Romances Sensuais – Bran Morrighan https://branmorrighan.com Literatura, Leitura, Música e Quotidiano Sun, 10 Jan 2021 16:53:09 +0000 pt-PT hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.8.2 https://branmorrighan.com/wp-content/uploads/2020/12/cropped-Preto-32x32.png Romances Sensuais – Bran Morrighan https://branmorrighan.com 32 32 Opinião: O Guardião (Predadores da Noite #20), de Sherrilyn Kenyon https://branmorrighan.com/2018/09/opiniao-o-guardiao-predadores-da-noite.html https://branmorrighan.com/2018/09/opiniao-o-guardiao-predadores-da-noite.html#respond Fri, 14 Sep 2018 18:39:00 +0000

O Guardião (Predadores da Noite #20)

Sherrilyn Kenyon

Editora: Edições Saída de Emergência

Sinopse: A Caçadora de Sonhos Lydia tem a mais perigosa das missões: descer até ao reino inferior e encontrar o deus dos sonhos que desapareceu, antes que ele revele os segredos que podem pôr em perigo a sua espécie. Mas ela não esperava ser feita prisioneira pelo guardião mais cruel do reino… O tempo de Seth está a esgotar-se. Se ele não descobrir a entrada para o Olimpo, a sua vida e a do seu povo estará perdida. Seth não consegue vergar o deus que tem prisioneiro, mas quando surge uma salvadora, ele decide tentar uma nova tática. Quando estas duas vontades férreas se encontram, uma delas tem de ceder. Mas Lydia não guarda apenas os portões do Olimpo — ela protege um dos poderes mais obscuros do mundo. Se ela falhar, uma maldição antiga vai voltar a assombrar a Terra e ninguém estará a salvo. Mas o mal é sempre sedutor…

OPINIÃO: Que saudades! Andei relutante para pegar neste O Guardião, porque nos últimos dois livros dos Predadores da Noite senti que o meu envolvimento com os protagonistas e o seu universo tinha arrefecido bastante. Felizmente, quando peguei neste volume e li os primeiros capítulos, rapidamente me apercebi que teria de fazer uma maratona de leitura, parando apenas no fim. Dentro do universo multidimensional criado por Sherrilyn Kenyon, os presentes protagonistas pertencem aos Caçadores de Sonhos e foi como voltar às primeiras duplas que tanto entusiasmaram e me fizeram ficar viciada nas histórias desta autora.

A trama entre Seth e Lydia foi extremamente bem desenhada. O potencial e as limitações de cada um entraram tanto em choque como ao mesmo tempo se complementaram. Houve dilemas morais, emocionais, dúvidas constantes, inseguranças inimagináveis, mas a intensidade das fraquezas de um correspondia à intensidade das forças do outro. Tinha saudades da forma como Sherrilyn Kenyon consegue explorar zonas cinzentas, mas acima de tudo como usa o sofrimento inimaginável para criar um caminho que culmina no renascer da fénix.

Em Seth temos a personificação de um semideus que foi abandonado e maltratado tanto pelos pais (deuses) como pelos pais adoptivos (chacais). Vendido a um dos piores seres do universo quando era ainda uma criança, a sua missão é agradar-lhe sempre que possível para não ter terrivelmente torturado. Parte das suas funções é precisamente torturar outros para obter respostas. É num desses episódios que conhece Lydia, que aparece para defender o prisioneiro. Usando-a como moeda de troca, rapta-a. É neste convívio forçado que vamos conhecendo e desbravando a escuridão que habita em Seth. Lydia, com uma personalidade fortíssima e destemida, mostra-se alguém à altura do desafio. 

Gostei muito do ritmo a que a acção se desenvolveu, incluindo os tempos a que nos foi sendo dada nova informação. A mitologia criada por Sherrilyn Kenyon é tão rica que esta pode-se dar ao luxo de cruzar e intercalar as suas várias componentes. Sendo o vigésimo livro que leio da escritora, não há muito que possa acrescentar em relação a opiniões anteriores, tirando o reforço de que este é um dos melhores dos últimos tempos (isto falando do que está editado em português). E se nunca leram nenhum da autora, lerem este de forma individual não é assim tão mau porque dá para perceber praticamente tudo. Mas um aviso: assim que entrarem neste universo não vão querer largá-lo.

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Opinião: Implacável (Predadores da Noite #18), de Sherrilyn Kenyon https://branmorrighan.com/2017/08/opiniao-implacavel-predadores-da-noite.html https://branmorrighan.com/2017/08/opiniao-implacavel-predadores-da-noite.html#respond Thu, 17 Aug 2017 08:54:00 +0000

Implacável

Sherrilyn Kenyon

Editora: Edições Saída de Emergência

Sinopse: Vive rapidamente, luta ferozmente e, se morreres, leva contigo o maior número de inimigos que conseguires. É de acordo com este lema das Amazonas que Samia vive e pelo qual morreria. Na Nova Orleães contemporânea, a imortal Amazona está prestes a conhecer um mal pior do que tudo o que já encontrou e que está a chegar para massacrar a Humanidade.

O transmorfo Dev Peltier guardou o Santuário durante praticamente duzentos anos e nesse período viu de tudo. Ou assim pensou. Agora, os seus inimigos descobriram uma nova fonte de poder – uma que torna tudo o que enfrentaram até agora uma brincadeira.

A guerra começa, e Dev e Sam estão no centro dos acontecimentos. Mas, para vencerem, eles terão de quebrar a mais importante de todas as regras e esperar que isso não destrua o universo como o conhecem.

OPINIÃO: Ler Sherrilyn Kenyon é sempre um bálsamo para a alma. Cada vez que pego num livro desta autora tenho praticamente a certeza de que só o irei largar quando o terminar. Sendo o décimo oitavo livro que leio deste universo, não deixo de me admirar com o facto de não me cansar, de todo, com ele. Claro que há sempre uns mais viciantes que outros, mas como só tenho lido um por ano (acho que é mais ou menos a esse ritmo que têm saído cá em Portugal), acabo sempre por me derreter um pouco com cada história, com cada casal que nos vai sendo apresentado. Mesmo não tendo sido o livro que mais me fascinou (confesso que o estado em que o história global está pareceu-me meio desequilibrado), Implacável traz-nos Dev e Sam, dois seres que não é suposto conviverem, que não é suposto sequer envolverem-se, mas que foram divertidos de acompanhar. 

Penso que as leitoras de SK concordarão comigo quando digo que sinto diferença entre os livros pré e pós Acheron e que isso tem tido um pouco de influência na forma como vivemos as histórias seguintes. Enquanto no pré Acheron havia sempre um mistério enorme no núcleo central deste universo, agora a autora parece construir uma espécie de mistério semelhante à volta de Nick, mas não é a mesma coisa. E isto, na minha opinião, acaba por tirar um pouco de protagonismo aos casais centrais. Sempre tive muita curiosidade com Dev e a Sam é daquelas protagonistas “cá das minhas”, mas houve alturas em que achei que a fragilidade estrutural do rumo da trama central teve demasiado impacto na intensidade com que costumamos viver o romance principal. 

Dev e Sam têm ambos histórias sofridas, é nisso que Sherrilyn Kenyon é mestre. A escritora consegue criar sempre circunstâncias em que existem um sofrimento e uma solidão enormes que só se equiparam depois à paixão que surge e que parece consumir tudo à volta dos envolvidos, tal como também consome o/a leitor/a. Neste caso em específico, o dom de Sam (que é basicamente ler a mente e reviver memórias de pessoas e objectos em que toca) foi um catalisador para acelerar o envolvimento entre os dois, não por ela conseguir ler o Dev, mas precisamente pelo oposto. Não vou revelar mais, até porque se nunca leram nada desta série, este não é um bom livro para começarem, e se estão a ler esta série, mas ainda não leram este livro, também não vos quero estragar o imaginário por antecipação. Só posso esperar pelo próximo, desejando que a autora traga um pouco mais de sentido e coesão à trama principal. 

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Opinião: A Rapariga do Calendário – Livro 2 – de Audrey Carlen https://branmorrighan.com/2016/10/opiniao-rapariga-do-calendario-livro-2.html https://branmorrighan.com/2016/10/opiniao-rapariga-do-calendario-livro-2.html#respond Tue, 18 Oct 2016 11:18:00 +0000

A Rapariga do Calendário – Livro 2

Audrey Carlen

Editora: Editorial Planeta

Sinopse: A jornada de Mia Saunders, acompanhante por força das circunstâncias, continua neste segundo volume de A Rapariga do Calendário! Nos três meses que se seguem, Mia viaja para Boston, Oahu e Washington DC.

Em Abril, faz-se passar pela namorada do mulherengo Mason Murphy, um jogador de basebol profissional que precisa de melhorar a sua imagem, e acaba por descobrir que ele não é exactamente aquilo de que estava à espera.

Maio encontra Mia a incendiar o sangue de Tai Niko, modelo fotográfico e intérprete da dança do fogo samoano, enquanto participa numa campanha publicitária que tem como objectivo demonstrar que a beleza não é uma questão de tamanho.

Em Junho, a missão de Mia é servir de enfeite de braço a Warren Shipley, membro do grupo conhecido como Um por Cento. Enquanto finge ser uma caçadora de fortunas, descobre que Warren tem de facto um coração de ouro. Pena é que o atraente filho, Aaron, senador pela Califórnia, não seja em nada parecido com o pai. 

Opinião: Ora aqui está uma série cuja leitura é tão fácil e rápida que, mesmo quando a sua narrativa não é soberba, damos por nós a folhear página após página. A trama foi definida logo ao início – Mia Saunders tem de pagar a dívida do seu pai, que se encontra em coma após ter sido espancado por dever dinheiro a um homem com quem ela já se envolveu no passado; tem de cuidar da irmã, que neste volume lhe mostra que realmente já se está a tornar numa mulher; e ainda tem de lidar com as suas próprias questões existenciais, que surgiram essencialmente após ter aceite ser acompanhante de luxo. Problema: apaixonou-se pelo primeiro cliente, delirou com o segundo e descobriu uma nova realidade de companheirismo com o terceiro, que é homossexual. No meio disto tudo, decidir como encarar os próximos meses não é tarefa fácil.

Neste segundo volume, correspondente ao segundo trimestre do ano, Mia volta a conhecer personalidades masculinas completamente distintas umas das outras. Uma coisa é certa, a nossa protagonista tem uma libido descomunal, mas também um excelente sentido de humor e jeito para casamenteira. Há certas coisas que por vezes me irritam um bocadinho, mas tem a ver com a minha personalidade enquanto mulher, como por exemplo os complexos que ela mostra em falar com a irmã sobre a sua vida sexual, quando evidentemente não tem problemas nenhuns com isso a nível pessoal. Ou uma pessoa está à vontade para falar de sexo ou não está, essa coisa de se ser selvagem na cama e púdica fora dela é algo que não funciona para mim. 

Ainda assim, o divertimento é garantido. Tanto Mason como Tai e Warren têm muito para lhe dar e vice-versa. Não só a nível sexual, mas também enquanto perspectivas humanas. Se muitas pessoas vivem uma vida inteira sem terem noção do quão diferentes podem ser os relacionamentos entre duas pessoas, a cada mês Audrey Carlen, através de Mia, proporciona-nos isso mesmo. Inclusive uma pequena passagem por um momento mais dramático, em que nos é mostrada a faceta de homens que se acham mais do que são, que acham que se podem apropriar de qualquer mulher e ainda abusar dela. Uma pequena dose de realidade mais brutal, ainda que romanceada, mas que acho que se encaixou bastante bem. Flirt não é sinónimo de cama, nem muito menos um homem pode achar que a partir do momento em que isso existe, que pode fazer o que bem entender. 

Sou sincera, tenho um misto de sentimentos em relação a esta série. Não desgosto da Mia, a autora sabe como criar ambientes carregados de luxúria e sensualidade, mas há qualquer coisa na personalidade da protagonista que me afasta bastante dela. Não obstante, sem dúvida que estas pequenas histórias se lêem muito rapidamente. 

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Opinião: A Rapariga do Calendário – Livro 1 – de Audrey Carlen https://branmorrighan.com/2016/09/opiniao-rapariga-do-calendario-livro-1.html https://branmorrighan.com/2016/09/opiniao-rapariga-do-calendario-livro-1.html#respond Thu, 15 Sep 2016 18:05:00 +0000

A Rapariga do Calendário – Livro 1

Audrey Carlen

Editora: Editorial Planeta

Sinopse: Mia Saunders precisa de dinheiro. De muito dinheiro. Tem um ano para pagar ao agiota que ameaça a vida do pai e exige o reembolso de uma enorme dívida de jogo. Um milhão de dólares para ser exacto.

A sua missão é simples: trabalhar como acompanhante de luxo para a empresa da tia, com sede em Los Angeles, e pagar mensalmente uma parte da dívida. Passar um mês com um homem rico, com o qual não é obrigada a ir para a cama se não quiser. Dinheiro fácil.

A curvilínea morena amante de motas tem um plano: entrar no jogo, conseguir o dinheiro e voltar a sair. Parte do plano é manter o coração fechado a sete chaves e os olhos no objectivo.

Pelo menos é como espera que corra.

Sexo, Amor e segredos. Uma história que a fará sonhar. 

Opinião: O fenómeno Audrey Carlen chegou a Portugal há poucos meses, mas parece já ter conquistado uma legião de fãs. Depois da febre inicial, há um ou dois pares de anos atrás, de lançamentos de romances eróticos, poucos ou nenhuns tenho lido, mas fiquei curiosa com esta série “A Rapariga do Calendário”. Talvez por ter sido um fenómeno de autopublicação que de repente catapultou a autora para alguém já reconhecido como bestseller. A história é então composta por doze capítulos, cada um correspondente a um mês do ano, e a protagonista é Mia, uma jovem mulher que se vê deparada com o pai em coma, consequência da dívida de um milhão de dólares ao seu ex-namorado. Retorcido, não? Já sem mãe presente e uma irmã mais nova que quer proteger a todo o custo e que está agora na universidade, Mia encontra na sua tia Millie, e no seu negócio de acompanhantes de luxo, a solução para os seus problemas e assume o compromisso de um ano. Um cliente por mês. Cem mil dólares por mês, mais um extra de vinte cinco mil se por acaso se envolver sexualmente com algum dos clientes.

Que contrato, hein? Num ano pode não só cobrir a dívida do pai como assegurar a faculdade da irmã e quem sabe juntar algum dinheiro para ela. Não vendo outras soluções viáveis à vista, Mia mergulha de cabeça na aventura . A partir daqui cada mês revela-se uma história diferente em que a autora não só vai revelando o seu talento para a criação de ambientes sensuais e românticos, como dá espaço para que aspectos mais íntimos e humanos sejam trabalhados. A linguagem utilizada para descrever os cenários sexuais é lasciva e grosseira ao mesmo tempo, resultando num equilíbrio que nem sempre é fácil de se conseguir. Ou seja, a linguagem consegue ser sexy, evoluir para algo mais animalesco, sem que as expressões caiam em lugares comuns demasiado brejeiros, quebrando a leitura. Audrey Carlen mostrou-se à altura de criar uma sequência de pequenas histórias que mantêm os leitores sempre a quererem saber mais. Afinal o primeiro mês abre portas para inúmeras possibilidades e os dois meses seguintes mostram realidades completamente diferentes, mas sempre com um fio condutor comum. 

Nem sempre senti a maior empatia com a protagonista, não pelas suas opções de vida, mas antes pela forma como muitas vezes reagia em certas ocasiões, mas fazendo um balanço geral foi uma leitura bastante aprazível, fácil e rápida, relaxante o suficiente para se tirar a cabeça do dia-a-dia e por uns momentos assistirmos “aos problemas” dos outros, qual novela. Como escrevi anteriormente, acho que de facto o que me agradou mais foi a autora introduzir realidades tão diferentes, abordando temas como o mundo da arte e a homossexualidade, através de personagens muito humanos, os quais são fáceis de transpor para a vida real. Venham os próximos meses e o desfecho da história de Mia Saunders.

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Opinião: Amor em Quarto Crescente, de Sherrilyn Kenyon https://branmorrighan.com/2016/08/opiniao-amor-em-quarto-crescente-de.html https://branmorrighan.com/2016/08/opiniao-amor-em-quarto-crescente-de.html#comments Tue, 23 Aug 2016 19:19:00 +0000

Amor em Quarto Crescente

Sherrilyn Kenyon

Editora: Saída de Emergência

Sinopse: Fang Kattalakis não é apenas um mero lobo. É o irmão de dois dos mais poderosos membros do Omegrion: o concelho que rege as leis dos Predadores de Homens. E quando a guerra irrompe entre os licantropos, todos terão de escolher um lado e inimigos são forçados a aceitar frágeis alianças. Mas quando a mulher que Fang ama é acusada de trair o seu povo, a sua única esperança é que Fang acredite nela. Para a poder salvar, Fang terá de quebrar a lei da sua raça e virar as costas aos irmãos. Uma fratura que poderá ditar o fim de ambas as raças e mudar o mundo para sempre…

Opinião: Sherrilyn Kenyon, a rainha do paranormal. Desde o primeiro dia em que a li, em Janeiro de 2010, que fiquei com a sensação que estava perante uma das escritas com maior desenvoltura e inteligência na forma como apresentava e fazia evoluir tantos os personagens como o enredo global que os vais ligando uns aos outros. Sendo este o décimo oitavo romance que leio dela, já bateu qualquer record de autor mais lido por mim e nem sempre sou uma leitora fácil. Mais, acho que manter uma linha condutora durante quase duas dezenas de livros não é para qualquer um. É também a única série de romance feminino e sensual que verdadeiramente me prendeu desde o início. Dado que comecei umas quantas, principalmente durante a febre dos romances sensuais, penso que é dizer muito. Pelo menos para mim. Claro que tenho um lado muito suspeito, todos estes livros têm como base uma forte componente mitológica, mas acima de tudo é guiada pela esperança através da tragédia. Sim, admito que também eu tenho uma dessas veias tão sonhadoras que por vezes acreditam que o amor verdadeiro supera tudo. Ou não! Eheh, mas nestes romances, verdade seja dita, as personagens femininas são tudo menos mulherzinhas frágeis e solitárias, sendo antes senhoras do seu destino. O que me agrada. O estereótipo de rapariga frágil que precisa de quem cuide dela e a sustente nunca foi o meu género e aqui encontra-se um bom balanço no que toca a forças e a fraquezas entre protagonistas femininos e masculinos.

Neste Amor em Quarto Crescente temos como protagonista um Predador do Homem, Fang, que é um lobo Katagari, com o qual já nos cruzámos pelo menos no livro sobre o seu irmão, Vane. Aliás, esta é uma história que ao longo das suas páginas vai passando por vários outros livros anteriores, tocando levemente em pormenores que reavivam e unem tantos outros enredos que nos passaram pelos olhos em tempos passados. A personagem feminina é Aimee, também ela Predador do Homem, mas de uma raça diferente, uma ursa Arcadiana. Para quem não conhece esta mitologia, explicando muito rapidamente, estes são dois tipos de Predador do Homem dados como incompatíveis. A junção das raças não só é repudiada como ainda pode dar origem a grandes guerras. Já estão a imaginar o cenário não estão? Mais um amor impossível que Sherrilyn Kenyon apresenta com tanta mestria, ao mesmo tempo que coloca em marcha novos acontecimentos. O caminho que Aimee e Fang vão percorrendo é tudo menos fácil, com muitos sacrifícios pelo caminho, e são de louvar os valores familiares, de amizade e amor que vão sendo demonstrados.

Eu acho que me deixo viciar tanto nestes livros precisamente por ter tanto de humano numa trama tão sobrenatural. E depois a acção tem um ritmo tão frenético que virar página após página torna-se obrigatório. Devo ter lido este livro em duas vezes e só não li de uma vez porque iniciei a leitura à noite e convinha dormir umas horas. Voltamo-nos a cruzar com Acheron e com a bela Simi, continua a intriga constante sobre Savitar, mas é quando estamos na mente de Fang e de Aimee que o verdadeiro toque de midas se dá. O único problema deste livro é que não pode ser lido de forma isolada. Como disse anteriormente, o livro toca em vários outros, como a história de Vane ou Wren, e nem sempre é bem claro a que ritmo, espaço temporal, estamos. Ou seja, se nunca leram Sherrilyn Kenyon não comecem por este, pois o mais provável é ficarem muito confusos. Eu própria tive breves momentos em que tive de puxar por toda a minha memória para compreender na totalidade quem o quê e porquê naquele momento. Não obstante, eu gostei imenso da leitura e ouvi dizer que o próximo é sobre o Nick! Que bom que a Saída de Emergência não desistiu desta série, é mesmo só pena que o tempo entre publicações seja tão longo 🙂 

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Opinião: Ensina-me a Amar, de Jess Michaels https://branmorrighan.com/2015/09/opiniao-ensina-me-amar-de-jess-michaels.html https://branmorrighan.com/2015/09/opiniao-ensina-me-amar-de-jess-michaels.html#respond Mon, 28 Sep 2015 13:26:00 +0000
Ensina-me a Amar

Ensina-me a Amar
Jess Michaels

Editora: Quinta Essência

Opinião: Jess Michaels, ora aí está uma autora que para mim já tem um carimbo de que (quase) de certeza me vou divertir ou descontrair a ler os seus livros. Comecei com o Tabu, um livro que me surpreendeu pela ousadia de romper tempos idos com uma onda de erotismo tão condenável na altura, e desde então tenho lido todos os seus romances publicados em Portugal. Ensina-me a Amar foi publicado agora em Setembro e pouco depois de ter chegado cá a casa já eu pegava nele. Li-o por inteiro entre uma tarde e noite de Domingo, o que mais uma vez confirmou o quão leve é a leitura, sem que lhe retire o entusiasmo e o fascínio pela descoberta. 

A história que esta obra nos traz é passada, à semelhança dos outros livros, numa sociedade onde o decoro e as aparências têm muito peso, mas onde também as amantes são permitidas e até acarretam algum estatuto com elas. Vivien, uma mulher que se tornou poderosa com o tempo, começou por ser apenas uma amante para agora governar uma casa onde emparelha nobres com mulheres que acha adequadas. A confiança em Vivien é tal, que muitos a procuram. Inclusive mulheres potencialmente desesperadas, como aconteceu com Lysandra.

Por um infortúnio que não pôde controlar, a sua situação familiar e financeira degradou-se a um estado tal de desespero que não viu outra solução senão ser acolhida por um senhor da sociedade como sua amante. Mesmo sendo virgem e totalmente inexperiente, decide arriscar.

Vivien, não conhecedora da totalidade da história, mas em sobreaviso, confia Lysandre a um protector temporário para a iniciar nas lides do amor. Andrew é apresentado a Lysandra à distância, enquanto esta esperava num jardim, ele olhava para ela de uma varanda superior de Vivien. A atracção foi de tal maneira forte que deu por si a dizer que aceitava, mesmo com todo o peso que carregava consigo, incluindo a promessa de nunca mais voltar a um estilo de vida que no passado já tinha sido seu.

A partir dali a trama toma toda a uma vida baseada na curiosidade, na sensualidade, mas também na exploração de emoções não totalmente compreendidas. O que mais gosto na escrita de Jess Michaels é mesmo esta capacidade de criar protagonistas cativantes. As personagens femininas não são desprovidas de cérebro nem vazias, pelo contrário, transmitem as inseguranças e as lutas de mulheres que procuram o seu lugar, mesmo quando passam por provações potencialmente humilhantes. Já os personagens masculinos há-os para todos os gostos.

Aqueles por quem nos afeiçoamos e aqueles que sabemos que vamos detestar desde o início. Existe intriga, paixão, erotismo e suspense suficientes até ao fim para nos manter presos ao enredo até ao fim. Não sou a mais fã leitora de eróticos, embora já tenha lido alguns, mas de todas as autoras que tenho lido, Jess Michaels é das que mais gosto, das que melhor sabe equilibrar os ingredientes que gosto num romance sensual de época. Para quem gosta do género e ainda não leu nada desta escrita, recomendo! 

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Em Setembro, pela Quinta Essência: Ensina-me a Amar, de Jess Michaels https://branmorrighan.com/2015/09/em-setembro-pela-quinta-essencia-ensina.html https://branmorrighan.com/2015/09/em-setembro-pela-quinta-essencia-ensina.html#respond Sun, 13 Sep 2015 15:59:00 +0000

Ensina-me a Amar

de Jess Michaels

Edição/reimpressão:2015

Páginas: 296

Editor: Quinta Essência

ISBN: 9789897413407

Jess Michaels está de volta com o intenso Ensina-me a Amar

LIVRO

Lysandra Keates está a ficar sem opções. O pai morreu, a mãe está doente, e os seus esforços para encontrar um emprego respeitável redundaram em fracasso. Com as parcas poupanças a chegarem ao fim, ela engole o orgulho e o medo e pede a Vivien Manning, uma cortesã infame, para a juntar a um protetor rico.

Durante anos, o visconde Andrew Callis levou uma existência monástica na sua propriedade rural, endurecendo o corpo e o coração contra o sofrimento pela morte da mulher e do filho recém-nascido. Quando Vivien lhe pede para passar um mês a treinar uma jovem nas artes do amor, a sua mente resiste… mas o seu corpo responde com um desejo que ele julgara morto há muito tempo.

À medida que começa os seus ensinamentos, Andrew dá por si a deixar-se enfeitiçar pelos encantos inocentes de Lysandra. E quando eles dão lugar a uma fome voraz, a última coisa que Andrew esperava, ou queria, surge entre eles. Uma ligação emocional que pode levá-los bem para lá do período de treino… se ao menos Andrew conseguir abrir o seu coração à possibilidade de amar.

AUTORA

Jess Michaels escreve desde o dia fatídico em que o marido lhe disse: «Só és realmente feliz quando estás a escrever. Porque não fazes isso?» Em Novembro de 2003, o seu trabalho (e vários baldes de lágrimas) compensaram quando ela fez a sua primeira venda à editora Red Sage.

Jess tem sido apelidada de «estrela do romance sensual», e o seu trabalho foi descrita como «demasiado quente para largar». Também escreve romances históricos como Jenna Petersen.

É conhecida das leitoras pelo seu popular site para aspirantes a escritoras, The Passionate Pen.

Casada com o seu herói desde 1997, Jess vive no Midwest dos Estados Unidos.

IMPRENSA

«Adorei esta história.»

Night Owl Reviews

«… um romance histórico com personagens fascinantes e cenas de amor escaldantes.»

Guilty Pleasures Book Reviews

«O novo romance de Jess Michaels um prazer sensual e eloquente.»

Romantic Times

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Opinião: Guerreiro dos Sonhos (Predadores da Noite #17), de Sherrilyn Kenyon https://branmorrighan.com/2015/08/opiniao-guerreiro-dos-sonhos-predadores.html https://branmorrighan.com/2015/08/opiniao-guerreiro-dos-sonhos-predadores.html#respond Tue, 11 Aug 2015 15:31:00 +0000

Guerreiro dos Sonhos (Predadores da Noite #17)

Sherrilyn Kenyon

Editora: Edições Saída de Emergência

Chancela: Chá das Cinco

Sinopse: Filho de deuses violentos, Cratus passa os tempos da sua eternidade a lutar em nome dos deuses antigos que o trouxeram à vida. Ele é a morte personificada a quem quer que se atravesse no seu caminho. Até ao dia em que baixou os braços e simplesmente não lutou mais, impondo um auto exílio. É então que um antigo inimigo liberta as suas forças e usa os sonhos humanos como campo de batalha. A única esperança da humanidade reside precisamente naquele que se recusa continuar a lutar: Cratus.

Sendo uma Caçadora de Sonhos, Delphine passou a eternidade a combater os predadores que se alimentam do nosso estado inconsciente. Mas os seus aliados voltam-lhe as costas e ela sabe que, para sobreviver, os Caçadores de Sonhos precisam de um novo líder: alguém que os oriente e ensine a lutar contra os novos inimigos. Cratus é a sua única esperança. No entanto, é Delphine a amarga recordação que fez Cratus baixar os braços…

Opinião: Cada espera por um livro novo de Sherrilyn Kenyon é sempre uma pequena tortura. Entre a série dos Predadores da Noite ou dos Predadores de Sonhos, em Portugal já temos 17 livros publicados maioritariamente pelas Edições Saída de Emergência, mas ainda assim não são os suficientes. A razão é simples, a autora é mestre em recriar universos que pensávamos já conhecer. Mesmo quando a fórmula se repete, afinal o próprio mote da história é toda ela uma espécie de redenção, até dos protagonistas mais inesperados, Kenyon consegue construir enredos ricos em emoções com os quais é fácil o leitor se sintonizar e ainda se enternecer.

Chegado ao décimo sétimo volume do conjunto das duas séries, seguindo uma ordem temporal, eis que nos chegam desenvolvimentos no que toca a guerras entre os deuses e também sobre o universo dos caçadores de sonhos. Como foco temos Deslphine e Cratus, ligados por um gesto que teve consequências terríveis para este último, mas do qual ele não se arrepende nem um pouco – apenas está com sede de vingança e não vai descansar até a conseguir. Se há coisa que temos acompanhado ao longo desta série é que Zeus é bastante difícil de tolerar e que o próprio Olimpo é maioritariamente uma montra de aparências. É sabido que os deuses são tanto mais fortes quanto a adoração que se tem por eles e também isso terá influência nas decisões tomadas pelos intervenientes, pois nos tempos que correm – século XXI – os deuses já são muito pouco adorados. A humanidade não está tão segura como pensa.

Cratus é um protagonista que apela a todo o sentido de justiça que alguém possa ter. Para além de um espécime que deixa muita à nossa imaginação, a sua determinação férrea tal como o seu calculismo chegam a ser inspiradores. Delphine é aquela personagem feminina de que também é fácil gostar. Não vira costas a uma batalha, não tem a postura de donzela desprotegida, mas antes a de alguém que não descansará enquanto não assegurar que todos os que estima estarão bem, nem que para isso tenha de arriscar a sua própria vida. O romance entre os dois desenrola-se a um bom ritmo e para além de querido é sensual. Isso aliado ao facto de revisitarmos tantos outros personagens de que já tinha saudades, fez com que em apenas dois dias tivesse lido tudinho!

É sem dúvida a melhor série sobrenatural, com laivos deliciosos de erotismo e com uma dose de mitologia construída com imensa originalidade. Tem ainda o condão de expressar, de forma algo fantasiosa mas intensa, coisas bem reais como o sentimento de traição, sofrimento, capacidade de sacrifício e ainda a capacidade de amar para além da compreensão. Claro que recomendo! 

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Opinião: Fogo (Trilogia Sem Fôlego #3) de Maya Banks https://branmorrighan.com/2015/07/opiniao-fogo-trilogia-sem-folego-3-de.html https://branmorrighan.com/2015/07/opiniao-fogo-trilogia-sem-folego-3-de.html#respond Mon, 06 Jul 2015 13:36:00 +0000

Fogo (Trilogia Sem Fôlego #3)
Maya Banks

Editora: Bertrand

Opinião: Obsessão e Delírio trouxeram-nos a história de Gabe e Jace, mas penso que, tal como eu, a maioria dos leitores desta trilogia estava era à espera da história de Ash. Talvez pela irreverência respeituosa para com os amigos, talvez pela história familiar obviamente complicada ou então porque de todos foi sempre o que se mostrou mais esquivo em revelar mais de si. O que é certo é que se o livro anterior, de Jace, não me agradou minimamente, este soube compensar. Fogo é capaz de ser o livro mais equilibrado dos três no que toca ao romance, ao erotismo e a um enredo interessante. 

Ash sempre mostrou ser daqueles homens cujo lema é viver ao máximo durante o maior espaço temporal possível. Não descurando dos seus negócios, império que construiu a ferros com os seus dois amigos, na sua vida pessoal é relaxado e descomprometido. Como e porquê ninguém sabe, mas existe um lado mais misterioso e obscuro no que toca a contactos que possui (para fazer certos serviços) e quando mete algo na cabeça dificilmente alguém lho tira da cabeça.

E quando Josie lhe aparece à frente, de forma inesperada e contemplativa, ele dá o primeiro passo sem pensar. O problema é que ela já possui uma coleira e ele, sem saber bem porquê, acabado de a conhecer, confronta-a com isso. Acha que está ali deslocada, que não combina com ela, que o homem que provavelmente lha ofereceu nem sequer a conhece bem. Mas como pode ele conhecê-la se acabou de se deparar com ela? 

Este é o ponto de partida para uma trama que vai crescendo a bom ritmo. Ao início tive receio que houvesse demasiada precipitação como no volume anterior, mas tal não aconteceu e o mistério plantado foi suficiente para manter o entusiasmo na leitura percorrendo rapidamente as páginas que se seguiam. Por entre a necessidade de afirmação de Josie como mulher independente e a vontade de se submeter às vontades e caprichos de Ash, o passado de ambos teima em atravessar-se-lhes no caminho e quando se juntam as consequências de uma parte do passado de Gabe, há muito esquecido, o sangue corre.

Um bom pico de adrenalina nos momentos finais que dão um pouco mais de conteúdo a uma obra que, quase que nem seria necessário dizer, está repleta de cenas eróticas. Não considero que esteja enquadrado na categoria BDSM, mas existe uma clara intenção de dominação e disciplina, sendo apenas contrariada por algum atrevimento de Josie e também por alguma evolução de Ash ao querer que ela tome um papel mais espontâneo. 

Resumindo, é uma história que se lê bem, que faz um apanhado geral do que tem sido a trilogia sendo rematada com mais um final feliz. Não é das melhores trilogias que já li, nem sequer dos melhores romances eróticos, mas dado que tinha gostado bastante da série McCabe desta mesma autora decidi ler esta até ao fim. Boas leituras! 

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Opinião: Tentação Perfeita (À Flor da Pele #5), de Lisa Kleypas https://branmorrighan.com/2015/05/opiniao-tentacao-perfeita-flor-da-pele.html https://branmorrighan.com/2015/05/opiniao-tentacao-perfeita-flor-da-pele.html#comments Wed, 20 May 2015 16:47:00 +0000

Tentação Perfeira

Lisa Kleypas

Editora: Porto Editora

Chancela: 5 Sentidos 

Sinopse: Foi mais do que um beijo… foi uma oração de beijos ininterruptos, com as sílabas quentes e doces dos lábios e da língua dele inebriando-a de sensações.

Londres prepara o Natal, e o americano Rafe Bowman aguarda o seu encontro marcado com Natalie Blandford, a muito bela e respeitável filha de Lady e Lord Blandford. O aspeto sedutor e físico impressionante do jovem agradariam certamente à prometida, não fosse a sua reputação de libertino e as suas maneiras americanas.

As quatro amigas encalhadas dedicam-se, então, a ajudar o jovem pretendente, ensinando-lhe as regras da sociedade londrina e empenhando-se na aproximação dos futuros noivos. Contudo, o Natal é a época dos milagres, e o amor – essa emoção tão estranha a Rafe – ameaça brotar das mãos mais inesperadas.

Uma encantadora viagem aos recantos do coração, pela autora bestseller Lisa Kleypas, a rainha do romance erótico.

Opinião: Por vezes tenho a sensação que não damos o devido valor às coisas simples da vida. Ao ler este livro, um regresso ao universo das encalhadas que tanto gosto me deu ler, revivo esse sentimento ao verificar como por vezes uma leitura consegue aliviar tanto o nosso estado de espírito. Tentação Perfeita, quinto livro da série À Flor da Pele, é uma espécie de spin off dos outros quatro. Tendo já o nosso quarteto feminino arranjado quem as venerasse, eis que a autora decide apresentar-nos um lado um pouco mais masculino no que toca à perspectiva de ter que ser obrigado a casar por causa do estatuto pelo qual luta.

Rafe Bowman, irmã da dupla americana Daisy e Lillian, adoráveis progressistas no que ao feminismo diz respeito, assume o papel de anfitrião e é pela sua vida amorosa e pelo seu passado tumultuoso que somos levados a conhecer. Como só Lisa Kleypas o sabe fazer, esta é uma obra que transpira romantismo, suspiros sonhadores, irreverência, uma pequena dose de sofrimento, alguma dúvida e ainda um erotismo quase casto, atrevido e ousado que só as suas personagens conseguem transmitir. 

Para quem já conhece o universo das Encalhadas, este livro não será uma surpresa, até porque o final feliz, por muitas peripécias e contratempos que possam haver pelo meio, não só é expectável como é exigido por parte do leitor. Dando a minha perspectiva muito pessoal, não me interessa que seja previsível que a história acabe bem, o que torna cada um destes livros especial e único é mesmo como toda a trama se desenrola, recheada de pormenores históricos cuidadosamente inseridos, e ainda toda a imagética inerente. 

As descrições dos cenários, dos vestidos, das etiquetas e a própria exploração da época em que a sociedade inglesa era tão preconceituosa com os títulos que vários casamentos acabavam por ser meras formalidades em papéis e onde a vida acontecia mesmo fora dos lençóis caseiros e tal era aceitável, estão expressos de forma muito visual, quase cinematográfica. Mesmo Tentação Perfeita sendo o livro que tem a história menos elaborada, a mim soube-me que nem morangos frescos com chocolate quente. Uma história bonita, engraçada, um espírito natalício que nos recorda Charles Dickson e uma simplicidade que por vezes é tudo aquilo de que precisamos numa leitura mais leve. No seu todo, é uma série que vale completamente a pena ler. Recomendo.

Opiniões Volume Anteriores:

Desejo Subtil: http://www.branmorrighan.com/2012/03/opiniao-desejo-subtil-de-lisa-kleypas.html

Sedução Intensa: http://www.branmorrighan.com/2012/10/opiniao-seducao-intensa-flor-da-pele-2_29.html

Paixão Sublime: http://www.branmorrighan.com/2013/08/opiniao-paixao-sublime-flor-da-pele-3.html

Prazer Ardente: http://www.branmorrighan.com/2014/03/opiniao-prazer-ardente-de-lisa-kleypas.html

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