Lux Records – Bran Morrighan https://branmorrighan.com Literatura, Leitura, Música e Quotidiano Mon, 28 Dec 2020 04:59:03 +0000 pt-PT hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.1 https://branmorrighan.com/wp-content/uploads/2020/12/cropped-Preto-32x32.png Lux Records – Bran Morrighan https://branmorrighan.com 32 32 [Playlist da Quinzena] 16 a 30 de Setembro de 2018 – Rui Ferreira (Festival Lux Interior / Lux Records) https://branmorrighan.com/2018/09/playlist-da-quinzena-16-20-de-setembro.html https://branmorrighan.com/2018/09/playlist-da-quinzena-16-20-de-setembro.html#respond Sun, 16 Sep 2018 00:00:00 +0000

A playlist da Quinzena está de volta e o primeiro convidado é, literalmente, de luxo!  Rui Ferreira, agitador/editor/melómano de Coimbra, fundador da editora Lux Records que, desde 1996, tem dado a conhecer muita da melhor música com origem na cidade de Coimbra e a nível nacional. Director do Festival Lux Interior, cuja 2ª edição decorre de hoje, 13, a 15 de Setembro no Convento São Francisco, em Coimbra. Aqui ficam as suas escolhas! 

The Cramps – Can Your Pussy Do The Dog? (1986)

Para começar, nada melhor que recordar Lux Interior, Poison Ivy e companhia no álbum “A Date With Elvis”. O casal demonstrou sempre uma enorme cultura musical e uma obsessão desmesurada pela Sun Records e pelas origens do rock. Quantas canções aprendemos com os Cramps? E quantas bandas aprenderam com a música dos Cramps? Quando as referências são as melhores…

The Rolling Stones – We Love You (1967) 

Todos os discos dos Rolling Stones editados entre 1964 e 1972 estão no meu top 100. Três acordes sem grandes malabarismos técnicos, mas o resultado final é que conta. “We Love You” é um tema da fase psicadélica da banda de Mick Jagger e Keith Richards, e serviu de inspiração para o single de estreia de outra banda da minha preferência: The Psychedelic Furs.

Brian Eno – Third Uncle (1974)

Adoro “covers” (e bolos também). Desde 1996 que realizo o programa “Cover de Bruxelas” na Rádio Universidade de Coimbra. Cheguei ao Brian Eno através da versão dos Bauhaus. Estávamos em 1982, e Peter Murphy, David J, Daniel Ash e Kevin Haskins editam um máxi com três versões: Ziggy Stardust (David Bowie), Waiting For The Man (Velvet Underground) e Third Uncle (Brian Eno). Não descansei enquanto não cheguei aos originais e descobri duas obras-primas que Brian Eno fez depois de abandonar os Roxy Music: “Here Come The Warm Jets” (1973) e “Taking Tiger Mountain (By Strategy)” (1974).

James Brown – It’s A Man’s Man’s Man’s World (1964)

Nem só de rock vive o homem; é preciso ter alma. James Brown, o “padrinho da soul”, é uma verdadeira “rock star”, e nesta canção em particular, com arranjos geniais, conseguiu roçar a perfeição.

Nina Simone – I Can’t See Nobody  (1969) 

Mais “covers”. Quando Nina Simone pega numa canção de outrem, consegue sempre aquele fenómeno mágico da apropriação. Uma canção quando é revista por Nina Simone passa a ser dela. “I Can’t See Nobody” é um tema do álbum de 1967 dos Bee Gees – “The Bee Gees 1st”. Apesar do nome, é o terceiro disco da banda Australiana mas foi o primeiro com distribuição mundial. O disco inclui outro clássico, “To Love Somebody”, que deu nome ao disco de Nina Simone que inclui “I Can’t See Nobody”.

Johnny Cash with Joe Strummer – Redemption Song (2003) 

Uma última “cover” que se impõe. A carreira musical de Johnny Cash foi revitalizada no início dos anos 90 pela mão do produtor Rick Rubin. Em 1994 surgiu o primeiro volume das American Recordings, e sempre com grandes versões à mistura. São de arrepiar as versões de “Hurt” (Nine Inch Nails), “The Mercy Seat” (Nick Cave & The Bad Seeds), “Spiritual” (Spain), “Bird On A Wire” (Leonard Cohen), “I See A Darkness” (Bonnie Prince Billy) ou “Personal Jesus” (Depeche Mode). “Redemption Song” de Bob Marley & The Wailers foi uma das muitas canções gravadas durante as sessões das American Recordings, e que não foram incluídas nos quatro volumes editados até 2002. A edição em disco aconteceu em Novembro de 2003, na compilação de 4 CDs “Unearthed”, dois meses depois da morte de Johnny Cash, e quase um ano depois da morte do ex-Clash.

Nick Cave And The Bad Seeds – Ship Song (1990)

O ano passado tive o privilégio de assistir ao concerto de Nick Cave & The Bad Seeds no Zenith em Paris. Vi vários concertos de Nick Cave, mas a fasquia elevou-se desta vez. Que grande concerto, de grande entrega pelos músicos, de enorme intensidade sonora e de partilha com o público. É difícil escolher o melhor disco dos Bad Seeds, e se for a melhor canção prefiro nem tentar. Mas este refrão continua a ecoar na minha cabeça: “Come sail your ships around me And burn your bridges down. We make a little history, baby. Every time you come around.”

Felt  – Primitive Painters (2007)

Gosto de músicos coerentes. Os Felt prometeram editar 10 discos em 10 anos e depois acabavam. E foi isso que aconteceu, sem reuniões nem regressos para a digressão saudosista. Nesta canção contam com a participação da voz única de Elizabeth Frazer (Cocteau Twins, This Mortal Coil), e o resultado é avassalador.

Jack White – Love Interruption (2012)

Jack White deve ser o músico mais invejado de todos os tempos, e não só por outros músicos. Ser dono de uma editora, de um estúdio, de uma fábrica de produção de discos de vinil e ao mesmo tempo continuar a fazer grandes discos… Como diria uma banda conimbricense: “Metes-me cá um nojo!”

Belle Chase Hotel – Sign Of The Crimes (1998) 

Há vinte anos, a Lux Records produziu o álbum “Fossanova” dos Belle Chase Hotel que viria a ser editado pela Valentim de Carvalho. Um ano depois, em 1999, quando toda a gente já considerava a morte do disco de vinil como um facto adquirido, a Lux Records surgiu com a edição dupla em vinil da estreia da banda de JP Simões e Pedro Renato. O Festival Lux Interior traz de volta aos palcos a banda conimbricense, e a Lux Records tem as portas abertas para outras aventuras

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