Paulo M. Morais – Bran Morrighan https://branmorrighan.com Literatura, Leitura, Música e Quotidiano Mon, 28 Dec 2020 04:46:18 +0000 pt-PT hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.8.3 https://branmorrighan.com/wp-content/uploads/2020/12/cropped-Preto-32x32.png Paulo M. Morais – Bran Morrighan https://branmorrighan.com 32 32 [Fotografia] Eu e os Autores na Feira do Livro de Lisboa! https://branmorrighan.com/2014/06/fotografia-eu-e-os-autores-na-feira-do.html https://branmorrighan.com/2014/06/fotografia-eu-e-os-autores-na-feira-do.html#respond Tue, 17 Jun 2014 14:40:00 +0000 Luís Miguel Rocha
Paulo M. Morais e Carla M. Soares
Nuno Nepomuceno
Alberto S Santos
Luísa Fortes da Cunha
Filipe Faria e Rafael Loureiro
Donato Carrisi
Manuel Jorge Marmelo
João Tordo e Afonso Cruz
Jeff Kinney
Deana Barroqueiro

O principal, para mim, numa Feira do Livro, ainda mais do que comprar livros baratos, é a possibilidade de interagir com os grandes criadores das histórias que me fazem continuar a ter o gosto pela leitura. Não tenho fotografias do ano passado e mesmo este ano, ao início, dediquei-me mais a fotografar os outros do que a tirarem-me fotografias a mim com eles. Pois bem, tenho pena de não ter começado mais cedo, pois dou conta que realmente são estes momentos e estas pessoas que nos acabam por marcar e ao mesmo tempo incentivar para que continuemos o nosso trabalho.

Todos os que aqui estão são óptimos escritores, mas especiais são mesmos os nossos, os portugueses! Leiam-nos! A todos! Os meus preferidos? Bem, vocês sabem… Aos autores, obrigada por me terem aturado mais um ano! 

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[DESTAQUE] Dia 10 de Junho na Feira do Livro em Fotografia https://branmorrighan.com/2014/06/dia-10-de-junho-na-feira-do-livro-em.html https://branmorrighan.com/2014/06/dia-10-de-junho-na-feira-do-livro-em.html#comments Wed, 11 Jun 2014 10:34:00 +0000

Fotografias por Sofia Teixeira

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Entrevista a Paulo M. Morais, Escritor Português https://branmorrighan.com/2013/06/entrevista-paulo-m-morais-escritor.html https://branmorrighan.com/2013/06/entrevista-paulo-m-morais-escritor.html#comments Tue, 25 Jun 2013 15:35:00 +0000 Bom dia! Hoje tenho o prazer de vos dar a conhecer mais um autor português – Paulo M. Morais. Jornalista de profissão, lançou o seu primeiro romance em Abril pela Porto Editora intitulado de Revolução Paraíso. Depois de ler o livro e de conhecer pessoalmente o autor na Feira do Livro de Lisboa, não podia não entrevistá-lo. Conheçam então o escritor Paulo M. Morais. (Obrigada Paulo por toda a simpatia a disponibilidade)

Fala-nos um pouco sobre ti:

Sou colheita de 1972. Nasci em Lisboa mas vivi sempre nos arredores. Formei-me jornalista e encanta-me escrever sobre cinema, gastronomia e viagens, entre o resto que vai surgindo. Há alguns anos pus uma mochila às costas e dei a volta ao mundo. Depois cumpri a trilogia de ter uma filha, plantar uma árvore e publicar um livro. Agora estou mais concentrado em viajar nas letras.

Como caracterizas o teu estilo e ritmo de escrita?

Escrever ficção, tal como outro ofício ou arte, é um caminho que se faz página a página. Talvez ainda seja cedo para definir-me em termos de estilo. Sei alguns temas que quero abordar nos meus romances e, por enquanto, não me vejo a especializar-me num género específico; acima de tudo, quero identificar-me cada vez mais com o que escrevo.

Em relação ao ritmo de escrita, sou bastante metódico. Estabeleço um horário, tendo em conta as minhas outras obrigações, e tento cumpri-lo escrupulosamente. Não espero pela famosa inspiração. Simplesmente trabalho com afinco, dia após dia, no livro que estou a escrever.

Quais as tuas maiores influências?

Sinto-me muito próximo da tradição romancista norte-americana de contar histórias. Tanto idolatro os diálogos secos do Ernest Hemingway como o articulado romanesco do F. Scott Fitzgerald. Dos autores contemporâneos, o Philip Roth e o Cormac McCarthy não saem da mesa-de-cabeceira. Também me perco nos incomparáveis livros da Clarice Lispector que me revelam o lado estético da língua portuguesa. Em Portugal, coloco José Saramago, Fernando Pessoa e Eça de Queirós num pedestal à parte. Mas nisto de influências são sempre mais os que ficam de fora do que aqueles que acabam mencionados.

Depois de tantos anos como jornalista, como é que foi a passagem para romancista?

Complexa e dura. Ser jornalista obriga a uma contenção na mensagem e na própria forma. Na pele de romancista, pelo contrário, existe uma liberdade total (caso não nos autocensuremos). A escrita do Revolução Paraíso, por ter um cenário histórico, acabou por revelar-se um pugilato entre o jornalista e o ficcionista. Por vezes senti dificuldade em aceitar que os personagens inventados tivessem mais “força” do que os factos reais, como se o jornalista experiente esmurrasse em cheio o romancista iniciante. Cada página do livro resulta dessa tentativa, por vezes frustrante, de encontrar um equilíbrio eficaz entre a narrativa ficcionada e o pano de fundo histórico.

Revela-nos um pouco sobre Revolução Paraíso. O que é que os leitores podem esperar encontrar nesta tua primeira obra?

Para as gerações mais velhas, este livro recupera as memórias dos tempos conturbados do pós-25 de Abril de 1974. Para os leitores mais novos, o Revolução Paraíso é uma oportunidade de entrar na atmosfera daquela época, em que o quotidiano era um contínuo de manifestações, greves, conflitos e episódios caricatos. E julgo que qualquer leitor será capaz de identificar algumas semelhanças entre o que se viveu na altura e o que estamos a viver agora. Depois existe “outro” livro, no qual as personagens lutam por amizades e ideologias, se embrulham em amores reais e utópicos, se envolvem em tramas policiais ao sabor do que vai acontecendo no país…

Qual a sensação de se editar uma obra por uma das maiores editoras nacionais e estar logo presente na Feira do Livro de Lisboa?

Ter sido escolhido pela Porto Editora como aposta de um novo autor português foi um final feliz e perfeito para todos os anos de trabalho árduo que dediquei à escrita de romances. Ao mesmo tempo, senti também uma enorme responsabilidade de não defraudar a aposta da editora e, acima de tudo, de cumprir as expectativas de todos os leitores que viesse a ter. A presença na Feira do Livro de Lisboa serviu principalmente para agradecer aos que já tinham lido (ou queriam ler) o Revolução Paraíso.

Que projectos para um futuro próximo tens em mente?

Gosto de deixar as ideias amadurecerem na minha cabeça até chegar ao ponto de praticamente me ver obrigado a escrevê-las. Mas como não estive parado durante todo o processo de submissão, aceitação e publicação do Revolução Paraíso, já tenho um novo livro escrito. É um romance que aborda essa ideia-feita de que há um Poeta em cada português.

Pergunta da praxe: O que achas do blog Morrighan? (E por favor, sente-te à vontade para dizer mal!)

Confesso que acabo por ser um leitor muito errático de blogues. A lista de livros que quero ler é extensa e está sempre a sofrer acrescentos, pelo que gasto a maior parte do meu tempo livre a ler romances. Porém, desde o lançamento do Revolução Paraíso que tenho estado um pouco mais envolvido na blogosfera. E posso dizer que blogues literários como o Morrighan, juntamente com outros congéneres, acabam por ter um papel fulcral na divulgação de novos autores que, geralmente, não encontram espaço nos meios “consagrados” da crítica literária. Mas este lado positivo de democratização das oportunidades também acarreta responsabilidades. Quanto mais os blogues se consciencializarem da sua influência na “formação” de novas gerações de leitores, maior critério terão na sua função de mediadores. Dito isto, ainda bem que existe o Morrighan, blogue que me parece ter tido uma evolução bastante positiva a vários níveis.

OPINIÃO Blog Morrighan do livro Revolução Paraíso: https://branmorrighan.com/2013/05/opiniao-revolucao-paraiso-de-paulo-m.html

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Opinião: Revolução Paraíso de Paulo M. Morais https://branmorrighan.com/2013/05/opiniao-revolucao-paraiso-de-paulo-m.html https://branmorrighan.com/2013/05/opiniao-revolucao-paraiso-de-paulo-m.html#respond Wed, 08 May 2013 16:29:00 +0000

Revolução Paraíso

Paulo M. Morais

Editora: Porto Editora

Sinopse: Enquanto nas ruas se decide o futuro de um país, na tipografia de Adamantino Teopisto vive-se um misto de enredo queirosiano, suspense de um policial e ternura de uma novela: com sabotagens, amores proibidos e cabeças a prémio; tudo num ambiente de revolução apaixonado. O rebuliço generalizado tem repercussões no alinhamento do jornal e no dia a dia das gentes de São Paulo e do Cais do Sodré. A revolução é o tópico das conversas nas tascas, nas ruas, no prédio da Gazela Atlântica, contribuindo para o exacerbar das tensões latentes entre o patrão Adamantino e os funcionários. A vivacidade de uma estagiária, as manigâncias de um ex-PIDE foragido, os comentários de um taberneiro e as intromissões de um proxeneta e de uma prostituta agravam ainda mais a desordem ameaçadora que paira no ar. Nada foi igual na vida dos portugueses após a Revolução dos Cravos. Nada foi igual na vida da “família” Gazela Atlântica após o 25 de Abril.

Opinião: Revolução Paraíso é o primeiro grande romance escrito por Paulo M. Morais. Quando me foi dada a oportunidade de leitura desta obra, tive que aceitar. Um romance que mistura conceitos queirosianos, uma revolução marcante da nossa história e ainda todo o conceito de liberdade de expressão através de um jornal no mínimo insólito, só poderia ser no mínimo interessante. E assim foi.

Retratando de forma bastante genuína e cuidada a época logo após o 25 de Abril, o autor construiu personagens para todos os gostos. Desde a Pandora revolucionária, ao rabugento Adamantino, ao recatado e pouco seguro de si Adão. Apesar de estas serem as que mais acabaram por marcar a minha leitura, não posso deixar de mencionar a Eva do Paraíso que Paulo M. Morais acabou por usar para transmitir os vários devaneios políticos das altas patentes da altura.

Para além de ser um romance com todas as características presentes na sinopse, em Revolução Paraíso revisitamos os vários Chefes de Estado que foram passando nos primeiros tempos pós-revolução e ainda o factos mais importantes dessa altura. A linguagem do autor é concordante com a época retratada e nota-se que houve uma boa preparação a nível de pesquisa e de fieldade dos acontecimentos retratados.

Confesso que este tipo de romances não costuma ser de todo o meu género de eleição. Por norma aborreço-me facilmente com o excesso de História com que por vezes os autores carregam as suas obras, mas confesso que em Revolução Paraíso Paulo M. Morais teve a mestria de com o seu enredo multifacetado tornar estar leitura agradável. Um autor que não conhecia, mas que vou querer acompanhar no futuro.

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