José Saramago – Bran Morrighan https://branmorrighan.com Literatura, Leitura, Música e Quotidiano Mon, 28 Dec 2020 04:46:18 +0000 pt-PT hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.8.2 https://branmorrighan.com/wp-content/uploads/2020/12/cropped-Preto-32x32.png José Saramago – Bran Morrighan https://branmorrighan.com 32 32 [DESTAQUE] Em Setembro pela Porto Editora: Alabardas, alabardas, Espingardas, espingardas, de José Saramago https://branmorrighan.com/2014/09/destaque-em-setembro-pela-porto-editora-4.html https://branmorrighan.com/2014/09/destaque-em-setembro-pela-porto-editora-4.html#respond Thu, 25 Sep 2014 12:24:00 +0000

Alabardas, alabardas, Espingardas, espingardas

de José Saramago , Roberto Saviano , Fernando Gómez Aguilera ; 

Ilustração: Günter Grass

Edição/reimpressão: 2014

Páginas: 136

Editor: Porto Editora

ISBN: 978-972-0-04695-6

Coleção: OBRAS DE JOSÉ SARAMAGO

«O último fôlego narrativo» de José Saramago

«Afinal, talvez ainda vá escrever outro livro. Uma velha preocupação minha (porquê nunca houve uma greve numa fábrica de armamento) deu pé a uma ideia complementar que, precisamente, permitirá o tratamento ficcional do tema.», escreveu José Saramago nas suas notas, em agosto de 2009. Esse livro, que ficaria por terminar, é Alabardas, alabardas, Espingardas, espingardas, que a Porto Editora publica a 23 de setembro. Com um título retirado de umatragicomédia de Gil Vicente, este romance inacabado, protagonizado por Artur Paz Semedo, é uma reflexão sobre a violência que põe em relevo a fragilidade humana e social face às atrocidades da guerra.

Para a edição portuguesa contribuíram as ilustrações de um outro Nobel da Literatura, Günter Grass, e dois textos: Fernando Gómez Aguilera comenta e situa este romance (o seu «último fôlego narrativo») no contexto da sua obra, e Roberto Saviano apresenta-nos uma inquietação sobre o papel do Homem face à violência, a partir da «orquestra de revelações» que é esta história de Saramago.

A apresentação mundial de Alabardas, alabardas, Espingardas, espingardas terá lugar na Sala Garrett do Teatro Nacional D. Maria II, no dia 2 de outubro, às 18:30, num ato que se pretende de afirmação contra a guerra e a barbárie. Com a participação do Professor António Sampaio da Nóvoa, do juiz Baltasar Garzón e do escritor Roberto Saviano, a sessão será moderada pela jornalista Anabela Mota Ribeiro e, no seu decorrer, serão projetadas as ilustrações de Günter Grass que integram o livro.

LIVRO

Aquando do seu falecimento, em 2010, José Saramago deixou escritas trinta páginas daquele que seria o seu próximo romance; trinta páginas onde estava já esboçado o fio argumental, perfilados os dois protagonistas e, sobretudo, colocadas as perguntas que interessavam à sua permanente e comprometida vocação de agitar consciências.

Saramago escreve a história de Artur Paz Semedo, um homem fascinado por peças de artilharia, empregado numa fábrica de armamento, que leva a cabo uma investigação na sua própria empresa, incitado pela ex-mulher, uma mulher com carácter, pacifista e inteligente. A evolução do pensamento do protagonista permite-nos refletir sobre o lado mais sujo da política internacional, um mundo de interesses ocultos que subjaz à maior parte dos conflitos bélicos do século xx.

Dois outros textos – de Fernando Gómez Aguilera e Roberto Saviano – situam e comentam as últimas palavras do Prémio Nobel português, cuja força as ilustrações de um outro Nobel, Günter Grass, sublinham.

AUTOR

José Saramago

Prémio Nobel de Literatura

1998

Autor de mais de 40 títulos, José Saramago nasceu em 1922, na aldeia de Azinhaga.

As noites passadas na biblioteca pública do Palácio Galveias, em Lisboa, foram fundamentais para a sua formação. «E foi aí, sem ajudas nem conselhos, apenas guiado pela curiosidade e pela vontade de aprender, que o meu gosto pela leitura se desenvolveu e apurou.»

Em 1947 publicou o seu primeiro livro que intitulou A Viúva, mas que, por razões editoriais, viria a sair com o título de Terra do Pecado. Seis anos depois, em 1953, terminaria o romance Claraboia, publicado apenas após a sua morte.

No final dos anos 50 tornou-se responsável pela produção na Editorial Estúdios Cor, função que conjugaria com a de tradutor, a partir de 1955, e de crítico literário.

Regressa à escrita em 1966 com Os Poemas Possíveis.

Em 1971 assumiu funções de editorialista no Diário de Lisboa e em abril de 1975 é nomeado diretor-adjunto do Diário de Notícias.

No princípio de 1976 instala-se no Lavre para documentar o seu projeto de escrever sobre os camponeses sem terra. Assim nasceu o romance Levantado do Chão e o modo de narrar que caracteriza a sua ficção novelesca. Até 2010, ano da sua morte, a 18 de junho, em Lanzarote, José Saramago construiu uma obra incontornável na literatura portuguesa e universal, com títulos que vão de Memorial do Convento a Caim, passando por O Ano da Morte de Ricardo Reis, O Evangelho segundo Jesus Cristo, Ensaio sobre a Cegueira, Todos os Nomes ou A Viagem do Elefante, obras traduzidas em todo o mundo.

No ano de 2007 foi criada em Lisboa uma Fundação com o seu nome, que trabalha pela difusão da literatura, pela defesa dos direitos humanos e do meio ambiente, tomando como documento orientador a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Desde 2012 a Fundação José Saramago tem a sua sede na Casa dos Bicos, em Lisboa.

José Saramago recebeu o Prémio Camões em 1995 e o Prémio Nobel de Literatura em 1998. 

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[CINEMA] Crítica ao filme «Enemy» – O Homem Duplicado – por Tiago Silva https://branmorrighan.com/2014/06/cinema-critica-ao-filme-enemy-o-homem.html https://branmorrighan.com/2014/06/cinema-critica-ao-filme-enemy-o-homem.html#respond Sun, 22 Jun 2014 22:47:00 +0000

A escrita de Saramago é uma ordem por decifrar

Se a adaptação ao cinema de qualquer obra literária constitui sempre uma tarefa complexa e exigente, lidar com a escrita de Saramago e reinventá-la de modo a permitir a sua representação visual é um esforço particularmente trabalhoso — não por qualquer delito ou ambiguidade do autor, antes pela efervescência e singularidade do seu discurso. Esta ideia tornou-se evidente aquando da estreia de Ensaio Sobre a Cegueira de Fernando Meirelles (encarado como medíocre e decepcionante pela generalidade dos espectadores, apesar dos emocionados elogios tecidos pelo escritor) e acentua-se com este Enemy de Denis Villeneuve. Sendo trabalhos em que os realizadores se comprometeram a deixar de lado as questões mais formais e a focar-se exclusivamente na acção, é natural que não se verifique qualquer reflexão sobre o processo e a densidade da escrita, com os seus enigmas tão característicos; o que não chega a ser censurável, embora pudesse produzir resultados bem mais interessantes. No entanto, esta nova tentativa de assimilação da sua prosa é indubitavelmente mais pertinente.

Convém salientar, antes de mais, que Enemy é uma interpretação deveras livre da obra de onde extrai o seu conteúdo e que quem procurar fidelidade aos vários aspectos da narrativa sentir-se-á desiludido: é que o homem duplicado que nos é lentamente revelado nas páginas do livro é diferente daquele que é interpretado por um Jake Gyllenhaal competente e enloquecido pelas várias facetas da sua identidade. No filme, apenas se aproveitam algumas premissas que servem de base à história, transformando-se grande parte da atmosfera em que os acontecimentos se desenrolam: tudo é mais opressivo, claustrofóbico e desesperante, não só pela ausência do delicioso sarcasmo tão presente no romance, como pela fotografia soturna e trabalho de som admirável, que ataca os sentidos sem qualquer aviso na sequência inicial, onde o desejo atinge níveis doentios. E é sobretudo de desejo obsessivo e controlador que se fala durante a hora e meia seguinte. O ambiente obscuro criado por estes primeiros planos mantém-se durante toda a diegese e faz do filme uma experiência verdadeiramente perturbadora e verosímil.

Os ecos de Franz Kafka eram já notórios no livro e Villeneuve faz questão de engrandecer essas peculiaridades, transfigurando-as através de uma desorientação mental que roça o ensurdecedor; o que resulta bem na maior parte da narrativa e confere originalidade ao seu trabalho, apesar de algumas falhas ocasionais criadas pela montagem e que revelam alguma insegurança, especialmente na transição entre planos (os flashes, as constantes fusões em negro, as elipses) e na falta de um dispositivo que assegure a fluidez dos acontecimentos. Ainda que muito daquilo que vemos em Enemy se processe ao nível do inconsciente, o surrealismo cai por vezes num espalhafato despropositado — e neste sentido, as comparações com Lynch são hiperbólicas e até dispensáveis. O realizador tem, no entanto, o mérito de provocar no espectador uma sensação semelhante aquela que nos acompanha nos dias posteriores à leitura do thriller: a paranóia e a consciência do absurdo de tudo trepam por nós como os aracnídeos imprevisíveis do filme. Em suma, Enemy é uma homenagem hábil à obra de Saramago. Mas ainda não foi desta vez que conseguiu encontrar equivalente fílmico.

Tiago Silva

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[Fundação José Saramago] 18 de Junho – 4 anos depois – Programação https://branmorrighan.com/2014/06/fundacao-jose-saramago-18-de-junho-4.html https://branmorrighan.com/2014/06/fundacao-jose-saramago-18-de-junho-4.html#respond Tue, 17 Jun 2014 15:36:00 +0000

18 de Junho – 4 anos depois

A 18 de Junho assinala-se o 4.º aniversário da morte de José Saramago.

As suas palavras permanecem vivas nos seus livros e na experiência dos seus leitores.

Na Fundação José Saramago, 18 de junho será um dia de trabalho cumprindo com aquele a que chamamos o “Mandato Saramago”.

Para assinalar a data, apresenta-se a seguinte programação:

Antestreia do filme O Homem Duplicado

17 de junho, 21h30, Cinema São Jorge

Adam (Jake Gyllenhaal) é um instável professor universitário que vive refém de uma monótona rotina diária. Uma  noite, enquanto vê um filme, descobre a existência de um ator exatamente igual a si. Obcecado por conhecer o seu sósia, parte à descoberta desse outro homem  forçando um encontro com consequências imprevisíveis não só para eles mas também para as suas companheiras:  Mary (Mélanie Laurent) e Helen (Sarah Gadon).

Adaptado livremente a partir do livro homónimo de José Saramago, O Homem Duplicado é um thriller surpreendente e provocante sobre dualidade e identidade.

Estreia nas salas de cinema portuguesas e brasileiras a 19 de junho

Revista Blimunda – 18 de junho

Edição especial de segundo aniversário em papel

Disponível na livraria/loja da Fundação José Saramago a partir de 18 de Junho e nas livrarias portuguesas a partir de 27 de junho.

José Saramago disse várias vezes que o que pedia à vida era tempo. E depois, se o privilégio do tempo lhe fosse concedido, gostaria de reunir-se com leitores de todo o mundo e com eles falar interminavelmente de livros. Faltou-lhe tempo, os 87 anos de vida não foram suficientes para celebrar todos os encontros, mas a fundação que leva o seu nome abre as suas portas todos os dias para que os leitores se reconheçam em títulos e autores diferentes. Esta Blimunda também pretende recordar, uma vez mais, a impressionante estatura daqueles a que chamamos mestres e o nível que alcançamos, os leitores, quando nos aproximamos dos livros. A cultura salva-nos da mediocridade e do desânimo, as revista culturais são pontos de apoio quando a confusão nos aturde.

Do Editorial

18 de junho, das 10 às 18 horas

– Entrada livre na Casa dos Bicos

20 de junho, 18h30

Festcineamazônia na Fundação José Saramago

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[Fundação José Saramago] 2.º Aniversário da revista “Blimunda” – Edição especial em papel https://branmorrighan.com/2014/06/fundacao-jose-saramago-2-aniversario-da.html https://branmorrighan.com/2014/06/fundacao-jose-saramago-2-aniversario-da.html#respond Wed, 11 Jun 2014 20:32:00 +0000

Blimunda

Edição especial em papel,

Junho de 2014

Junho é um mês “especial” para a Blimunda, a revista mensal que há dois anos a Fundação José Saramago publica e que pode ser descarregada livremente nas plataformas online.

Para comemorar o segundo aniversário da publicação, no mês em que passam 4 anos sobre a morte de José Saramago, teremos uma edição especial da revista em papel.

O conteúdo recupera textos publicados nas anteriores 24 edições, aos quais se junta um artigo inédito. O design da publicação ficou a cargo do atelier Silvadesigners, responsável pela conceção gráfica da Blimunda desde novembro de 2012.

A partir do dia 20 de junho, a revista estará disponível nas livrarias portuguesas bem como na livraria/loja da Fundação José Saramago, na Casa dos Bicos.

Por isso, aos criadores que tornaram possível que a Blimunda também seja uma revista de cultura, o nosso agradecimento. E aos leitores, a lealdade e o reconhecimento devidos. “As palavras levam consigo a sabedoria do vivido”, disse um dia José Saramago. Nelas nos encontramos todos, sem páginas em branco, em papel ou em formato digital. Para não esquecermos quem somos.

Imagens das provas em papel
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[DESTAQUE] Porto Editora é a nova editora do Prémio Nobel da Literatura – José Saramago! https://branmorrighan.com/2014/01/destque-porto-editora-e-nova-editora-do.html https://branmorrighan.com/2014/01/destque-porto-editora-e-nova-editora-do.html#respond Wed, 29 Jan 2014 16:32:00 +0000

As herdeiras de José Saramago escolheram a Porto Editora para editar e promover a obra literária de José Saramago, em papel e e-book, em Portugal e nos demais países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (à exceção do Brasil). O acordo entre as partes foi firmado hoje e nele se inscreve, também, o compromisso de definir estratégias conjuntas de divulgação da obra do escritor em todo o mundo, com especial atenção à comunidade lusófona.

Manuel Alberto Valente, responsável pelo departamento editorial que, na Porto Editora, tratará a obra do Prémio Nobel da Literatura, afirma que “é um privilégio acolhermos a vastíssima obra literária de um dos mais importantes escritores portugueses de sempre” e que “a Porto Editora é a melhor casa para um escritor da dimensão de José Saramago.” 

Na escolha pelas herdeiras de José Saramago a favor da Porto Editora, para além de esta ser uma empresa totalmente portuguesa que se dedica ao livro desde a sua fundação, pesaram duas razões de particular significado afetivo: a de o Prémio Literário José Saramago, que desde 1999 distingue jovens escritores de língua portuguesa, ser promovido pela Fundação Círculo de Leitores (que integra o Grupo Porto Editora desde 2010); e o impulso que o Círculo de Leitores deu à carreira literária de José Saramago com a edição do livro Viagem a Portugal (1981), que veio a permitir que se dedicasse a tempo inteiro à escrita. 

Com a entrada de José Saramago no nosso catálogo – onde já constam nomes como Mário de Carvalho, Valter Hugo Mãe, Sophia de Mello Breyner Andresen e Eugénio de Andrade – a Porto Editora afirma-se cada vez mais como uma referência maior na área da Literatura em Portugal.

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[Citações Aleatórias] José Saramago #3 https://branmorrighan.com/2013/09/citacoes-aleatorias-jose-saramago-3.html https://branmorrighan.com/2013/09/citacoes-aleatorias-jose-saramago-3.html#respond Tue, 17 Sep 2013 12:45:00 +0000 “No fundo, todos temos necessidade de dizer quem somos e que é que estamos fazendo e a necessidade de deixar algo feito, porque esta vida não é eterna e deixar coisas feitas pode ser uma forma de eternidade.”

– José Saramago

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Morreu José Saramgao https://branmorrighan.com/2010/06/morreu-jose-saramgao.html https://branmorrighan.com/2010/06/morreu-jose-saramgao.html#comments Fri, 18 Jun 2010 13:32:00 +0000

Morre aos 87 anos Saramago, Nobel da Literatura em 1998

O escritor português e Prémio Nobel da Literatura em 1998 José Saramago morreu hoje aos 87 anos em Lanzarote. O autor português encontrava-se doente mas em estado «estacionário», mas a situação agravou-se, explicou o seu editor, Zeferino Coelho.

José Saramago nasceu na aldeia ribatejana de Azinhaga, concelho de Golegã, no dia 16 de Novembro de 1922, embora o registo oficial mencione o dia 18.

Os seus pais emigraram para Lisboa quando ele ainda não tinha três anos de idade. Toda a sua vida tem decorrido na capital, embora até ao princípio da idade madura tivessem sido numerosas e às vezes prolongadas as suas estadas na aldeia natal.

Fez estudos secundários (liceal e técnico) que não pôde continuar por dificuldades económicas. No seu primeiro emprego foi serralheiro mecânico, tendo depois exercido diversas outras profissões, a saber: desenhador, funcionário da saúde e da previdência social, editor, tradutor, jornalista.

Publicou o seu primeiro livro, um romance («Terra do Pecado»), em 1947, tendo estado depois sem publicar até 1966. Trabalhou durante doze anos numa editora, onde exerceu funções de direcção literária e de produção. Colaborou como crítico literário na Revista Seara Nova.

Em 1972 e 1973 fez parte da redacção do Jornal Diário de Lisboa onde foi comentador político, tendo também coordenado, durante alguns meses, o suplemento cultural daquele vespertino. Pertenceu à primeira Direcção da Associação Portuguesa de Escritores. Entre Abril e Novembro de 1975 foi director-adjunto do Diário de Notícias.

A partir de 1976 passou a viver exclusivamente da escrita, inicialmente como tradutor, depois como autor.

Em 1980, alcançou notoriedade com o livro «Levantado do Chão», visto hoje como o seu primeiro grande romance. «Memorial do Convento» confirmaria esse sucesso dois anos depois.

Em 1991, publica «O Evangelho Segundo Jesus Cristo», livro censurado pelo Governo – o que levou Saramago a exilar-se em Lanzarote, nas Ilhas Canárias (Espanha), onde viveu até hoje. Foi ele o primeiro autor de língua portuguesa a receber o Prémio Nobel de Literatura, em 1998.

Entre os seus outros livros estão os romances «O Ano da Morte de Ricardo Reis» (1984), «A Jangada de Pedra» (1986), «Ensaio sobre a Cegueira» (1995), «Todos os Nomes» (1997), e «O Homem Duplicado» (2002); a peça teatral «In Nomine Dei» (1993) e os dois volumes de diários recolhidos nos «Cadernos de Lanzarote» (1994-1997).

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