Saúde – Bran Morrighan https://branmorrighan.com Literatura, Leitura, Música e Quotidiano Thu, 25 Aug 2022 20:24:53 +0000 pt-PT hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.8.2 https://branmorrighan.com/wp-content/uploads/2020/12/cropped-Preto-32x32.png Saúde – Bran Morrighan https://branmorrighan.com 32 32 Gratidão https://branmorrighan.com/2021/05/diario-de-bordo-gratidao.html https://branmorrighan.com/2021/05/diario-de-bordo-gratidao.html#comments Fri, 28 May 2021 11:48:24 +0000 https://branmorrighan.com/?p=25099
Gratidão
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No yoga, a prática de Gratidão é um elemento unificador. Entre a meditação e a prática de Asana, não excluindo os outros elementos que incorporam uma prática de yoga completa, praticar Gratidão é um exercício de enraizamento, mas também de libertação. Nos tempos que correm é tão difícil por vezes concentrarmo-nos nas coisas boas da vida, mas a verdade é que estamos constantemente rodeados de pequenos milagres. E mesmo com toda a podridão que por vezes encontramos, é a prática de gratidão que também nos dá esperança e nos faz continuar querer seguir em frente.

Sorrir e acenar é muitas vezes a estratégia usada. Mesmo quando envolvidos nas maiores tempestades, o mecanismo para lidar com os abismos é por vezes sorrir e acenar para o exterior enquanto que a ansiedade e o pânico tomam conta da mente e do corpo. Eu diria que é preciso abraçar essas escuridões, aceitá-las e perceber que elas farão para sempre parte de nós, para finalmente começarmos a verdadeiramente seguir em frente.

Eu sei, parece contraintuitivo. Ninguém quer viver lado a lado com os seus traumas, sendo triggered constantemente. Mas exactamente por isso é que não podemos deixar que o trauma nos domine, mas antes reconhecermos a sua existência e ganharmos distância suficiente para que seja um eco cada vez mais silencioso em vez de um companheiro de viagem constante.

Neste sentido, a prática de gratidão pode ser chave para começarmos a mudar a nossa cognição para um contexto mais claro, menos oprimido e consequentemente mais receptivo. A verdade é que as nossas emoções alimentam-se umas das outras. Tristeza alimenta-se de tristeza, mas também a sensação de deslumbre e de alegria são reforçados com o mesmo tipo de estimulo positivo. E enquanto que isto parece evidente, a verdade é que quando andamos mais cansados e menos resilientes psicologicamente, oscilamos muito entre a alegria e a tristeza, entre a sensação que corre tudo bem e no momento a seguir parece que corre tudo mal.

Relativizar pode ser uma primeira abordagem, mas eu penso que o foco fundamental aqui é parar, respirar fundo (daquelas inspirações que começam por preencher o espaço abdominal, subindo para o diafragma e chegando ao peito em que os ombros naturalmente se levantam, para depois lentamente deixarmos o ar sair, sentindo por inteiro cada espaço físico da respiração) e reconhecer pelo menos três coisas boas. O termos água canalizada, electricidade, comida, uma casa com boas condições, saúde para perseguirmos os nossos sonhos, termos família e amigos que nos suportam, podermos ajudar alguém, sermos a nossa melhor versão de nós mesmos, são só alguns exemplos.

Acho muito importante celebrar cada conquista, por muito pequena que possam achar que é. O nosso cérebro cria novos caminhos neurológicos quando repetimos qualquer prática. Não é só o dizer-se ser-se positivo só porque sim, só porque fica bem dizer que se é positivo. É necessário praticar e reforçar os caminhos neurológicos que aos poucos criam resiliência quando eventos menos bons acontecem.

Gostava de vos propor o desafio de durante um mês, seja logo mal acordam ou antes de se irem deitar, que mantivessem um pequeno bloco de notas e a cada dia colocassem três coisas pelas quais estão gratos naquele dia. Partilhem comigo que efeito é que este exercício vai tendo em vós à medida que avançam no tempo. Quando eu comecei a minha prática, fiquei surpreendida como às vezes parecia difícil encontrar coisas boas que tivessem acontecido naquele dia e aí, o exercício de parar e realmente tomar consciência da minha qualidade de vida, fez toda a diferença.

Quis escrever-vos este post porque acho, muito honestamente, que esta prática pode fazer a diferença e pode ajudar e complementar práticas relacionadas com a ansiedade e ataques de pânico. Em suma, pode fazer a diferença na nossa saúde mental. Respirar fundo, o número de vezes que conseguirem, tomar consciência e manifestar gratidão. Mesmo que sejam completamente cépticos em relação a este assunto, “bear with me”, e dêem uma oportunidade. Se já o fazem, deixem nos comentários algo sobre a vossa experiência. Adoraria ouvir!

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[Diário de Bordo] A rotina matinal da sobrevivência https://branmorrighan.com/2020/04/diario-de-bordo-rotina-matinal-da.html https://branmorrighan.com/2020/04/diario-de-bordo-rotina-matinal-da.html#respond Mon, 27 Apr 2020 03:14:00 +0000

Queridos leitores, como estão? 

Esta semana não fui muito bem sucedida a manter o blogue actualizado, mas para não perder o comboio na totalidade decidi escrever este post rápido antes de me ir deitar. 

No Facebook alguns leitores mostraram curiosidade sobre como é a minha vida aqui em Bloomington, quais são as minhas rotinas e como é que é aqui o dia-a-dia em tempo de coronavirus. Como a semana foi longa e ainda tive de trabalhar no fim-de-semana, vou falar brevemente sobre estas coisas e, espero eu, mais tarde dou-vos mais detalhes e conto-vos alguns episódios engraçados. 

A minha vida em Bloomington é calma em todos os aspectos menos em termos de trabalho. Com isto quero dizer que vivo num prédio de três pisos, num sítio relativamente calmo (fica na fronteira entre uma zona com maior afluência de sem-abrigos e o centro da cidade) que fica a menos de dez minutos a pé do supermercado e a cerca de vinte minutos a pé do campus.

Tenho um parque a quinze minutos e tenho a B-Line, uma espécie (deixem-me dizer-vos que o facto de não escrever em português com frequência, ou sequer falar português com frequência, faz com o meu cérebro já comece a ficar meio preguiçoso em termos de encontrar as expressões certas em português!) de trilho (era esta a palavra que queria!) de alguns quilómetros em que também posso caminhar, correr e até jogar basquetebol dado que há um campo e meio do trilho. Ainda não aconteceu, mas já comprei uma bola de basquetebol de rua! Uma das coisas que tinha idealizado ao vir para cá era viver numa casinha térrea, com terraço e quintal, mas para já o apartamento é o possível e dado que aqui tudo é longe de tudo até que estou bastante bem localizada. 

Em tempo de coronavirus as ruas andam praticamente desertas e os estabelecimentos fechados. A não ser que faça sol. Bloomington é a cidade mais esquizofrénica a nível de temperaturas e de estado do tempo que já vi. Num dia faz sol e está quente, no dia seguinte descem vinte graus e batemos o dente. Num dia o tempo está ameno e quase sem vento, no dia seguinte recebemos um aviso de perigo de tornado. Sim, é verdade, já me aconteceu e só rezava para que a estrutura do prédio aguentasse com a chuva e os ventos fortíssimos.

Não sei se têm noção, mas aqui as construções não são como na maior parte da Europa. Aqui não se usa tijolo e cimento, mas sim essencialmente madeira. Costumo dizer que vivo entre paredes de papel. Outra coisa que damos por garantido em Portugal e aqui não existe são as persianas que tapam completamente a luz. Nem nos quartos! Há uma coisa que chamam light filtering que é uma espécie de persiana mais fraquinha. Mas tudo bem, uma pessoa adapta-se e segue com o que tem, tranquilamente. 

O meu apartamento é porreirinho. Tem teto alto (ao contrário de muitos por aqui), imensa luz e tem espaço suficiente para eu viver de forma confortável. No meu quarto não só tenho a cama de casal como tenho ainda espaço para o meu cantinho de yoga. A sala é ligada com a cozinha, mas como a divisão é bastante rectangular acaba por haver uma divisão natural entre as duas, com uma consola encostada à parede a sinalizar a transição. Ahah! 

Em termos de rotina, dado que saí completamente fora do meu habitat natural, as manhãs são o mais importante. O período entre acordar e começar a trabalhar é aquele em que mais preciso de familiaridade e conforto. Acordo cedo, levanto-me e começo a rotina que já fazia em Portugal: lavo a cara e os dentes, bebo um copo de água, faço o meu yoga matinal (entre 10 a 15-20 minutos dependendo do estado de espírito e do estado da minha coluna) e depois cozinho o pequeno-almoço. Tenho a mania de fazer panquecas de banana e mirtilo frescas todas as manhãs.

A receita é bem simples 1-2 ovos com 1-2 bananas partida(s) aos bocadinhos, sementes de girassol e canela. Mexo tudo bem com um garfo (não faço com varinha mágica porque gosto de ter bocadinhos de banana inteiros) e depois de bater tudo até a mistura ganhar uma forma minimamente consistente misturo os mirtilos (estes não quer que estejam minimamente esmagados). Coloco um pouco de óleo de côco numa frigideira e voilá! é deixar estar uns minutos, virar e temos pequeno almoço delicioso. Por norma junto umas tostas de manteiga de amendoim com doce (eu sei, super americana!) e café que chegue para a manhã inteira. Depois deste ritual todo lá me sinto finalmente pronta para enfrentar o dia com coragem e mente aberta para aprender e executar o máximo possível. 

Para quem, como eu, tem passado todo este tempo da pandemia sozinho, penso que ter estes pequeno rituais de conforto ajuda imenso. Outra coisa que me tem ajudado é aceitar pequenos desafios. Esta semana que passou, por exemplo, terminei o desafio 30 Days of Yoga, da Yoga with Adriene. Ontem comecei o desafio 10 Minutes Morning Yoga Challenge, da Yoga with Kassandra, etc.

Dado que o tempo aqui é completamente incerto e que de qualquer maneira não convém andar demasiado em sítios com outras pessoas, encontrar estes pequenos desafios caseiros que nos obrigam a ser disciplinados e a cuidar de nós mesmos de forma gentil são muito importantes. Dito isto, porque os meus olhitos já ardem de cansaço, por hoje fico por aqui. Se quiserem mais informações sobre estes desafios ou outros rituais que nos fazem sentir menos sozinhos, contactem-me à vontade. 

Dei conta que não falei da imagem que ilustra este post. Numa nota rápida antes de acabar conto-vos que a Two Sticks Bakery fica no piso 0 do meu prédio e tem doces e salgados deliciosos, feitos de ingredientes sustentáveis e, dentro do possível, locais. Têm para todos os gostos e feitios, incluindo opções vegan e sem gluten. Agora imaginem o que é só ter de encomendar online e descer as escadas para ter aquele mimos… Não digam a ninguém, mas acho que quando voltar a Portugal volto a rebolar! Eheheh. A outra ilustração contém precisamente a fórmula do que faço para limpar o meu tapete de yoga. Talvez faça um post mais dedicado a este tema, o que acham? Obrigada por estarem desse lado, até já! 🙂 

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[Curtas] Os livros de auto-ajuda ajudam mesmo? – Parte I https://branmorrighan.com/2019/07/curtas-os-livros-de-auto-ajuda-ajudam.html https://branmorrighan.com/2019/07/curtas-os-livros-de-auto-ajuda-ajudam.html#respond Tue, 30 Jul 2019 12:08:00 +0000

Em diferentes pontos no tempo, alguns leitores têm-me perguntado isto. Os livros de auto-ajuda ajudam mesmo? Volta e meia tenho um ou outro amigo que, vendo-me com um desses livros na algibeira, me pergunta o mesmo. E a verdade é que a resposta é simples: depende tanto do livro como da abertura do leitor ao tópico. A maior parte dos livros considerados auto-ajuda que leio estão relacionados com gestão da mente e das emoções. A saúde psicológica é algo que me preocupa, não sou imune a crises de ansiedade e sou uma daquelas pessoas que, embora utilize imensas tecnologias do século XXI, não se importava de em algumas coisas ainda estar atrás no tempo. Esta cultura de trabalho até cair para o lado para se tenta provar algo a terceiros, de estar constantemente ligado para não se perder pitada do que se passa e ser-se visto, o facto de muitas vezes o primeiro impulso de manhã ser verificar a caixa de correio electrónico… Pura e simplesmente não é saudável. E é mais fácil de dizer do que fazer, mas uma pessoa tem de começar por algum lado.

Tenho-me cruzado com todo o tipo de livros de auto-ajuda e, sendo a cientista que sou, prefiro sempre aqueles que têm como base estudos em Neurociência e Ciência Cognitiva. Claro que tendo também um lado espiritual, gosto de ler livros que possam estar ligados ao bem estar emocional e espiritual. Recorro muitas vezes a literatura ligada a vários estilos de yoga e, recentemente, aventurei-me também a ler mais sobre a componente emocional do budismo (não sobre a parte religiosa). Por norma procuro este tipo de literatura quando o meu dia-a-dia me faz sentir mais sufocada do que o desejável. É uma espécie de técnica de por ordem na casa. Não é que ande a aprender a cada livro que leia, mas há técnicas que são transversais a qualquer estilo/abordagem ao bem-estar físico e emocional e, portanto, acaba por ser uma forma de me relembrar que, por exemplo: i) é bom tirarmos um tempo para nós, de manhã cedo ou antes de dormir, para alinharmos a nossa motivação e disposição e sentirmo-nos gratos por tudo o que vamos alcançando; ii) é bom tirarmos algum tempo para nos dedicarmos a ouvir as necessidades do nosso corpo, o que inclui exercício físico, seja yoga, uma corrida ou outro desporto, alongamentos, ou algo mais exigente como musculação; iii) nunca esquecer que a tonalidade dos nossos pensamentos molda o nosso dia-a-dia, querendo dizer que se nos sentirmos mais cinzentos, o nosso dia vai correr de forma cinzenta também, mas se tivermos a capacidade de dar uma oportunidade a que o dia corra bem, tudo se pode revelar muito mais leve e quente do que previsto.

Tudo isto que eu disse é minimalista, mas são princípios básicos de auto-ajuda que só dependem de nós e não de nenhum livro. Claro que, dependendo do estado mental de cada um, há técnicas que podem ser aprendidas, terapias que podem ser feitas, etc. Dos livros que li recentemente, de forma muito prática, posso aconselhar os seguintes:

  • Comportamento: A Biologia Humana No Nosso Melhor e Pior, de Robert M. Sapolsky. Confesso, ainda não terminei esta leitura (o livro é uma espécie de Bíblia), mas já é um dos meus preferidos. Com este livro tenho revisto e aprendido muito sobre todo o mecanismo funcional do nosso cérebro. Da parte psicológica à fisiológica, passando pelo sistema endócrino, é fascinante como até o ambiente em que estamos inseridos é capaz de moldar tudo isto, conjugando num tipo de comportamento difícil de prever sem ter tudo em conta. Uma leitura fascinante. 
  • Gestão da Mente, de Andy Gibson, editado pela Pergaminho. É um livro muito prático que pode ser interpretado de forma ajustada à personalidade de cada um. Dá ferramentas e estratégias para se lidar com os mais diferentes aspectos da rotina diária. 
  • Why Buddhism is True: The Science and Philosophy of Meditation and Enlightenment, de Robert Wright. Este é um livro muito interessante porque faz o paralelismo em como a nossa mente foi evoluindo ao longo dos milénios e em como o cérebro não está biologicamente preparado para os desafios do nosso século. Apresenta como solução a meditação e baseia-se na filosofia e psicologia budista, levantando muitas perguntas sobre como chegar ao desapego e à liberdade pessoal apregoada pelo budismo, mas também dando respostas com base na sua experiência pessoal. Um livro muito interessante. 
  • Yoga-me, de Filipa Veiga e Alma Feliz – Good Vibes, de Grace Kelly. Dois livros tão bonitos e tão inspiradores! São bastante completos no que toca à prática espiritual e física do Yoga. Mais, dão também conselhos sobre uma alimentação mais saudável e equilibrada, com receitas e tudo. Estas informações são complementada com uma explicação acessível sobre os chakras e técnicas para os equilibrar. Também sugerem algumas sequências de posições yoga, cada uma com o seu propósito. Hoje em dia ainda sigo algumas todas as manhãs 🙂  
  • Retox – Ioga – Alimentação – Atitude, de Lauren Imparato. Chego à última sugestão com um livro super prático que pode ajudar a mudar as vossas rotinas muito rapidamente. Consoante o que vos possa estar a incomodar, a autora sugere desde sequências de yoga e alimentos, fornecendo receitas, para que possam desbloquear e melhorar a vossas qualidade de vida. É daqueles livros que lido uma vez, utilizamos depois como consulta sempre que identificamos algo que está mais desequilibrado. Atenção, de espiritual tem muito pouco. Arrisco a dizer que é um livro puramente prático e extremamente útil.

Bem, apelidei o post de “Curtas” e este já vai longe. Decidi adicionar “Parte I” ao título porque penso que é um tema ao qual poderei voltar brevemente. Não mencionei aqui os que não gostei de ler, mas se por acaso quiserem a minha opinião sobre algum que achem que já possa ter lido (podem consultar o meu Goodreads – https://www.goodreads.com/BranMorrighan) é só escreverem-me um mail ou deixarem mensagem na página do blogue no Facebook. Resumindo e concluindo, a minha opinião sobre os livros de auto-ajuda é que devemos manter uma mente aberta, mas também devemos ter um espírito crítico sobre aquilo que funciona para nós. É importante arranjar um ponto intermédio em que não decidimos seguir cegamente só porque a publicidade diz que vai mudar a vossa vida, mas também não devemos ser cépticos ao ponto de iniciarmos a leitura já de cabeça feita que não vai funcionar connosco. Com o tempo vão começar a perceber o que funciona convosco e, depois, será fácil escolher a vossa “bengala” quando precisarem dela. 

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Opinião: Reload – Menos Stress, Melhor Performance, de José Soares https://branmorrighan.com/2018/07/opiniao-reload-menos-stress-melhor.html https://branmorrighan.com/2018/07/opiniao-reload-menos-stress-melhor.html#respond Mon, 09 Jul 2018 11:14:00 +0000

Reload – Menos Stress, Melhor Performance

José Soares

Editora: Porto Editora

Sinopse: O dia a dia profissional nunca foi tão desgastante, estamos sempre online, a pressão para obter resultados aumenta constantemente e são cada vez mais as horas que dedicamos ao trabalho. Não descansamos o necessário e isso tem um custo elevado, não apenas na performance, mas também na saúde. Em Reload, José Soares aplica os conhecimentos adquiridos ao longo de vários anos no treino de atletas de alto rendimento ao ambiente empresarial e explica-nos o que podemos fazer para minimizar o stress e o cansaço. Através da fórmula dos 4 «R» da performance, o autor demonstra de que modo os princípios do desporto nos podem ajudar a ser mais produtivos, mais saudáveis e a conseguirmos um melhor equilíbrio entre as exigências profissionais e a vida pessoal e familiar.

OPINIÃO: Aqui está um livro que de tão bom já o emprestei a quem acho que também pode ajudar. Reload – Menos Stress. Melhor Performance, é um autêntico compêndio de conhecimento e práticas úteis para uma maior consciência de como funciona o nosso corpo e mente, melhorando assim a nossa qualidade de vida. José Soares, professor catedrático de Fisiologia da Universidade do Porto, compara um trabalhador num ambiente empresarial a um atleta de alta competição. Ao início, a semelhança pode parecer pouco óbvia, mas se pensarmos na translação da actividade física para a actividade mental é fácil identificar o paralelismo. 

Um dos primeiros factos que nos é apresentado é que o nosso cérebro consome 25% da glicose que ingerimos. Se pensarmos bem, é, de facto, uma quantidade considerável. Se tivermos consciência que passamos a maior parte do dia ligados a várias tecnologias diferentes e sempre online, não será difícil apercebermo-nos que impomos um stress bastante elevado ao nosso sistema nervoso. 

Dado que fui atleta de alta competição durante praticamente uma década, e dado que tenho o meu quê de auto didacta no que toca à saúde mental, a minha curiosidade com este livro levou-me a que rapidamente o lesse do início ao fim. E lê-se muito bem porque José Soares teve a perícia de o escrever para que qualquer pessoa, ligada ou não às ciências, o conseguisse perceber facilmente. Explica os conceitos fundamentais, que estão alinhados de forma incremental para que não nos escape nada. 

Com base sólida nos quatro “R”s – Recover, Refuel, Rethink e Reenergize – o autor explica-nos como é que podemos melhorar a nossa performance, não só profissional como pessoal. O desgaste do dia-a-dia deixa-nos muitas vezes desmotivados, não só para as tarefas que temos pela frente, mas até no convívio com quem nos rodeia. Saber recuperar, repor energias, repensar abordagens e reenergizar corpo e mente pode estar ao alcance de cada um. 

De hormonas a neurotransmissores, José Soares explica-nos qual o efeito de cada um e como estimular um melhor fluxo de energia. Dormir, com qualidade, é fundamental, uma boa alimentação é essencial, o exercício físico deve fazer parte do nosso quotidiano e ter pausas para reorganizar a mente é cada vez mais importante. Reload – Menos Stress. Melhor Performance, é um livro bem conseguido, acessível a qualquer público e que estimula a vontade de querermos cuidar melhor de nós mesmos. 

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Opinião: Yoga-me – A arte de abrir o coração, de Filipa Veiga https://branmorrighan.com/2018/06/opiniao-yoga-me-arte-de-abrir-o-coracao.html https://branmorrighan.com/2018/06/opiniao-yoga-me-arte-de-abrir-o-coracao.html#respond Tue, 19 Jun 2018 14:23:00 +0000

Yoga-me – A arte de abrir o coração

Filipa Veiga

Editora: Nascente

Sinopse: A vida tem vários caminhos. Nem sempre os vislumbramos, enredados no ritmo frenético do quotidiano. Por vezes, acabamos mesmo por seguir um caminho que nos traz infelicidade. Sem a energia necessária para mudar, fechamo-nos ao mundo. Neste livro, Filipa Veiga conta-nos como descobriu, através do yoga, um novo objetivo para a sua vida. Ao longo de oito capítulos ilustrados por belas fotografias, explica-nos o que é o yoga e como a sua prática atua sobre o corpo e a alma. Partilha as histórias da sua infância vivida em Macau, o impacto do regresso a Portugal para estudar Direito, o choque de culturas e de como isso definiu o rumo na procura de equilíbrio, saúde e felicidade. Narra depois as viagens inesquecíveis que fez a Bali e à Índia, deixando ainda dicas para começar a prática de yoga, para abrir a mente a um novo estilo de vida, e até receitas para deliciosas refeições.

OPINIÃO: Yoga-me é um livro absolutamente inspirador e completamente necessário. Finalmente um livro sobre Yoga que é bastante abrangente e completo no que toca ao Yoga enquanto filosofia, estilo de vida, prática física e espiritual. Tenho lido vários, mas este foi o que mais me tocou, impressionou e me fez ter vontade de aprofundar ainda mais o meu gosto pelo Yoga.

O livro está escrito na primeira pessoa e mostra-nos o percurso da autora, a sua experiência, expondo factos e passagens históricas do Yoga, tudo de forma leve e apaixonada. Esta paixão que Filipa Veiga tem pelo Yoga e por tudo o que este implica na sua vida é vibrante e contagiante. As descrições que faz de Bali, dos seus rituais e das suas gentes são maravilhosas. Para além disso, tem sempre a preocupação de dar dicas ao leitor. Sei que no dia em que pousei o livro pensei logo: amanhã de manhã quero começar o meu dia seguindo as suas sugestões. Estas sugestões são pequenas práticas matinais que se encontram numa das páginas do seu livro e que de tão simples (apesar de exigirem disciplina) nos levam a querer mudar e melhorar o nosso bem-estar, tanto interior como exterior.

Já há alguns meses que me dedico à prática de Yoga auto-didacta, mas recentemente comecei a frequentar algumas aulas. Tenho tentado perceber até onde é que consigo ir sozinha ou até que ponto é que preciso de um professor, e a verdade é que ambos são válidos e complementam-se. Acho importante dedicarmos tempo para nós e para a nossa prática pessoal, mas com um professor a disciplina é outra e muito importante. À medida que fui lendo Yoga-me, senti cada vez mais isso. Filipa Veiga encontrou vários gurus ao longo do tempo e partilha connosco que acha que é importante encontrarmos alguém que nos possa guiar.

Este livro está muito bem conseguido porque todo ele é apelativo. Desde a estética, cuja paginação e estilo estão muito bonitos, ao formato, em que para cada capítulo temos o privilégio de ver algumas das fotografias tiradas nos vários locais onde a autora esteve, acabando com uma série de pequenas receitas saudáveis e sugestões de práticas simples que nos fazem querer mudar para melhor, mais conscientes, mais saudáveis. Tal como o autora diz, o caminho pode não ser imediato e pode levar anos, mas cada pequeno passo de perseverança traz resultados que valem a pena. Aconselho este livro a todos os curiosos, praticantes ou não praticantes, mas acima de tudo aconselho esta leitura a quem esteja disposto a abrir o coração ao que lhe rodeia e a si mesmo 🙂 

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Opinião: A Magia do Silêncio, de Kankyo Tannier https://branmorrighan.com/2018/06/opiniao-magia-do-silencio-de-kankyo.html https://branmorrighan.com/2018/06/opiniao-magia-do-silencio-de-kankyo.html#respond Fri, 15 Jun 2018 09:30:00 +0000

A Magia do Silêncio

Kankyo Tannier

Editora: Arena

Sinopse: Ultrapassados pela falta de tempo, pelo excesso de informação e por uma vida profissional e pessoal que muitas vezes exige mais do que podemos dar, às vezes explodimos e sentimo-nos perdidos, cansados e fartos de tudo. E se a solução fosse a magia do silêncio?

Kankyo Tannier, uma monja budista leiga, pratica o silêncio há vários anos numa cabana idílica nas florestas da Alsácia, em plena ligação com a natureza e os animais. Kankyo parte dessa experiência extraordinária para nos ensinar a integrar a magia do silêncio (espiritual e físico) no nosso dia-a-dia e ajudar-nos a melhorar o nosso estado interior sem mudar as nossas vidas.

Através de exercícios simples e práticos, este livro nos conduz-nos no caminho do silêncio e da felicidade: o silêncio das palavras, a fim de compreender realmente o que está a acontecer à nossa volta; o silêncio visual, para que nosso olhar saiba como se desviar da informação visual inútil e o silêncio corporal, para aprender a ouvir o que nosso corpo nos diz.


OPINIÃO: Nos tempos em que vivemos, em que todos parecemos andar numa corrida contra o tempo, estar em silêncio parece quase uma coisa estranha ou sinal de que algo não deve “estar bem”. Talvez devido à minha personalidade, e principalmente desde que tenho a minha própria casa, silêncio é precisamente aquilo que procuro quando finalmente transponho a porta. Devido à grande quantidade de trabalho que tenho diariamente, nem sempre é possível, mas tento nem sequer ligar o computador. A televisão raramente a ligo e até a música ambiente por vezes deixa de fazer sentido. O silêncio foi algo que passei a valorizar bastante, principalmente por ser um catalisador para olharmos para nós mesmos, em nos confrontarmos com os nossos pensamentos, desejos e desilusões. Mas, acima de tudo, e é o que Kankyo Tannier acaba por reforçar em A Magia do Silêncio, o silêncio é também curativo. 

Através de uma série de experiências pessoais, descritas de uma forma leve e sóbria, a autora convida-nos a abrirmos a nossa mente a uma série de conceitos e de etapas para obtermos uma maior harmonia no nosso quotidiano. São dicas, ferramentas e exercícios para conseguirmos que a cada dia consigamos estar mais conectados e sensíveis tanto com o nosso próprio ser como com o que nos rodeia. Kankyo Tannier também aborda os rituais de alimentação, como é que com o tempo acabou por se tornar vegetariana e depois vegana e de como isso se pareceu reflectir na reacção dos animais à sua própria pessoa. 

Dado que o mindfulness se tornou num conceito algo viral, se bem que muitas vezes incompreendido, o que mais me agradou na abordagem em A Magia do Silêncio é a simplicidade com que tudo é exposto, tornando-se acessível a qualquer comum mortal que esteja embrenhado numa montanha russa de acontecimentos. Nem sempre me identifiquei a fundo com tudo, talvez por alguma distância às suas vivências, mas uma coisa é certa, a sabedoria que este pequeno livrinho contém compensa o tempo que possamos gastar nele. Apesar de ser fácil e rápido de ler, recomendo a que de vez em quando se volte atrás ou se releia. 

Juntando um pouco da minha experiência ao que li, concordo com a autora no essencial: silêncio e disciplina ajudam a termos uma vida melhor. À medida que leio mais livros relacionadas com mindfulness, meditação, yoga, etc., mais fico convencida que todos se tocam e se cruzam num ponto: na importância de termos uns momentos em que nos possamos focar só na nossa respiração, com o nosso silêncio, com o ganho da consciência de cada parte do nosso corpo. Conjugar silêncio, meditação e yoga pode tornar-se numa prática viciante e regeneradora. 

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Opinião: A Dieta Purificadora – O Método do Dr. Frank Laporte-Adamski https://branmorrighan.com/2018/03/opiniao-dieta-purificadora-o-metodo-do.html https://branmorrighan.com/2018/03/opiniao-dieta-purificadora-o-metodo-do.html#respond Tue, 13 Mar 2018 13:51:00 +0000

A Dieta Purificadora – O Método do Dr. Frank Laporte-Adamski

Editora: Arena

Sinopse: O princípio base da Dieta Purificadora é muito simples: quem come bem terá uma boa digestão. E uma boa digestão é o segredo para uma vida melhor.

Tudo o que comemos deixa resíduos nas paredes do tubo digestivo, o que acaba por o irritar, no pior dos casos, por o entupir. Portanto, o corpo sente-se pesado, menos activo e mais exposto a distúrbios como dores de costas, enxaqueca, insónia e problemas circulatórios.

Durante mais de trinta anos, o naturopata e osteopata Frank Laporte-Adamski promoveu um método destinado a tratar melhor o «segundo  cérebro» que temos na barriga e do qual dependem não apenas a digestão, mas também 70% das funções de nossa sistema imunológico.

OPINIÃO: Nunca se debateu tanto a alimentação como nos dias de hoje. Num dia há coisas que nos fazem bem, noutro que nos fazem mal e por aí em diante. Cada vez há mais livros a falar sobre dietas e alimentações saudáveis e eu lá vou piscando o olho a um ou outro que vejo que têm uma abordagem mais consistente. A Dieta Purificadora é um livro que pelo título não me ganhava enquanto leitora. Com a moda das dietas e dos detoxes, conjugar as duas palavras provoca aquele primeiro pensamento “olha mais um destes livros”. O que me chamou a atenção e me convenceu a lê-lo foi o subtítulo “Purificar o Intestino sem Sacrifícios”.

Eu sei, existem milhares de tabus no que toca a falar-se de intestinos, prisão de ventre, flatulência, etc., mas não é preciso sofrer de todos estes males para se ter consciência que o intestino tem um papel fundamental no nosso bem-estar. Basta ficar-se um pouco mais inchado ou desregulado (seja o regular o que for para cada um), para o mal-estar se alastrar pelo corpo e logo ficarmos desconfortáveis na nossa pele. O intestino é aquele a que chamam o nosso “segundo cérebro” e são várias as implicações no restante organismo consoante o tratamos melhor ou pior. Foi nesta perspectiva até mais científica que peguei neste livro. No entanto, não é preciso ser-se cientista para o ler, pois a linguagem é a do dia-a-dia e o Dr. Frank Laporte-Adamski explica as coisas muito bem e de forma clara.

Estamos perante um livro que nos introduz ao universo do “tubo digestivo” e nos explica todos os conceitos necessários para entender o estudo que fez e ao qual ficou apelidado de “O Método Fran Laporte-Adamski”. Basicamente, resumindo, este método baseia-se na observação dos tempos de absorção dos vários tipos de alimentos pelo nosso tudo digestivo. Foram observados três grupos: os alimentos de absorção lenta, os “neutros” e os alimentos de absorção rápida. Quando se mistura alimentos do grupo lento e do rápido na mesma refeição, o autor observa que pode levar a irritação do intestino e a subsequentes passagens de toxinas para o corpo. A ideia principal d’O Método do Dr. Frank Laport-Adamski é então não misturar estes grupos alimentares (sendo que os do grupo neutro podem ser misturados tanto com o lento como com o rápido) e esperar intervalos concretos entre refeições de alimentos rápidos e alimentos lentos. Claro que resumir assim o livro é redutor e sou da opinião que este vale a pena ser lido e analisado. O autor incluiu ainda testemunhos de pacientes que testemunham que a sua qualidade de vida aumentou consideravelmente depois de iniciarem este método.

Para nós, portugueses, dado o nosso estilo alimentar, a adaptação a este método pode não ser imediato e várias resistências podem surgir naturalmente. Afinal quem é que, por exemplo, não gosta de massa com molho de tomate? É que a massa é do grupo lento, mas o tomate é do grupo rápido… Importa aqui estabelecer que a prioridade é a saúde e para quem possa sofrer de problemas nos intestinos ou até sofrer de outros problemas sobre os quais não encontra a causa, este é um livro que pode ser consultado como referência e como alternativa para se tentar melhor a nossa qualidade de vida. Neste sentido, recomendo. 

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Divulgação: Eu Como Veggie, de Ôna Maiocco https://branmorrighan.com/2017/05/divulgacao-eu-como-veggie-de-ona-maiocco.html https://branmorrighan.com/2017/05/divulgacao-eu-como-veggie-de-ona-maiocco.html#respond Sun, 07 May 2017 10:37:00 +0000

Eu Como Veggie

Ôna Maiocco

15,6×23

248 páginas

16,00 €

Não Ficção / Alimentação, Saúde e Bem-Estar

Um método simples e prático para se tornar vegetariano

Pode não dar conta, mas olhe que o seu corpo anda a pedir-lhe que leia este livro: Eu Como Veggie, escrito pela admirável Ôna Maiocco, mestre de cozinha bio e veggie.

Ganhar qualidade de vida e diversificar refeições são algumas das razões para fazer novas opções de alimentação. A ciência comprava que uma dieta vegetariana traz grandes benefícios para a saúde. Ôna Maiocco, especialista em cozinha biológica e veggie nutritiva, propõe um guia prático e pedagógico em torno de regimes alimentares vegetarianos, que lhe permite tornar-se vegetariano de forma gradual e sem renunciar ao prazer de comer.

LIVRO

Muitas vezes os nossos amigos ou familiares di¬zem-nos que ser vegetariano é perigoso e que se perde o prazer de comer: Não é verdade. Ser vegetariano abre uma oportunidade formidável para diversificar refeições e ganhar qualidade de vida. A ciência comprova-o: este é um regime ali¬mentar que traz grandes benefícios para a saúde. 

Ôna Maiocco, especialista em cozinha biológica e veggie nutritiva, propõe um guia prático e pedagógico em torno de regimes alimentares vegetarianos: 

Descubra os fundamentos e benefícios do vegetarianismo. 

Siga um método simples para se tornar vegetariano ao seu ritmo. 

Ganhe uma variedade de receitas saudáveis para cozinhar no dia-a-dia. 

Aprenda a gerir as expectativas na família e no trabalho em relação ao seu estilo de vida veggie. 

É hora de começar a escutar o nosso corpo e mudarmos os nossos hábitos alimentares. 

Atreva-se a avançar para uma alimentação mais sã. Verá como é fácil e vantajoso começar a comer refeições vegetaria¬nas… com todo o sabor!

AUTORA

Õna Maiocco. Vinda de uma família que desde os anos 70 cultiva produtos saudáveis e orgânicos, Ôna Maiocco descobriu muito jovem vários alimentos pouco vulgares mas com grande potencial nutritivo: os leites vegetais, os produtos fermentados, ou as várias prepa-rações de sêmola. Esta aprendizagem fê-la ganhar consciência de que existe uma ali¬mentação saudável e ética, tendo-a levado a desistir de um emprego em biologia para abraçar um projecto inovador de culinária. 

Ôna Maiocco é a fundadora do atelier Super Naturelle, o primeiro local em Fran¬ça dedicado à aprendizagem e concepção de cozinha bio, veggie e com produtos lo¬cais. Autora e criadora culinária, é conhe¬cida pelo toque de originalidade que coloca em todos os seus pratos. Tem um interesse particular por ervas aromáticas, plantas selvagens comestíveis, e alimentos como o kimchi ou o tofu lactofermentado.

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[Crónica Filipe Faria] Corpo São https://branmorrighan.com/2015/12/cronica-filipe-faria-corpo-sao.html https://branmorrighan.com/2015/12/cronica-filipe-faria-corpo-sao.html#respond Fri, 18 Dec 2015 16:14:00 +0000 Corpo São

A escrita é uma actividade sedentária e cerebral, mas isso não é desculpa para descurarmos o corpo. Seria esse o meu chavão, caso estivesse a tentar vender a ideia por detrás desta crónica, mas a verdade é que ela não se aplica só a escritores, mas sim a qualquer pessoa que passe muito tempo sentada a trabalhar ao computador. Nesse sentido, e porque a nossa estimada Morrighan há muito me atazanava o juízo por eu lhe estar a dever uma crónica, venho hoje partilhar convosco três dicas para manterem o corpo são enquanto trabalham ao computador — na medida do possível, bem entendido, pois quem passa muito tempo a trabalhar ao computador nunca tem um corpo inteiramente são. A sério, deviam mesmo ir dar uma volta em vez de lerem isto… mas, para quem não se quer levantar, eis como podem fazer menos mal a vocês mesmos.

Fundo preto

Aquilo que salvou os meus olhos nestes quinze anos que levo de escrita intensiva ao computador foi um hábito que desde cedo cultivei: o de não me expor à luminosidade intensa que os fundos brancos dos processadores de texto radiam. É uma sova luminosa que se dá à vista, sobretudo de noite, e mais ainda quando se fala da exposição prolongada a que se sujeita quem trabalha muito tempo à frente do ecrã. Por isso, a primeira, melhor e mais básica dica que posso dar a todos quantos se encontram em situação semelhante, é mudarem a cor do fundo da aplicação que usam. Para mim, o esquema que melhor funciona é fundo preto, bordas cinzentas e letras cinzento-claras — este último pode parecer estranho, mas a verdade é que o contraste entre o branco e o preto também se torna cansativo para os olhos à sua maneira, e a menor luminescência do cinzento-claro trata disso. A única coisa que têm de ter em atenção é, quando enviam um documento para outrem, certificarem-se de que a letra não vai cinzento-clara, mas acreditem quando vos digo que a saúde dos vossos olhos vale bem esse pequeno passo adicional em situações pontuais.

O da esquerda faz os olhos chorar. O da direita, também, mas de alívio

Adaptar a cor do ecrã

Não, não vou começar a discorrer acerca de placas gráficas, níveis de cor, correcção gama nem nada que se pareça. Vou, isso sim, recomendar que instalem um programa para vos poupar aos efeitos nefastos da “luz azul” que é emitida por dispositivos electrónicos como telemóveis, tablets e monitores de computador. Sem querer entrar em demasiados detalhes, sermos expostos à luz durante a noite não é lá muito bom para o nosso ciclo circadiano, porque suprime a produção de melatonina, a hormona fundamental para a organização temporal dos ritmos biológicos, e o comprimento de onda da cor azul é particularmente mau. Diminuir a luminosidade do ecrã ajuda um pouco, mas não muito, porque o comprimento de onda da luz continua a ser o mesmo, e a desgraçada da melatonina continua a penar. Como escrevo e trabalho muito com o computador de noite, instalei o programa f.lux (ou, em alternativa, Redshift), que ajusta a “temperatura” da cor do monitor consoante a hora do dia. Além de serem gratuitos, os dois programas são um verdadeiro bálsamo para os olhos, fáceis de instalar e de personalizar, e recomendo-os vivamente a quem tem hábitos informáticos nocturnos, com a garantia de que não conseguirão imaginar como as vossas retinas sobreviveram até então sem eles.

Inverter o paradigma

O ser humano não foi feito para passar tanto tempo sentado, e nós fazemos muito mal a nós mesmos todos os dias por isso mesmo. Escritores, então, é uma desgraça, mas qualquer trabalho de escritório nos sujeita aos efeitos nefastos que passar muito tempo sentado acarreta para a circulação sanguínea, postura, etc. Escusado será dizer que o exercício físico é fundamental para uma vida saudável, e que fazer intervalos para nos levantarmos e esticarmos as pernas deve ser um ritual para quem tem um trabalho ou entretém que o leva a passar muitas horas sentado, mas há algo mais que se pode e deve fazer em tais situações. Eu chamo-lhe “ioga sem mariquices”, um par de exercícios que vou alternando ao longo do dia e da noite, e que serve para dar uma sacudidela ao corpo e ajudar a manter o motor afinado. Recomendarei apenas um deles sem quaisquer reserva, pois os outros podem magoar quem não estiver habituado a fazer exercício, e nem eu nem a Morrighan queremos ser responsáveis por acidentes.

Este não tem nada que saber. É deitarem-se no chão e ajeitarem-se como puderem com as pernas contra a parede. Há formas mais elegantes de o fazer, mas o importante é formar um “L” contra a parede e deixarem-se estar nele até 15 minutos, embora ninguém tenha paciência para isso quando está a meio do trabalho. Para mim, bastam uns minutos para relaxar, estimular a circulação sanguínea e aliviar a sensação de pernas pesadas quando se passa muito tempo sentado. 

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[Curiosidades] Estudo espanhol demonstra que comer chocolate não engorda https://branmorrighan.com/2013/10/curiosidades-estudo-espanhol-demonstra.html https://branmorrighan.com/2013/10/curiosidades-estudo-espanhol-demonstra.html#respond Fri, 25 Oct 2013 12:49:00 +0000

Acabei de ver esta notícia e quis partilhar com os meus leitores que também sejam loucos por chocolate! Será mesmo assim? Bem, o que é certo é que realmente o chocolate, principalmente chocolate preto, tem imensos benefícios. Veremos então o que diz o artigo:

Chocolate é um alimento rico em flavonoides que proporcionam múltiplas propriedades saudáveis

25 de outubro de 2013 – 10h30

Investigadores da Universidade de Granada (Espanha) conseguiram demonstrar cientificamente que comer chocolate, afinal, não engorda e que um alto consumo está associado a níveis mais baixos de gordura total (a de todo o corpo) e abdominal.

E esses níveis mais baixos de gordura, atesta o estudo hoje conhecido, não depende de praticar ou não atividade física ou da dieta que siga, entre outros fatores.

A Universidade de Granada explica hoje, em comunicado, que o estudo, realizado por investigadores da Faculdade de Medicina e da de Ciências do Desporto, foi publicado esta semana na revista “Nutrition”.

Para as suas conclusões os cientistas analisaram se um maior consumo de chocolate está associado a um maior ou menor índice de massa corporal, bem como outros indicadores de gordura corporal total e central.

O estudo foi conduzido entre adolescentes que participam no programa ‘Helena’, um projeto financiado pela União Européia sobre os hábitos alimentários e o estilo de vida dos jovens de nove países europeus, entre eles Espanha.

Os resultados do trabalho, no qual participaram 1.458 adolescentes dentre 12 e 17 anos, mostraram que um maior consumo de chocolate se associou com níveis mais baixos de gordura total e central.

Estes resultados não dependem do sexo, da idade, da maturidade sexual, da ingestão energética total, da ingestão de gorduras saturadas, fruta e verdura, do consumo de chá ou café, e nem seque da atividade física dos participantes.

Segundo a autora principal do artigo, Magdalena Bacia García, ainda que o chocolate seja considerado um alimento com um alto conteúdo energético (ao ser rico em açúcares e gorduras saturadas), “recentes estudos realizados em adultos sugerem que o seu consumo se associa com um menor risco de transtornos cardiometabólicos”.

De facto, o chocolate é um alimento rico em flavonoides (especialmente catequinas), que proporcionam múltiplas propriedades saudáveis, explica.

Em concreto, é um bom antioxidante, antitrombótico e anti-inflamatório, tem efeitos anti-hipertensivos e pode ajudar a prevenir a cardiopatia isquémica, segundo os investigadores.

Recentemente, outro estudo transversal desenvolvido em adultos por cientistas da Universidade de Califórnia observou que uma maior frequência no consumo de chocolate também se associa com um menor índice de massa corporal.

Ademais, estes resultados confirmaram-se num estudo longitudinal em mulheres que seguiram uma dieta rica em catequinas.

Fonte: http://tinyurl.com/qzwbtd3

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