Linda Martini – Bran Morrighan https://branmorrighan.com Literatura, Leitura, Música e Quotidiano Fri, 05 Feb 2021 11:11:14 +0000 pt-PT hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.9 https://branmorrighan.com/wp-content/uploads/2020/12/cropped-Preto-32x32.png Linda Martini – Bran Morrighan https://branmorrighan.com 32 32 [Queres é (a) Letra!] Linda Martini – E Não Sobrou Ninguém https://branmorrighan.com/2021/02/linda-martini-e-nao-sobrou-ninguem.html https://branmorrighan.com/2021/02/linda-martini-e-nao-sobrou-ninguem.html#respond Fri, 05 Feb 2021 10:42:22 +0000 https://branmorrighan.com/?p=24991 E Não Sobrou Ninguém

Linda Martini – E Não Sobrou Ninguém

Os Linda Martini sempre foram uma banda de instintos aguçados que com uma sonoridade incisiva conseguiram apelar sempre a um lado humano muito visceral. Desde o primeiro EP (Linda Martini, 2005) que cada disco trouxe uma reinvenção tanto lírica como sonora, sem nunca perder a personalidade forte que lhes conquistou milhares e milhares de fãs por todo o país e além fronteiras.

Não será arriscado dizer que dificilmente desiludem e quem segue os elementos da banda pelas redes sociais também se consegue aperceber que existe uma veia activista forte e exemplar (pelo menos na minha opinião). Esse activismo é agora mais uma vez reforçado com “E Não Sobrou Ninguém”, tema hoje lançado pelos Linda Martini.

O título de “E NÃO SOBROU NINGUÉM” é inspirado no célebre poema de Martin Niemoller sobre a ascensão do nacional-socialismo na Alemanha. É uma reflexão sobre eventos recentes e sobre séculos de atrocidades, injustiça, preconceito e discriminação para com seres humanos que não se enquadram na etnia, género, religião, posição social ou comportamento sexual dominante.

A cor da nossa pele, com quem nos deitamos, o que temos entre as pernas, que língua falamos, em que país nascemos, a que Deus rezamos, quanto ganhamos por mês. Nada disto nos define, nada disto nos faz melhores pessoas. – Linda Martini

Nunca tanto como hoje foi urgente quebrar barreiras racistas e discriminatórias. A desinformação abunda até em meios de comunicação credíveis e o ser humano tem–se deixado levar por aquilo que lhe é mais fácil acreditar se puder culpar uma terceira pessoa/entidade pela sua desgraça, sem qualquer esforço de verificar a veracidade do mesmo.

Para mim, esta canção dos Linda Martini é uma chapada de luva branca e uma espécie de manifesto contra a imbecilidade que parece reinar estes dias entre a população portuguesa e até internacional. Tenho a certeza que, quando finalmente pudermos voltar aos mosh pits e à catarse dos concertos, este vai ser um dos temas mais aclamados da banda. Merece-o, certamente. Obrigada, Linda Martini.

E NÃO SOBROU NINGUÉM” é uma canção escrita e interpretada por André Henriques, Cláudia Guerreiro, Hélio Morais e Pedro Geraldes, que dão pelo nome coletivo de LINDA MARTINI. Foi gravada por Santi Garcia em Lisboa, nos estúdios Namouche, em Janeiro de 2021.

Créditos 

Título: E NÃO SOBROU NINGUÉM
Duração: 04:17
Letra: André Henriques
Música: André Henriques, Cláudia Guerreiro, Hélio Morais, Pedro Geraldes
Intérpretes: André Henriques – voz e guitarra / Cláudia Guerreiro – Baixo e voz / Hélio Morais – Bateria / Pedro Geraldes – Guitarra
Produção: Santi Garcia e Linda Martini
Gravação: Santi Garcia assistido por Bernardo Centeno e Francesca River, nos Estúdios Namouche 
Mistura: Santi Garcia nos Estúdios Ultramarinos Costa Brava
Masterização: Victor Garcia nos Estúdios Ultramarinos Mastering
Realização, Câmara e Edição: Ana Viotti

Letra

Preto, negro, de cor escura
Branco ou cor-de-rosa, como cal em pedra dura
Chinês made in Taiwan, amarelo, olhos em bico
Um cigano, um do leste e um zuca
Entram num bar com um ar aflito

Por cada braço em riste
Será que te riste,
Ou levaste a sério?
Quando vierem por ti amanhã
Vais gritar “ai mamã, ai mamã,
Cresceu-me um império de ódio no cu!”

Ai, que te roubam o trabalho
A mulher, o salário, ai
A bandeira, o país
Ai, a culpa é dos outros,
Tu pagas impostos, não é?
Só queres ser feliz

A minha pele é cor de água
A minha pele é cor de vidro
A minha pele é cor de mágoa
Um tom qualquer desconhecido

A tua pele é cor de pó
A tua pele é cor de mofo
A tua pele é uma cor só
Um tom qualquer, eu nem te oiço

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[Reportagem MDX] Linda Martini no Lux Frágil, dos diamantes que se querem em bruto https://branmorrighan.com/2018/02/reportagem-mdx-linda-martini-no-lux.html https://branmorrighan.com/2018/02/reportagem-mdx-linda-martini-no-lux.html#respond Sat, 17 Feb 2018 20:45:00 +0000 Post Original no Música em DX: https://www.musicaemdx.pt/2018/02/17/linda-martini-no-lux-fragil-dos-diamantes-que-se-querem-em-bruto/

Quinze anos, cinco discos, um EP que vale ouro e outras canções soltas pelo meio fazem dos Linda Martini um nome incontornável da música portuguesa. Começaram no circuito punk/hardcore e admitem, em entrevistas, que tiveram sorte desde o início. Com sorte ou sem ela uma coisa é certa: mérito é coisa que não lhes falta. Prova disso mesmo foi o concerto de Quinta-feira passada (dia 15 de Fevereiro), a primeira de duas datas esgotadas no Lux Frágil, para apresentação de Linda Martini, disco homónimo. O público era tão ecléctico em idades como tem vindo a ser a sonoridade dos Linda Martini ao longo da última década e meia.

20180215 - Concerto - Linda Martini Apresentação Novo Disco @ Lux Frágil

Dos mais jovens aos mais velhos não faltaram pulmões, nem energia, numa noite que prova que uma banda destas só ganha em manter-se, na sua essência, em estado bruto. Isto é, o polimento é pontual a cada disco, a cada concerto, a cada momento através de guitarras vibrantes com distorções ao alto, um baixo que a cada disco está cada vez mais proeminente e uma bateria sem limites. Assistimos assim a um diamante (a banda) que assume a forma que cada um sente ser a sua, tornando-o único.

Em quinze anos muito deve ter mudado na vida de cada um, mas a determinação em fazerem o que gostam e como gostam, independentemente das expectativas que o público possa ter, faz com que quando estabelecem uma ligação emocional recíproca com o público esta seja altamente visceral. O olhar em palco, esse, é já um pouco diferente de há uns anos atrás. Existe uma espécie de comoção quase fraternal em relação aos membros mais jovens do público, o que é perfeitamente normal quando boa parte dele ainda estava para/a nascer quando começaram a fazer música.

20180215 - Concerto - Linda Martini Apresentação Novo Disco @ Lux Frágil

Tive a oportunidade de ficar nas linhas da frente do concerto e com isso estar mais próxima tanto da banda, da sua linguagem corporal, como do público, que rapidamente se organizou para juntar os que tinham o sangue a ferver e que destemidamente fizeram os círculos de mosh que sentiam que as músicas pediam. Não há tanto tempo assim era eu e os meus amigos que estávamos ali no meio e é impossível não largar um sorriso gigante de quem percebe que esta banda, que se admira há mais de uma década, continua a ter o mesmo efeito nas novas gerações. Na altura do Turbo Lento, há quase cinco anos atrás, escrevi: «Penso que os Linda Martini têm esta capacidade inata, e ao mesmo tempo assustadora, de resgatar nos seus ouvintes as partes mais recônditas de si mesmos. Vasculham-nos a alma, agitam-na por dentro e levam-nos a gritar em plenos pulmões todas as coisas reprimidas numa expressão conjunta sem igual.» Desde então, gravaram Sirumba e agora o disco homónimo. Antes tinham gravado Olhos de Mongol, Marsupial e Casa Ocupada. Cada disco com uma reacção diferente, mas o extraordinário é terem mantido exactamente aquela tal capacidade inata de criar uma energia que só à banda e aos seus fãs pertence.

Linda Martini foi então o mote para este concerto e foi com admiração e respeito que constatei que muitos fãs, principalmente dos mais jovens, já sabiam boa parte das letras e fizeram coro com a banda. Os sorrisos partilhados em palco mostravam essa mesma surpresa, mas também um grande orgulho, reforçado e destacado por Hélio Morais, no extremo direito do palco, quando disse “este lado está claramente a ganhar a esse”. E estava. Algo que mudou passadas algumas músicas quando já toda a frente do palco se mexia ao sabor dos empurrões saudáveis de um concerto rock e do crowdsurfing. Pedro Geraldes avisou e cumpriu “se me agarrarem eu vou!”, e ele foi. Havendo até espaço para um abraço a um fã em pleno “vôo”.

20180215 - Concerto - Linda Martini Apresentação Novo Disco @ Lux Frágil

Os temas deste último disco são fortes, crus e ao mesmo tempo sensíveis, atravessando espectros sonoros que tanto carregam nas distorções (p.e. “Quase Se Faz Uma Canção”) como pegam num tom mais dançante (p.e. “É Só Uma Canção”). A emoção é a de libertação, a catarse através da música em que as letras e a voz de André Henriques tomam um papel mais preponderante e muito bem-vindo. Pela reacção do público, “Boca de Sal” e “Gravidade”, os singles lançados, mostraram que já se tornaram temas de referência. Foi uma noite muito bonita em que também houve tempo para as aclamadas “Belarmino Vs.”, “Lição de Vôo Nº1” (que a banda já não tocava há algum tempo, mas que é sempre arrepiante), “As Putas Dançam Slow” (tema que pouco tocam ao vivo, mas que será sempre dos meus preferidos), “Amor Combate”, “Putos Bons” e a incontornável “Cem Metros Sereia”.

Os Linda Martini são aquela banda que, tenham noção disso ou não, tocam no âmago de muitos e têm marcado todas as gerações que os ouvem. Resta-me esperar que venham mais quinze anos recheados de boa música e que nunca percam esta essência que os caracteriza que é serem eles mesmos naquilo que fazem, sem merdas.

20180215 - Concerto - Linda Martini Apresentação Novo Disco @ Lux Frágil

Alinhamento:

Semi Tédio dos Prazeres

Caretano

Boca de Sal

Panteão

Belarmino Vs.

Quase Se Fez Uma Casa

Febril (Tanto Mar)

É Só Uma Canção

Lição de Vôo Nº 1

Domingo Desportivo

Cor de Osso

Unicórnio de Sta. Engrácia

Gravidade

Se Me Agiganto

As Putas Dançam Slows

Amor Combate

Putos Bons

Cem Metros Sereia

Texto: Sofia Teixeira | BranMorrighan

Fotografias: Luís Sousa

PS Extra BranMorrighan: Não fosse ter começado a acompanhar as bandas da Omnichord Records e os Linda Martini seriam a banda portuguesa que mais vi ao vivo. Entraram no meu imaginário (e na minha realidade) há mais de uma década através de uma pessoa muito especial. Foram das primeiras bandas, senão a primeira, com a qual me identifiquei. Como só a vida tem esse condão, a evolução dos seus trabalhos coincidiu grandemente com o meu crescimento em vários contextos e os seus primeiros discos foram autênticas bandas sonoras para alturas tanto de êxtase como outras mais difíceis, umas mais que outras. É-me, por isso, sempre difícil escrever sobre os Linda Martini, parece que nunca vou fazer jus ao quanto já me acompanharam, mesmo sem alguma vez terem noção disso. Linda Martini, este novo disco homónimo, na sua identidade única traz também um pouco do passado, mas realçando o presente agora numa visão mais madura. E tem sido incrível crescer tendo-os a fazer música. O meu obrigada. 

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[Reportagem] The Legendary Tigerman e Linda Martini numa noite emotiva a 360 graus https://branmorrighan.com/2017/12/reportagem-legendary-tigerman-e-linda.html https://branmorrighan.com/2017/12/reportagem-legendary-tigerman-e-linda.html#respond Thu, 28 Dec 2017 23:08:00 +0000 Fotografia @nashdoeswork

Foi há exactamente uma semana que se viveu uma das noites mais bonitas do ano, no que toca à música portuguesa. Linda Martini e The Legendary Tigerman andaram em digressão – “Rumble in the Jungle” – naquele que foi o combate musical do ano, quem sabe da década. O conceito é inspirador. Dois projectos que à primeira vista poderiam não ter assim tanto em comum, pelo menos na minha opinião, conseguem assim quebrar barreiras e preconceitos. A paixão pela música sempre foi o que moveu a maior parte dos artistas. É o resultado da partilha dessa paixão com quem os ouve que faz com que existam momentos, concertos, memoráveis. A música salva vidas, a música serve de banda sonora e também consolo/confronto com os nossos ideais, pensamentos e sentimentos. O rock sempre foi um meio para um fim. Um catalisador para a catarse. E é no auge dessa catarse que músico e ouvinte se tornam um só, numa extensão do outro. Já vi vários concertos de ambas as bandas e, confesso, no seu todo este concerto não foi dos mais arrebatadores, mas teve momentos em que aquela magia especial foi operada: em que a catarse se sobrepôs a tudo e de alguma maneira a efemeridade do que nos rodeia ganhou forma e emoções intensas.

The Legendary Tigerman, um dos projectos nacionais mais notáveis muito graças à personalidade em palco de Paulo Furtado, fez as honras da casa, iniciando as três horas de concerto com “Wild Beast”, seguido de “Storm over paradise”, recordando-nos de True, o disco que lançou em 2014 e que tanto sucesso teve pela estrada. No entanto, o concerto foi, maioritariamente, para mostrar o seu mais recente trabalho – Misfit. Estava previsto sair só em 2018, mas inesperadamente e deliciosamente, o músico português disponibilizou o disco uns dias antes do concerto no Coliseu. Este é um disco especial e, para mim, um dos discos do ano. Há um toque de vertigem visceral enquanto o percorremos. O primeiro tema deste novo trabalho mostrado no Coliseu foi “The Saddest Girl On Earth”, que contou com a presença feminina de Cláudia Guerreiro. Foi um tema que contou com aquele carisma especial que referi há pouco. Quem já viu TLT ao vivo, certamente já se deslumbrou com a sua energia, com a empatia e ferocidade que partilha com João Cabrita, Paulo Segadães e agora, mais recentemente, com Filipe Rocha. Cada palco que TLT pisa já é, em si mesmo, uma espécie de ringue de provocações, garra e sorrisos à mistura. Desta vez pudemos ver isso tudo partilhado, em algumas canções, com os Linda Martini. Seguiu-se “Child of Lust”, tema de Misfit, para logo a seguir Hélio Morais se juntar em palco e fazer a voz feminina de “These Boots Are Made For Walkin’”, do álbum Femina. Aproximavamo-nos daquele que foi, para mim, um dos grandes momentos da noite. Depois de sermos injectados com o tema que abre Misfit, “Motorcycle Boy,” somos abalroados, pelo menos emocionalmente, com “Black Hole”. É um dos meus temas preferidos do disco. Ou tornou-se, depois de o ver ao vivo. Paulo Furtado chamou ao palco André Henriques e Pedro Geraldes e o que é certo é que os seis presentes em palco deram toda uma outra dimensão a este tema. Não sei que emoções assolaram a alma de Paulo Furtado quando a compôs, mas ao vivo foi um dos momentos musicais mais bonitos e sentido que já presenciei. “You gotta hold me” tornou-se numa espécie de hino. Houve ainda espaço para clássicos como “Naked Blues”, “Gone” e “Dance Craze”, e “I Finally Belong To Someone” e “Fix of Rock’n’Roll” do novo disco. Esta última canção, a penúltima do concerto de TLT, juntou as duas bandas em palco, celebrando o rock de forma enérgica e explosiva. Coube a “Twenty First Century Rock’n’Roll” elevar ainda mais a fasquia e fechar assim a primeira parte da noite.

Ora bem, os Linda Martini são uma banda muito especial para mim. Acompanho-os há mais de uma década, já os vi nas mais diversas salas e festivais, o que quer dizer que pertenço àquela geração dos moshs bravios, dos coros até os pulmões saltarem fora, do vislumbre de ter uma banda portuguesa que tão bem expressava as emoções enquanto adolescente e jovem-adulto. Os corações partidos, as revoltas, as injustiças políticas, tudo teve a sua evolução ao longo tempo e a sonoridade dos Linda Martini tem acompanhado esse crescimento, nosso enquanto fãs, mas muito mais deles enquanto músicos e cidadãos. E essa consciência está presente desde o início do concerto, com os temas “Panteão” e “Ratos”, de Turbo Lento. Seguiu-se um dos novos temas, com o saxofone de João Cabrita a acompanhar “Boca de Sal”. O novo disco dos Linda Martini vai sair já em 2018 e a revelação deste tema e de “Quase se fez uma casa” fez mesmo as delícias dos fãs. Lembram-se do single lançado em 2015, “Dez Tostões”? Tivemos direito a esse tema e ainda com o bónus da presença de Paulo Furtado. Passámos ainda por temas como “Putos Bons” e “O dia em que a música morreu” antes de chegarmos ao clássico “Amor Combate” que colocou o Coliseu, bem preenchido apesar de longe de esgotar, a cantar em uníssono. O ritmo continuou com “Unicórnio de Sta Engrácia” e depois chegou o belo tema “Belarmino”, que como a banda disse muito bem, pouco tem a ver com uma luta em estilo de combate, mas que ainda assim nos dá uns socos valentes no âmago. O disco Casa Ocupada é, ainda hoje, um dos meus preferidos e, sem dúvida, um dos que mexeu mais comigo. Segadães sobe ao palco no tema seguinte e a emoção na voz de André é notória quando declara o quão inspirador este foi para si e para a banda. Anteriormente, Segadães já tinha declarado o orgulho neste quarteto que viu crescer desde o início do projecto, reforçando assim o porquê de toda esta simbiose ser inspiradora e, espero eu, um ponto de partida para que mais iniciativas deste género, não necessariamente iguais, possam surgir. A noite fecharia com palco cheio ao som de “Cem Metros Sereia”, seguida de “Gravidade”.  E o incrível é mesmo isto: duas bandas com públicos potencialmente bastante distintos juntaram-se para unir e cruzar estilos rock que tanto influenciam as vidas de quem os ouve e segue. Foi bonito de se ver.

Fotografias @nashdoeswork

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The Legendary Tigerman e Linda Martini levam ronda final de Rumble In The Jungle ao Coliseu dos Recreios https://branmorrighan.com/2017/11/the-legendary-tigerman-e-linda-martini.html https://branmorrighan.com/2017/11/the-legendary-tigerman-e-linda-martini.html#respond Thu, 09 Nov 2017 15:55:00 +0000

No dia 21 de Dezembro, o Coliseu dos Recreios, em Lisboa, recebe o último concerto-combate de Rumble In The Jungle, a digressão inédita que junta os dois pesos-pesados do rock português – The Legendary Tigerman e Linda Martini. Os bilhetes para um dos grandes e últimos concertos de 2017 encontram-se esta sexta-feira, 3 de Novembro, à venda, nos locais habituais.

De 29 de Novembro a 21 de Dezembro, Rumble In The Jungle percorre o país de norte a sul, com 8 rondas em clubes e uma última na arena do Coliseu de Lisboa. Cascais, Braga, Viseu, Leiria, Porto, Coimbra, Alpendrinha, Évora e Torres Vedras são as cidades que acolhem Rumble in The Jungle, com vários concertos prestes a esgotar.

Rumble in The Jungle foi imortalizado na história do Boxe como o combate entre Muhammad Ali e George Foreman, no Zaire, a 29 de Outubro de 1974, que após 8 rounds finalmente consagrou Muhammed Ali vencedor. Nesta tour, Linda Martini e The Legendary Tigerman homenageiam cada um desses assaltos, não jogando boxe, mas sim rock – suado, com a vertigem e o peso que caracterizam as duas Bandas.

Linda Martini e The Legendary Tigerman editam novos trabalhos em 2018, até lá, senhoras e senhores, sejam bem-vindos a Rumble in The Jungle.

Façam as vossas apostas. Quem ganha somos nós.

A equipa dos Homens-Tigre está no seu pico de forma para este encontro de Titãs. Mal podemos esperar.

Rock´n´Roll!!

The Legendary Tigerman

O combate do século! O Tigre e a turma que se cuidem. Estamos no ginásio a ensaiar truques novos e vamos com tudo para cima deles! Apareçam ou arrependam-se por toda a eternidade.

Linda Martini

INFORMAÇÃO DE BILHETEIRA


Coliseu dos Recreios – 21 de Dezembro 

Plateia de pé / Balcão / Galeria de pé: 18€

Abertura de Portas: 21H00

Início de Espectáculo: 22H00


Bilhetes à venda em bol.pt  e nos locais habituais.

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Linda Martini apresentam “Sirumba” dia 3 de março no Hard Club, no Porto https://branmorrighan.com/2017/01/linda-martini-apresentam-sirumba-dia-3.html https://branmorrighan.com/2017/01/linda-martini-apresentam-sirumba-dia-3.html#respond Fri, 13 Jan 2017 17:34:00 +0000


Linda Martini


Apresentam “Sirumba” dia 3 de março no Hard Club, no Porto.

Cerca de um ano depois da edição de “Sirumba” e da estreia retumbante no palco do Coliseu de Lisboa, os Linda Martini apresentam-se, finalmente, no Porto. Promessa feita aos muitos fãs que do norte do país lhes exigiam a presença, agora cumprida, no próximo dia 3 de Março, no Hard Club.

“Sirumba”, elogiado pela critica levou, pela primeira vez os Linda Martini ao 1.º lugar do top de vendas nacional e torna-os repetentes no título de melhor disco português (2016) para os leitores da Blitz.

Na ressaca do espectáculo de apresentação, em Abril do ano passado, o jornalista da Blitz, Rui Miguel Abreu, escrevia: “Não foi à terceira, é a quarta. O álbum número quatro na conta pessoal dos Linda Martini, Sirumba, mereceu apresentação no Coliseu dos Recreios de Lisboa, verdadeira instituição da música ao vivo no nosso país que durante anos foi a sala que mais imediatamente traduzia consagração na carreira de qualquer artista. (…) Esta noite foi a vez dos Linda Martini ascenderem a essa divisão.”

“(…) Ao longo de quase duas horas, os Linda Martini soaram coesos, como se fossem mesmo só um, eles e o público, que os conhece de ginjeira e os trata como se não houvesse distância entre o palco e a plateia, como se fossem todos membros do mesmo clube ou da mesma família. Parece que se chama “pertença” a isso. Há um grupo que se entrega e um público que se rende. O rock não é muito mais do que isto: canções que tocam num qualquer nervo geracional e que até podem nem ser entendidas por quem está de fora, mas que têm uma força desmedida. Não se explica, como não se explica, tal como referido em cima do palco, como um nome de uma banda discutido numa cozinha de Massamá hoje encha as bocas e os corações de tanta gente.”

Dia 3, é no Porto. 

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[Diário de Bordo] O meu autismo no NOS Primavera Sound 2016 https://branmorrighan.com/2016/06/diario-de-bordo-o-meu-autismo-no-nos.html https://branmorrighan.com/2016/06/diario-de-bordo-o-meu-autismo-no-nos.html#respond Sat, 18 Jun 2016 13:40:00 +0000

Olá olá, bem sei que estou um bocadinho atrasada para escrever sobre o NOS Primavera Sound, mas foi chegar a Lisboa e ter exames para vigiar e corrigir, uma série de contratempos pessoais e profissionais, mas nada a que não se sobreviva para contar. E a partir daqui apenas falarei do NOS Primavera Sound 2016 e do orgulho que foi ver os portugueses a darem concertos bem melhores que outros grandes nomes e de como Sigur Rós, Savages, Protomartyr, Car Seat Headrest, Explosions in The Sky e Moderat fizeram o meu festival no que toca a bandas internacionais.

Mas comecemos pelo que é nacional, ou seja, pelos Sensible Soccers, White Haus e Linda Martini, em que os dois primeiros abriram o palco Super Bock nos dias 9 e 10 e os últimos o palco NOS no dia 11.

Sensible Soccers

Cheguei um pouco antes das 17h e, sendo o primeiro dia, não pude deixar de ficar surpreendida com a quantidade de gente já pronta para os ver. Ao início mais tímidos, sentados na relva, entretanto de pé e a dançar. Confesso, ver Sensible Soccers em ambiente de festival não é o meu formato preferido, mas o facto de Vila Soledad, o disco que têm andado a apresentar pelo país, ser mais electrónico que o anterior, ajuda a que haja uma maior envolvente entre banda e público. O espectro musical sendo mais alargado, também não dispensa os tons orgânicos da guitarra e do baixo, que complementam a atmosfera sublime e psicadélica que é muitas vezes gerada. Para meu deleite e de tantos outros, a AFG, tema que nos conquistou no disco anterior, também não faltou. E lá está, não há como resistir aos sorrisos e cumplicidade trocados em palco, à forma carinhosa como a banda trata sempre os seus fãs. Tivessem tocado à noite e de certeza que iriam ter público cheio e reacções ainda mais emotivas.

White Haus

Este é projecto que muito pouco tem a provar. Já os vi umas quantas vezes ao vivo e o à vontade, a confiança e a provocação em palco assenta-lhes lindamente. Neste concerto tiveram a estreia de João Doce na percussão, e mesmo sendo provocado várias vezes pelos colegas por um potencial nervosismo, saiu-se lindamente. Já todos o conhecemos de tocar com o Tó Trips, e vê-lo neste contexto mais electrónico em nada lhe fica mal, pelo contrário, a sua energia é um bom complemento ao quarteto habitual White Haus. João Vieira, a cara do projecto, mostra uma experiência notável ao animar um público que costuma ser claramente noturno. Calhou um sol radiante e uma luz quentinha, mas qualquer hora é boa para dançar e, perdoem-me o à parte, existem poucas artistas mais sensuais do que a Graciela em palco. Juntamos a segunda dose de NOS Primavera Sound do André Simão e não podemos não ficar com a impressão que aquele palco era apenas mais uma casa para este conjunto de artistas.

Linda Martini

São a banda portuguesa que mais vezes vi ao vivo. São também a banda portuguesa que sigo há mais anos, ainda era eu uma adolescente meia perdida (será que alguma vez nos encontramos verdadeiramente?). Talvez por isso tenha sentido este último concerto mais morno. Sirumba é um disco que, sendo recente, ainda não aqueceu as gargantas dos seus fãs e isso nota-se claramente quando são tocadas músicas mais antigas, em que a exaltação se faz notar de sobremaneira e as letras estão na ponta da língua. É claro que já se tornaram numa banda de culto, com mais de 10 anos de existência é o palco principal que abrem, já em Paredes de Coura foi assim (um dos melhores concertos que vi deles, se não o melhor), e é-lhes reconhecida a excelência de quem faz o que faz por gosto, a seu tempo e com a devida segurança e confiança. Não faltou o crowdsurfing final de Geraldes e Hélio, que careceu na apresentação no Coliseu de Lisboa, e o concerto fechou-se como sempre, em festa.

Explosions in the Sky

Sigur Rós, Savages, Protomartyr, Car Seat Headrest, Explosions in The Sky e Moderat

Podia mencionar muitos outros nomes por aqui, mas a verdade é que se não o faço foi porque ou me desiludiram ou me foram completamente indiferentes. Eu sei que nos festivais a probabilidade de uma banda de quem gostamos nos desiludir é grande, afinal os concertos em festivais são sempre voláteis, muito dependentes também de quem nos rodeia, e daí o título deste post. Andei armada em autista na grande maioria do NOS Primavera Sound. Tinha dezenas de amigos espalhados pelo festival, mas não seria raro ou de estranhar ver-me afastada, ou só com uma ou duas pessoas, num qualquer posicionamento mais estratégico para ver determinado concerto. Agora que penso nisso, tive apenas três pessoas que, intercaladas, me foram acompanhando (ou que eu acompanhei) nesta selecção de concertos que não queria perder.

Comecemos com Sigur Rós, logo no primeiro dia. Quando li os relatos pelas redes sociais (que começo a abominar cada vez mais) rapidamente percebi que todos pareciam ter estado em concertos completamente diferentes. Eu, muito bem acompanhada pela Melissa e pelo Bernardo, estivemos muito bem posicionados, perto do palco numa zona central, e soubemos aquietar e silenciar o pouco povo que decidia abrir a boca durante o concerto. Uma banda como Sigur Rós não pede um concerto ao ar livre, mas eles souberam como compensar enchendo o palco de uma artilharia material e de luz proeminentes. Foi dos concertos que mais mexeu comigo, mas também foi a primeira vez que os vi ao vivo. Sei que faltava pelo menos o teclista em palco, mas mais uma vez não senti o palco vazio ou sequer falta de energia a vir de lá. Pelo contrário, o vocalista de alguma maneira esmerou-se e ultrapassou o seu habitual recolhimento para chegar mesmo a provocar o público em alguns momentos da actuação.

Protomartyr e Car Seat Headrest foram duas bandas que conheci graças ao João Pedrosa. Tanto me provocou que lá o segui e a verdade é que ele tinha mesmo razão. Foram dois concertos do caraças, ambos no palco Pitchfork. Fiquei surpreendida, principalmente com os segundos, por terem tanto público à sua espera. Melhor, sabiam as letras e os Car Seat Headrest chegaram mesmo a dizer que Barcelona podia ter tido o dobro do público, mas que no Porto eram o dobro no entusiasmo e no feedback que se fez sentir. Aqui ficam duas bandas anotadas para atenção futura.

Mas não nos adiantemos demasiado porque ainda me faltam as Savages no segundo dia que mais uma vez deram um concertão. Não sei bem de que material são feitas aquelas três mulheres, mas só conseguia pensar que quem me dera andar com elas na estrada, conhecer as suas histórias e de como se tornaram esta máquina bem oleada que, por mais vezes que as veja ao vivo, nunca me desiludiram. A vocalista ainda defendeu uma eventual prestação menor, alegando que se aleijou nas costas recentemente, mas qual quê. Atirou-se ao público e deu o que tinha a dar e nós só podemos ficar gratos por tamanha entrega. Nos dias de hoje a distância entre o palco e o público parece ser formada por uma qualquer camada fina de gelo, mas neste concerto a única coisa que se sentiu foi um fogo capaz de domar qualquer um. Claro que uma das consequências foi depois não ter conseguido ficar muito tempo no concerto de PJ Harvey que não foi muito mais do que uma encenação. O facto de nem numa guitarra ter pegado mostra que os seus dias dourados já passaram, fica aquela ligação ao seu eu mais antigo.

Moderat

Último dia do NOS Primavera Sound e depois de Linda Martini e de Car Seat Headrest, veio a espera de hora e meia na grande do palco Super Bock para ver Explosions in The Sky. Sim, aconteceu. Não me lembro de alguma vez o ter feito, nem quando era miúda e comecei a ir aos festivais. Mas aos 28 anos, e depois de ter perdido algumas oportunidades de os ver, tal aconteceu. E este é outro concerto que causa alguma discordância entre quem o viu, mas que a mim pareceu-me só do melhor que já vi. Mas eu sou suspeita. Sou daquelas pessoas em que a Your Hand in Mine foi banda sonora de umas das separações mais difíceis da minha vida, que tantas outras músicas foram o bálsamo para inúmeras e diversas situações ao longo dos últimos dez anos.

Por fim, Moderat. Para quem não conhece, Moderat é o projecto de Sascha Ring, Apparat, com os membros de Modeselektor. Conheci Apparat há cerca de oito ou nove anos e ainda só tinha tido a oportunidade de ver o Sascha a solo no Super Bock Super Rock em 2012. Na altura tocou a Rusty Nails e uma ou outra do projecto com Moderat, mas só agora no NOS Primavera Sound é que pude testemunhar o poderio deste trio. III, o último disco de Moderat, tem sido um vício constante – acho que qualquer dia chego ao carro e o disco já não toca por exaustão. Sendo o último concerto do NOS Primavera Sound no palco principal, tive algum receio que os três não fossem suficientes para entusiasmar o público, mas pelo que pude testemunhar saíram de lá com bem mais fãs do que com que entraram. O concerto contou com um espectáculo de luzes e de imagens forte, não faltou a abordagem mais orgânica à guitarra e ao baixo, o Sascha é uma caixinha de surpresas, e se tinha medo de ficar desiludida, a verdade é que saí de lá com um bruto sorriso nos lábios.

Ambiente

Abençoado NOS Primavera Sound e o reforço das casas de banho. Não encontrei uma única fila o festival inteiro. A zona da restauração foi reforçada com novas instalações sanitárias e a própria oferta alimentar era variada o suficiente para não me ter deparado também com grandes filas para comer. Não há como não gostar do recinto. O Parque da Cidade do Porto é dos sítios mais bonitos do nosso país e dada a disposição dos palcos tanto podemos desfrutar de um concerto sentados, como de pé e podemos circular sem andarmos aos tropeções e aos encontrões. Não vou cair naquela mania de falar do tipo de público que frequentou o festival, talvez porque andei os três dias muito abstraída disso mesmo. Acho que cada vez mais os concertos e os festivais, se quisermos tirar alguma coisa deles, tem de ser uma experiência pessoal. Só saquei do telemóvel para uma ou outra fotografia no final dos concertos que mais me marcaram e nem foi em todos. Ou seja, quis viver e sentir sem ter de me preocupar com isto ou aquilo ou aquele ou o outro. Daí a falta de fotografias neste post, mas basta irem ao Facebook do NOS Primavera Sound e por lá não faltarão, com certeza, fotografias de tudo e mais alguma coisa. Mais uma excelente experiência num dos únicos festivais dos quais ainda tiro um prazer genuíno. 

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Linda Martini com álbum HOJE e Coliseu de Lisboa AMANHÃ https://branmorrighan.com/2016/04/linda-martini-com-album-hoje-e-coliseu.html https://branmorrighan.com/2016/04/linda-martini-com-album-hoje-e-coliseu.html#respond Fri, 01 Apr 2016 20:03:00 +0000

“Sirumba”: 1 de Abril | Coliseu de Lisboa: 2 de Abril

“Sirumba”, o novo disco dos Linda Martini, ficou hoje disponível em todas as plataformas (físicas e digitais), e é já amanhã o seu momento da estreia no Coliseu de Lisboa. Hei-de conseguir falar sobre este disco com mais tempo e de forma mais apaixonada – esta banda portuguesa foi das primeiras a marcar a minha adolescência e sem dúvida o início da minha idade adulta, sendo que se tornou uma referência incontornável já para umas quantas gerações – mas para já deixo-vos com as informações oficiais. Claro que as reacções têm sido excelentes e claro que a minha estadia em França, era lá que estava a 25 de Março quando o disco ficou disponível no Spotify, se tornou muito mais rica naqueles potenciais momentos silenciosos de hotel. Amanhã lá estarei no Coliseu. Se também forem, digam “Olá!” 🙂 

“Empenhados no presente, os Linda Martini têm tudo para continuar a vingar no futuro”

Lia Pereira (Blitz / ****)


“Talvez nunca antes tenham os Linda Martini estado tão perto de se abrir despudoradamente às canções”

Gonçalo Frota (Público Ipsilon / ****)


“Que ninguém ouse prende-los, estes ladrões (LM) fariam falta”

Miguel Branco (Jornal I / ****)


“(Sirumba) mostra o quarteto de Lisboa mais seguro que nunca”

Mário Rui Vieira (Expresso)


As primeiras audições de “Sirumba” estão a conquistar público e imprensa. Os comentários nas redes sociais juntam-se em uníssono à voz que chega da imprensa nacional: “Sirumba” é dos discos mais valiosos de 2016. O single “Unicórnio de Santa Engrácia” já tinha revelado que o novo álbum trazia um naipe impar de canções.


Agora é altura de descobrir o disco que fica disponível a partir de 1 de Abril e que é apresentado oficialmente no dia 2 de Abril, em Lisboa, no Coliseu dos Recreios.


As pré-vendas do álbum estão disponíveis em vários pontos. Na Fnac, os fãs fãs podem adquirir uma t-shirt exclusiva, apenas disponível até dia 31 de março e limitada ao stock existente. “Sirumba” estará disponível também em Vinil. No itunes, quem encomendar o álbum recebe imediatamente os temas “Unicórnio de Sta. Engrácia” e “Sirumba”.

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E agora, o que se segue? [Diário de Bordo XLVII] I Broke Google! Uma Semana de Loucos, Episódio Infinito https://branmorrighan.com/2015/03/e-agora-o-que-se-segue-diario-de-bordo_13.html https://branmorrighan.com/2015/03/e-agora-o-que-se-segue-diario-de-bordo_13.html#respond Fri, 13 Mar 2015 20:00:00 +0000

Isto de fazer um doutoramento tem tanto de desafiante como de frustrante. Pelo menos ao início, digo eu, que estou inscrita desde Setembro e há muito tempo que não me sentia tão sem rumo no que à investigação científica diz respeito. Enquanto fiz parte de projectos concretos, o objectivo estava definido, a forma como lá chegávamos é que podia ser mais ou menos linear. Com o doutoramento, até esse chão desaparece e vamos deambulando por ideias e especulações que boa parte das vezes não dão em nada. 

Mas há que não desmotivar! Há que pensar que havemos de encontrar um significado na vida e que tudo vai correr bem! Ahahah, pois, bem sei, devo estar a soar um pouco lunática, mas estão a ver aquela primeira imagem inicial? É o resumo da minha semana de trabalho. Há uns meses sugeriram-me que trabalhasse com uma plataforma nova, de uma área da informática que andei a evitar estes anos todos, mas como o desafio até me poderia vir a ser útil no futuro lá comecei a trabalhar nisso. Resultado? Devia ter entregue um trabalho em Janeiro e, depois das idas aos hospitais e de todos os azares, quando lá consegui avançar como deve ser, eis que quando passo de pequenos casos de teste para testes em larga escala tudo deixa de funcionar. Erros que não aparecem quando pesquisamos no google, coisas que não fazem sentido nenhum, e como não conheço nem mais uma pessoa que trabalhe nisto… Bem vinda ao mundo encantado da descoberta frustrada, do cai-levanta-volta-a-cair-volta-a-levantar… 

Existe o reverso da medalha que é, nestas alturas dou graças aos deuses de ter o basquetebol e aqui o BranMorrighan porque entre comer toneladas de chocolate (o que acontece com muita frequência) e bater com a cabeça nas paredes (este já no sentido figurado), de vez em quando posso dar uma escapadela aqui perto e ir conversar sobre coisas mesmo fixes com pessoal interessante e que de alguma maneira acaba por ter um papel no meu dia-a-dia. 

Com Linda Martini – Fotografia Nuno Capela

Para vocês terem noção, por exemplo, à Segunda-feira dou duas aulas, tenho uma reunião do corpo docente, tenho de viajar até Oeiras, ter uma aula no Taguspark pelas 18h e com isto tudo só termino o meu dia pelas 22h na Póvoa de Santa Iria, se tiver sorte. Poderia descrever o resto da semana, mas não vale a pena, é sempre tudo assim na correria. Entre estas correrias, e porque andei a recusar entrevistas durante muito tempo – julguei mesmo que Março ia ser mais calmo e que poderia retomar todas as outras actividades descontraidamente -, esta semana estive à conversa com três projectos musicais e ainda dei uma escapadela para ir à apresentação da Manuela Gonzaga. Tudo a uma distância pedonal, ou quase, que começou com a Rita Braga na Segunda-feira, Linda Martini e We Trust na Quarta. Claro que Quinta-feira mal me mexia e o raio do trabalho continuava a aumentar a minha frustração, mas com estes pequenos escapes a coisa fica mais suportável.

As entrevistas correram todas muito bem, a Rita é um amor de pessoa, os Linda Martini são uma banda icónica para mim, que tanto tenho acompanhado e que, por fim, tive a oportunidade de falar cara a cara com eles, o André (We Trust) tem uma boa disposição contagiante, um optimismo admirável e um sotaque que me faz sentir saudades de casa (Porto)! A apresentação do Xerazade da querida Manuela Gonzaga foi muito bonita, momentos muito emotivos e a energia foi muito positiva, muito carinhosa em torno de uma autora que já me é muito querida. Foi excelente rever ainda o nosso Samuel Pimenta e a Margarida Ferra. 

Com Manuela Gonzaga e Samuel Pimenta – Fotografia Margarida Ferra

Não querendo cair no erro de me tornar repetitiva, mas porque nunca sei o que passa na cabeça das pessoas quando me contactam, quero apenas reforçar a realidade de que o BranMorrighan não me dá um ordenado ao final do mês, não me pagam para fazer entrevistas, tirar fotografias ou escrever opiniões. Eu adoro a liberdade que o blogue me dá para fazer o que bem entender, mas é necessário que também exista compreensão do lado de quem pede e espera intervenção. Um exemplo prático é que só ontem consegui transcrever uma entrevista que foi feita há quase cinco meses. Cinco meses! Só que a vida é feita de momentos imprevisíveis e nem sempre reunimos as condições que precisamos para avançar com os projectos que desejamos. Pedirem-me prazos é, neste momento, algo irreal. Eu sou aluna de doutoramento, professora universitária, tenho o campeonato de basquetebol e o que poderia ser uma questão de “ah, mas tu queres é tudo e depois não consegues é nada!” é antes uma necessidade de “só me sinto completa com cada uma destas coisas, mas vão haver alturas em que vou ter de sacrificar umas mais que outras”. Só com este balanço é possível manter tudo e, portanto, é normal que as ondas oscilem. Uma coisa é certa, só uma delas me dá dinheiro e essa será sempre prioridade. 

Por fim, e porque tenho de ir treinar daqui a nada, deixo-vos o lembrete deste magnífico projecto que tive a honra de organizar. A colectânea “Desassossego da Liberdade” já está em crowdfunding e à vossa espera para se tornar uma realidade. Podem ler tudo sobre o projecto e apoiar aqui: http://ppl.com.pt/pt/livros-de-ontem/desassossego-da-liberdade

Contos de Carla M. Soares; Manuel Jorge Marmelo; Nuno Nepomuceno; Pedro Medina Ribeiro e Samuel Pimenta.

Autores convidados: David “Noiserv” Santos e Guillermo de Llera Blanes.

Autores vencedores: André Mateus; Cláudia Ferreira; Eduardo Duarte; Márcia Balsas e Márcia Costa.

Capa: João Pedro Fonseca

Organização: Sofia Teixeira

Editora: Livros de Ontem

Uma ajuda a partir de 5€ garante, pelo menos, o nome na página de agradecimentos do livro e vai ser muito bom ver-vos por lá, afinal o livro vai ser mesmo de todos os que apoiarem! 

Grande beijinho a todos e até ao próximo Diário de Bordo! 

PS: Para a semana são as finais universitárias, tudo a torcer pelo I S T ! :)) 

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Linda Martini reedita primeiros trabalhos em CD e Vinil e faz Temporada no Musicbox https://branmorrighan.com/2015/01/linda-martini-reedita-primeiros.html https://branmorrighan.com/2015/01/linda-martini-reedita-primeiros.html#respond Wed, 07 Jan 2015 17:47:00 +0000

Os fãs de Linda Martini podem, finalmente, respirar fundo. Conheceram-nos depois de sair o Marsupial? Ou o Olhos de mongol? Nunca conseguiram arranjar esses discos? Pois bem, preparem-se que as reedições vêm aí e os concertos em tom de revisita também! 

Até ao “Casa Ocupada”, a banda nunca tinha feito tiragens muito grandes das suas edições, o que fez com que, quem os acompanha desde essa altura, não tenha tido a oportunidade de comprar os discos anteriores. Com a intenção de mudar anuncia-se para Março as reedições de “Linda Martini” + “Marsupial” – VINIL (duplo); “Olhos de mongol” – CD & VINIL e “Casa Ocupada” – CD & VINIL.

Para promover estas reedições, os Linda Martini vão fazer uma série de 6 espetáculos, com particular atenção para os 3 concertos de Lisboa. No Musicbox, os Linda Martini vão fazer algo especial, uma vez que vão interpretar, na íntegra, as três reedições, uma em cada dia. Os bilhetes são diários, custam 10€ e estão à venda, a partir de hoje, na Bilheteira Online.

As datas em baixo:

19 Mar – Teatro de Vila Real, Vila Real (estreia)

20 Mar – Teatro Municipal da Guarda, Guarda (estreia)

21 Mar – Teatro Aveirense, Aveiro (estreia)

26 Mar – Musicbox, Lisboa (“Linda Martini” + “Marsupial”)

27 Mar – Musicbox, Lisboa (“Olhos de mongol”)

28 Mar – Musicbox, Lisboa (“Casa ocupada”)

Facebook Linda Martini

Mais sobre os Linda Martini no Morrighan: 

http://www.branmorrighan.com/search/label/Linda%20Martini

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[Foto Reportagem] Linda Martini, no Arraial do Técnico – Parte I https://branmorrighan.com/2014/10/foto-reportagem-linda-martini-no.html https://branmorrighan.com/2014/10/foto-reportagem-linda-martini-no.html#respond Sun, 19 Oct 2014 17:20:00 +0000

Fotografias por Nuno Capela

Linda Martini foi uma das bandas presentes no Arraial do Técnico de 2014 e, como tal, não podia deixar de estar presente. Convenci um grande amigo meu, fotógrafo, que também os adora, a ir comigo e, como eu ando mais do que ocupada, aqui ficam as suas fotografias. As minhas, sairão mais tarde. Adoro o trabalho do Nuno e dado que ele raramente fotografa concertos, desafiei-o a fazê-lo no Arraial. Fiz bem, não fiz? Até breve! 

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