MEERA – Bran Morrighan https://branmorrighan.com Literatura, Leitura, Música e Quotidiano Mon, 28 Dec 2020 04:59:00 +0000 pt-PT hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.8.3 https://branmorrighan.com/wp-content/uploads/2020/12/cropped-Preto-32x32.png MEERA – Bran Morrighan https://branmorrighan.com 32 32 Moullinex no Capitólio – Quando a música toma forma de activismo pela liberdade de expressão e direitos humanos https://branmorrighan.com/2018/11/moullinex-no-capitolio-quando-musica.html https://branmorrighan.com/2018/11/moullinex-no-capitolio-quando-musica.html#respond Fri, 02 Nov 2018 17:07:00 +0000 Fotografia @nashdoeswork

O Halloween é uma altura que permite sempre a cada pessoa expressar a sua individualidade. É uma noite que invoca a mitologia das bruxas, do dia dos mortos, mas que também permite que cada um tome a liberdade de incorporar um personagem ou, quem sabe, expressar-se verdadeiramente sem receio de represálias. No passado dia 31 de Outubro, no Capitólio, a noite tornou-se numa experiência memorável nos dois sentidos. Não só houve quem aparecesse vestido a rigor, como o ambiente relaxado e bem disposto, transbordava a liberdade.

O grande anfitrião, Moullinex. Em 2017 lançou o seu último disco, Hypersex, e recentemente lançou um EP com remisturas do mesmo. Sigo o trabalho de Luís Clara Gomes desde o primeiro disco, Flora, e tem sido com fascínio que tenho visto o seu projecto crescer. Moullinex é, hoje em dia, um organismo vivo. Encheu o palco do Capitólio de músicos e não se fez de rogado na manifestação da sua visão pela partilha de amor, de solidariedade e, ainda mais veementemente, a sua partilha de aversão à repressão e à ditadura. À primeira vista, dada a produção magnífica de todo o espectáculo, toda a actuação pode ter sido considerada como ousada, mas a verdade é que foi também uma actuação corajosa. 

Fotografia @nashdoeswork

À banda em palco, com percussão, teclados, baixo, guitarra, bateria e por vezes flauta, juntou-se ainda Igor (mais conhecido como Ghetthoven), incorporando na perfeição o grande mote da noite – mais do que liberdade de expressão, liberdade de individualidade com tudo o que isso implica. Pensando bem, nas suas mais diversas formas (da música ao vestuário, passando pela tecnologia da projecção e ainda o jogo de luzes) a noite do Capitólio foi uma espécie de activismo em que a música teve o poder de unir os presentes, desfazendo preconceitos e represálias.

Fotografia @nashdoeswork
Fotografia @nashdoeswork

As músicas de Hypersex podem não ser completamente frescas, mas não é todos os dias que temos a oportunidade de assistir a um concerto com a magnitude que presenciámos. Não só, mais uma vez, pela presença entusiasta e marcante de Ghetthoven, mas também porque pudemos assistir a Da Chick, Marta Ren e Fritz Helder darem os seus contributos nos devidos temas. Houve espaço para mandar Bolsonaro ir bugiar, para Ghetthoven e Moullinex descerem ao público dançando e interagindo com o mesmo, danças coreografadas em palco, toda uma euforia contagiante. 

Fotografia @nashdoeswork

Já com mais de uma hora de concerto, o encore tornou-se inevitável. E talvez também tenha sido dos momentos mais especiais. Luís Clara Gomes assumiu o piano em Flora, tendo a bela flauta a acompanhá-lo, num momento arrepiante. Xinobi, que tanto acompanhou Moullinex na estrada no passado, também subiu ao palco, primeiro a assumir o baixo, depois a guitarra. O concerto fecharia com Family Affair, tema da Discotexas Band, com todos em palco, convidados incluídos, fazendo o Capitólio vibrar de loucura, da boa. Não pude ficar para o resto da festa, mas tenho a certeza (pelas fotografias que já vi pela internet) que deve ter sido uma comemoração daquelas! 

Fotografia Daniel Azevedo

Não posso terminar este texto sem destacar o belo trio que abriu a noite, os Meera! Com apenas dois singles editados, a verdade é que deram um belíssimo concerto, incitando o público presente, e aquele que ia chegando, a dançar e a partilharem a sua energia com eles. Se já conhecem Jonny Abbey, reconhecerão, certamente, pelo menos duas das três caras de Meera. Um dos aspectos mais fascinantes agora em Meera é precisamente ter Cecília na voz e a “comandar as tropas”. A verdade é que os três transbordam de cumplicidade e era evidente a felicidade que sentiam em cima de palco. No que toca à música de dança, Portugal está realmente muito bem servido e acredito que isto ainda é só o início. Pelo menos boas referências não lhes faltam, ou não teria sido o concerto de Moullinex exemplar. 

Entrevista a Luís Clara Gomes em 2014http://www.branmorrighan.com/2014/06/entrevista-luis-clara-gomes-moullinex.html

Outras fotografias da noite por @nashdoeswork




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“Little of Your Time” é o novo single/ vídeo de MEERA https://branmorrighan.com/2018/10/little-of-your-time-e-o-novo-single.html https://branmorrighan.com/2018/10/little-of-your-time-e-o-novo-single.html#respond Sat, 27 Oct 2018 11:42:00 +0000

O novo single de MEERA, “Little of Your Time”, vem agitar os últimos dias de um Verão que teima em não acabar. O seu mote é deixar todas as preocupações de lado antes de entrar na pista de dança com a pessoa que mais nos faz feliz.

“Little of Your Time” é uma abordagem contemporânea e melódica ao funk, combinando de forma subtil a música soul, R&B e electrónica, e libertando toda a energia com um refrão frenético em falsete, que nos dá vontade de agarrar nos patins em linha e procurar a bola de espelhos mais próxima. O timbre de Cecília funde-se, naturalmente, com as harmonias das segundas vozes, e a instrumentação produzida por Jonny Abbey e Goldmatique atinge a intensidade de uma música construída para não deixar ninguém indiferente: a presença de sintetizadores analógicos, guitarras funk e linhas de baixo cheias de balanço levam a uma combinação de ingredientes perfeita para a festa.

No texto, os MEERA apelam à intuição, e sobre o inebriante efeito de descobrir alguém que dança a mesma canção que nós. A canção explora o amor como algo melhor usufruído por inteiro: O amor em plenitude com todas as suas formas e os seus feitios, um conceito ilustrado no vídeo realizado por Vasco Mendes.

“Little of Your Time” surge numa altura em que a necessidade de empatia é galopante. Com este tema, os MEERA clamam que as nossas diferenças têm que ser postas de lado, para chegarmos ao mais importante.

“Fine Without You”, “Little of Your Time” e, quem sabe, a remistura que os MEERA fizeram para o tema “Hidden Affection” de Moullinex, e que está incluída no EP “Hypersex Remixes”, serão alguns dos temas que a mais recente contratação da Discotexas vai interpretar na “House of Hypersex”, a grande festa de Halloween que Moullinex está organizar, dia 31 de Outubro, no Capitólio (Lisboa).

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