Salvador Menezes – Bran Morrighan https://branmorrighan.com Literatura, Leitura, Música e Quotidiano Mon, 28 Dec 2020 05:05:21 +0000 pt-PT hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.8.3 https://branmorrighan.com/wp-content/uploads/2020/12/cropped-Preto-32x32.png Salvador Menezes – Bran Morrighan https://branmorrighan.com 32 32 [Playlist da Quinzena] 16 a 30 de Novembro de 2017, Salvador Menezes – TIPO https://branmorrighan.com/2017/11/playlist-da-quinzena-16-30-de-novembro.html https://branmorrighan.com/2017/11/playlist-da-quinzena-16-30-de-novembro.html#respond Thu, 16 Nov 2017 20:14:00 +0000

É com um enorme prazer que começo esta nova playlist da quinzena com mais um convidado especial, o Salvador Menezes, agora também conhecido como TIPO! Provavelmente já o conhecem dos You Can’t Win, Charlie Brown, mas agora tem também um projecto a solo e se ainda não o ouviram e viram os seus videoclips, deviam 🙂 A estética e o som têm-se alinhado numa descoberta única. É ainda uma maior honra ser a curadora do seu primeiro concerto ao vivo – dia 5 de Janeiro TIPO tocará no 9º Aniversário do blogue BranMorrighan no Musicbox! Apresentar-se-á com banda e até lá iremos desvendar um pouco mais do que poderemos assistir. Já sabem, marquem na vossa agenda! Entretanto, ficamos com as suas escolhas musicais que nos farão companhia até ao final do mês! 

Moses Sumney – Quarrel

Foi o Quim Albergaria que me mostrou Moses Sumney, quando os You Can’t Win, Charlie Brown foram ao programa “O Disco Disse” em 2016. Desde essa altura fui seguindo o trabalho deste senhor à espera que lançasse o seu primeiro álbum. Finalmente saiu e não desiludiu nada, pelo contrário, dos melhores discos de 2017. Perfeito do principio ao fim, para ouvir em loop sem cansar.

Serge Gainsbourg feat. Jane Birkin – Ballade de Melody Nelson

Compus uma canção completamente roubada desta. Se for assumido é plágio ou transforma-se numa apropriação/referência?

Deerhoof – The Devil And His Anarchic Surrealist Retinue

Eu sei que já lançaram um álbum em 2017 mas ainda não ouvi com muita atenção, por isso escolho uma canção do disco anterior (de 2016). Os Deerhoof são uma banda que merecia mais reconhecimento. Mas há bandas assim, que foram feitas para inspirar outros músicos e que nunca chegam a ter o estatuto que merecem. Vá, façam lá like no facebook deles que merecem.

Paul McCartney and Wings – Band on the run

Na mesma canção onde roubei ao Serge Gainsbourg também consegui encaixar algumas ideias do McCartney. Se bem que acho que eu acho que o Gainsbourg já andava a surrupiar baixos ao McCartney na sua altura. Por isso não faz mal fazê-lo, ou faz?

Manel Cruz – Ainda Não Acabei

O músico que mais tem inspirado os portugueses a pegar numa guitarra e compor, pelo menos foi assim comigo. Continua em grande e a prova é esta Ainda Não Acabei.

Surface To Air Missive – Time Being

Quem me mostrou os Surface To Air Missive foi o Guilherme Canhão quando estávamos na estrada. Adoro a crueza desta banda, com uma estética sonora de uma maquete bem gravada e muitíssimo bem tocada. Curiosamente esta Time Being é a música mais pop do álbum e é a que fecha o disco, quase numa atitude anti-herói de “vá, se chegarem ao fim levam um bónus”.

O Terno – Melhor do Que Parece

Só conheci O Terno quando soube que iam tocar com os You Can’t Win, Charlie Brown no musicbox. Quis logo conhecer tudo o que fizeram. São o grande futuro da música brasileira. Esta letra é um exemplo em como transformar um desabafo numa brilhante canção.

Bruno Pernadas – Problem Number 6

O Pernadas é o melhor compositor/arranjador português da actualidade, consegue escrever tudo o que quiser. Lembro-me perfeitamente de ouvir este Problem Number 6 pela primeira vez no concerto de apresentação do “those who throw objects at the crocodiles will be asked to retrieve them” no Teatro Maria Matos e de ter ficado completamente boquiaberto.

Caetano Veloso – Tropicália

Das melhores aberturas de disco já alguma fez criadas. Música brilhante de um disco todo ele perfeito. Inimitável. 

Cornelius – If Your’e Here

O cuidado na produção dos álbuns do Cornelius é sempre absolutamente esmagador. Dos músicos que melhor consegue preencher os espaços da música, quer seja com instrumentos ou sem eles. Esta canção é um bom exemplo disso. Oiçam com auscultadores e vão perceber o que digo.

Cassete Pirata – Pó no Pé

Estou ansioso para que os Cassete Pirata lancem mais músicas, de preferência um álbum. Enquanto não há, oiçam esta Pó no Pé.

Ariel Pink – Picture Me Gone

O pom pom talvez tenha sido dos álbuns que mais ouvi nestes últimos anos. Adoro esta canção inspirada nos anos 1980 mas com uma letra bastante actual que versa sobre “selfies”, iPhones e iClouds.

Capitão Fausto – Semana em Semana

A melhor música do melhor disco de 2016.

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[Queres é (a) Letra!] Jugoslávia é o novo single/vídeo de TIPO https://branmorrighan.com/2017/10/queres-e-letra-jugoslavia-e-o-novo.html https://branmorrighan.com/2017/10/queres-e-letra-jugoslavia-e-o-novo.html#respond Thu, 19 Oct 2017 16:35:00 +0000

Depois do single de apresentação “Acção-Reacção”, Salvador Menezes mostra-nos agora um lado mais pop com a canção “Jugoslávia”. Gravado e misturado por Luís “Benjamim” Nunes, este segundo single conta mais uma vez com a participação de Tomás Sousa na bateria (You Can’t Win, Charlie Brown e Minta & the Brook Trout). O videoclipe foi produzido pelos “We Are Plastic Too” com direcção de fotografia do João Souza. Numa linguagem e conceito que nos deixa de “pernas para o ar” o TIPO leva-nos numa viagem pela antiga Jugoslávia, do Reino à República Federal.

Sabia que queria manter a linguagem conceptual do primeiro vídeo mas adaptada a esta canção.

Lembrei-me que podia ser interessante se estivesse virado de cabeça para baixo, mas na filmagem esse factor não fosse imediatamente perceptível. A partir daí era jogar com a gravidade “invertida”. Outra ideia conceptual determinante para o vídeo foi o facto de ser gravado num take único – com todos os defeitos e factores desconhecidos que poderiam advir dessa única tentativa.

O resultado foi um vídeo caótico que mostra aquilo que a canção quer transmitir musicalmente e liricamente. Salvador – TIPO

Co-produzido por Salvador Menezes, Luís Nunes e Afonso Cabral, o álbum terá o selo Pataca Discos com o apoio da Vodafone FM e a GDA.

Quem vai sair da Jugoslávia? 

No império da selva, não sei quem vai ganhar nesta confusão 

Eu vou ser mais culto e começar a ler 

Depois da guerra, terra e água 

Ver a Jugoslávia 

Jugoslávia, não vás cair aos pés dos homens não 

Fome em mil e fica tudo igual, do Reino à República Federal 

“6 em 1” – melhor que os detergentes – lava a cara, as mão, os dentes 

Ver a Jugoslávia

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[Queres é (a) Letra!] Tipo – Salvador Menezes (YCWCB) – lança “Acção-Reacção” https://branmorrighan.com/2017/06/queres-e-letra-salvador-menezes-ycwcb.html https://branmorrighan.com/2017/06/queres-e-letra-salvador-menezes-ycwcb.html#respond Wed, 28 Jun 2017 03:28:00 +0000 Fotografia Caetana Menezes

Tipo nasceu no início de 2015, quando Salvador Menezes (co-fundador dos You Can’t Win, Charlie Brown) decidiu tirar uma semana e meia de férias da sua aborrecida rotina.

Tendo à sua disposição o Casio dos anos 80 do tio, a guitarra com 3 cordas dos anos 90 da irmã, a bateria dos anos 2000 do irmão e o seu baixo, computador e voz, criou 4 canções. Concorreu ao apoio fonográfico da GDA e ganhou.

Dois anos depois, este Tipo já mudou de emprego, de casa, lançou o terceiro álbum dos You Can’t Win Charlie Brown e foi pai. Já não está aborrecido e tem agora músicas suficientes para lançar o seu primeiro disco.

“Acção-Reacção” é o single de apresentação. O videoclipe foi realizado e produzido pelos “We Are Plastic Too”, com direcção de fotografia do João Souza e iluminação dos “Side Effects”.

Co-produzido por Afonso Cabral, Luís Nunes e Salvador Menezes, o álbum sairá brevemente com o selo da Pataca discos e o apoio da Vodafone FM. Conta também com alguns convidados, nomeadamente Tomás Sousa neste (single) “Acção-Reacção”.

Saudade é perder tempo

Insisto em ver o bem

Ao menos sei que me contento

Quem tem, enfrenta a escolha só 

Não volta a ver no que falhou

Acção-reacção 

Já foi

Um ano passou

Deixo a barba crescer

Enquanto o cabelo cai

Quem tem os seus, não se agarra aos céus

Se faltam uns troféus 

Minto

Se tens de usar os meus

Finto

Acção-reacção 

Já foi

Um ano passou

Deixo a barba crescer

Enquanto o cabelo cai

Nem mais um dia a chorar

Assumo a situação

A quem pouco dão decisão

Quem não quer (quem não quer) desviarei a atenção  

Se não der eu aplaudirei a intenção 

Volta a ter uma reacção

Se quiser (se quiser) apagarei a função 

De não ter uma solução para a acção

Volta a ver uma conclusão 

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“Vais longe” – disse ele 

Só falta chama

Não tens nada

Neutral e banal

Haverá cobaias 

E não podes ser

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