Queres é (a) Letra! – Bran Morrighan https://branmorrighan.com Literatura, Leitura, Música e Quotidiano Sun, 03 Mar 2024 17:58:37 +0000 pt-PT hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.8.2 https://branmorrighan.com/wp-content/uploads/2020/12/cropped-Preto-32x32.png Queres é (a) Letra! – Bran Morrighan https://branmorrighan.com 32 32 [Queres é (a) Letra!] Hipoteca, Homem em Catarse https://branmorrighan.com/2024/03/queres-e-a-letra-hipoteca-homem-em-catarse.html https://branmorrighan.com/2024/03/queres-e-a-letra-hipoteca-homem-em-catarse.html#respond Sun, 03 Mar 2024 17:49:53 +0000 https://branmorrighan.com/?p=25505
Hipoteca

Já faz algum tempo que não volto a algumas das rubricas do blogue, mas esta semana que passou soube do novo single do artista português Homem em Catarse, e um Queres é (a) Letra! tornou-se imperativo. Hipoteca é a nova canção de Afonso, que nas suas palavras nos explica “50 anos depois do 25 Abril, ainda temos de dizer que um direito não é favor…. a Hipoteca é também um manifesto que dá voz à inquietude que atinge transversalmente o nosso país! Há que dar consciência à nossa voz e é através da música e das canções que o posso fazer.

E a verdade é que para quem é de Lisboa, vive em Lisboa, ou até apenas vai a Lisboa de vez em quando, esta canção vai soar tão verdadeira que dói. Já não é apenas no centro de Lisboa, é também nos subúrbios e até para além dos mesmos. A verdade é que Lisboa tem-se descaracterizado e tornado insustentável para a grande maioria dos portugueses. Em complemento à temática, como sempre, Homem em Catarse traz-nos mais uma canção cujo ritmo e melodia também nos incita a uma espécie de rebeldia e de bater com o pé no chão.

Deixo-vos com o videoclip e no final deste post podem encontrar link para as diversas plataformas onde poderão ouvir e partilhar Hipoteca, assim como as próximas datas ao vivo do artista português.

Venham todos, venham todos…
venham todos turistar!
não interessa gente sem casa,
o que interessa é faturar.

A economia é tudo
e assimetria é o que é
migalhas pró subúrbio
e hostéis juntos à sé.

Uma bolha a crescer,
mais um navio a chegar.
Não nos peçam um futuro
se o querem hipotecar.

Venham todos, venham todos venham todos turistar!
E a hipoteca por pagar.

Nem nas nossas casas
podemos viver
não cheira bem, não cheira a Lisboa
é o dinheiro a feder.

E uma criança…
lá no interior
Para ir prá a escola,
parece que é por favor.

Um direito não é um favor!

Venham todos, venham todos, venham todos turistar!
E a Hipoteca por pagar!
Nem nas nossas casas podemos viver.
E a Hipoteca por pagar!
Nem nas nossas casas
podemos viver.

Esta é a geração de jovens portugueses que, pela primeira vez, tem uma perspetiva de futuro mais sombria que a anterior. Esta é a geração de portugueses que anda uma vida inteira a pagar uma casa que nem chegará a ser sua. Esta é a geração do desequilíbrio, onde a qualidade de vida foge das grandes cidades amontoadas no tédio do excesso e da descaracterização. As senhoras à janela são expulsas da sua rua dando lugar aos nómadas sem rosto, como sem rosto fica a luz da cidade. Enquanto hipotecamos o nosso futuro e a descentralização é uma miragem, a hipoteca de todos nós continua a aumentar. E já começamos a pagar bem caro… a inflação dos nossos dias.

“Hipoteca” é o novo e interventivo single de Homem em Catarse, no qual explora novos caminhos mantendo a identidade da sua guitarra paisagista, inconfundível, aliada a novos ritmos e a uma mensagem muito pertinente e actual. “Hipoteca”, a par de “O tempo vem atrás de nós”, vai fazer parte do disco “Catarse Natural” que o músico edita no final do ano, mas, antes, vai ser possível constatar como soa ao vivo:

17 Abril | Cineteatro António Lamoso | Santa Maria da Feira
05 Maio | Fórum Municipal Luísa Todi “Guitarras ao Alto” | Setúbal

]]>
https://branmorrighan.com/2024/03/queres-e-a-letra-hipoteca-homem-em-catarse.html/feed 0
[Queres é (a) Letra] Jerónimo – Collective Silence https://branmorrighan.com/2021/02/queres-e-a-letra-jeronimo-collective-silence.html https://branmorrighan.com/2021/02/queres-e-a-letra-jeronimo-collective-silence.html#respond Sat, 13 Feb 2021 18:54:00 +0000 https://branmorrighan.com/?p=25011 Collective Silence

A querida Omnichord Records comemora hoje 9 anos, mas são eles quem nos dão uma prenda, este belo single de JerónimoCollective Silence. Não conhecer os irmãos Jerónimo é sinónimo de se ter um vazio se calhar ainda não se aperceberam que têm. São os três mais do que talentosos, têm vozes que nos arrepiam, mas que também nos incitam ao movimento, e desde que se juntaram num só projecto que fazem ainda mais as delícias de quem os ouve.

Tenho saudades deste colectivo (Omnichord Records) que tantas alegrias me deu durante os anos em que colaborei mais de perto com eles, que foram também os anos do meu doutoramento e que tanto fez com que não enlouquecesse. Foram concertos por todo o país e no estrangeiro, memórias especiais de primeiros concertos e, por várias razões, Nuno Rancho, Gil Jerónimo e Luís Jerónimo têm um lugar especial no meu coração.

Relembremos: Gil Jerónimo tinha os Les Crazy Coconuts (com a Adriana e o Tiago) e tocou no seu próprio aniversário no primeiro evento do blogue BranMorrighan em Janeiro de 2014; o Nuno Rancho, que com o André tem os Few Fingers), é também ele uma pessoa extraordinária e compôs uma belíssima canção para a mixtape dos 10 Anos BranMorrighan – Gather All the Pieces (diga lá se não é maravilhosa!) – que podem ouvir aqui; o Luís Jerónimo, dos Nice Weather For Ducks, conheci-o aquando o Nuno Rancho, numa bela noite do já inexistente Beat (em Leiria) e impressionaram-me logo ao cantarem em uníssono uns agudos deliciosos. Ai memórias, memórias! A verdade é que à sua maneira, cada um se tornou família.

E a verdade é que o tempo passa, e o próprio Gil já tem a sua família composta, com a sua pequena a aparecer neste vídeo de Collective Silence. É uma canção que já conheço há uns anos, pois já a tocaram ao vivo, que sempre mexeu comigo e que finalmente vê a luz do dia num registo público para que todos tenhamos o privilégio de a ouvir. E tão actual que a sua letra é, não acham? E pronto, é isto. No fundo este post é só uma declaração de muito carinho e muitas saudades (pandemia passa depressa para eu poder voltar a abraçar esta gente!) em forma de parabéns à Omnichord Records, sempre incansável nas suas iniciativas criativas e inspiradoras.

Come join this rampage kill
With your distance shooting skill
With that movie gangster feel
You turn me as hard as steel

Collective silence
It all wrecks, torns apart
Collective silence
Say nothing, do you part
Collective silence
A shipwreck, miles apart

We’ll sort this out with pills
Intoxication thrill
Come leave you snipper still
You can do it as you will

Collective silence
It all wrecks, torns apart
Collective silence
Say nothing, do you part
Collective silence
A shipwreck, miles apart

We got the answer
From when we were younger
We keep on dancing
Miles apart

Collective silence
A shipwreck, miles apart
Collective silence
A shipwreck, miles apart
Collective silence
A shipwreck, miles apart 
Collective silence
A shipwreck, miles apart 

]]>
https://branmorrighan.com/2021/02/queres-e-a-letra-jeronimo-collective-silence.html/feed 0
[Queres é (a) Letra!] Linda Martini – E Não Sobrou Ninguém https://branmorrighan.com/2021/02/linda-martini-e-nao-sobrou-ninguem.html https://branmorrighan.com/2021/02/linda-martini-e-nao-sobrou-ninguem.html#respond Fri, 05 Feb 2021 10:42:22 +0000 https://branmorrighan.com/?p=24991 E Não Sobrou Ninguém

Linda Martini – E Não Sobrou Ninguém

Os Linda Martini sempre foram uma banda de instintos aguçados que com uma sonoridade incisiva conseguiram apelar sempre a um lado humano muito visceral. Desde o primeiro EP (Linda Martini, 2005) que cada disco trouxe uma reinvenção tanto lírica como sonora, sem nunca perder a personalidade forte que lhes conquistou milhares e milhares de fãs por todo o país e além fronteiras.

Não será arriscado dizer que dificilmente desiludem e quem segue os elementos da banda pelas redes sociais também se consegue aperceber que existe uma veia activista forte e exemplar (pelo menos na minha opinião). Esse activismo é agora mais uma vez reforçado com “E Não Sobrou Ninguém”, tema hoje lançado pelos Linda Martini.

O título de “E NÃO SOBROU NINGUÉM” é inspirado no célebre poema de Martin Niemoller sobre a ascensão do nacional-socialismo na Alemanha. É uma reflexão sobre eventos recentes e sobre séculos de atrocidades, injustiça, preconceito e discriminação para com seres humanos que não se enquadram na etnia, género, religião, posição social ou comportamento sexual dominante.

A cor da nossa pele, com quem nos deitamos, o que temos entre as pernas, que língua falamos, em que país nascemos, a que Deus rezamos, quanto ganhamos por mês. Nada disto nos define, nada disto nos faz melhores pessoas. – Linda Martini

Nunca tanto como hoje foi urgente quebrar barreiras racistas e discriminatórias. A desinformação abunda até em meios de comunicação credíveis e o ser humano tem–se deixado levar por aquilo que lhe é mais fácil acreditar se puder culpar uma terceira pessoa/entidade pela sua desgraça, sem qualquer esforço de verificar a veracidade do mesmo.

Para mim, esta canção dos Linda Martini é uma chapada de luva branca e uma espécie de manifesto contra a imbecilidade que parece reinar estes dias entre a população portuguesa e até internacional. Tenho a certeza que, quando finalmente pudermos voltar aos mosh pits e à catarse dos concertos, este vai ser um dos temas mais aclamados da banda. Merece-o, certamente. Obrigada, Linda Martini.

E NÃO SOBROU NINGUÉM” é uma canção escrita e interpretada por André Henriques, Cláudia Guerreiro, Hélio Morais e Pedro Geraldes, que dão pelo nome coletivo de LINDA MARTINI. Foi gravada por Santi Garcia em Lisboa, nos estúdios Namouche, em Janeiro de 2021.

Créditos 

Título: E NÃO SOBROU NINGUÉM
Duração: 04:17
Letra: André Henriques
Música: André Henriques, Cláudia Guerreiro, Hélio Morais, Pedro Geraldes
Intérpretes: André Henriques – voz e guitarra / Cláudia Guerreiro – Baixo e voz / Hélio Morais – Bateria / Pedro Geraldes – Guitarra
Produção: Santi Garcia e Linda Martini
Gravação: Santi Garcia assistido por Bernardo Centeno e Francesca River, nos Estúdios Namouche 
Mistura: Santi Garcia nos Estúdios Ultramarinos Costa Brava
Masterização: Victor Garcia nos Estúdios Ultramarinos Mastering
Realização, Câmara e Edição: Ana Viotti

Letra

Preto, negro, de cor escura
Branco ou cor-de-rosa, como cal em pedra dura
Chinês made in Taiwan, amarelo, olhos em bico
Um cigano, um do leste e um zuca
Entram num bar com um ar aflito

Por cada braço em riste
Será que te riste,
Ou levaste a sério?
Quando vierem por ti amanhã
Vais gritar “ai mamã, ai mamã,
Cresceu-me um império de ódio no cu!”

Ai, que te roubam o trabalho
A mulher, o salário, ai
A bandeira, o país
Ai, a culpa é dos outros,
Tu pagas impostos, não é?
Só queres ser feliz

A minha pele é cor de água
A minha pele é cor de vidro
A minha pele é cor de mágoa
Um tom qualquer desconhecido

A tua pele é cor de pó
A tua pele é cor de mofo
A tua pele é uma cor só
Um tom qualquer, eu nem te oiço

]]>
https://branmorrighan.com/2021/02/linda-martini-e-nao-sobrou-ninguem.html/feed 0
[Queres é (a) Letra!] André Henriques – Uma Casa na Praia https://branmorrighan.com/2020/08/queres-e-letra-andre-henriques-uma-casa.html https://branmorrighan.com/2020/08/queres-e-letra-andre-henriques-uma-casa.html#respond Fri, 07 Aug 2020 21:30:00 +0000

Uma Casa na Praia, de André Henriques

Fazem ideia do quanto sinto saudades da praia? E enquanto trabalho, a uma Sexta-feira à tarde, com um sol bonito lá fora, dou por mim a cantar baixinho esta canção. Claro que tenho uma voz terrível, ahah, mas a verdade é que quem canta seus males espanta e achei que era adequado quebrar esta resistência a publicar algo no blogue com esta música de André Henriques, que muitos poderão conhecer como vocalista e guitarrista nos Linda Martini. O André lançou o seu álbum a solo há já alguns meses e desde então que quero escrever sobre o mesmo. Por causa de toda esta resistência, de que já falei aqui num Diário de Bordo anterior, ainda não o fiz, mas aos poucos hei-de lá chegar. 

Quero também fazer notar o videoclip de “Uma Casa na Praia”. Não sei quanto a vocês, mas eu sinto-me sempre um pouco hipnotizada pelas frames, já que na minha interpretação pessoal (cada um vai reagir e ter pensamentos diferentes) de cada enquadramento existe uma grande empatia. Entre a dormência e a rotina, a vontade de a quebrar e o sentimento de ser preciso um esforço desmesurável para tal, a verdade é que muitos vivemos em piloto automático com preocupações que com o passar do tempo se tornam insignificantes. Só que, no entanto, o tempo passou. 

Sigam a sua página: https://www.facebook.com/andrehenriquesoficial

Sobre a canção, o André partilha:
“Fala da cidade, do trabalho e das rotinas. Sempre que a oiço lembro-me do último dia das férias de verão, quando sabemos que no dia a seguir vamos voltar ao cimento e aos empurrões nos transportes públicos. E depois é aquela utopia: e se ficássemos aqui para sempre, onde somos mais felizes? Mas logo a seguir surgem as dúvidas e os argumentos que nós próprios construímos para nos prendermos. Toquei a música para a banda que me acompanha e instintivamente toda a gente encontrou o seu lugar em poucos minutos. A ginga remete-me para África/ Brasil, o que a torna única no contexto do disco.”
André Henriques 

]]>
https://branmorrighan.com/2020/08/queres-e-letra-andre-henriques-uma-casa.html/feed 0
[FreshFindings] Unknown Neighbour – Home https://branmorrighan.com/2020/01/freshfindings-unknown-neighbour-home.html https://branmorrighan.com/2020/01/freshfindings-unknown-neighbour-home.html#respond Sat, 25 Jan 2020 23:12:00 +0000

Apresento-vos Unknown Neighbour e o seu tema “Home”. Nem sabia bem como começar porque esta música tocou-me no coração de uma maneira muito íntima e familiar. As cordas estão muito bem exploradas e conjugadas, mas é a voz que dá aquele toque extra fazendo com letra e parte instrumental nos invadam e nos remexa nas emoções. Para mim, em particular, e dado tudo o que tem acontecido na minha vida, esta passagem comoveu-me “It felt so rough / To stand on your own / With no scope for / Somebody to moan / It’s been so rough / To have a room but no home /A room but no home. Deixo-vos com uma declaração do artista sobre o significado da música para si. 

I wrote this song a while ago and I think it’s my most intimate one. The lyrics kind of summarize my music – my songs, my message, my artist name – but also me as a person. Writing, producing and performing “Home” has been a rollercoaster of emotions. It’s a pile of hope for those who always had a room but no home. Music gives me so much strength and I hope that this song will do the same for some of you!

Mais novidades fresquinhas na playlist do Spotify. 

You’ve been brought up

In an unfamiliar town

And boy you got used to

Strangers and their frown

They brought you up

By holding you down

By holding you down

It felt so rough

To stand on your own

With no scope for

Somebody to moan

It’s been so rough

To have a room but no home

A room but no home

But you grew up and you swore

To add chapters of ease

May they cover your core

Like the rings of old trees

I will hold yours

And you will hold mine

I’m gonna hold yours

And you’re gonna hold mine

]]>
https://branmorrighan.com/2020/01/freshfindings-unknown-neighbour-home.html/feed 0
[Queres é (a) Letra!] Jenny Kern – Now We Know https://branmorrighan.com/2020/01/queres-e-letra-jenny-kern-now-we-know.html https://branmorrighan.com/2020/01/queres-e-letra-jenny-kern-now-we-know.html#respond Sat, 25 Jan 2020 22:26:00 +0000

Quem não adora saber sempre novidades da nossa querida Jenny Kern? “Now We Know” é o seu mais recente single e, segundo a artista, é também a sua canção mais honesta ate agora. 

“Now We Know” is my most honest song to date. This song was different for me. My process is usually finding a melody and then the words follow but with this song I wrote the lyrics first. It’s literal. Every line is literal. As you read the words, there’s nothing poetic there. It’s about self-realization, admitting to mistakes and accepting the end of a relationship.


I was working creatively with someone and we developed a very close relationship. One that was founded on understanding and support. I was dealing with a lot of depression, health issues and change, which lead to mistakes that I’m not proud of.


I wrote this song shortly after we parted ways. I was feeling a lot of guilt and shame about what happened and I was trying to understand it. At first I was in denial about the whole thing but eventually I was able to come to terms with my mistake. That said, I was still very much struggling with the fact that we would never be able to make it right Even when I tried to make it right they didn’t want anything to do with me. So I had to walk away. Learning to accept that something is broken and dealing with the fallout is incredibly powerful. The last line of the chorus “Now We Know” is meant to represent a sense of understanding and acceptance.


Ultimately, we’re human, we’re flawed and it’s okay. We’ve all got things to work on, we’ve all got problems and we’ve all experienced a broken heart. It’s easier to talk about it and be vulnerable than to keep it in and pretend like you’re doing well because that does no one any good. The first step is acceptance and you grow from there.

Se ainda não ouviram “Now We Know”, assim que ouvirem vão perceber, não só pela melodia como pela voz de Jenny Kern que estamos perante uma canção que nos toca e nos fala ao coração. Uma das coisas que mais gosto na artista é precisamente a sua honestidade e a forma como as suas canções não são apenas mais uma, mas antes uma nova história, uma nova partilha que tem tanto de especial. 

Esta e outras novidades recentes na playlist do Spotify.



It broke my heart to hear the words

Cut right through wish I misheard

And I bet it tasted sweet

Coming out so easily


Don’t come around again

Is what you said

I know you didn’t stutter

Was it meant to be this way

Was I ever meant to stay

So the story goes

Now we know

Now we know


It was an awful thing to do

Oh I know you played the fool

When I danced around the lies

It’s something that you can’t disguise


Don’t come around again

Is what you said

I know you didn’t stutter

Was it meant to be this way

Was I ever meant to stay

So the story goes

Now we know

Now we know


Don’t come around again

Is what you said

I know you didn’t stutter

Was it meant to be this way

Was I ever meant to stay

So the story goes

Now we know

Now we know

]]>
https://branmorrighan.com/2020/01/queres-e-letra-jenny-kern-now-we-know.html/feed 0
[Queres é (a) Letra!] Orochen – Mechanical Eyes https://branmorrighan.com/2020/01/queres-e-letra-orochen-mechanical-eyes.html https://branmorrighan.com/2020/01/queres-e-letra-orochen-mechanical-eyes.html#respond Sat, 18 Jan 2020 09:49:00 +0000

Hoje trago-vos um estilo um pouco diferente do habitual, mas que já foi o estilo que ouvia diariamente. É com “Mechanical Eyes” que vos apresento Orochen, uma banda de rock progressivo nórdica (da Suécia), que nos traz uma epopeia sonora, com uma letra mordaz.

The backbone of Orochen is Jonas Mattsson’s songwriting. Dark contemplations of a world where both man and matter are considered an economic resource. A demystified, post-capitalistic wasteland where nothing is allowed to live if it doesn’t provide an economic value. Existence is sold and bought with a shared belief, the utmost common myth of our time – that money equals value.

Para além de uma arte gráfica impressionista, o que me levou a fazer esta partilha foi em parte a nostalgia de sentir uma maior expressão de emoções mais negras, mais críticas, através da música. Existe sempre uma reivindicação e uma espécie de procura de redenção que nem sempre tem um final feliz. Acho que ficou uma música muito interessante. Ouçam por vós mesmos. 

Mais novidades fresquinhas na playlist do Spotify FreshFindings.

Blissful hands with roses

it is what it seems

and it lies only to be forgiven

A comeback from death but a spiral that leads back underground

It is here to save us, it is here to be

The lie that will be forgiven

A passing through grasslands and trees

and it meets the sea

And look through mechanical eyes of

zeroes and ones

Broken down on a piece of paper

Leave all wet faces of concrete

like in a cows last breath

Hidden beside the highway to be lost

Everything they gave us, everything we own

It lies, only to be forgiven

It’s a cage of time and a designed desire just for you

It is here to save us, it is here to be

The lie that will be forgiven

A passing through grasslands and trees and it meets the sea

And look through mechanical eyes of

zeroes and ones

Broken down on a piece of paper

Leave all wet faces of concrete

like in a cows last breath

Hidden beside the highway to be lost

The knifes edge in the fire, all warm and red as it makes an entrance in your chest

And it flows through your mind and leaves a touch of despair

And the struggle has claimed a patch of land inside your head to grow all them seeds

Just meet them with those brand-new mechanical eyes

The knifes edge in the fire, all warm and red as it makes an entrance in your chest

And the struggle has claimed a patch of land inside your head

Just meet them with those brand-new mechanical eyes

]]>
https://branmorrighan.com/2020/01/queres-e-letra-orochen-mechanical-eyes.html/feed 0
[FreshFindings] Stray Fossa – Are You Gonna Be Okay https://branmorrighan.com/2020/01/freshfindings-stray-fossa-are-you-gonna.html https://branmorrighan.com/2020/01/freshfindings-stray-fossa-are-you-gonna.html#respond Sat, 18 Jan 2020 09:30:00 +0000

Desde os primeiros segundos de Are You Gonna Be Okay que houve uma empatia imediata. Por vezes cruzamo-nos com estas canções assim, que nos dizem algo, não sabemos bem o quê. Não é só a parte instrumental, mas um pouco mais. Depois ouvimos mais uma vez e outra, a letra começa a fazer ainda mais sentido e não tarda sabemos a linha do baixo de cor e já estamos enamorados pela atmosfera que se faz sentir. É assim que vos apresento Stray Fossa, uma banda de Charlottesville, Virgínia, EUA. Curiosa, perguntei-lhe mais sobre a origem da canção: 

The original melody to the song felt a bit lethargic and slow, so Will and Zach suggested Nick revisit it. Nick went on a run to think things over. He hates running, and the melody came to him quickly. The instrumental had a bit of a plodding, melancholic feel so Nick wanted the lyrics to reflect an internal narration one may have when wandering alone out and about in society. All of the external stimuli cause your thoughts to spring around, but you are still very much in your own world.

Are You Gonna Be Okay evolved from a previous song that we had played live but which never felt completed. The song came about originally from a guitar arrangement by Will with Zach’s bass being written on top.

We wanted to revisit this old tune and decided to start over. We came up with this arrangement with a completely new verse/chorus structure and outro in one single take, everything coming together instrumentally in our attic studio seemingly out of nowhere.

Essentially we spent 5 minutes revisiting an old song demo that had staled in our minds, and a new song was born. Songs don’t always happen that way, but we they do you’ve gotta run with it.

E nós estamos muito felizes que esta música surgiu nesses 5 minutos, sem dúvida alguma. 

Mais FreshFindings na playlist do Spotify. 

I wanted to get out there anyway,

try to catch a cold in for the day.

To see a film meant more decisions,

and no one watches television.

It’s not that I could help it; to start

I was a kid and cut my own hair in the dark—

belief I found annoying.

The talk of death could get so boring.

Time goes to waste in a year,

and I’m hoping

that we’ll remain friends.

Are you gonna be

okay?

Bet you’re thinking that there must be more to this,

window shopping in a life that you made of glass.

Oh won’t you tell me what you’re feeling,

not another reason.

Look around a land of fibers at the cars,

at the stores all pushing nothing and at once;

hope that you enjoy it—

not that you can own it.

Smile, are you really there,

and you’ll give it

everything that you can?

Timeless and mean in the end,

and you dare it,

all we left unsaid.

]]>
https://branmorrighan.com/2020/01/freshfindings-stray-fossa-are-you-gonna.html/feed 0
[Queres é a Letra!] Wooly and the Uke (feat. Poor Rich Boy) – Watch https://branmorrighan.com/2020/01/queres-e-letra-wooly-and-uke-feat-poor.html https://branmorrighan.com/2020/01/queres-e-letra-wooly-and-uke-feat-poor.html#respond Mon, 13 Jan 2020 15:18:00 +0000

A adição seguinte à novas descobertas consiste em Wooly and The Uke, com a colaboração de Poor Rich Boy, e o tema “Watch”. Se criei empatia e uma espécie de ligação mais emotiva com esta música, muito se deveu ao seu desenvolvimento, da forma cândida como começa, à explosão de ritmos, sentidos e a belíssima combinação de vozes. Para além de uma letra que ecoa no nosso peito, a parte instrumental fica cada vez melhor ao longo da canção, tornando-a uma espécie de banda sonora emocional. 

Playlist FreshFindings aqui.



[Verse 1]

Here goes

The highest high

Here come

The lowest lows

Bang, bang

Baby got shot to the sky again

And again


Here goes

The highest high

Here come

The lowest lows

Bang, bang

Baby got shot to the sky again

And again


Come down

We’re watching you

Take your fill and come through

In our hands

We’re the new

New men


[Chorus]

Where is the

Rest and the best

Of me?

Where is the

Rest and the best

Of me?


[Verse 2]

Here come

The feelings

Here come

The waves of a lonely mind

An only mind

A sick mind


[Chorus]

Where is the

Rest and the best

Of me?


Where is the

Rest and the best

Of me?


[Outro: Umer Khan]

Gaslit nights light up the darkness

Nervous till it disappears

Shadows merge with every moment

And dissipate all fear


Words betray us in the end there

Like traitors whisper in our midst

A letter sent, but meant for no one

The only message you’ll need

]]>
https://branmorrighan.com/2020/01/queres-e-letra-wooly-and-uke-feat-poor.html/feed 0
[FreshFindings] The Feather – Sister https://branmorrighan.com/2020/01/freshfindings-feather-sister.html https://branmorrighan.com/2020/01/freshfindings-feather-sister.html#respond Fri, 10 Jan 2020 17:45:00 +0000

Já alguma vez partilhei o quanto gosto do som de um baixo? Escusado será dizer que havendo uma música que começa com uma linha de baixo que me fica no ouvido, provavelmente tornar-se há num vício muito rapidamente. A música que vos apresento hoje – “Sister” – do projecto The Feather, não só tem uma linha de baixo que fica no ouvido, como toda a composição da música nos coloca a mexer, ao mesmo tempo que nos faz reflectir com a sua letra consciente. A cereja no topo do bolo é o vídeo a preto e branco que tem um trabalho artístico admirável. Em relação ao tema, o artista declara: 

With “Sister” I wanted to describe how I – and the others around me – relate to screens. How social media affect us all, how we are connected at all time while deeply disconnected from reality. Does social media connect or disconnect us? The contradiction between having the ability, the ‘power’ to know everything about someone in just a few clicks.. while having the feeling of being watched ourselves. Musically this song marks a turning point in my writing with the use of bass as the main instrument of composition, which is the case of other pieces of the upcoming album’.

E a verdade é que a inspiração para “Sister” acaba por ser algo em que, tendo um blog lido por milhares de pessoas e tendo que gerir as suas redes sociais, acabo por pensar muito. Muito obrigada por esta belíssima peça de arte a tantos níveis! 

Mais descobertas fresquinhas na playlist do Spotify



Control yourself

There’s nothing to see here

Harden your shell

The other’s always near


Listen to the words your read

it’s hot air

City never goes to sleep

It shares


Always captive in the screen

You’re losing

I will never reappear

So, well…


My sister’s in love

Brother’s laughing when he’s down

I enter your soul

Don’t you feel this thing

just give it away


Control yourself,

Why do you scratch my back ?

You’re sitting on my shell,

I can’t even go out


My sister’s in love

Brother’s laughing when he’s down

I enter your soul

Lying on the background


My sister’s in love

Brother’s laughing when he’s down

I enter your soul

Don’t you feel this thing

Just give it away


Hey sister,

Stay hide in your bed

Resist her

Then, go back to sleep

]]>
https://branmorrighan.com/2020/01/freshfindings-feather-sister.html/feed 0