Peixei:Avião – Bran Morrighan https://branmorrighan.com Literatura, Leitura, Música e Quotidiano Mon, 28 Dec 2020 05:48:09 +0000 pt-PT hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.9 https://branmorrighan.com/wp-content/uploads/2020/12/cropped-Preto-32x32.png Peixei:Avião – Bran Morrighan https://branmorrighan.com 32 32 [Foto Reportagem] peixe:avião e o seu Peso Morto, no Lux Frágil https://branmorrighan.com/2016/03/foto-reportagem-peixeaviao-e-o-seu-peso.html https://branmorrighan.com/2016/03/foto-reportagem-peixeaviao-e-o-seu-peso.html#respond Thu, 03 Mar 2016 15:51:00 +0000

Fotografias Eugénio Ribeiro

Peso Morto é um dos meus discos de 2016 até agora. Desde que o recebi, há já quase dois meses atrás, que o tenho ouvido vezes sem conta. O percurso dos peixe:avião tem sido tudo menos linear e a evolução apraz-me de sobremodo. Gosto do ambiente mais intenso, mais escuro, mais trabalhado. Ao vivo, tendo-os visto já por três ou quatro vezes nos últimos dois anos, o conjunto apresenta-se agora com uma estética mais resguardada, mais íntima, mas não menos entusiasta. Quase em formato estrela (dentro de um quadrado), com o baterista no centro, os peixe:avião têm um espectáculo que cada vez mais fascina pela descoberta da construção das composições. No Lux, podendo estar perto do palco e já conhecendo o disco de uma ponta à outra, fascinou-me aperceber-me de que forma é que cada sonoridade é construída, compreendendo também melhor o que o André Covas tinha explicado na entrevista que deu ao blogue. O público, esse, contrastou com a discrição em palco da banda, manifestando a bons pulmões o entusiasmo com o concerto. Não havendo interacção com o público, e seguindo um alinhamento mais ou menos certo, as características dos concertos de peixe:avião – luzes, projecções, ambiente – tendem a depender um pouco do espaço em que actuam, mas que eles sabem o que fazem, disso não há dúvidas nenhumas e são uma das melhores bandas portuguesas do momento. 

]]>
https://branmorrighan.com/2016/03/foto-reportagem-peixeaviao-e-o-seu-peso.html/feed 0
[Diário de Bordo] A loucura dos últimos dias https://branmorrighan.com/2016/02/diario-de-bordo-loucura-dos-ultimos-dias.html https://branmorrighan.com/2016/02/diario-de-bordo-loucura-dos-ultimos-dias.html#respond Sat, 20 Feb 2016 15:23:00 +0000

Desde que cheguei do Porto, há uma semana, que ainda não parei um bocadinho. Entre trabalhar no doutoramento, preparar aulas, manter o blogue actualizado e cumprir com a agenda planeada, o sono tem sido pouco, mas tem compensado. Dou por mim a lembrar-me que ainda nem escrevi sobre como foi verdadeiramente a noite no Porto, nem de tantas outras coisas, mas o tempo passa tão depressa e acontece tudo em tão pouco tempo que para viver as coisas em pleno estar agarrada ao computador não é uma hipótese, por isso vou tentar resumir tudo o melhor possível.

Tomei a liberdade de te roubar esta foto, Paulo Homem de Melo! 🙂 

O aniversário no Maus Hábitos foi tão, tão lindo, que ainda parece que não estou bem em mim. Estiveram lá pessoas que me são tão queridas, conheci outras que ainda só pela net era possível comunicar e todo o feedback recebido foi extremamente positivo. Tendo levado apenas projectos emergentes – Surma, Whales e azul-revolto – confesso que acabo por me orgulhar extremamente do percurso que o impacto do blogue acaba por ter. Sinto-me muito lisonjeada quando vêm ter comigo e reconhecem não só o meu esforço – 100% pro bono – como ainda mostram uma espécie de garantia de respeito pelas minhas escolhas. Nem todos temos os mesmos gostos, eu costumo dizer que às vezes me sinto um bocadinho egoísta nestes dias, porque afinal é o meu gosto pessoal que opera no cartaz. Já aconteceu eu convidar bandas a tocarem em eventos meus porque de outra maneira não as estava a conseguir ver… Eu sei! Soa um bocadinho presunçoso, mas é a maior sinceridade nisto tudo. Quando ainda por cima quem vai ver fica fascinado ou conquistado pelo cartaz, a sensação é maravilhosa. E no Porto foi isso que aconteceu. A Débora Umbelino, aka Surma, por exemplo, conheço desde dois mil e troca ao passo ainda ela estava noutra banda. Se eu já gostava dessa banda, quando se separaram (Surma de um lado a solo e agora Whales enquanto banda do outro) fiquei logo de olho. E a verdade é que se tornaram em dois projectos completamente distintos, mas com um potencial tremendo. Já azul-revolto, por exemplo, também tenho o maior carinho pois fui eu que organizei o seu primeiro concerto ao vivo, o ano passado no Musicbox Lisboa, e tem sido extraordinário ver a sua evolução e como até lá fora já o aceitam tão bem e falam dele. Quando gostamos dos projectos, não é que seja mais fácil, porque nada disto é fácil de organizar, mas no fim tudo é muito, muito, muito gratificante. E a noite terminou com o belo djset do A Boy Named Sue, o meu querido Tiago que é dos melhores djs que alguma vez conheci. Foi bom, estou feliz e de coração cheio, só posso esperar que se volte a repetir! 

Continuando, a Omnichord Records fez 4 anos e lançou um teaser brutal e eu escrevi umas quantas coisas que podem ver e ler aqui. Também já me foi atribuída a cadeira que vou leccionar nos próximos cinco meses – Introdução aos Algoritmos e Estruturas de Dados, aqui no Instituto Superior Técnico – e as reuniões semanais do doutoramento já recomeçaram. Juntando os dois trabalhos que tenho para fazer e ainda a conferência em França daqui a um mês, podem imaginar que trabalhinho é coisa que não me falta mesmo! Mas como no meio disto tudo é a música e a literatura que me vai salvando, convido-vos a visitarem o link das opiniões, que já tem mais algumas, e também a ficarem atentos às galerias que estão para surgir. É que depois de entrevistar os peixe:avião, pude ir ver a apresentação do disco Peso Morto, no Lux, e o meu querido afilhado tirou umas quantas fotografias que estão para breve. Soube mesmo bem! Tirar o stress de cima, ficar fascinada com o processo de construção sonora em palco, sentir a música a entrar no corpo e este a mexer-se naturalmente. A música dos peixe:avião está mais densa, é uma verdade, mas ao mesmo tempo todo este ambiente mais negro, sem se tornar depressivo, roça um pulsar primitivo que se torna irresistível. Toda a sorte do mundo, é o que lhes desejo! 

Ontem foi dia de me estrear a organizar concertos na Casa Independente! E tenho a dizer que foi tudo tão bonito também! Os Few Fingers vieram apresentar o seu belíssimo Burning Hands, com primeira parte da Surma, e fomos todos muito bem recebidos e tratados. Não que esperasse o contrário, mas quando vamos fazendo estas coisas há algum tempo, sentimos a diferença quando existe um ambiente mais familiar, mais personalizado. O Zé, o técnico de som que também fez o aniversário do blogue no Musicbox, foi completamente incansável e fez maravilhas. Também jantámos todos por lá, mesinha conjunta, e a comida estava divinal. Não sei se não foi melhor bacalhau à brás que já comi, mas se não foi está perto disso. E aquelas manteigas caseiras, o pãozinho com o azeite e especiarias… Hum! Foi bom! E depois os concertos começaram, com uma casa bem composta e bem linda, a Surma a deixar toda a gente deslumbrada com o seu projecto a solo e os Few Fingers a darem um concertão que me deliciou também. A verdade é que apesar de ter ouvido o disco milhentas vezes, nunca os tinha visto ao vivo e é toda uma outra dimensão. Gosto muito da veia mais rock que apresentam em banda, não descurando as inevitáveis baladas. Sem dúvida que a Casa Independente se confirmou como o espaço ideal para esta apresentação e, mais uma vez, o feedback foi extremamente positivo. Só posso ficar babada, não acham? 

E já falei tanto que o resumo tornou-se quase numa longa-metragem! Eheheh! No fundo só quero agradecer a todas as pessoas, de todos os meios em que me vou envolvendo, por acreditarem e confiarem em mim, por todo o apoio que leitores e parceiros me dão, por todo o carinho com que os artistas também me tratam, enfim! Por tudo. Porque nada disto se faz sozinho e a motivação vem sempre de vários pequenos gestos que por vezes as pessoas nem dão conta. Espero que tenham um óptimo fim-de-semana, que possam aproveitar este sol maravilhoso! Beijos e até breve! 

]]>
https://branmorrighan.com/2016/02/diario-de-bordo-loucura-dos-ultimos-dias.html/feed 0
Entrevista aos peixe:avião – Um novo disco que está longe de ser um Peso Morto https://branmorrighan.com/2016/02/entrevista-aos-peixeaviao-um-novo-disco.html https://branmorrighan.com/2016/02/entrevista-aos-peixeaviao-um-novo-disco.html#respond Wed, 10 Feb 2016 12:10:00 +0000 Conheci os peixe:avião já eles estavam no seu quarto trabalho. Tinha acabado de sair o disco homónimo, marcando assim uma nova fase no processo criativo da banda. De cada um fazer tudo em casa para depois juntarem em estúdio, passaram a compor em conjunto. Mas as mudanças não se ficaram por aí, também a estética atravessou uma espécie de metamorfose e de canções com laivos coloridos passámos para músicas a entrarem num espectro monocromático. Em 2016, os peixe:avião editam o seu quinto disco – Peso Morto – e mergulham definitivamente na densidade mais sombria de todas as suas composições até hoje. A voz já não é tão cantada, mas antes texturizada, dos sons completamente limpos de Madrugada, passaram para sonoridades mais orgânicas em que pequenas imperfeições e experimentações se tornam motes de um disco que, na minha opinião, é o mais bem conseguido da banda até hoje. Depois de uma primeira entrevista feita em 2014, foi a vez de conversar novamente com o André Covas, um dos cinco elementos de peixe:avião, sobre todas estas coisas e mais algumas. É só continuarem a ler. 

Fotografia Liliana Mendes e Duarte Costa

Quando surgiu o disco 40:02 não houve dúvidas que os peixe:avião era uma banda a ter em conta no panorama musical nacional. Passados quase 8 anos não é demais dizer que o hype foi merecido, mas que o percurso tem sido tudo menos linear. Veja-se a diferença entre o disco que seguiu 40:02, o Madrugada, e agora este último Peso Morto. As cores desapareceram, as canções de voz limpa e composição mais pop também. Deu-se lugar a uma maior profundidade e à exploração de lugares mais sombrios. Pelo meio houve o disco homónimo que marca precisamente essa transição. «Esse disco acabou por marcar uma segunda fase da banda.» 

A mudança deveu-se a uns quantos factores, começando pela composição: «No 40:02 e no Madrugada tínhamos um meio de compor muito próprio que era cada um fazia as coisas muito individualmente em casa e depois juntávamo-nos para juntar tudo e gravar. O trabalho era muito cerebral e individualista. Dávamos demasiado largas à imaginação para fazermos o que quiséssemos ao nível de composição. Ou seja, se quiséssemos gravar 10 pistas de guitarras diferentes numa música, ou 10 pistas de sintetizadores, podíamos fazê-lo porque estávamos em casa a compor quase como se fosse para uma orquestra.» A transição para o espectáculo ao vivo não era fácil: «Era difícil transpor o que estava no disco, havia músicas que nem sequer tocávamos.» A pressão de apresentar um bom segundo disco também teve a sua influência: «Existe sempre essa pressão, exagerada ou não, do segundo disco por ser um disco de concretização. No primeiro disco és uma promessa no segundo disco tens que ser um disco de certezas. E investimos muito nesse disco, talvez demasiado. Quisemos imprimir demasiadas coisas dentro de cada canção e acabou por ficar um disco muito saturado e não tão condizente com as nossas referências pessoais. Tínhamos a necessidade de fazer muita coisa e só resultou bem até certo ponto, para nós podia ter resultado melhor e achámos que tinha a ver com a nossa metodologia de trabalho.»

Abandonado o individualismo, decidiram então que era altura de começarem a compor em conjunto: «Após cinco ano de banda juntámo-nos todos na sala de ensaio e começámos a compor do nada, sem qualquer tipo de ideias pré-concebidas ou de balizas numa primeira fase.» Foi um processo longo, afinal três anos separam Madrugada de peixe:avião: «Tivemos que partir muita pedra, bater umas quantas vezes com a cabeça na parede. Foi um processo algo frustrante até conseguirmos conceber um som que sentíssemos que era aquilo que nós queríamos.» Dado o clique, a produção deu-se de forma célere e a partir daí o caminho tem sido contínuo: «O que resultou de peixe:avião foi um som muito mais negro, mais denso, mais textural. Deixámos a composição em computador e passámos a compor de guitarras na mão, directamente com os pedais, etc., e começámos a brincar muito mais com o som, tornando-o mais orgânico e mais visceral, mais físico. Às tantas consegues sacar sons mais com base em ruído e não tanto em notas e vais construindo a partir daí e em conjunto. Foi um disco muito mais coeso e muito mais de banda, por isso é que lhe quisemos dar o nome peixe:avião, talvez por ser o primeiro disco inteiramente de banda.» 

O processo de composição acabou por não parar por ali e um acontecimento que acabou por reforçar esta nova metodologia foi o convite do Curtas Vila do Conde para musicar o clássico do cinema mudo “Ménilmontant”: «Pegando naquilo que vínhamos a desenvolver e depois tendo este novo desafio, continuámos a explorar a estética, agora completamente livres do formato canção – estamos a compor uma banda sonora e por isso não há limites temporais e estruturas a seguir, a estrutura é imposta pelo filme – isso obrigou-nos a repensar a nossa forma de escrever as músicas, as canções.» Deste exercício saíram ideias que foram muito importantes para Peso Morto: «Começámos a compor o Peso Morto ainda com essas ideias na cabeça.»

Fotografia Liliana Mendes e Duarte Costa

Mesmo havendo uma clara transformação entre 40:02 e Madrugada, e peixe:avião e Peso Morto, a negritude passa mais pela estética e não tanto pelo estado de espírito da banda: «Não queremos passar uma imagem de negritude, ou o que quer que seja nesse sentido, simplesmente é uma imagem que é mais condizente com a estética musical do disco.»

De todos os discos, Peso Morto apresenta-se então como o mais soturno deles todos, sendo que o experimentalismo teve um papel fundamental na composição: «Foi um processo meio laboratorial, diria quase alquímico no sentido de experimentarmos coisas. Algumas coisas foram marcantes: o Pedro começou a ligar microfones de contacto à bateria, começou a passar o sinal da bateria a uma cadeia de pedais de guitarra e o som da bateria começou a sair por um amplificador de guitarra. O som que acabas por ouvir no disco é um misto de acústico da bateria com o som todo estragado da distorção, dos delays e reverbs resultante de ter passado pelo amplificador de guitarra. Quando começámos a ouvir essas coisas, novas ideias começaram a surgir. Houve uma música, a Torto, cuja base é uma gravação de telemóvel numa coluna estragada na sala de ensaio com o Pedro a tocar um timbalão distorcido a passar pela tal cadeia de pedais, e depois construímos a música sobre isso. Quando tens tudo numa sala de ensaios existem feedbacks constantes, uns volumes mais altos do que outros, etc., e nós tentámos tirar partido disso tudo. Também foi importante o sintetizador que o Luís teve emprestado durante algum tempo, o Synton Fenix, que deu origem ao nome da música Fénix, em que foram gravados uma série de sintetizadores com ele. Também gravámos na sala de ensaio com um telemóvel apontado para uma coluna estragada (risos) um teclado e uma bateria a fazer um loop muito simples. Ou seja, tudo foi surgindo de vários pontos diferentes e construindo a partir daí.»

Pode não haver a intenção de negritude, mas o próprio nome Peso Morto e a sequência de letras de músicas apontam para um caminho um pouco mais escuro: «As letras é o Ronaldo que as escreve e são até certo ponto livres de interpretação e até certo ponto autobiográficas – o que me deixa preocupado (risos). Estou a brincar! Mas as letras reflectem e são reflexo do intrumental. Normalmente surgem primeiro os instrumentais e depois as letras. O nome Peso Morto surge primeiro porque queríamos escolher como nome do disco o nome de uma das músicas do mesmo. Peso Morto suscitou-nos interesse não tanto pela carga simbólica que o nome tem – algo descartável, algo que é chato e literalmente um peso morto que mais valia não estar ali porque não está a fazer nada – mas mais pela questão do imaginário que está à volta dessa palavra. Uma coisa pesada, estanque, que não se mexe, escura. Achámos que isso e a capa seriam um bom papel de embrulho para o disco que está lá dentro.»

O que também mudou e que se nota ainda mais em Peso Morto é a forma como a voz de Ronaldo marca presença em cada música: «Antes a voz era assumida como de frontman, mas agora damos um tratamento muito mais sónico, muito mais diluído no instrumental, não lhe retirando importância nenhuma, atenção. Apenas é a estética que temos vindo a procurar.» Outra novidade é haver uma música só instrumental, mas o futuro não parece passar por aí: «Não nos vamos tornar numa banda instrumental, a voz será sempre uma componente essencial quanto mais não seja pela parte lírica, por isso é que fazemos sempre questão de ter as letras impressas em papel, porque são uma parte importante da própria identidade da banda. A voz é cada vez mais tratada como instrumento sim, e muitas das vezes nem sempre se percebe o que está a ser dito, daí darmos sempre as letras, mas a voz é uma componente sempre importante.»

Confesso que tendo apenas conhecido peixe:avião no disco homónimo, a impressão que tenho é que a transição acabou por ser bastante positiva: «Houve alguma insegurança nesse disco porque tanto podia ser bem recebido como podia ser um tiro no pé. Com este a mesma coisa, porque ainda é mais arriscado do que esse. Acho que isso se deve um bocado à experiência ao vivo.» E a verdade é que o próprio alinhamento da banda em palco mudou, sendo agora comum e já imagem de marca vê-los virados uns para os outros num processo de actuação muito mais colectivo: «Apesar de logisticamente o concerto parecer muito mais pesado, porque existe muito mais material em palco – cada um de nós toca uma série de instrumentos diferentes e tudo passa por amplificadores de guitarra em que tudo pode fazer feedback (risos) – o contrário acontece. É um concerto porque estamos muito mais libertos. A disposição em que tocamos e a forma como tocamos é igual à forma como compomos na nossa sala de ensaios. Ou seja, acaba por ter muito mais energia, até a própria música com bateria mais ritmadas, tudo. Acho que no fundo com este processo nos tornamos mais honestos com a nossa música e isso tem-nos dado mais concertos, mais divulgação e maior confiança.»

Ao vivo, Peso Morto já foi apresentado no Porto, no Rivoli com casa cheia e chega a Lisboa, ao Lux Frágil, a 18 de Fevereiro, 23:00, e a Braga, ao Theatro Circo, a 20 de Fevereiro, 21:30. O acesso ao concerto no Lux Frágil será feito mediante compra da edição CD de “Peso Morto” numa loja FNAC ou à porta na noite do concerto.

Foi sem dúvida uma bela conversa sobre um disco que rapidamente entrou nos meus favoritos.

Deixo-vos com alguns links que completam esta entrevista:

Primeira entrevista aos peixe:avião

http://www.branmorrighan.com/2014/08/entrevista-peixeaviao-banda-portuguesa.html

Single Quebra (de Peso Morto)

http://www.branmorrighan.com/2015/07/antena-3-avanca-novo-single-de-peixe.html

Single Miragem (de Peso Morto)

http://www.branmorrighan.com/2016/02/queres-e-letra-peixeaviao-miragem-novo.html

]]>
https://branmorrighan.com/2016/02/entrevista-aos-peixeaviao-um-novo-disco.html/feed 0
Hoje vou estar à conversa com… https://branmorrighan.com/2016/02/hoje-vou-estar-conversa-com-2.html https://branmorrighan.com/2016/02/hoje-vou-estar-conversa-com-2.html#respond Tue, 09 Feb 2016 10:26:00 +0000 Fotografia Sofia Teixeira

… com os Peixe:Avião! É verdade, após a primeira entrevista feita há ano e meio – e que pode ser lida aqui: http://www.branmorrighan.com/2014/08/entrevista-peixeaviao-banda-portuguesa.html – e com peso morto, novo disco da banda, prestes a ficar disponível, eis que se impõe uma pequena conversa sobre este trabalho que tanto tem rodado aqui no trabalho. Curiosos? Esta semana sai o resultado! Fiquem atentos!

Entretanto podem ver os dois avanços do disco:

Quebra

http://www.branmorrighan.com/2015/07/antena-3-avanca-novo-single-de-peixe.html

Miragem

http://www.branmorrighan.com/2016/02/queres-e-letra-peixeaviao-miragem-novo.html

]]>
https://branmorrighan.com/2016/02/hoje-vou-estar-conversa-com-2.html/feed 0
[Queres é (a) Letra!] Peixe:Avião – Miragem (novo vídeo) https://branmorrighan.com/2016/02/queres-e-letra-peixeaviao-miragem-novo.html https://branmorrighan.com/2016/02/queres-e-letra-peixeaviao-miragem-novo.html#respond Wed, 03 Feb 2016 08:33:00 +0000

O novo single dos peixe : avião chama-se “Miragem” e é o segundo avanço para o seu 4º disco, intitulado Peso Morto. De acordo com Vasco Mendes e André Tentúgal, que assinam a realização do vídeo através do coletivo Tarzan, “a rotina e o isolamento presentes no vídeo de Quebra, tem agora continuidade na solidão da personagem, perdida e derrotada, nas paisagens geladas e fabris”. O vídeo foi filmado em Wroclaw (Polónia).

O quarto disco do quinteto, intitulado “Peso Morto”, foi gravado entre Maio e Outubro de 2015 em Braga e nos Estúdios Valentim de Carvalho, com produção da própria banda e Nélson Carvalho, colaborador de longa data. A subversão do formato canção, o recurso a uma instrumentação de caraterísticas cada vez mais singulares e a exploração de uma lírica simultaneamente abstrata e introspetiva, são as pedras basilares de “Peso Morto”, com lançamento agendado para 19 de Fevereiro de 2016.

Em 2013 os peixe : avião editaram o seu terceiro disco, de título homónimo, rompendo abruptamente com uma trajetória pop alicerçada em trabalhos como “Finjo a fazer de conta feito peixe : avião” (2007), “40.02” (2008) e “Madrugada” (2010). Consensual entre a crítica especializada e os seguidores da banda, “peixe : avião” (2013) revelou-se o regresso perfeito da banda bracarense aos discos.

A trajetória de exploração de novas abordagens sonoras foi continuada com a composição de música original para o clássico “Ménilmontant” de Dimitri Kirsanoff, filme de 1929, após encomenda do Curtas Vila do Conde – Festival Internacional de Cinema, com reposição no Teatro Maria Matos em Lisboa. A experiência revelou-se fundamental para o período de composição que se seguiu, durante o ano de 2015.

“Peso Morto” será transposto para o palco em 3 datas de apresentação iniciais, às quais se seguirá um conjunto mais alargado de concertos. Porto, Lisboa e Braga acolherão os concertos de lançamento do quarto disco do quinteto bracarense que decorrerão, respetivamente, no Rivoli (a 6  de fevereiro, 22:00) uma data já esgotada; Lux Frágil (a 18 de Fevereiro, 23:00) e Theatro Circo (20 de Fevereiro, 21:30). O acesso ao concerto no Lux Frágil será feito mediante compra da edição CD de “Peso Morto” numa loja FNAC ou à porta na noite do concerto.

Ser tão tarde e ter sono, não dá para ver

Todas as imagens áridas de solidão

Tudo é breve e pequeno demais

Nada mais parece ser igual


De uma só vez, vou para um campo, na fuga de ver

]]>
https://branmorrighan.com/2016/02/queres-e-letra-peixeaviao-miragem-novo.html/feed 0
Antecipando o Bons Sons – O que os artistas esperam do festival e o que podemos esperar deles! – PARTE I https://branmorrighan.com/2015/08/antecipando-o-bons-sons-o-que-os.html https://branmorrighan.com/2015/08/antecipando-o-bons-sons-o-que-os.html#respond Mon, 10 Aug 2015 13:09:00 +0000

O Festival Bons Sons está mesmo aí a chegar, já com a recepção ao campista na Quarta-feira à noite, mas é na Quinta-feira que os concertos realmente começam e em tom de antecipação desafiei algumas bandas a dizerem o que é que esperavam viver no festival e o que é que podíamos esperar deles! Aqui ficam os pares de respostas de alguns dos artistas! Em breve teremos mais, tal como uma espécie de Guia de Bons Sons para principiantes, após conversa com o seu organizador – Luís Ferreira. Se também vão andar pelo festival, deixem na caixa de comentários quais os concertos que não querem perder nem por nada! Até já.

Tio Rex

1 – Sendo o primeiro festival com esta dimensão em que teremos o prazer de tocar,e tendo em conta o conceito do mesmo e que vamos tocar numa igreja, conto ser uma experiência inigualável que marque quem nos vier ver, e que certamente nos marcará a nós.

2 – Intimismo, momentos de introspecção, amor e verdade.

D’Alva

1- Não vamos ter tempo para ver muita coisa, mas há nomes que gostamos imenso, só no nosso dia há Duquesa, Bruno Pernadas e DJs da príncipe discos.

2 – Nós vamos dar tudo, num formato diferente que gostamos de chamar “D’Alva Redux” onde iremos tocar versões mais electrónicas e dançáveis das nossas canções, mas não é por ser diferente que se pode esperar menos diversão, pelo contrário, pois acreditamos que este formato nos permite criar uma ligação de maior proximidade com o público.

Peixe:Avião

1 – Contamos experienciar um bom ambiente, rural, amistoso e abraçado que é o da aldeia de cem soldos, junto das suas gentes e costumes, e de quem por lá visita seja para tocar ou ver e ouvir música.

2 – O festival pode esperar dos peixe avião um concerto enérgico, de punho cerrado e alma aberta, convidando os pés e cabeças a abanar , e a mente a expandir e sorrir.

Riding Pânico

1 – O vosso amor misturado com alguma novidade.

2 – O nosso amor misturado com alguma novidade.

Retimbrar

1 – Em Cem Soldos esperamos viver belos momentos de partilha da música e da alegria.

2 – Cem Soldos pode contar que, de nossa parte, vamos fazer os possíveis para que essa partilha seja uma constante.

Bruno Pernadas

1 – O bom ambiente que caracteriza o festival e ver os concertos que conseguir.

2 – Um concerto longo com imensa intensidade e dedicação. 

Benjamim

1 – Esperamos viver um festival com boa música e bom ambiente. Um local onde se respira música e boa disposição.

2 – Podem esperar o concerto número 31 da nossa Volta a Portugal em Auto Rádio, nós queremos que seja especial e vamos dar tudo o que temos.

Podem ouvir estes e outros artistas na playlist do mês: http://www.branmorrighan.com/2015/08/playlist-especial-verao-musica.html

]]>
https://branmorrighan.com/2015/08/antecipando-o-bons-sons-o-que-os.html/feed 0
Antena 3 avança novo single de peixe : avião – “Quebra” (com letra) https://branmorrighan.com/2015/07/antena-3-avanca-novo-single-de-peixe.html https://branmorrighan.com/2015/07/antena-3-avanca-novo-single-de-peixe.html#comments Wed, 08 Jul 2015 16:46:00 +0000 Fotografia Liliana Mendes & Duarte Costa

O verão de 2015 chega e com ele traz o regresso dos peixe : avião com “Quebra”, novo single no qual aprofundam a estética seguida no álbum homónimo de 2013. O vídeo tem a autoria do colectivo TARZAN (André Tentúgal e Vasco Mendes) e vem antecipar o 4º disco de originais. Já estão marcados alguns concertos onde testarão novos temas ao vivo, entre os quais o festival Bons Sons (dia 16 de Agosto) e o festival Vodafone Paredes de Coura (dia 20 de Agosto).

Há pouco menos de um ano, tive a oportunidade de lhes fazer uma entrevista electrónica que acabou por reforçar o porquê de eu agora só fazer, praticamente, entrevistas presenciais! Curiosos? Vão perceber porquê se a lerem aqui: http://www.branmorrighan.com/2014/08/entrevista-peixeaviao-banda-portuguesa.html 

Opinião sobre o vídeo: É de louvar o trabalho realizado pelos talentosos André Tentúgal e Vasco Mendes. Vou acompanhando os trabalhos de cada um no seio musical e admiro a capacidade de recriarem universos onde as músicas encaixam de forma harmoniosa, reforçando a identidade dos peixe:avião. Está tudo nos pormenores, na conjugação dos batimentos, das sonoridades, com os takes em tom de reflexos puros. Quebra acaba por ser um tema que parece pegar onde o disco anterior ficou e agora dá-lhe uma certa continuidade em tom de evolução. Venha o disco. 

Resumo sobre a banda: Criados no verão de 2007 na cidade de Braga, os peixe : avião rapidamente conquistaram a atenção da imprensa nacional através do promissor EP “Finjo a Fazer de Conta Feito peixe : avião”. Desde então, a sua carreira tem sido pautada por um crescimento constante suportado pelos álbuns “40.02” (rastilho records, 2008), “Madrugada” (PAD, 2010) e “peixe : avião” (PAD, 2013). Com o disco homónimo foram nomeado para os Prémios Impala, que reconhecem os melhores discos independentes europeus do ano, juntamente com Boards of Canada, Nick Cave e Sigur Rós. A Blitz atribuiu-lhes o 2º lugar na lista dos melhores álbuns nacionais de 2013 e foram várias publicações especializadas que lhes atribuíram o 1º lugar na lista dos melhores discos de 2013, entre as quais a Vodafone FM e o jornal Expresso. Em 2014 compuseram música original para o clássico “Ménilmontant” de Dimitri Kirsanoff, filme de 1929, após encomenda do Curtas Vila do Conde – Festival Internacional de Cinema.

Atirei pedras ao charco

Para quebrar os espelhos de água

O que trago do passado

É a lucidez das horas diluída de mim


Fico a ver as horas que passam

Fico a ver como o coração dispara


Caixa negra de ilusão

Tudo são ideias que não se perguntam

O que trago do presente

É a confusão dos dias que se agarra a mim


Fico a ver as horas que passam

Fico a ver como o coração dispara

Mordo a mão, com o peito às balas dado

Mordo a mão, colho tudo o que plantei

]]>
https://branmorrighan.com/2015/07/antena-3-avanca-novo-single-de-peixe.html/feed 2
PEIXE:AVIÃO / FILHO DA MÃE & JIBÓIA no Teatro Maria Matos https://branmorrighan.com/2014/09/peixeaviao-filho-da-mae-jiboia-no.html https://branmorrighan.com/2014/09/peixeaviao-filho-da-mae-jiboia-no.html#respond Sat, 13 Sep 2014 11:13:00 +0000

No dia 20 de Setembro, a música e o cinema entrelaçam-se dando origem a dois concertos vindos de duas propostas que o Curtas de Vila do Conde de 2014 endereçou a Filho da Mãe & Jibóia e aos Peixe:Avião. PEIXE:AVIÃO subirá ao palco Ménilmontant, de realização, argumento e montagem por Dimitri Kirsanoff. Já FILHO DA MÃE & JIBÓIA, dará forma musical a In the Land of the Head Hunters. 

Mais informações e bilheteira aquihttp://www.bilheteiraonline.pt/Comprar/Bilhetes/20550-peixe_aviao_filho_da_mae_jiboia-maria_matos_teatro_municipal/

]]>
https://branmorrighan.com/2014/09/peixeaviao-filho-da-mae-jiboia-no.html/feed 0
Entrevista aos Peixe:Avião, Banda Portuguesa [Banda Fusing] https://branmorrighan.com/2014/08/entrevista-peixeaviao-banda-portuguesa.html https://branmorrighan.com/2014/08/entrevista-peixeaviao-banda-portuguesa.html#respond Sun, 03 Aug 2014 17:00:00 +0000 Braga, é a cidade de origem dos peixe:avião, os entrevistados de hoje. Aproveitando a oportunidade através do festival Fusing Culture Experience, estes cinco rapazes aceitaram responder a algumas perguntas sobre o seu trabalho ao longo dos últimos sete anos, focando-nos um pouco no último, o disco homónimo. São uma banda que com o tempo tem vindo a conquistar cada vez mais ouvintes e prova disso foi também a nomeação no prémio europeu IMPALA deste ano, ao lado de nomes como John Grant, Nick Cave e Sigur Rós. Se a sonoridade pode não ser considerada para massas, a verdade é que ouvindo peixe:avião e escutando as suas letras, é impossível ficar indiferente. Sendo uma banda que gosto imenso, fiquei muito contente por saber mais sobre eles e ainda mais por poder partilhar convosco. Ora leiam. 



Olá malta! Contem-nos lá, como é que surgiu peixe:avião? Alguns de vocês já tinham outros projectos, não era?

O José, o Luís e o Ronaldo já tinham trabalho em conjunto em projectos anteriores e quiseram criar um novo projecto. O José e o André já se conheciam há algum tempo e o Pedro e o Luís idem, mas nunca tinham trabalhado em conjunto. Como estávamos praticamente todos sediados nas salas de ensaio do Primeiro de Maio, acabou por ser algo natural falarmos sobre o assunto, e começarmos a trabalhar em conjunto.

Porquê esse nome?

Tínhamos em 2007 um EP pronto a sair e um concerto marcado para a apresentação do mesmo e necessitávamos de um nome urgentemente para imprimir as capas do disco e os cartazes, criar um MySpace, etc. Como todos os nomes que nos surgiram soavam pirosos ou pretensiosos – escolher um bom nome em português não é tarefa fácil – virámo-nos para as letras das músicas do EP. A primeira letra da primeira música que fizemos dizia “Finjo a fazer de conta feito peixe:avião”. Deu nome à banda e ao nosso EP de estreia.


Em 2008 lançaram «40:02» e já nessa altura o hype em torno da vossa banda foi notável. É arriscado dizer que a fasquia se tornou logo demasiado alta ou tornou-se num desafio corresponder às expectativas?

Não achamos que a fasquia se tenha tornado demasiado alta, mas sentimos sempre vontade de nos superarmos, ou pelo menos de nos desafiarmos criativamente a cada trabalho. 

O facto de a banda não ter origem na capital, alguma vez vos fez sentir que estavam em desvantagem?

No que interessa de verdade, a música, estamos em pé de igualdade. É claro sendo da capital tens acesso mais rápido aos media e a outros agentes importantes do “mundo da música”, mas apenas porque não tens que fazer uma viagem de 300Km para te encontrares com eles.

Vai fazer 7 anos, em Setembro, que estão juntos. Que balanço fazem do vosso percurso enquanto peixe:avião até agora? Quais as maiores diferenças entre o «40:02» e «peixe:avião»?

Tem sido uma excelente jornada e sentimos que ainda temos muitos caminhos a explorar. A principal diferença, para além obviamente da maturidade auto-conhecimento do grupo, é o desprendimento, a curiosidade e a abertura de mente com que encaramos a composição. Isto deve ter sido conquistado com a tal maturidade e o estreitar da relação entre nós os cinco e reflecte-se totalmente no último trabalho. 

Consideram que o vosso mais recente álbum é o que melhor representa a vossa música? Foi por isso que lhe decidiram dar o nome da própria banda?

Sim, precisamente. Apesar de ser o nosso 3º trabalho de estúdio, foi o primeiro a ser composto integralmente pelos 5 na sala de ensaio. Foi o menos cerebral e calculado e o mais imediato e instintivo e onde a identidade da banda enquanto grupo de pessoas (e não indivíduos) ficou mais marcada.

Que história é que este álbum nos conta? Onde foram buscar a inspiração para as suas letras?

Em relação à inspiração para as letras que compuseram este disco, o empenho em analisar o julgamento imparcial das eventualidades promove a alavancagem das formas de ação. O cuidado em identificar pontos críticos na competitividade nas transações afectivas mais abstractas assume importantes posições no estabelecimento das novas proposições. O incentivo ao avanço tecnológico, assim como a constante divulgação das informações estende o alcance e a importância dos índices pretendidos. Ainda assim, existem dúvidas a respeito de como o acompanhamento das preferências de consumo causa impacto indireto na reavaliação do sistema de formação de quadros que corresponde às necessidades. Foi esta realização que nos guiou aquando da escrita das letras para o disco.

Cantar em português foi uma opção propositada ou teria sido igual, para vocês, cantarem noutra língua? Acham que isso vos coloca entraves na internacionalização da banda? 

A escolha da língua para as letras foi a única premissa na criação da banda. Não pensamos muito no que isso nos possibilita ou impossibilita, na verdade, até porque internacionalizar uma banda rock-indie-etc portuguesa é complicado, independentemente da língua. 🙂

É fácil ser-se músico em Portugal? Vocês conseguem fazê-lo a tempo inteiro?

Nenhum de nós é músico a tempo inteiro, mas creio que todos nós gostávamos de poder ser, pelo menos… é complicado, principalmente para uma banda do nosso “campeonato” e com um som que não é acessível à generalidade do público. 

Como reagiram à nomeação para o prémio europeu IMPALA deste ano, ao lado de nomes como John Grant, Nick Cave ou Sigur Rós?

É super gratificante e motivador ver o nosso nome entre os restantes nomeados, claro. É uma espécie de validação do nosso trabalho.

Já fizeram uma banda sonora e estiveram recentemente no Curtas Vila do Conde a musicar um filme clássico. Sentiram-se como peixes fora de água ou estavam na vossa praia?

Gostamos muito deste tipo de desafios que nos obrigam a olhar para o nosso trabalho de outro prisma. Este, em particular, foi muito desafiante e ficámos muito satisfeitos com o resultado. O nosso nome assenta-nos bem nesse sentido: gostamos de ser peixes fora de água.

Fotografia Sofia Teixeira

Por falar em praia, este Verão vão actuar no Fusing, em que o palco é em plena praia privativa. Alguma vez actuaram num palco assim?

Não e estamos com boas expectativas, não só porque só ouvimos coisas boas do festival, mas também porque vamos partilhar o palco com grandes bandas compostas por bons amigos.

O que é que podemos esperar dos peixe:avião nesse festival? Apresentação do novo disco? Revisitar alguns temas antigos?

Ainda devemos focar o nosso concerto mais no disco que lançámos no final do ano passado e, claro, tocar alguns dos temas que foram marcando o nosso percurso. Os concertos em ambiente de festival são sempre mais vivos e espontâneos do que os de auditório, por isso é provável que o concerto seja mais “roqueiro” do que o normal. 🙂

Uma das características deste festival é, precisamente, fundir várias actividades diferentes como a Gastronomia, Arte Urbana e Desportos Náuticos. Vão ter a oportunidade de explorar o recinto? Em tom de brincadeira, costumam fazer piadas com o nome da vossa banda e alguns pratos de comida?

Seria óptimo ter oportunidade de explorar as várias vertentes do festival! E sim, as piadas são uma constante, com menos incidência, agora que já estamos quase a fazer 7 anos de existência.

A vossa tour de Verão acaba a 20 de Setembro em Lisboa em local a anunciar. O que é que nos espera dos peixe:avião depois dessa data?

Contamos continuar a compor temas novos, a apresentar os que temos ao vivo tanto quanto pudermos e, quem sabe, ainda conseguiremos preparar mais alguma surpresa até ao final do ano.

]]>
https://branmorrighan.com/2014/08/entrevista-peixeaviao-banda-portuguesa.html/feed 0
[Música da Morrighan] TOP 10 – Playlist for the Weekend 25/26-01-2014 https://branmorrighan.com/2014/01/musica-da-morrighan-top-10-playlist-for.html https://branmorrighan.com/2014/01/musica-da-morrighan-top-10-playlist-for.html#respond Sat, 25 Jan 2014 11:11:00 +0000

]]>
https://branmorrighan.com/2014/01/musica-da-morrighan-top-10-playlist-for.html/feed 0