed 0
[Crónica João Cruz] Carta de um actor ao público https://branmorrighan.com/2014/07/cronica-joao-cruz-carta-de-um-ator-ao.html https://branmorrighan.com/2014/07/cronica-joao-cruz-carta-de-um-ator-ao.html#respond Wed, 23 Jul 2014 22:45:00 +0000 Somos actores. 

Um estudo aponta que a única coisa que as pessoas temem mais que a morte é a exposição pública. Nós enfrentamos esse medo… também o temos, mas enfrentamo-lo o melhor que podemos. Partimos para o palco com a insegurança de quem sabe que vai ser julgado por dezenas ou centenas de pessoas, mas mesmo assim vamos.  

Somos actores. 

Ao contrário do que muitos pensam, não somos preguiçosos que não querem ter um trabalho honesto ou vagabundos que apenas querem fumar ganzas e beber copos. Somos profissionais, fizemos formação e dedicamos mais do que oito horas diárias à nossa arte, por nós, pelo prazer que nos dá e por vocês. 

Somos actores.

Estamos lá nos bons e nos maus dias, porque amamos aquilo que fazemos. Porque para nós estar em palco é o que dá sentido à nossa vida. Porque o sentimento de plenitude que temos em palco é superior a tudo. Porque ali é onde podemos fazer coisas boas… onde podemos dar coisas boas. Porque sem o palco, sem o teatro, não dormimos, não comemos e não somos nós.

Somos actores. 

E precisamos de vocês. 

Precisamos que vão ao teatro, que vão ver o que fizemos a pensar em vocês, para vocês. Que venham dar uma razão de ser aos meses que passámos a ensaiar. 

Precisamos dos vossos aplausos, das vossas gargalhadas, do vosso apoio. 

Magoa-nos quando vocês não se riem das nossas piadas, quando não aplaudem os nossos bons momentos, quando estão distraídos a mexer no telemóvel ou a conversar com o espectador do lado. Podemos fingir que não, porque somos profissionais e conseguimos ultrapassar… afinal o que nos move é algo maior do que nós.

O nosso trabalho é oferecer ilusões, mas se vocês não tiverem os braços estendidos para as agarrar, elas desvanecem-se, perdem-se… 

Vão ao teatro, dêem-nos uma oportunidade e nós prometemos dar tudo para não vos desiludir.

Somos actores.

Mas isso só faz sentido se vocês forem público. 

João Cruz

]]>
https://branmorrighan.com/2014/07/cronica-joao-cruz-carta-de-um-ator-ao.html/feed 0
[Crónica João Cruz] A cigarra, essa vadia. https://branmorrighan.com/2014/07/cronica-joao-cruz-cigarra-essa-vadia.html https://branmorrighan.com/2014/07/cronica-joao-cruz-cigarra-essa-vadia.html#respond Wed, 16 Jul 2014 21:30:00 +0000

Algumas das maiores lições de vida que aprendemos em crianças não foram através dos conselhos chatos dos adultos ou dos ralhetes dos nossos pais, mas sim através dos contos infantis e das suas suaves e subliminares metáforas. 

Por mais que a minha mãe me dissesse que os seus conselhos eram para o meu próprio bem, quem me ensinou isso melhor que a Capuchinho Vermelho, que ao desobedecer à mãe ia entregando a sua vida e a da avó ao lobo mau? Quem nos ensinou que é perigoso aceitar coisas de estranhos se não a Branca de Neve? A Cinderela e o Patinho Feio ensinam-nos que de onde vens não interessa, mas sim quem somos… e apesar de em alguns casos a mensagem hoje nos poder parecer algo retorcida, na infância conseguíamos reter o que realmente importa… 

Posto isto… qual é a m**da da mensagem da Cigarra e a Formiga?! 

A fútil cigarra só pensa em cantar e é isso que faz o tempo todo, enquanto a laboriosa formiguinha, trabalha incessantemente durante o calor, armazenando comida para o Inverno. Quando finalmente chega o impiedoso frio, a cigarra sem nada que comer vê-se obrigada a pedir ajuda à formiga, que é tão esforçada, que tinha comida de sobra para dois. Por outras palavras: o artista é vagabundo!

Basicamente: enquanto a formiguinha, que era o modelo do que uma pessoa deve ser, honesta e trabalhadora, fazia o que lhe cabia e ainda mais, a vadia da cigarra perdia o seu tempo e o tempo dos outros em cantorias, em vez de arranjar um emprego a sério. Acabou os seus dias a pedir esmola e a viver à custa de quem tanto fez, como a pobre formiguinha, que agora tinha de sustentar artistas. 

Quando é que pareceu razoável a alguém ensinar a uma criança que a arte é uma perda de tempo? Que quando muito deve ser um hobby! Quem foi o génio que achou por bem afirmar que trabalhar para sobreviver é a maior das virtudes da vida? Não há nenhuma outra mensagem neste conto que não esta! 

Porque é que desde cedo somos habituados a condenar e a ver como libertinagem a expressão artística em prol de uma vida de trabalho dito “honesto”, “sério”, “seguro”, etc? Porque é que a arte há de ser sempre marginal e marginalizada? E porque é que os artistas não têm os mesmos direitos que outros profissionais? 

É por isto que nós artistas temos de receber ares de condescendência sempre que dizemos a nossa profissão. É por isto que tantos pais desencorajam os filhos a entrar para escolas e conservatórios de arte, mesmo sendo claramente essa a sua vocação, preferindo que vivam frustrados num trabalho seguro e aborrecido como eles próprios tiveram. É por isto que não oferecemos qualquer tipo de segurança aos artistas.

Em nenhum ponto do conto se falam em virtudes da cigarra! Cantava bem? Entretinha a formiga? Sobretudo: cantar não podia ser o trabalho dela? Não ganhava nada por issso? Parece-me justo que se a esteve a entreter a formiga durante todo o Verão, deva ter alguns dividendos disso. 

Talvez a mensagem correcta deste conto deva ser: sigam o exemplo da formiga que paga aos artistas e lhes reconhece o valor.

João Cruz

]]>
https://branmorrighan.com/2014/07/cronica-joao-cruz-cigarra-essa-vadia.html/feed 0
[Crónica João Cruz] Teatro vs Futebol https://branmorrighan.com/2014/07/cronica-joao-cruz-teatro-vs-futebol.html https://branmorrighan.com/2014/07/cronica-joao-cruz-teatro-vs-futebol.html#respond Sat, 12 Jul 2014 15:11:00 +0000 Quando há futebol, não há teatro. Esta é a realidade de Portugal (e provavelmente não só)…

Fazer um espectáculo num dia de jogo é estar mesmo a pedi-las… e não precisa de ser um jogo grande… por vezes serve um simples solteiros contra casados na sede da colectividade local, para que muita gente faça a sua opção. Porquê?

Depois do grave golpe dado ao teatro pela televisão, levando os actores a casa das pessoas, esta juntou-se ao futebol e continuou a dar pontapés ao pobre moribundo. Hoje em dia, para ver futebol não precisamos de sair de casa… quando muito temos de ir ao café da rua, beber cervejas, ofender o árbitro, os jogadores, os treinadores, os adeptos contrários e as mães de todos os anteriores.

No entanto o fenómeno do futebol não se fica por aqui, pois tem também o descaramento de encher estádios com lotações na casa das dezenas de milhar de pessoas, com bilhetes a preços que para o teatro seriam exorbitantes e com pessoas que entram com um sorriso nos lábios, convencidos de que mesmo sendo mais um na multidão, o seu contributo é importante.

E dentro do estádio grita-se, salta-se, canta-se e volta-se a gritar… sofre-se, festeja-se, chora-se, sonha-se…

O que é que o futebol tem e o teatro não? Paixão.

Não é paixão por parte de quem faz, de quem dedica a vida à arte, de quem não dorme porque vai estrear no dia a seguir, de quem ama aquilo que faz como eu e dezenas de outros profissionais que conheço… é do público.

Quantos espectadores do Dona Maria vão ao Teatro Aberto gritar “o meu teatro é melhor que o teu”? “Allez Dona Maria, Allez”?

Porque no teatro também se grita, também se salta, se canta e se volta a gritar… também se sofre, se festeja, se chora e se sonha… em palco. E fora dele? Quanta dessa paixão passa para fora de palco?

O público do futebol sente-se envolvido, sente-se parte… é “NÓS marcámos” ou “NÓS ganhámos”, não “a equipa que eu apoio ganhou”. Jogadores, treinadores e dirigentes falam da importância do 12º jogador, apelando que venha ao estádio, para que faça barulho pela sua equipa…

No teatro, o público (na esmagadora maioria das vezes) um mero e passivo espectador, ao qual, ninguém tenta vender a ilusão contrária. Manifesta-se no fim com um aplauso e eventualmente com um par de gargalhadas durante a peça, sempre contidas para não perturbar ninguém e sobretudo não se fazer notar.

O teatro é uma ocasião solene na qual, seja boa ou má, não devemos mostrar qualquer sinal do nosso (des)contentamento até ao fim. Não podemos ofender o vilão e a sua mãe, não podemos aplaudir as boas decisões do protagonista nem cantar-lhe o nosso apoio nos seus momentos mais difíceis.

Um mau jogo de futebol, no mínimo, são duas horas passadas com amigos, a beber cervejas, a cantar e a saltar… mau teatro são duas horas em silêncio, a lutar contra o sono e a vontade de ir embora, sem ninguém com quem desabafar o tédio que se está a sentir.

Criticam-se os orçamentos do futebol e os ordenados dos jogadores, mas a verdade é, na maior parte dos casos, corrupções à parte, o futebol gera muito mais do que isso… e o teatro? 

A solução para o teatro não é baixar os preços dos bilhetes, abusar dos convites ou sequestrar pessoas e amarrá-las às cadeiras… é ressuscitar esta paixão no público. É trazer o público para o espectáculo, torná-lo parte, fazê-lo sentir que, sem ele, nada disto é possível. Abandonar alguns snobismos e lembrarmo-nos para quem é que trabalhamos, que sem eles, nós artistas, caímos no vazio… porque o público não é só lucro… é a alma de um teatro, e quem disso duvida, que experimente subir a um palco e olhar para uma plateia vazia.

João Cruz

]]>
https://branmorrighan.com/2014/07/cronica-joao-cruz-teatro-vs-futebol.html/feed 0
Novo Colaborador no Blogue BranMorrighan! João Cruz https://branmorrighan.com/2014/07/novo-colaborador-no-blogue.html https://branmorrighan.com/2014/07/novo-colaborador-no-blogue.html#respond Sat, 12 Jul 2014 12:12:00 +0000

Conhecermos pessoas fixes tem disto: fica impossível não tentar que colaborem connosco de alguma maneira. Neste caso, com o João Cruz, conheci-o em pleno teatro quando fui ver uma peça de teatro interactivo da Don’Adelaide Produções, Palco do Crime. Para além de uma pessoa inteligente e perspicaz, o João tem a capacidade de ser acutilante nas observações que faz e o seu tom, muitas vezes irónico, confere-lhe uma autenticidade que hoje em dia começa a ser rara. Fiquem então com uma pequena bio do João. De seguida, teremos a sua primeira crónica! 

João Cruz estreou-se em 2007 no teatro amador, onde durante 3 anos participou em 4 peças, tendo em 2011 começado a sua aventura profissional no meio artístico. Começou a formação na ACT – Escola de Actores, no curso de Humor e Comédia, tendo ao longo dos últimos anos continuado a sua formação em vários cursos e workshops. Destacando o curso trimestral da Comuna com João Mota e o anual da Formação Teatral.

Em 2012 deu os primeiros passos na stand-up comedy e na comédia teatral de improviso, no grupo Comicídio. Esteve mais tarde na fundação dos Café Improv e dos Improvio Armandi. 

De momento, é actor Companhia de Teatro Arte d’Encantar, fazendo teatro para público em idade escolar, nas peças Falar Verdade a Mentir e Frei Luís de Sousa (Almeida Garrett), Auto da Barca do Inferno (Gil Vicente) e Leandro, Rei da Helíria (Alice Vieira), além de alguns trabalhos paralelos como actor, encenador, autor e técnico de luz.

É também um dos fundadores da Don’Adelaide Produções, promotora de espectáculos de investigação interactiva.

]]>
https://branmorrighan.com/2014/07/novo-colaborador-no-blogue.html/feed 0
A Não Perder no Dia Mundial do Teatro: Arlete e Orlando, Uma comédia inspirada em Karl Valentim no COMUNA https://branmorrighan.com/2014/03/a-nao-perder-no-dia-mundial-do-teatro.html https://branmorrighan.com/2014/03/a-nao-perder-no-dia-mundial-do-teatro.html#respond Thu, 27 Mar 2014 10:48:00 +0000

A peça começa hoje e conta com a direcção do João Cruz (actor já nosso conhecido por outra peça aqui publicada no blogue, mas também cuja entrevista irá ser publicada muito brevemente). 

Esta comédia inspira-se essencialmente em: “O que acontece quando o casal Arlete e Orlando recebe dois bilhetes para ir ao teatro? Uma trágico-comédia! Venham também ao teatro descobrir estas divertidas personagens.” Basicamente Arlete e Orlando nunca saem de casa, nunca vão a nada juntos, mas agora que lhes ofereceram dois bilhetes para ir ao teatro, vêem-se obrigados a saírem de casa.

Quem é que nunca sentiu aquela moleza de não querer sair de casa? Aqueles casais que, por vezes, e à medida que vão envelhecendo, vão ficando cada vez mais preguiçosos para colocarem os pés fora de casa para actividades de lazer e cultura?

Saibam mais sobre a peça aqui: https://www.facebook.com/pages/Arlete-e-Orlando/612070425538264

Dias 27, 28 e 29 de Março, pelas 21h30, podem ser visitados no Teatro da Comuna, na Praça de Espanha. Todos aqueles que se chamarem “Arlete” e “Orlando” não pagam bilhete, mediante a apresentação do bilhete de identidade. O preço do bilhete é de 5€. Façam já a vossa reserva, para assistir a esta divertida peça de teatro e conhecer este casal hilariante!

Reservas para 964318035 e 914107746 ou para o e-mail: teatro.arleteorlando@gmail.com 

]]>
https://branmorrighan.com/2014/03/a-nao-perder-no-dia-mundial-do-teatro.html/feed 0