Luís Jerónimo – Bran Morrighan https://branmorrighan.com Literatura, Leitura, Música e Quotidiano Sat, 13 Feb 2021 18:54:02 +0000 pt-PT hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.8.3 https://branmorrighan.com/wp-content/uploads/2020/12/cropped-Preto-32x32.png Luís Jerónimo – Bran Morrighan https://branmorrighan.com 32 32 [Queres é (a) Letra] Jerónimo – Collective Silence https://branmorrighan.com/2021/02/queres-e-a-letra-jeronimo-collective-silence.html https://branmorrighan.com/2021/02/queres-e-a-letra-jeronimo-collective-silence.html#respond Sat, 13 Feb 2021 18:54:00 +0000 https://branmorrighan.com/?p=25011 Collective Silence

A querida Omnichord Records comemora hoje 9 anos, mas são eles quem nos dão uma prenda, este belo single de JerónimoCollective Silence. Não conhecer os irmãos Jerónimo é sinónimo de se ter um vazio se calhar ainda não se aperceberam que têm. São os três mais do que talentosos, têm vozes que nos arrepiam, mas que também nos incitam ao movimento, e desde que se juntaram num só projecto que fazem ainda mais as delícias de quem os ouve.

Tenho saudades deste colectivo (Omnichord Records) que tantas alegrias me deu durante os anos em que colaborei mais de perto com eles, que foram também os anos do meu doutoramento e que tanto fez com que não enlouquecesse. Foram concertos por todo o país e no estrangeiro, memórias especiais de primeiros concertos e, por várias razões, Nuno Rancho, Gil Jerónimo e Luís Jerónimo têm um lugar especial no meu coração.

Relembremos: Gil Jerónimo tinha os Les Crazy Coconuts (com a Adriana e o Tiago) e tocou no seu próprio aniversário no primeiro evento do blogue BranMorrighan em Janeiro de 2014; o Nuno Rancho, que com o André tem os Few Fingers), é também ele uma pessoa extraordinária e compôs uma belíssima canção para a mixtape dos 10 Anos BranMorrighan – Gather All the Pieces (diga lá se não é maravilhosa!) – que podem ouvir aqui; o Luís Jerónimo, dos Nice Weather For Ducks, conheci-o aquando o Nuno Rancho, numa bela noite do já inexistente Beat (em Leiria) e impressionaram-me logo ao cantarem em uníssono uns agudos deliciosos. Ai memórias, memórias! A verdade é que à sua maneira, cada um se tornou família.

E a verdade é que o tempo passa, e o próprio Gil já tem a sua família composta, com a sua pequena a aparecer neste vídeo de Collective Silence. É uma canção que já conheço há uns anos, pois já a tocaram ao vivo, que sempre mexeu comigo e que finalmente vê a luz do dia num registo público para que todos tenhamos o privilégio de a ouvir. E tão actual que a sua letra é, não acham? E pronto, é isto. No fundo este post é só uma declaração de muito carinho e muitas saudades (pandemia passa depressa para eu poder voltar a abraçar esta gente!) em forma de parabéns à Omnichord Records, sempre incansável nas suas iniciativas criativas e inspiradoras.

Come join this rampage kill
With your distance shooting skill
With that movie gangster feel
You turn me as hard as steel

Collective silence
It all wrecks, torns apart
Collective silence
Say nothing, do you part
Collective silence
A shipwreck, miles apart

We’ll sort this out with pills
Intoxication thrill
Come leave you snipper still
You can do it as you will

Collective silence
It all wrecks, torns apart
Collective silence
Say nothing, do you part
Collective silence
A shipwreck, miles apart

We got the answer
From when we were younger
We keep on dancing
Miles apart

Collective silence
A shipwreck, miles apart
Collective silence
A shipwreck, miles apart
Collective silence
A shipwreck, miles apart 
Collective silence
A shipwreck, miles apart 

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[Queres é (a) Letra!] Jerónimo! com o primeiro single já nas plataformas digitais – BIG BITES https://branmorrighan.com/2017/10/queres-e-letra-jeronimo-com-o-primeiro.html https://branmorrighan.com/2017/10/queres-e-letra-jeronimo-com-o-primeiro.html#respond Fri, 06 Oct 2017 16:03:00 +0000

São de Leiria, têm todos Jerónimo no nome e, imagine-se, ainda por cima são irmãos! Seguindo a ordem da fotografia temos os nossos já bem conhecidos Gil Jerónimo (Les Crazy Coconuts), Luís Jerónimo (Nice Weather For Ducks) e Nuno Jerónimo (mais conhecido como Nuno Rancho, dos Few Fingers). Os três são agora apenas Jerónimo! e já têm a primeira canção disponível não só no bandcamp como nas plataformas digitais. Mesmo sendo suspeita, pela minha colaboração com a Omnichord Records, vocês sabem que tudo o que digo por aqui é o que habita o meu coração e não posso não deixar de ficar super contente ao ver este projecto ganhar vida. Cada um destes três rapazes é especial à sua maneira, têm todos vozes incríveis, e nunca me vou esquecer daquele final de noite (início de manhã), no já fechado Beat, em que o Luís e o Rancho faziam uma espécie de dueto em pique nos seus agudos. Que vozeirões. E que bom agora poder ter a oportunidade de ver o resultado de uma composição musical entre os três. Big Bites é a primeira amostra e basta ficarem atentos que brevemente eles andarão pela estrada. Escusado será dizer que irão actuar numa das duas festas do próximo aniversário do blogue, não é? 🙂 Mas xiu… até lá, desfrutem! 

Who did right

Who’s the man

That will show us what we might

Do alright

Do the best

To gather some starlight

In our minds

In our heads

Tomorrow we will smite


Chorus:

We bite more than we can

Fear ages a man

We burn more than we can

Fear strikes again

Strikes again


Cus tonight

We rebel

We’ll gather then we fight

For the right

To be sad

To follow that starlight

In our minds

In our heads

Tomorrow we will smite


Chorus:

We bite more than we can

Fear ages a man

We burn more than we can

Fear strikes again

Big bites hunger demands

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[Crónica Hélder Oliveira] Sim, Fui Professor do Luís (Nice Weather For Ducks) https://branmorrighan.com/2017/07/cronica-helder-oliveira-sim-fui.html https://branmorrighan.com/2017/07/cronica-helder-oliveira-sim-fui.html#respond Thu, 27 Jul 2017 11:06:00 +0000

Sim, fui professor do Luís.

Quando terminei um meu curso superior, comecei a minha atividade profissional como professor da área tecnológica de informática, num colégio a norte do concelho de Leiria. No primeiro ano, uma das minhas turmas, na área tecnológica de informática, tinha apenas cinco alunos. Um dos alunos chamou-me a atenção desde o início. Não porque ficasse na fila da frente, não porque fosse participativo ou porque demonstrasse mesmo alguma evidência de que estivesse interessado na matéria. Com uma enorme cabeleira “à Beatle”, ficava mesmo na última fila, caladinho do início ao fim da aula e com um olhar mais adormecido do que acordado.

No primeiro momento de avaliação fiquei preocupado, pois não haviam evidências de que aquele miúdo fosse fazer alguma coisa de jeito… Mais ainda, foi o primeiro a entregar, o que aumentou ainda mais a suspeita que aquela “alma” estaria entregue ao insucesso. Pois, mas o “Simpson” (assim era apelidado pelos colegas) teve a melhor nota nesse teste!

Então percebi que o Luís tinha uma inteligência e uma capacidade de absorção de conhecimento extraordinários! Os níveis de preguiça e vontade de fazer alguma coisa é que eram igualmente elevados! Ali estava… como vários outros: sem grande preocupação pelo futuro, mas porque alguém lhe dizia que era importante tirar o 12.º ano e, se possível, terminar um curso superior.

Apenas uns meses mais tarde descobri o que realmente “trazia o Luís à terra” quando pedi que desenvolvessem um pequeno website: o Luís resolveu fazer uma página sobre guitarras. Não que o Html, CSS’s ou Javascript lhe desinteressasse totalmente, mas a maior motivação estava nas tarefas relativas à seleção de conteúdos para construir a melhor galeria de guitarras. Fiquei curioso. A minha relação com a música obrigou-me a saber mais e a perceber de onde vinha todo aquele entusiasmo que lhe desconhecia até então.

Uma das guitarras da galeria era igual à do irmão, dizia-me o Luís orgulhoso e interessado em mostrar que aquele era o seu mundo. Esse irmão era o Nuno, já artisticamente conhecido por Nuno Rancho, e que, na altura, tocava nos Kyoto. Confesso que, nesse momento, não dei grande importância, pensando que se tratasse de mais uma daquelas bandas de miúdos que, num dos intervalos da escola, aprendiam uns acordes e, no intervalo seguinte, “bora lá fazer uma banda”. Obviamente que estava completamente enganado e constatei isso numa das festas da escola, quando alguém resolveu por a tocar uma das músicas do álbum “Question Mark”, acabadinho de sair. Até aqui, nunca tinha ouvido tocar ou cantar nenhum dos Jerónimos, mas lembro-me de ter perguntado várias vezes ao Luís: “Isto é mesmo o teu irmão?”. Era realmente espantoso e invulgar o que tinha acabado de ouvir…

Era apenas o inicio da descoberta dos irmãos Jerónimo. Mais tarde, já no tempo dos Team Maria (que ainda eram Timaria), conheci o Gil e o Nuno. Convidei-os para tocar comigo numa festa de Natal e eles aceitaram. Pouco depois o Nuno convidou-me para tocar nos Texas Killer Bee Queen e gravar umas pistas para um tema que andava a produzir “à distância” com um “tipo de Lisboa” (Luís Costa). Tratava-se do tema “Around Eight” dos The V-Men. Era o meu regresso à atividade musical. Em pouco mais de três anos, esta aventura trouxe-me o prazer de partilhar ensaios, palcos, festas, sessões de gravação e (muitas) amizades com estes talentosos “miúdos da Bajouca”. E, no meio disto tudo, quando outros se juntavam, havia sempre aquela pergunta: “Sabias que o Hélder foi professor do Luís?”. Pois, foi ele o ponto de partida de tudo isto. A aventura não durou tanto tempo como desejaria, mas o suficiente para dizer que valeu a pena ser professor do Luís.

Hélder Oliveira

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