Neil Gaiman – Bran Morrighan https://branmorrighan.com Literatura, Leitura, Música e Quotidiano Mon, 28 Dec 2020 05:56:35 +0000 pt-PT hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.9 https://branmorrighan.com/wp-content/uploads/2020/12/cropped-Preto-32x32.png Neil Gaiman – Bran Morrighan https://branmorrighan.com 32 32 Recensão: Deuses Americanos – Sombras, Neil Gaiman – Scott Hampton – Rick Parker https://branmorrighan.com/2018/11/recensao-deuses-americanos-sombras-neil.html https://branmorrighan.com/2018/11/recensao-deuses-americanos-sombras-neil.html#respond Tue, 13 Nov 2018 10:08:00 +0000

Deuses Americanos – Sombras

História e Diálogos: Neil Gaiman (tradução de Renato Carreira)

Guião e Esboços: P. Craig Russell

Arte: Scott Hampton

Letras: Rick Parker

Saída de Emergência

264 págs

18,80 euros

por João Morales

Deuses Americanos é mais uma confirmação daquilo que já percebemos há muito: Neil Gaiman é um extraordinário inventor de histórias. Neste seu trabalho passado a BD (com a sua contribuição, essencialmente realizado por P. Craig Russell e Scott Hampton, mas que conta com diversas participações, em diferentes partes do livro) descobrimos uma reflexão sobre o antigo, o muito antigo, e a sua permanência na Humanidade. A América que surge logo no título não nasceu com Colombo, nem sequer com os índios que o receberam. Os ecos que esta fábula intemporal para adultos fazem soar reproduzem um som ancestral, gutural, uma respiração mantida em vida latente com a cumplicidade de uma amnésia mais ou menos consciente cultivada através de várias épocas: “estes são deuses apagados da memória. Até os seus nomes foram esquecidos. Os deuses morrem, e quando morrem, ninguém os chora ou recorda. As ideias são mais difíceis de matar do que as pessoas, mas podem ser mortas.”

Shadow está preso, em vésperas de ser libertado. Vive o dia-a-dia com calma e bonomia, na certeza da mulher que vai reencontrar, do emprego que o espera, da vida que planeou na sua cabeça e tenciona habitar. Um colega de cárcere avisa-o que vem uma grande tempestade a caminho e, à laia de coro grego, vamos encontrando esse estribilho ao longo da história. Talvez a tempestade seja tão antiga que ninguém recorde o seu início, mesmo os que antecipam o seu regresso. 

Claro que os planos saem furados. Shadow sonha e pergunta-se onde está. “Na terra e debaixo da terra. Estás onde aguardam os esquecidos. Para sobreviveres tens de acreditar”, responde-lhe uma criatura com quem contracena nesse momento onírico.

Wednesday, é esse o nome do futuro patrão de Shadow, surge-lhe na vida, encabeça o seu novo destino, e acentua rapidamente o ritmo de “road book”, ao definir os caminhos, apresentar as figuras que vão entrando em cena, evocando confrontos antigos que poderão voltar ser necessários na reafirmação de poder e de uma hierarquia que envolve diferentes tipologias.

Gradualmente, vamos integrando a noção de que nos movemos numa trama com séculos de construção, vão surgindo histórias dentro da história principal (uma espécie de Contos de Canterbury com elementos de Fantástico), e somos confrontados com a necessidade de entender o continente americano com um olhar mais amplo, resultado de muitas migrações, contingências mais ou menos pessoais, repositório de renegados e aventureiros – humanos ou divinos, pouco parece importar a destrinça. “Na verdade, as colónias americanas eram tanto uma lixeira como uma fuga. Nos dias em alguém poderia ser enforcado em Londres por roubar doze pence, as Américas tornaram-se um símbolo de clemência, de uma segunda oportunidade. Chamam-lhe degredo”, lemos numa das incursões históricas, situada em 1721, a fazer fé no diário do Sr. Ibis, um estranho agente funerário que cruza os tempos, na companhia do sócio, Jacquel: “mas nem sempre fomos agentes funerários. Éramos cangalheiros e, antes disso, simples coveiros”.

A passagem pelo Maior Carrossel do Mundo é inesquecível, com algo de Felliniano em todo o glamour que envolve. E a sua importância é intuída pelo próprio personagem, conforme o escritor partilha com os leitores: “Shadow sentiu-se intrigado por perceber que o preocupava mais violar as regras subindo ao Carrossel, do que quando foi cúmplice no assalto”.

O confronto de períodos históricos, mitologias, crenças, é também uma ardilosa e metafórica forma que Neil Gaiman encontrou para criticar alguns aspectos da nossa sociedade actual, que passam pelo vazio na era dita da Comunicação e numa selva de relacionamentos que faria corar de vergonha a mais malévola das figuras criadas em qualquer iconografia mística. Veja-se a brutalidade do episódio do táxi, antes de regressarmos ao combate que serve de eixo central a este caleidoscópio, uma história de disputa entre “deuses velhos nesta terra nova e sem deuses”. 

A diversidade de colaborações, nas páginas de abertura de capítulos, uma espécie de capa individual (ou cortina) para cada um, ou em alguns fragmentos que se integram na narrativa central, está perfeitamente consolidada, inclusive numa gama de cores coerente que, mesmo nas mudanças de ambiente, consegue manter a dimensão psicológica. Cada passo, cada pista, acaba por se encaixar, pelo menos na nossa interpretação, já que há coisas que permitem essa polissemia saudável e dinamizadora. E regressamos sempre a Shadow, o escolhido. Porquê ele? “A maçã não cai longe da árvore”.

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Opinião: Mitologia Nórdica, de Neil Gaiman https://branmorrighan.com/2017/09/opiniao-mitologia-nordica-de-neil-gaiman.html https://branmorrighan.com/2017/09/opiniao-mitologia-nordica-de-neil-gaiman.html#respond Fri, 08 Sep 2017 15:28:00 +0000

Mitologia Nórdica

Neil Gaiman

Editora: Editorial Presença

Sinopse: As lendas nórdicas sempre tiveram uma forte influência no universo de Neil Gaiman. Neste novo livro, o multipremiado autor regressou às suas fontes para criar quinze contos relacionados com a grande saga dos deuses escandinavos, que inspiraram a sua obra-prima Deuses Americanos. Da génese do mundo ao crepúsculo dos deuses e à era dos homens, eles readquirem vida: Odin, o mais poderoso dos deuses, sábio, corajoso e astuto; Thor, seu filho, incrivelmente forte mas turbulento; Loki, filho de um gigante e irmão de Odin, ardiloso e manipulador… Orgulhosas, impulsivas e arrebatadoras, estas divindades míticas transmitem-nos a sua apaixonante – e muito humana – história.

OPINIÃO: Quem é que nunca deduziu que o nome deste blogue se deve à minha paixão pela mitologia? Afinal, Bran e Morrighan são dois deuses celtas – deus e deusa, respectivamente. Sempre achei que os mitos, nas diferentes mitologias, davam uma forma encantatória e simultaneamente brutal a muitas metáforas da vida real. Ao mesmo tempo, também sempre foram desculpa para sair do universo como o conhecemos e entrarmos em realidades onde o fantástico toma formas que nos arrebatam. Em Mitologia Nórdica, Neil Gaiman apresenta-nos uma dessas realidades de uma forma como poucos terão a arte de o fazer. Num tom muito próprio, o autor começa por se dirigir ao leitor falando sobre o porquê da escrita deste livro, depois apresenta-nos os três principais protagonistas – Odin, Loki e Thor – seguindo-se então os belos quinze contos, que nos levam desde o início dos tempos até à aproximação do Ragnarök: o destino final.

Quase todos nós, a certa altura das nossas vidas, nos cruzámos com os famosos deuses nórdicos. Seja graças a gostarem de mitologia, a gostarem da Marvel ou porque, pura e simplesmente, tropeçaram neles sem querer. O que Neil Gaiman aqui nos oferece é quase uma espécie de “Mitologia Nórdica Para Totós”, no sentido em que quem nunca tenha mergulhado nesta temática irá certamente ficar com noções sobre o essencial da mesma – principais deuses, noções sobre os nove mundos e ainda as suas características – tendo ainda direito a uma versão completamente acessível, divertida, de acção rápida e completamente viciante. Estamos perante um escritor que, poderíamos dizer, pouco ou nada já tem a provar ao seu público alvo. Obras como Deuses Americanos ou Sandman, já deixaram bem claro que estamos perante um mestre contador de histórias. E, tendo eu já lido dezenas, senão centenas, de contos de várias mitologias, posso afirmar que é necessária alguma destreza, clareza e paixão para se conseguir prender o leitor da forma como senti que Neil Gaiman foi capaz nesta sua obra. 

Retirado do original:

“Because,” said Thor, “when something goes wrong, the first thing I always think is, it is Loki’s fault. It saves a lot of time.” 

Penso que esta pequena citação traduz o grande mote deste livro. Loki, não sendo um deus com quem eu consiga simpatizar grandemente, tem que ser reconhecido como aquele que faz tudo acontecer – o bom e o mau. São as suas acções e estratagemas que, directamente ou indirectamente, acabam por provocar o desenrolar da maioria das acções. Graças à sua astúcia, os deuses tanto sentem gratidão como ódio e desprezo. Tanto recorrem à sua inteligência como o culpam pela mesma. A verdade é que todos devem as suas melhores armas e características estéticas a Loki, mas também todos acabarão por cair por sua causa. E esta é uma perspectiva muito interessante. Não sei se foi propositada ou não, mas este cariz extremamente humano e falível dos deuses dá-nos uma perspectiva sobre estes deuses extremamente tangível. Resumindo, este livro é uma pequena maravilhosa que se devora à velocidade dos corvos de Odin – Hugin e Munin – ou do martelo de Thor – Mjölnir! 

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Opinião: O Oceano no fim do Caminho de Neil Gaiman https://branmorrighan.com/2014/02/opiniao-o-oceano-no-fim-do-caminho-de.html https://branmorrighan.com/2014/02/opiniao-o-oceano-no-fim-do-caminho-de.html#respond Thu, 13 Feb 2014 15:04:00 +0000

O Oceano no fim do Caminho

Neil Gaiman

Editora: Editorial Presença

Sinopse: Este livro é tanto um conto fantástico como um livro sobre a memória e o modo como ela nos afeta ao longo do tempo. A história é narrada por um adulto que, por ocasião de um funeral,  regressa ao local onde vivera na infância, numa zona rural de Inglaterra, e revive o tempo em que era um rapazinho de sete anos. As imagens que guardara dentro de si transfiguram-se na recordação de algo que teria acontecido naquele cenário, misturando imagens felizes com os seus medos mais profundos, quando um mineiro sul-africano rouba o Mini do pai do narrador e se suicida no banco de trás. Esta belíssima e inquietante fábula revela a singular capacidade de Neil Gaiman para recriar uma mitologia moderna.

Opinião: Escrever sobre um livro de Neil Gaiman impõem-me sempre algum respeito. Não por ser o Neil Gaiman, mas porque até hoje as obras que já li suas me tocaram sempre de forma muito especial. Fica sempre um sentimento de reverência à capacidade que o escritor tem de misturar elementos heterogéneos de forma tão harmoniosa. Ele é a visita à infância, a nostalgia que emerge ao relembrarmos a nossa paixão pelas coisas simples, os laivos de horror que fazem sobressair os momentos mais calorosos e emotivos, construindo uma história bonita, que nos prende, que nos faz ter saudades dos tempos em que tudo nos parece possível.

Acreditar no impossível, a inocência desse gesto, abandonou-me desde muito cedo. Aliás, eu nem me lembro de alguma vez acreditar no Pai Natal, o que talvez até seja uma coisa triste. A verdade é que ao ler O Oceano no Fim do Caminho foi impossível não me deslumbrar com a coragem deste rapazinho de sete anos, em que mal damos pelo facto de não sabermos o seu nome próprio, em enfrentar o desconhecido, em aceitar o inaceitável. Se no início e no fim estamos perante um adulto com uma vida um pouco mal resolvida, é certo que quando mergulhamos nas suas recordações encontramos actos extraordinários e somos testemunhos da criação de um laço belíssimo com Lettie, uma rapariguinha que diz ter 11 anos, mas há quanto tempo terá ela 11 anos?

Nota-se que a história tem um cunho bastante pessoal, apesar de não ser autobiográfico. Inicialmente foi idealizada para um conto, mas rapidamente se tornou em algo maior. São menos de duas centenas de páginas, numa aposta ousada dado o estilo de Neil Gaiman, em que um lago é na verdade um oceano, em que se criam buracos no coração que são caminhos para outros mundos e em que as relações familiares estão longe de serem perfeitas. E o sacrifício. A derradeira lição, o aperto no peito quando alguém se sacrifica por outra pessoa. Gostei imenso e fiquei com vontade de ler os restantes livros do autor que ainda não tive oportunidade de ler. 

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Opinião: “Deuses Americanos” de Neil Gaiman https://branmorrighan.com/2010/08/opiniao-deuses-americanos-de-neil.html https://branmorrighan.com/2010/08/opiniao-deuses-americanos-de-neil.html#comments Wed, 18 Aug 2010 18:17:00 +0000

Deuses Americanos

Neil Gaiman

Editora: Editorial Presença

Colecção: Via Láctea

Nº de Páginas: 496

Sinopse: Sombra, acabado de sair da prisão, aceita trabalhar para um estranho, o Sr. Quarta-Feira, que não é nada mais nada menos que a encarnação de um deus antigo. Por estarem a ser ultrapassados por ídolos modernos, os deuses antigos encontram-se em vias de extinção, e Sombra e Quarta-Feira têm de reunir o maior número de divindades para se prepararem para o conflito iminente que paira no horizonte. Mas esperam-nos inúmeras surpresas… Bestseller distinguido com diversos prémios, Deuses Americanos é uma aventura onde o mágico e o mundano, o mito e o real, caminham lado a lado, levando-nos numa viagem repleta de humor ao extraordinário potencial da imaginação humana.

Opinião: O “The Washington Post” diz: «Mistério, sátira, sexo, horror, prosa poética – Deuses Americanos usa todos estes elementos para manter o leitor suspenso no texto.» e eu não podia concordar mais. De Neil Gaiman ainda só tinha lido “A Estranha Vida de Nobody Owens, mas se nessa obra eu passei a respeitá-lo e a admirá-lo, Deuses Americanos só veio fortalecer e ainda enaltecer todas as opiniões que eu pudesse ter sobre o autor. 

Esta obra é diferente e magnífica, principalmente pelos paralelismos e analogias feitas entre o passado e o presente através dos Deuses. Num mundo cada vez mais consumista e cada vez menos devoto a qualquer tipo de religião ou crença, temos aqui uma luta entre os Deuses Antigos (dos mais variados panteões) e os Deuses Modernos (dos computadores, da moda, etc.) onde a lealdade e a traição mostram-se fundamentais para o desenlace da trama.

Sombra e o Sr. Quarta-feira são duas personagens espectaculares. Gaiman foi um autêntico arquitecto. Desde todo o enredo, às relações entre as personagens, aos cenários descritos, nada ficou por explorar e ainda teve o condão de, por mestria, nos prender à narrativa. Gostei do pormenor de a mesma oscilar entre o tempo actual e alguns interlúdios onde vamos conhecendo as histórias dos Deuses mais antigos, como chegaram à América e como eram venerados na altura. 

A leitura mostrou ser uma aventura à imagem das “road trips”, tão famosas, feitas pelos americanos e pelas nossas duas personagens principais, Sombra e Quarta-feira.

Um livro fantástico, que nos prende do início ao fim. Adorei e Recomendo sem sombra de dúvida.

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Opinião: “A Estranha Vida de Nobody Owens” de Neil Gaiman https://branmorrighan.com/2010/07/opiniao-estranha-vida-de-nobody-owens.html https://branmorrighan.com/2010/07/opiniao-estranha-vida-de-nobody-owens.html#comments Mon, 19 Jul 2010 10:49:00 +0000 A Estranha Vida de Nobody Owens
Neil Gaiman

Editora: Presença
Colecção: Estrela do Mar
Nº de Páginas: 304

Sinopse: Nobody Owens podia ser um rapaz absolutamente normal, tirando o facto de viver num cemitério e de ter sido criado por fantasmas e almas penadas sempre guardado por Silas, o guarda solitário que não está nem morto nem vivo. No cemitério vai viver aventuras e situações de perigo, mas a verdadeira aventura começa quando decide abandonar o lugar para defuntos… Suspense, humor e magia num livro destinado a tornar-se uma obra de culto da ficção juvenil.

Opinião: A Estranha Vida de Nobody Owens foi a minha estreia com o autor Neil Gaiman. Nunca tinha lido nada dele e fiquei surpreendidíssima. A Presença é conhecida pela qualidade das suas colecções, mas principalmente por três: Grandes Narrativas (romances para adultos), Via Láctea (fantasia para jovens/adultos) e Estrela do Mar (livros para o público juvenil). Pois bem, mesmo fazendo parte da colecção Estrela do Mar, Neil Gaiman conseguiu contar uma estória juvenil para adultos. O leitor, seja de que idade for, nunca se vai sentir deslocado. E este é um ponto muito forte na escrita de Gaiman.

Este livro foi uma autêntica surpresa. É incrível como logo a primeira página nos prende. O suspense é criado, o mistério adensa-se e é impossível não querer continuar a ler. Antes de cada capítulo há uma ilustração com uma citação relacionada com o mesmo, criando assim um sentimento de ansiedade. Tem que se dar mérito ao ilustrador, pois é bastante fácil identificarmos as personagens com aquelas ilustrações.

Nobody Owens, ou Bod, é uma personagem super querida que nos conquista desde pequenino. É com grande carinho que vamos acompanhando o seu crescimento e as suas aventuras. Silas, o seu tutor, é outra personagem que nos encanta com toda a sua contribuição para o crescimento de Bod, mesmo sem este dar conta.

Outro aspecto fascinante neste livro é a forma como a morte é encarada. Naquele cemitério, estar morto não é sinónimo de tristeza. Cada um continua a sua “vida” depois de morto e todos eles querem proteger Nobody Owens. E até o facto de a morte ser representada através da Dama de Cinzento no seu cavalo, que transporta as pessoas na sua hora, acaba por ser uma visão bastante romântica da mesma.

Resumindo, Neil Gaiman criou aqui um mundo fantástico e quem pensar que é uma história para crianças, está enganado. A sua escrita é simples, bastante própria e não me admirava nada de ver este livro adaptado no cinema pelas mãos de Tim Burton. Confesso que as ilustrações que o livro contém, fizeram-me lembrar imensas vezes os seus filmes.
Recomendo este livro sem restrições a qualquer pessoa de qualquer idade.

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