Lotus Fever – Bran Morrighan https://branmorrighan.com Literatura, Leitura, Música e Quotidiano Mon, 28 Dec 2020 05:28:25 +0000 pt-PT hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.8.3 https://branmorrighan.com/wp-content/uploads/2020/12/cropped-Preto-32x32.png Lotus Fever – Bran Morrighan https://branmorrighan.com 32 32 [Foto Reportagem] Lotus Fever apresentaram “Still Alive For The Growth” no Musicbox Lisboa https://branmorrighan.com/2016/12/foto-reportagem-lotus-fever.html https://branmorrighan.com/2016/12/foto-reportagem-lotus-fever.html#respond Thu, 01 Dec 2016 17:48:00 +0000

Fotografias de André Reis

Os Lotus Fever lançaram recentemente o seu segundo disco de originais e andam a apresentá-lo pelo país. Ontem calhou à capital recebê-los no emblemático Musicbox Lisboa (que começa hoje as comemorações do seu 10º Aniversário, Parabéns!). Claro que sou suspeita, afinal sou eu que lhes ando a marcar os concertos, mas que foi um do caraças, lá isso foi, sim senhor! Tem sido bonito vê-los crescer e conquistarem de forma tão genuína quem os vê. Não terá sido em vão que várias vezes o público, casa cheia, fez de coro à banda. O disco está firme nas ideias e na sonoridade, as referências já só são isso mesmo, pois a identidade da própria banda destaca-se cada vez mais. Brevemente sairão as reportagens, fiquem atentos e sigam-nos em: https://www.facebook.com/LotusFever/

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[AGENDA] HOJE – Lotus Fever apresental “Still Alive For The Growth” no Musicbox Lisboa https://branmorrighan.com/2016/11/agenda-hoje-lotus-fever-apresental.html https://branmorrighan.com/2016/11/agenda-hoje-lotus-fever-apresental.html#respond Wed, 30 Nov 2016 11:30:00 +0000 https://www.facebook.com/events/1792635510997070/

Os Lotus Fever são Pedro Zuzarte, Diogo Teixeira de Abreu, Manuel Siqueira e Bernardo Afonso. A 18 de Novembro lançam o tão aguardado segundo álbum, “Still Alive for the Growth”, depois do seu primeiro trabalho ter sido considerado como um dos melhores álbuns nacionais do ano de 2014.

O disco foi gravado, misturado e masterizado no estúdio da banda por Bernardo Afonso e Lotus Fever, no Verão de 2016. As composições são integralmente da autoria do quarteto lisboeta e as letras são escritas por Pedro Zuzarte. “Still Alive For The Growth” fala sobre o “sistema”, o “Uncle Sam” que controla o nosso quotidiano, seguindo um pouco a linha do disco anterior mas com uma perspectiva mais global e menos introspectiva. Mantém uma estrutura musical progressiva mas com uma abordagem mais moderna. Uma (r)evolução do trabalho anterior.

Bilhetes à venda a 5 euros em www.bol.pt, Musicbox e locais habituais (https://www.bol.pt/Projecto/PontosVenda)

OUVIR DISCOhttp://www.branmorrighan.com/2016/11/destaque-lotus-fever-com-novo-disco.html

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[DESTAQUE] LOTUS FEVER com novo disco “Still Alive for the Growth” + Datas de Apresentação https://branmorrighan.com/2016/11/destaque-lotus-fever-com-novo-disco.html https://branmorrighan.com/2016/11/destaque-lotus-fever-com-novo-disco.html#respond Sat, 19 Nov 2016 11:33:00 +0000 https://www.facebook.com/LotusFever/

Os Lotus Fever são Pedro Zuzarte, Diogo Teixeira de Abreu, Manuel Siqueira e Bernardo Afonso. A 18 de Novembro lançam o tão aguardado segundo álbum, “Still Alive for the Growth”, depois do seu primeiro trabalho ter sido considerado como um dos melhores álbuns nacionais do ano de 2014.

O disco foi gravado, misturado e masterizado no estúdio da banda por Bernardo Afonso e Lotus Fever, no Verão de 2016. As composições são integralmente da autoria do quarteto lisboeta e as letras são escritas por Pedro Zuzarte. “Still Alive For The Growth” fala sobre o “sistema”, o “Uncle Sam” que controla o nosso quotidiano, seguindo um pouco a linha do disco anterior mas com uma perspectiva mais global e menos introspectiva. Mantém uma estrutura musical progressiva mas com uma abordagem mais moderna. Uma (r)evolução do trabalho anterior.

Concerto de Apresentação

30 de Novembro :: Music Box (Lisboa)

A Festa de Apresentação de “Still Alive For The Growth” acontece a 30 de Novembro em Lisboa no Music Box a partir das 22h30. A entrada custa 5€. Mais informações sobre o evento aqui

Próximos concertos:

25 de Novembro – Viseu/São Pedro do Sul  – Roquivárius

26 de Novembro – Vila-Real – CLUB de Vila Real

30 de Novembro  – Lisboa – Musicbox

17 de Dezembro – Évora – Sociedade Harmonia Erborense

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[Playlist da Quinzena] 1 a 15 de Novembro de 2016 – As Escolhas de Manuel Siqueira (Lotus Fever) https://branmorrighan.com/2016/11/playlist-da-quinzena-1-15-de-novembro-2.html https://branmorrighan.com/2016/11/playlist-da-quinzena-1-15-de-novembro-2.html#respond Sun, 06 Nov 2016 12:38:00 +0000

É já este mês que é lançado o segundo disco de longa duração da banda lisboeta Lotus Fever e nada melhor do que termos um dos membros da banda como protagonista da Playlist da Quinzena. Desta vez calhou ao Manuel Siqueira, guitarrista, escolher alguns temas que nos sirvam de companhia. Quando “Still Aliva For The Growth” sair, e acreditem que vai dar que falar, faço novo post! Não é todos os dias que temos uma banda cujo um dos temas é partilhado na página oficial de George Orwell no Facebook! Sigam-nos aqui: https://www.facebook.com/LotusFever/

Há tanta variedade de música que adoro e ouço com regularidade que, para fazer uma playlist com pés e cabeça, sinto que atribuir um tema deve ser o primeiro passo. Decidi partilhar uma experiência que repito sempre que tenho oportunidade. Consiste em arranjar uma posição confortável no sofá ou na cama e, num estado de grande cansaço físico, explorar aquela viagem de sonho meio acordado ao sabor de música nos headphones. Para provocar esta sensação criei uma playlist no meu ipod onde juntei apenas músicas que ajudassem a este efeito – vou partilhar algumas aqui. Para mim, estas músicas têm de possuir uma mistura de serenidade/ calma com espacialidade/mood, sempre num registo lento.

Michicant – Bon Iver

O álbum Bon Iver, Bon Iver é possivelmente o que mais repetidamente ouvi em toda a minha vida. Sinto que se proporciona em todo um conjunto de situações distintas – desde ouvi-lo às portas do sono (sim, este disco funciona na perfeição para o efeito desejado) a ouvi-lo na praia, a viajar.. Algo na beleza calma de que o álbum vive e que Vernon é mestre a criar faz com que seja para mim incansável, e Michicant é uma das mais subtis e emocionais criações do mesmo.


Over My Head – Alabama Shakes

Um dos grandes álbuns do ano passado, onde o brilhantismo da composição é apenas superado, talvez?, pela mestria na produção. Over My Head é a última música do álbum e também a mais calma.


How To Disappear Completely – Radiohead

Nunca é fácil seleccionar uma música de Radiohead, e na minha playlist do ipod tenho pelo menos meia dúzia. Acabei por escolher How To Disappear Completely, do álbum Kid A. Bastante simples no que toca a estrutura, a música acaba por ser tudo menos banal. Muito densa a nível de camadas sonoras e com um certo tom de macabro que se funde na beleza natural da música, para mim este tema é uma viagem do início ao fim.


Fjogur Piano – Sigur Rós

Num rasgo de genialidade em que decidiram conjugar quatro pianos numa música instrumental sem tempo definido e com constantes dissonâncias, surgiu a que é a minha música preferida de Sigura Rós. Sinto que é um exemplo excepcional de arte, não só pela naturalidade tocante do resultado final como pelas “leis” que vai quebrando em relação à forma como uma banda deve fazer música. Aconselho vivamente quem não conhece a ver o videoclip em conjunto com a música.


Stepson – Foals

Há várias músicas no álbum Holy Fire que distinguem Foals do indie rock britânico convencional, e é esse o registo que mais aprecio neles. Sendo um álbum que vive muito de rhodes piano quentes e orquestrações simples na base dos temas, acaba por ter uma beleza pouco convencional quando conjugando esses elementos com a voz incomum de Yannis. Stepson é um dos momentos mais introspectivos do álbum, e também um dos meus preferidos.


Between The Walls – Efterklang

O álbum Piramida dos Efterklang é uma explosão de originalidade. Para esta playlist a música Sedna teria sido mais adequada, mas sendo os Efterklang uma banda pouco conhecida preferi mostrá-los com a que penso ser a sua melhor música. Admiro particularmente o equilibro que a banda encontrou para criar música ao mesmo tempo ritmada (embora de uma forma muito subtil) e intimista, sempre com uma instrumentação muito electrónica.


Measurements – James Blake

Ouvi Measurements pela primeira vez no final do concerto de James Blake em Paredes de Coura. Pedindo silêncio ao público e criando vários loops (bastante longos!) de voz uns por cima dos outros, a instrumentação só foi trazida no final da música quando as vozes estão estavam gravadas. Em disco não é bem assim, e embora a música viva muito das vozes a instrumentação (que é também brilhante) entra logo de início. É uma música original onde se compreende a capacidade fora do comum de James Blake para criar harmonias.


Cornfield Chase – Hans Zimmer

Hans Zimmer é um dos artistas actuais que mais admiro. A minha primeira escolha teria sido de um dos seus soundtracks, na minha opinião, mais subvalorizados, que é o do filme O Último Samurai (a música chama-se A Small Measure of Peace). Como esta banda sonora não está no Spotify, optei por este também espectacular tema do filme Interstellar.


Exogenesis: Symphony Part 3 – Muse

Conta a história que Matt Bellamy esteve anos a compor e aperfeiçoar a sinfonia (como lhe chamaram) Exogenesis, até esta ser gravada e colocada no álbum The Resistance. Composta por três partes, a sinfonia merece ser ouvida de uma ponta à outra. É uma combinação de música clássica com elementos rock (como bateria e guitarras eléctricas distorcidas) genial, que culmina nesta parte 3 e que é também a mais introspectiva e bonita. Aparte do nível de composição e produção que fazem desta sinfonia uma obra prima, admiro também a ousadia de uma banda como os Muse para finalizar um disco com 13 minutos de música classica-experimental.


Lemonade Lake – Jungle

Descrevi há uns tempos o disco de Jungle à minha namorada como a que poderia ser a banda sonora da minha vida. Disse isto porque, um pouco como o Bon Iver, Bon Iver, dá-me imenso gosto ouvi-lo em qualquer lado. No carro, numa noite com amigos, em casa sozinho, sinto que o álbum se adequa a todos esses momentos e a muitos outros. Lemonade Lake é a última música e traz ao disco uma nova atmosfera lenta e envolvente.


An Ending – You Can’t Win, Charlie Brown

Para a última música desta playlist escolho uma das minhas bandas portuguesas preferidas, os You Can’t Win, Charlie Brown. Considero a música An Ending (última do primeiro álbum) uma das maiores pérolas da música portuguesa. É criado um ambiente bastante negro mas bonito, exemplo perfeito da classe que caracterizava a música da banda desde tão cedo.

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[DESTAQUE] LOTUS FEVER lançam novo single “DOGS AND BONES” https://branmorrighan.com/2016/10/destaque-lotus-fever-lancam-novo-single.html https://branmorrighan.com/2016/10/destaque-lotus-fever-lancam-novo-single.html#respond Tue, 25 Oct 2016 08:06:00 +0000

Os Lotus Fever são Pedro Zuzarte, Diogo Teixeira de Abreu, Manuel Siqueira e Bernardo Afonso. O quarteto lisboeta prepara o lançamento do seu segundo álbum, “Still Alive for the Growth”, que será editado a 18 de Novembro, sucessor do tão aclamado “Search For Meaning” (LP, 2014), considerado por vários meios de comunicação um dos melhores álbuns nacionais do ano.

Depois de darem a conhecer o tema “Animal Farm” através de um videoclip animado que ilustra a interpretação da banda do livro clássico de George Orwell – e que foi partilhado pela página de facebook oficial do escritor britânico (ver https://www.facebook.com/GeorgeOrwellAuthor/posts/627195920775778) – os Lotus Fever apresentam agora o 2º single “Dogs And Bones”. 

A digressão de apresentação deste novo trabalho vai percorrer todo o país. Estas são primeiras datas da Tour “Still Alive for the Growth”:

25 de Novembro – Viseu/São Pedro do Sul  – Roquivárius 

26 de Novembro – Vila-Real – CLUB de Vila Real 

30 de Novembro  – Lisboa – Musicbox 

17 de Dezembro – Évora – Sociedade Harmonia Erborense  

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[Palavras leva-as o Vídeo!] Animal Farm, dos Lotus Fever, e a referência a George Orwell https://branmorrighan.com/2016/10/palavras-leva-as-o-video-animal-farm.html https://branmorrighan.com/2016/10/palavras-leva-as-o-video-animal-farm.html#respond Mon, 10 Oct 2016 17:47:00 +0000

Se existe coisa que me fascina é a união de diversas artes e talentos. Gosto particularmente quando a literatura, a música e a imagem dão, de alguma maneira, vida a peças artísticas com características únicas. E foi isso que os Lotus Fever fizem com a música Animal Farm, cujo nome é homónimo ao livro de George Orwell e cujo vídeo já foi partilhado na dita página oficial do escritor (apesar de já não se encontrar entre nós) no Facebook. Deixo-vos na primeira pessoa o que a banda pretendeu relatar com o mesmo. 

A nova música é baseada num livro que todos lemos e adoramos, o “Animal Farm” do George Orwell. A música foi composta há vários anos mas só recentemente, no processo de gravação das demos para o álbum, é que tivemos a ideia para um videoclip animado que funcionasse em sintonia com a letra da música para contar uma história com princípio, meio e fim. É a nossa visão e interpretação de um grande livro que, felizmente, inspirou esta canção.


Assim vemos este nosso projecto, como uma curta que conta a sua história (ou a história de Orwell) e não apenas uma música acompanhada de video. A música acaba por se inserir na temática do álbum que sai em Novembro, que apesar de não ser sobre o livro aborda um pouco as mesmas temáticas do “sistema” e de como o povo (neste caso as ovelhas, e também todos os animais à excepção dos porcos e dos cães) é oprimido e explorado pelo poder. O que, infelizmente, continua a ser um tema demasiado actual.


Há uns meses desistimos da ideia por causa dos fundos necessários para fazer uma coisa destas… até aparecer a nossa designer, a Maria Bianchi (que fez a capa do primeiro álbum e agora a do segundo) e aceitar o nosso desafio. Queriamos lançar a Animal Farm como um “single”, antes de qualquer outra do álbum, e assim foi. Acreditámos que o conceptualismo e originalidade por detrás da música-video seria cativante para quem esperava novidades nossas, e a música serve para introduzir o tema e estilo do álbum que está para chegar.

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[DESTAQUE] LOTUS FEVER regressam com “ANIMAL FARM”, o novo disco sai em Novembro https://branmorrighan.com/2016/09/destaque-lotus-fever-regressam-com.html https://branmorrighan.com/2016/09/destaque-lotus-fever-regressam-com.html#respond Wed, 28 Sep 2016 06:53:00 +0000

Os Lotus Fever nascem em Lisboa no ano de 2012. A música de Pedro Zuzarte, Diogo Teixeira de Abreu, Manuel Siqueira e Bernardo Afonso contém uma variedade de influências, num rock detalhado e conceptual explorado em “Leave the Lights Out” (EP, 2012) e “Search For Meaning” (LP, 2014). O último foi considerado por vários meios de comunicação um dos melhores álbuns nacionais do ano.

                                                

De momento, preparam o lançamento do seu segundo álbum, “Still Alive for the Growth”, que será editado em Novembro de 2016.

Em “Animal Farm”, o primeiro tema a ser revelado, a banda ilustra a sua interpretação do livro clássico de George Orwell. O videoclip em animação, realizado por Maria Bianchi, explora novamente a veia negra e conceptual da banda e do novo disco.

https://www.facebook.com/LotusFever/

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[Playlist da Quinzena] 16 a 31 de Março de 2016 – As Escolhas de Diogo Teixeira de Abreu (Lotus Fever) https://branmorrighan.com/2016/03/playlist-da-quinzena-16-31-de-marco-de.html https://branmorrighan.com/2016/03/playlist-da-quinzena-16-31-de-marco-de.html#respond Wed, 16 Mar 2016 12:27:00 +0000 https://www.facebook.com/LotusFever/

Entrevista com os Lotus Fever. Ponto de encontro: escadaria do Técnico. Eu ia ter jogo e então tinha de ser assim no intervalo entre estar despachada do trabalho e ter que partir na carrinha com o resto da equipa. O Diogo foi o primeiro a chegar. Vai fazer o quê? Dois anos? Vá, faz ano e meio, qualquer coisa do género. Fomos fazendo conversa fiada enquanto o resto da banda não chegava. Permitem-me que confesse que achei o Diogo adorável. Adoro a sua postura, a timidez misturada com a ousadia. Toda a banda é ainda muito jovem e cheia de vontade de percorrer um caminho que ainda agora começou. Têm um EP e um LP editados, lançaram recentemente um single novo e o percurso para o próximo trabalho parece ser trilhado noutros locais, sem nunca perderem a sua identidade. Aproveitando este momento de lançamento, convidei o Diogo a partilhar connosco as suas escolhas musicais. 

Preâmbulo

Quando recebi o desafio de fazer esta playlist, comecei logo a pensar na melhor maneira de expor as músicas/artistas que mais me influenciaram ao longo da minha vida. Não arranjei melhor maneira que fazê-lo por ordem cronológica que as conheci, ou pelo menos da altura em que se tornaram mais relevantes. Espero que a minha humilde e curta experiência sirva de algo para alguém.

Rui Veloso – Chico Fininho

Desde que me tornei numa semi amostra de gente que a minha base para a toda a informação do mundo foi os meus pais. A minha mãe, pintora, tentou (sem sucesso) levar-me para um mundo de artes plásticas. O meu pai, gestor com um gosto especial pela música, introduziu-me ao que fiquei a conhecer como música. Com ele aprendi tudo, desde Roberto Carlos a Eric Clapton e mesmo Led Zeppelin (banda que, segundo ele, a única coisa de jeito que lançaram foi a Stairway To Heaven. O que se há de fazer?). No meio de centenas de bandas e artistas, este destacou-se para mim. Primeiramente porque não sabia falar inglês com dois anos de idade e, de seguida, porque eram as músicas dele que cantávamos no nosso caminho para casa. Terá sempre um lugar especial no meu iTunes.

The Eagles – Hotel California

À medida que fui crescendo, os meus gostos foram ficando mais aguçados e comecei a distinguir melhor o que gostava ou não. Nesta altura o meu pai tentou converter-me à guitarra (sem sucesso, como dá para perceber) e uma das primeiras músicas que aprendi foi esta magnífica canção. Passei horas a ouvi-la e a conter o choro quando o verso “But you can never leave” era pronunciado mesmo antes de um dos solos de guitarra que considero mais “bonito”. Era um momento sem dúvida emocionante, enquanto eu me imaginava a tocar os quatro ou cinco acordes do refrão (mal tocados, obviamente) enquanto acompanhava o guitarrista do solo. Era mágico.

The Beatles – Hard Day’s Night.

Chegaram os meus 9 anos. Com eles, o meu primeiro “MP3”. Foi das melhores coisas que me aconteceu na vida. Tinha cerca de quarenta músicas lá dentro, todas postas pelo meu pai, e ouvia-as até ficar sem pilha (e aquela altura em que as coisas funcionavam a pilhas em vez de baterias? Bela nostalgia). Quando comecei a investiga-lo melhor, percebi que dava para ver os artistas. Lá no meio, encontrei uma banda com vinte sete das quarenta músicas e com um nome estranho, “The Beatles”. Decidi dar-lhes uma hipótese. Durante quatro anos não quis ouvir outra coisa. Eduquei todos os meus amigos do terceiro ano (que, nessa altura, só ouviam Shakira e Las Ketchup) e ensinei a todos quem eram estes maravilhosos senhores que, na minha cabeça, tinham vinte sete músicas e nem mais uma.  

The Police – Reggatta De Blanc

À medida que os meus estudos musicais (como quem diz “aulas de bateria”, mas de uma maneira bonita, pois os bateristas são muitas vezes vistos como os “burros” ou os “membros secundários de uma banda”) decorriam, comecei a prestar mais atenção aos bateristas por trás do kit. Por esta altura devia ter cera de doze anos e, o meu pai (para não variar), decide mostrar-me uma banda com um baterista que ele gostava bastate: os The Police com o fantástico Stewart Copeland. Comecei com ele a perceber que a música era algo muito mais livre do que aprendera com os Beatles e comecei a querer experimentar pôr breaks em sítios onde nunca ponderei ser possível. Com muita tentativa e erro, consegui retirar uma grande lição daqui e a pensar a música de maneira diferente.

Avenged Sevenfold – Save Me

Como muita gente, quando cheguei à adolescência comecei a sentir-me um “rebelde” e a querer expressar-me de maneiras novas. Aqui entra um grande capítulo da minha curta vida: o Metal. A primeira banda que encontrei nem foi os A7X (forma como os fãs “hardcore” se referem aos Avenged Sevenfold), mas sim os Trivium. Não sabia que era possível alguém dizer coisas agressivas enquanto gritava de maneira tão intensa que parecia que o estavam a matar. Quando mostrei a minha descoberta fantástica ao meu pai, entendi a razão de não conhecer a existência de tal coisa, o meu pai odiava e odeia todo o tipo de Metal e o que lhe possa ser associado (daí o “ódio” dele a bandas como Led Zeppelin). Comecei a ouvir, relacionar-me pela primeira vez com algumas músicas (afinal de contas, muitas das bandas deste género são direccionadas a jovens) e entrei neste novo mundo. Aí encontrei a minha primeira grande banda de culto, os Avenged Sevenfold. Quando dei por mim, após quatro ou cinco meses de os conhecer, já conhecia todos os álbuns, eps, conecertos e derivados de cor, todas as transições, baterias, riffs, tudo. Esta foi a banda que mais me influenciou desde os meus catorze anos até aos dezoito.

Radiohead – 2+2=5

No apogeu da minha altura do metal ou, mais especificamente, do Metalcora (aos meus quinze anos), recebi uma chamada que, por muito cliché que isto possa soar, mudou a minha vida. Era um rapaz com o nome de Pedro Zuzarte Saraiva. Disse que era meu primo afastado, tinha uma banda e procuravam um baterista. Após ir à Torre do Tombo verificar toda a minha árvore genealógica, cheguei à conclusão que era verdade e que ele era efectivamente meu familiar. Disse-lhe que tinha todo o gosto em ir fazer uma audição para a tal banda, que na altura se chamava Roadies e actualmente chama-se Lotus Fever. Uma das músicas que me pediu que preparasse foi a “Fake Plastic Trees” dos Radiohead. Nessa altura só conhecia a Creep e, após ouvir o tema indicado por ele, não fiquei muito convencido em querer ouvir mais mas, após alguns ensaios e de levar muito na cabeça, decidi ouvir melhor a dita “banda incrível” que eles me descreviam. Em pouco mais de duas semanas, passou a ser uma das minhas bandas preferidas. Esta é e sempre será uma das minhas maiores referências musicais. 

Led Zeppelin – We’re Gonna Groove

Juntamente com Jeff Buckley, Led Zeppelin foi uma banda que subitamente se tornou “indispensável” se eu quisesse embarcar na viagem musical dos Roadies, posteriormente Lotus Fever. Como tal, decidi ouvir melhor e que melhor forma de começar senão pelos concertos? O primeiro que vi foi no Royal Albert Hall. A potência das pancadas do John Bonham, a voz inconfundível do Robert Plant, a “paleta” dos riffs do Jimmy Page, a potência enorme do baixo do John Paul Jones… Fiquei absolutamente perplexo- Até hoje estou à procura de um início de concerto melhor do que a “We’re Gonna Groove” naquela sala londrina em 1970. Se alguém tiver alguma sugestão, duvido que tenha razão, mas estou aberto a sugestões.

Dream Theater – A Nightmare To Remember

No meio de toda esta descoberta musical que estava a acontecer na minha vida, decidi explorar também melhor o que o mundo do Metal tinha para me oferecer. Nisto, descobri os Dream Theater e tornaram-se na primeira banda de Metal Progressivo que alguma vez ouvi. Tal como ocorreu com os The Police, eles quebraram barreiras musicais que anteriormente considerava impenetráveis. Desde músicas estranhamente grandes, a dezenas de secções na mesma canção (que por vezes chegava a vinte sete minutos). O meu grande desafio tornou-se tentar decorar todas as secções, tocá-las e ficar horas sem parar, para tocar três ou quatro músicas. 

Tesseract – Of Matter – Proxy

No mundo deste Metal “tecnicista” Progressivo, descobri uma nova banda, os Tesseract. Esta banda ocupou grande parte do meu tempo livre desde os meus dezassete anos até aos dias de hoje. Com eles, descobri que o mundo do Metal Progressivo e o do Djent não eram totalmente distintos. Afinal de contas, quem tem um Jay Postones no meio do metal, tem tudo. Eles levavam as músicas ao “ridículo” do que ao início me parecia aleatório, mas após centenas de audições fazia todo o sentido. Tocar as músicas desta banda foi um treino fantástico enquanto baterista, não só pelo pedal duplo infalível deste senhor, mas também pela calma que é necessária para enfrentar estas músicas. Um “must” para curiosos do Metal.

Tame Impala –  Apocalypse Dreams

No meio das minhas aventuras metaleiras, os restantes membros dos Lotus Fever decidiram pôr-me os pés na terra e apresentar-me a outra das minhas bandas favoritas: Tame Impala. O psicadelismo actual e as baterias “groovadas” que sem dúvida foram criadas por alguém que ignora simplesmente o que um baterista de Rock/Indie “deve fazer” obrigaram-me a reconsiderar a minha maneira de tocar e compor baterias. Desde então as minhas abordagens às músicas ficaram totalmente diferentes e, por isso, estou-lhes eternamente gratos.

Pond – Sitting Up On Our Crane

Em Agosto de 2015 decidi embarcar numa nova aventura, um certo festival com o nome Paredes de Coura. Nunca tinha ido antes e fui sem saber muito bem o que esperar. E ainda bem. Qualquer pessoa que manifeste o interesse de ir, deve ser isolada da sociedade até isso acontecer. Foi das melhores experiências da minha vida, tanto a nível pessoal/espiritual como a nível musical. Todo o ambiente do festival deixa uma pessoa com uma percepção da “sociedade ideal” completamente nova. Desde ver um membro dos Capitão Fausto (não vou especificar qual) às 3 da manhã a cantar Pink Floyd como se não houvesse amanhã a mergulhar naquele rio refrescante às três da tarde, após acordar. No meio disto, decido ir ver um concerto duma banda que, apesar de conhecer a maior porte dos trabalhos razoavelmente bem, não conhecia a ponto de ser fã incondicional. Nesse concerto não sei se fui eu ou se o mundo mudou efectivamente, mas quando eles tocaram este tema, eu senti-me a sair do meu corpo e a vaguear por aí. Foi absolutamente mágico e deu-me toda uma nova percepção do que “deve” ser um concerto.

Snarky Puppy – Lingus (live feat. Metropole Orkest)

Já falei do meu passado e do meu presente, falta falar do futuro. Obviamente que esta banda faz parte do futuro, mas acredito que no futuro é que chegarão ao patamar onde deveriam estar. Para mim, esta é uma das melhores bandas que o século XXI tem e vai ter para nos oferecer. Quem os conhece, sabe que é verdade e, quem não conhece, não sabe o que perde. A versão que mais gosto desta música é ao vivo com a Metropole Orkest e começa no minuto 1:22:23. É de sentar num quarto escuro, ligar às melhores colunas que tenham em casa (ou “phones”), fechar os olhos e apreciar a viagem. E com esta me despeço.

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[Queres é (a) Letra! Especial] Apresentação do novo single dos Lotus Fever – Together https://branmorrighan.com/2016/03/queres-e-letra-especial-apresentacao-do.html https://branmorrighan.com/2016/03/queres-e-letra-especial-apresentacao-do.html#respond Tue, 01 Mar 2016 09:47:00 +0000 Fotografia Huyseman

https://www.facebook.com/LotusFever/

Os Lotus Fever foram das primeiras bandas emergentes que descobri e que tenho acompanhado deste então. São também um dos conjuntos que me é mais querido e que mais gosto me tem dado ver crescer. Ontem apresentaram o vídeo para o novo single – Together. Para quem já ouviu os seus trabalhos anteriores, o EP e o disco de longa duração, a mudança de rumo na sonoridade é notória, mas aprazível. Principalmente porque a identidade deles está lá toda. Mesmo sendo uma composição num estilo bastante diferente das anteriores, ao ouvirmos conseguimos reconhecer a “marca” Lotus Fever e não há nada mais importante para uma banda do que isso mesmo – mudar sem perder a identidade. É, por isso, com todo o gosto que vos deixo o vídeo e o player do soundcloud onde podem fazer download da faixa. Aos Lotus Fever os meus parabéns e o meu carinho, cá fico à espera do novo disco!

You’ve got to bring us all together,

To live in the wilderness

You’ve gotta bring us all together,

To live in the wilderness

As I lay on the side of my love

(see how it happens)

She moves like waves in slow motion

(…feel like i belong)

In her eyes, she smiles, ‘cause she knows

(see how it happens)

All the ways she wakes my emotions

(…feel like i belong)

You’ve gotta bring us all together,

To live in the wilderness

You’ve gotta bring us all together,

To live in the wilderness

As I lay on the sight of my son

(see how it happens)

It’s carved on my mind how you bloom

(…feel like i belong)

You’ve gotta be back for my youth

(see how it happens)

My love, all I need is your lust

(…feel like i belong)

You gotta bring us…

See how you turn me on

See how you turn me on

See how you turn me on

You’ve gotta bring us all together,

To live in the wilderness

You’ve gotta bring us all together,

To live in the wilderness

You’ve gotta bring us all together,

To live in the wilderness

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[Foto Reportagem] Lotus Fever no Musicbox Lisboa https://branmorrighan.com/2015/03/foto-reportagem-lotus-fever-no-musicbox.html https://branmorrighan.com/2015/03/foto-reportagem-lotus-fever-no-musicbox.html#respond Sat, 21 Mar 2015 19:00:00 +0000

Fotografias por Sofia Teixeira

Faz quase um ano que falei pela primeira vez dos nossos Lotus Fever aqui no blogue. Ainda só tinham um EP e o single do novo disco – Introspection. Desde então que tenho acompanhado o seu percurso e tem sido com muito orgulho que os vejo crescer. São malta jovem, mas que levam a música a sério e que se nota que querem fazer mais e melhor do que aquilo que já existe. Em palco, ainda têm muito por onde crescer e explorar, mas a simpatia e a emoção são elementos que nunca lhes falta e isso acaba por reflectir o público fantástico que esteve na passada Quarta-feira no Musicbox. As letras eram sabidas de cor, os corpos não paravam de se mexer e até de competir por um lugar mais à frente. Foram autores de um dos discos do ano de 2014 para mim e é com muito gosto que continuarei atenta ao seu trabalho. Se puderem, apanhem-nos, se já gostaram em disco, ao vivo dão um valente de um bom espectáculo!

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