Sherrilyn Kenyon – Bran Morrighan https://branmorrighan.com Literatura, Leitura, Música e Quotidiano Mon, 28 Dec 2020 05:59:37 +0000 pt-PT hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.1 https://branmorrighan.com/wp-content/uploads/2020/12/cropped-Preto-32x32.png Sherrilyn Kenyon – Bran Morrighan https://branmorrighan.com 32 32 Opinião: Styxx, de Sherrilyn Kenyon https://branmorrighan.com/2020/01/opiniao-styxx-de-sherrilyn-kenyon.html https://branmorrighan.com/2020/01/opiniao-styxx-de-sherrilyn-kenyon.html#respond Tue, 07 Jan 2020 19:25:00 +0000

Styxx – Parte Um e Parte Dois

Sherrilyn Kenyon

Editora: Edições Saída de Emergência (Chá das Cinco)

Sinopse: Os gémeos Styxx e Acheron tiveram poucos anos de paz antes de serem separados pelas intrigas que os pretendem destruir a ambos. Styxx vive na sombra do irmão, relegado para fora do reino e atormentado pelos deuses que veem nele um perigo para todo o panteão. As traições são constantes. E a lealdade é uma palavra que Styxx não conhece. Quando conhece Bethany, todo o mundo de Styxx se transforma. Escondendo a sua identidade para evitar mais tormentos, Styxx começa a confiar na mulher que revolucionou o seu mundo. Mas, mais uma vez, a sua confiança é abalada com segredos mais dolorosos do que a traição. E quando já não há ninguém em quem confiar e a escuridão ameaça a alma, haverá algum caminho para a redenção?

OPINIÃO: Estava a tentar lembrar-me há quantos anos leio Sherrilyn Kenyon, mas já lhe perdi a conta. E é com grande ânimo que volto a escrever sobre mais um dos seus capítulos na saga Dark Hunters (ou Predadores da Noite, em português). Confesso que os últimos volumes não me entusiasmaram muito, mas com Styxx, e as mais de mil páginas dos dois volumes, foi fácil relembrar-me do porquê de continuar a ler história após história. No entanto, aviso-vos já: Styxx está longe de ser uma leitura fácil e animada. Segundo aviso: amantes de Acheron, preparem-se… No final deste livro conheceremos uma versão (talvez) inesperada do tão amado guerreiro.

Por norma, a receita da autora é bastante simples: vidas difíceis, traumas inimagináveis, um amor que ultrapassa tudo e todos, uma ponta de esperança e a tão aguardada redenção. Paz não é coisa que dure muito tempo, porém em Styxx testemunhamos todo um novo nível de inferno, agonia e vergonha. Acheron e Styxx nasceram como irmãos gémeos, mas as parcas souberam como amaldiçoá-los bem. Ambos são de uma beleza sobrenatural, mas o primeiro tem olhos que o denunciam como pertencendo aos deuses. Styxx, sem esses olhos, acaba por ser o mortal de aspecto sobrenatural que todos desejam, de todas as maneiras possíveis e imaginárias. Como se cada um não tivesse a sua própria cruz para carregar, Styxx foi ainda abençoado com os pensamentos dos que o que lhe rodeiam e de cada vez que Acheron é castigado, ele sente os castigos como se fosse ele mesmo a sofrê-los. Já não bastava ser castigado a torto e a direito só por respirar, nos poucos momentos em que a esperança de paz parece alcançável, chegam-lhe dores impossíveis de superar. Só podem significar uma coisa: Acheron está a ser alvo de violência física. 

Percorrer estas centenas de páginas, dos dois volumes, foi uma autêntica epopeia. A autora foi de uma sensibilidade e de uma brutalidade tão intensas, que tanto fiquei de coração comovido com os irmãos a tentarem dormir no mesmo quarto de pés colados um ao outro, como também tive acessos de náusea com algumas das suas descrições de violações e abusos a todos os níveis. Sherrilyn Kenyon já nos habitou a histórias violentas e sangrentas, mas a narrativa de Styxx parece ter saído do pior dos pesadelos em tantas dimensões… Os sentimentos de isolamento, desespero, solidão, desapego, loucura e insanidade estão presentes ao longo de quase toda a narrativa. Se quem leu Acheron achava que não podia haver evolução mais tortuosa, pois bem, apresento-vos Styxx. Isto causa-me um misto de sentimentos em relação ao livro. Se por um lado admiro a escrita da SK, por outro lado, pela primeira vez, senti que não havia qualquer equilíbrio ou qualquer história de amor que pudesse compensar a brutalidade horrorosa com que Styxx teve que lidar ao longo de milhares de anos. 

A história de amor é bonita e a personagem feminina, Bethany, é uma protagonista forte e empática, mas apesar do caminho de redescoberta que Styxx faz com Bethany, a verdade é que a certa altura eu já só pensava que tudo era injusto e impossível demais para ser verdade. Como é que Styxx ainda prevalecia episódio após episódio de horrores de nos deixarem a ponto de vomitar várias vezes. A segunda parte é ligeiramente mais leve, porém ainda assim tem outro tipo de crueldade. Por exemplo, todos sabemos que Acheron é capaz de visualizar passado/presente/futuro de quase todos menos dos que lhe são próximos. E Acheron tem ajudado dezenas de guerreiros a alcançarem a sua redenção. Seria de esperar que o tipo de postura que ele tem com os outros predadores da noite, em termos de lhes dar uma oportunidade de provarem o seu valor, se estendesse também aos que lhe são próximos. Como o irmão, Styxx, por exemplo. Mas até isto vamos descobrir que não é assim tão simples. 

Resumindo e concluindo: se ainda não leram, preparem-se para o que aí vem. Desculpem algum spoiler involuntário, mas penso que não escrevi nada que coloque em causa a leitura. Quanto muito estou imensamente curiosa por saber o que acham de Styxx, o que acham desta faceta da escritora e, por último, se o Acheron continua a ser o vosso preferido! De qualquer maneira, mesmo após mais de vinte livros da escritora, esta é uma saga que quero continuar a acompanhar e que bate os meus records de números de livros lidos de uma escritora. 

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Opinião: O Guardião (Predadores da Noite #20), de Sherrilyn Kenyon https://branmorrighan.com/2018/09/opiniao-o-guardiao-predadores-da-noite.html https://branmorrighan.com/2018/09/opiniao-o-guardiao-predadores-da-noite.html#respond Fri, 14 Sep 2018 18:39:00 +0000

O Guardião (Predadores da Noite #20)

Sherrilyn Kenyon

Editora: Edições Saída de Emergência

Sinopse: A Caçadora de Sonhos Lydia tem a mais perigosa das missões: descer até ao reino inferior e encontrar o deus dos sonhos que desapareceu, antes que ele revele os segredos que podem pôr em perigo a sua espécie. Mas ela não esperava ser feita prisioneira pelo guardião mais cruel do reino… O tempo de Seth está a esgotar-se. Se ele não descobrir a entrada para o Olimpo, a sua vida e a do seu povo estará perdida. Seth não consegue vergar o deus que tem prisioneiro, mas quando surge uma salvadora, ele decide tentar uma nova tática. Quando estas duas vontades férreas se encontram, uma delas tem de ceder. Mas Lydia não guarda apenas os portões do Olimpo — ela protege um dos poderes mais obscuros do mundo. Se ela falhar, uma maldição antiga vai voltar a assombrar a Terra e ninguém estará a salvo. Mas o mal é sempre sedutor…

OPINIÃO: Que saudades! Andei relutante para pegar neste O Guardião, porque nos últimos dois livros dos Predadores da Noite senti que o meu envolvimento com os protagonistas e o seu universo tinha arrefecido bastante. Felizmente, quando peguei neste volume e li os primeiros capítulos, rapidamente me apercebi que teria de fazer uma maratona de leitura, parando apenas no fim. Dentro do universo multidimensional criado por Sherrilyn Kenyon, os presentes protagonistas pertencem aos Caçadores de Sonhos e foi como voltar às primeiras duplas que tanto entusiasmaram e me fizeram ficar viciada nas histórias desta autora.

A trama entre Seth e Lydia foi extremamente bem desenhada. O potencial e as limitações de cada um entraram tanto em choque como ao mesmo tempo se complementaram. Houve dilemas morais, emocionais, dúvidas constantes, inseguranças inimagináveis, mas a intensidade das fraquezas de um correspondia à intensidade das forças do outro. Tinha saudades da forma como Sherrilyn Kenyon consegue explorar zonas cinzentas, mas acima de tudo como usa o sofrimento inimaginável para criar um caminho que culmina no renascer da fénix.

Em Seth temos a personificação de um semideus que foi abandonado e maltratado tanto pelos pais (deuses) como pelos pais adoptivos (chacais). Vendido a um dos piores seres do universo quando era ainda uma criança, a sua missão é agradar-lhe sempre que possível para não ter terrivelmente torturado. Parte das suas funções é precisamente torturar outros para obter respostas. É num desses episódios que conhece Lydia, que aparece para defender o prisioneiro. Usando-a como moeda de troca, rapta-a. É neste convívio forçado que vamos conhecendo e desbravando a escuridão que habita em Seth. Lydia, com uma personalidade fortíssima e destemida, mostra-se alguém à altura do desafio. 

Gostei muito do ritmo a que a acção se desenvolveu, incluindo os tempos a que nos foi sendo dada nova informação. A mitologia criada por Sherrilyn Kenyon é tão rica que esta pode-se dar ao luxo de cruzar e intercalar as suas várias componentes. Sendo o vigésimo livro que leio da escritora, não há muito que possa acrescentar em relação a opiniões anteriores, tirando o reforço de que este é um dos melhores dos últimos tempos (isto falando do que está editado em português). E se nunca leram nenhum da autora, lerem este de forma individual não é assim tão mau porque dá para perceber praticamente tudo. Mas um aviso: assim que entrarem neste universo não vão querer largá-lo.

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Opinião: Implacável (Predadores da Noite #18), de Sherrilyn Kenyon https://branmorrighan.com/2017/08/opiniao-implacavel-predadores-da-noite.html https://branmorrighan.com/2017/08/opiniao-implacavel-predadores-da-noite.html#respond Thu, 17 Aug 2017 08:54:00 +0000

Implacável

Sherrilyn Kenyon

Editora: Edições Saída de Emergência

Sinopse: Vive rapidamente, luta ferozmente e, se morreres, leva contigo o maior número de inimigos que conseguires. É de acordo com este lema das Amazonas que Samia vive e pelo qual morreria. Na Nova Orleães contemporânea, a imortal Amazona está prestes a conhecer um mal pior do que tudo o que já encontrou e que está a chegar para massacrar a Humanidade.

O transmorfo Dev Peltier guardou o Santuário durante praticamente duzentos anos e nesse período viu de tudo. Ou assim pensou. Agora, os seus inimigos descobriram uma nova fonte de poder – uma que torna tudo o que enfrentaram até agora uma brincadeira.

A guerra começa, e Dev e Sam estão no centro dos acontecimentos. Mas, para vencerem, eles terão de quebrar a mais importante de todas as regras e esperar que isso não destrua o universo como o conhecem.

OPINIÃO: Ler Sherrilyn Kenyon é sempre um bálsamo para a alma. Cada vez que pego num livro desta autora tenho praticamente a certeza de que só o irei largar quando o terminar. Sendo o décimo oitavo livro que leio deste universo, não deixo de me admirar com o facto de não me cansar, de todo, com ele. Claro que há sempre uns mais viciantes que outros, mas como só tenho lido um por ano (acho que é mais ou menos a esse ritmo que têm saído cá em Portugal), acabo sempre por me derreter um pouco com cada história, com cada casal que nos vai sendo apresentado. Mesmo não tendo sido o livro que mais me fascinou (confesso que o estado em que o história global está pareceu-me meio desequilibrado), Implacável traz-nos Dev e Sam, dois seres que não é suposto conviverem, que não é suposto sequer envolverem-se, mas que foram divertidos de acompanhar. 

Penso que as leitoras de SK concordarão comigo quando digo que sinto diferença entre os livros pré e pós Acheron e que isso tem tido um pouco de influência na forma como vivemos as histórias seguintes. Enquanto no pré Acheron havia sempre um mistério enorme no núcleo central deste universo, agora a autora parece construir uma espécie de mistério semelhante à volta de Nick, mas não é a mesma coisa. E isto, na minha opinião, acaba por tirar um pouco de protagonismo aos casais centrais. Sempre tive muita curiosidade com Dev e a Sam é daquelas protagonistas “cá das minhas”, mas houve alturas em que achei que a fragilidade estrutural do rumo da trama central teve demasiado impacto na intensidade com que costumamos viver o romance principal. 

Dev e Sam têm ambos histórias sofridas, é nisso que Sherrilyn Kenyon é mestre. A escritora consegue criar sempre circunstâncias em que existem um sofrimento e uma solidão enormes que só se equiparam depois à paixão que surge e que parece consumir tudo à volta dos envolvidos, tal como também consome o/a leitor/a. Neste caso em específico, o dom de Sam (que é basicamente ler a mente e reviver memórias de pessoas e objectos em que toca) foi um catalisador para acelerar o envolvimento entre os dois, não por ela conseguir ler o Dev, mas precisamente pelo oposto. Não vou revelar mais, até porque se nunca leram nada desta série, este não é um bom livro para começarem, e se estão a ler esta série, mas ainda não leram este livro, também não vos quero estragar o imaginário por antecipação. Só posso esperar pelo próximo, desejando que a autora traga um pouco mais de sentido e coesão à trama principal. 

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Opinião: Amor em Quarto Crescente, de Sherrilyn Kenyon https://branmorrighan.com/2016/08/opiniao-amor-em-quarto-crescente-de.html https://branmorrighan.com/2016/08/opiniao-amor-em-quarto-crescente-de.html#comments Tue, 23 Aug 2016 19:19:00 +0000

Amor em Quarto Crescente

Sherrilyn Kenyon

Editora: Saída de Emergência

Sinopse: Fang Kattalakis não é apenas um mero lobo. É o irmão de dois dos mais poderosos membros do Omegrion: o concelho que rege as leis dos Predadores de Homens. E quando a guerra irrompe entre os licantropos, todos terão de escolher um lado e inimigos são forçados a aceitar frágeis alianças. Mas quando a mulher que Fang ama é acusada de trair o seu povo, a sua única esperança é que Fang acredite nela. Para a poder salvar, Fang terá de quebrar a lei da sua raça e virar as costas aos irmãos. Uma fratura que poderá ditar o fim de ambas as raças e mudar o mundo para sempre…

Opinião: Sherrilyn Kenyon, a rainha do paranormal. Desde o primeiro dia em que a li, em Janeiro de 2010, que fiquei com a sensação que estava perante uma das escritas com maior desenvoltura e inteligência na forma como apresentava e fazia evoluir tantos os personagens como o enredo global que os vais ligando uns aos outros. Sendo este o décimo oitavo romance que leio dela, já bateu qualquer record de autor mais lido por mim e nem sempre sou uma leitora fácil. Mais, acho que manter uma linha condutora durante quase duas dezenas de livros não é para qualquer um. É também a única série de romance feminino e sensual que verdadeiramente me prendeu desde o início. Dado que comecei umas quantas, principalmente durante a febre dos romances sensuais, penso que é dizer muito. Pelo menos para mim. Claro que tenho um lado muito suspeito, todos estes livros têm como base uma forte componente mitológica, mas acima de tudo é guiada pela esperança através da tragédia. Sim, admito que também eu tenho uma dessas veias tão sonhadoras que por vezes acreditam que o amor verdadeiro supera tudo. Ou não! Eheh, mas nestes romances, verdade seja dita, as personagens femininas são tudo menos mulherzinhas frágeis e solitárias, sendo antes senhoras do seu destino. O que me agrada. O estereótipo de rapariga frágil que precisa de quem cuide dela e a sustente nunca foi o meu género e aqui encontra-se um bom balanço no que toca a forças e a fraquezas entre protagonistas femininos e masculinos.

Neste Amor em Quarto Crescente temos como protagonista um Predador do Homem, Fang, que é um lobo Katagari, com o qual já nos cruzámos pelo menos no livro sobre o seu irmão, Vane. Aliás, esta é uma história que ao longo das suas páginas vai passando por vários outros livros anteriores, tocando levemente em pormenores que reavivam e unem tantos outros enredos que nos passaram pelos olhos em tempos passados. A personagem feminina é Aimee, também ela Predador do Homem, mas de uma raça diferente, uma ursa Arcadiana. Para quem não conhece esta mitologia, explicando muito rapidamente, estes são dois tipos de Predador do Homem dados como incompatíveis. A junção das raças não só é repudiada como ainda pode dar origem a grandes guerras. Já estão a imaginar o cenário não estão? Mais um amor impossível que Sherrilyn Kenyon apresenta com tanta mestria, ao mesmo tempo que coloca em marcha novos acontecimentos. O caminho que Aimee e Fang vão percorrendo é tudo menos fácil, com muitos sacrifícios pelo caminho, e são de louvar os valores familiares, de amizade e amor que vão sendo demonstrados.

Eu acho que me deixo viciar tanto nestes livros precisamente por ter tanto de humano numa trama tão sobrenatural. E depois a acção tem um ritmo tão frenético que virar página após página torna-se obrigatório. Devo ter lido este livro em duas vezes e só não li de uma vez porque iniciei a leitura à noite e convinha dormir umas horas. Voltamo-nos a cruzar com Acheron e com a bela Simi, continua a intriga constante sobre Savitar, mas é quando estamos na mente de Fang e de Aimee que o verdadeiro toque de midas se dá. O único problema deste livro é que não pode ser lido de forma isolada. Como disse anteriormente, o livro toca em vários outros, como a história de Vane ou Wren, e nem sempre é bem claro a que ritmo, espaço temporal, estamos. Ou seja, se nunca leram Sherrilyn Kenyon não comecem por este, pois o mais provável é ficarem muito confusos. Eu própria tive breves momentos em que tive de puxar por toda a minha memória para compreender na totalidade quem o quê e porquê naquele momento. Não obstante, eu gostei imenso da leitura e ouvi dizer que o próximo é sobre o Nick! Que bom que a Saída de Emergência não desistiu desta série, é mesmo só pena que o tempo entre publicações seja tão longo 🙂 

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Opinião: Guerreiro dos Sonhos (Predadores da Noite #17), de Sherrilyn Kenyon https://branmorrighan.com/2015/08/opiniao-guerreiro-dos-sonhos-predadores.html https://branmorrighan.com/2015/08/opiniao-guerreiro-dos-sonhos-predadores.html#respond Tue, 11 Aug 2015 15:31:00 +0000

Guerreiro dos Sonhos (Predadores da Noite #17)

Sherrilyn Kenyon

Editora: Edições Saída de Emergência

Chancela: Chá das Cinco

Sinopse: Filho de deuses violentos, Cratus passa os tempos da sua eternidade a lutar em nome dos deuses antigos que o trouxeram à vida. Ele é a morte personificada a quem quer que se atravesse no seu caminho. Até ao dia em que baixou os braços e simplesmente não lutou mais, impondo um auto exílio. É então que um antigo inimigo liberta as suas forças e usa os sonhos humanos como campo de batalha. A única esperança da humanidade reside precisamente naquele que se recusa continuar a lutar: Cratus.

Sendo uma Caçadora de Sonhos, Delphine passou a eternidade a combater os predadores que se alimentam do nosso estado inconsciente. Mas os seus aliados voltam-lhe as costas e ela sabe que, para sobreviver, os Caçadores de Sonhos precisam de um novo líder: alguém que os oriente e ensine a lutar contra os novos inimigos. Cratus é a sua única esperança. No entanto, é Delphine a amarga recordação que fez Cratus baixar os braços…

Opinião: Cada espera por um livro novo de Sherrilyn Kenyon é sempre uma pequena tortura. Entre a série dos Predadores da Noite ou dos Predadores de Sonhos, em Portugal já temos 17 livros publicados maioritariamente pelas Edições Saída de Emergência, mas ainda assim não são os suficientes. A razão é simples, a autora é mestre em recriar universos que pensávamos já conhecer. Mesmo quando a fórmula se repete, afinal o próprio mote da história é toda ela uma espécie de redenção, até dos protagonistas mais inesperados, Kenyon consegue construir enredos ricos em emoções com os quais é fácil o leitor se sintonizar e ainda se enternecer.

Chegado ao décimo sétimo volume do conjunto das duas séries, seguindo uma ordem temporal, eis que nos chegam desenvolvimentos no que toca a guerras entre os deuses e também sobre o universo dos caçadores de sonhos. Como foco temos Deslphine e Cratus, ligados por um gesto que teve consequências terríveis para este último, mas do qual ele não se arrepende nem um pouco – apenas está com sede de vingança e não vai descansar até a conseguir. Se há coisa que temos acompanhado ao longo desta série é que Zeus é bastante difícil de tolerar e que o próprio Olimpo é maioritariamente uma montra de aparências. É sabido que os deuses são tanto mais fortes quanto a adoração que se tem por eles e também isso terá influência nas decisões tomadas pelos intervenientes, pois nos tempos que correm – século XXI – os deuses já são muito pouco adorados. A humanidade não está tão segura como pensa.

Cratus é um protagonista que apela a todo o sentido de justiça que alguém possa ter. Para além de um espécime que deixa muita à nossa imaginação, a sua determinação férrea tal como o seu calculismo chegam a ser inspiradores. Delphine é aquela personagem feminina de que também é fácil gostar. Não vira costas a uma batalha, não tem a postura de donzela desprotegida, mas antes a de alguém que não descansará enquanto não assegurar que todos os que estima estarão bem, nem que para isso tenha de arriscar a sua própria vida. O romance entre os dois desenrola-se a um bom ritmo e para além de querido é sensual. Isso aliado ao facto de revisitarmos tantos outros personagens de que já tinha saudades, fez com que em apenas dois dias tivesse lido tudinho!

É sem dúvida a melhor série sobrenatural, com laivos deliciosos de erotismo e com uma dose de mitologia construída com imensa originalidade. Tem ainda o condão de expressar, de forma algo fantasiosa mas intensa, coisas bem reais como o sentimento de traição, sofrimento, capacidade de sacrifício e ainda a capacidade de amar para além da compreensão. Claro que recomendo! 

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Opinião: Noite Silenciosa (Predadores da Noite #16), de Sherrilyn Kenyon https://branmorrighan.com/2015/04/opiniao-noite-silenciosa-predadores-da.html https://branmorrighan.com/2015/04/opiniao-noite-silenciosa-predadores-da.html#respond Sun, 05 Apr 2015 20:45:00 +0000

Noite Silenciosa

Sherrilyn Kenyon

Editora: Saída de Emergência

Chancela: Chá das Cinco

Sinopse: Stryker já avisou que está a reunir as suas forças. Enquanto o mundo avança inconsciente, Stryker, que lidera um exército de demónios e vampiros, conspira para lançar uma ofensiva contra os seus inimigos — que, infelizmente para nós, incluem toda a raça humana.

Para vingar a sua irmã, Stryker prepara-se para aniquilar os Predadores da Noite. Mas as coisas começam a correr mal quando o seu inimigo mais antigo regressa. Eis que chega a sua ex-mulher, Zephyra. Precisamente quando achava que nada o poderia parar, vê-se embrenhado numa guerra secular com uma mulher que dá um novo significado à palavra «dor».

Estão a ser traçadas novas linhas de batalha, enquanto os Predadores da Noite se reúnem para uma novo confronto, numa NOITE SILENCIOSA.

Opinião: Ah! O universo dos Predadores da Noite, tão sensual como vertiginoso! Depois da obra prima que foi o volume anterior, o tão esperado episódio com Acheron, dificilmente este estaria a esse nível, mas o que é certo é que não me deixou, em nada, desapontada. Ao longo da demanda para proteger os seus predadores da noite, Acheron deparou-se várias vezes com dificuldades trazidas por Stryker, que tem estado sempre ao lado de Apolimy, a Destruidora, que é também sua mãe. Este é o volume em que tréguas terão que ser feitas, por breves momentos, se não querem ser todos dizimados. 

Há sempre uma história por trás de um desgosto de amor, de um acto de crueldade, de uma transformação na personalidade. Nem sempre é razoável, nem sempre tem um fundo compreensível, mas tem sido através dessas mesmas histórias que várias das personagens que muitas vezes se mostram como detestáveis que acabam por obter um olhar redentor por parte do leitor. É o caso de Stryker que, ao encontrar Zephyra e ao permitir-se ver as suas acções sob outro olhar, encontra um novo sentido e uma nova motivação. 

Imaginei, décimo sexto livro desta série e nunca me cansei! Acho o acontecimento tão raro como extraordinário. Stryker e Zephyra não têm mais bela e comovente história de amor, mas o que sempre admirei em Sherrilyn Kenyon a capacidade que esta tem de fazer mover a acção e de intensificar o enredo global além dos protagonistas. Noite Silenciosa levanta novamente várias questões, apresenta-nos novos personagens, o que faz com que o leitor queira aguardar por mais um e espero mesmo que as Edições Saída de Emergência continuem a publicar esta que é a minha autora preferida no que toca ao romance paranormal. 

Outras opiniões:

Amante de Sonho: 

http://www.branmorrighan.com/2010/01/sherrilyn-kenyon-amante-de-sonho.html

Prazer da Noite:

http://www.branmorrighan.com/2010/01/sherrilyn-kenyon-prazer-da-noite.html

O Abraço da Noite: 

http://www.branmorrighan.com/2010/06/opiniao-o-abraco-da-noite-de-sherrilyn.html

Dança com o Diabo: 

http://www.branmorrighan.com/2010/06/opiniao-danca-com-o-diabo-de-sherrilyn.html

O Beijo da Noite: 

http://www.branmorrighan.com/2011/05/opiniao-o-beijo-da-noite-de-sherrilyn.html

Jogos na Noite: 

http://www.branmorrighan.com/2011/09/opiniao-jogos-na-noite-de-sherrilyn.html

Sedução na Noite: 

http://www.branmorrighan.com/2011/11/opiniao-seducao-na-noite-de-sherrilyn.html

Pecados na Noite: 

http://www.branmorrighan.com/2012/01/opiniao-pecados-na-noite-predadores-da.html

À Solta na Noite: 

http://www.branmorrighan.com/2012/07/opiniao-solta-na-noite-predadores-da.html

O Lado Negro da Lua: 

http://www.branmorrighan.com/2012/09/opiniao-o-lado-negro-da-lua-predadores.html

O Caçador de Sonhos: 

http://www.branmorrighan.com/2013/01/opiniao-o-cacador-de-sonhos-predadores.html

O Diabo Também Chora: 

http://www.branmorrighan.com/2013/03/opiniao-o-diabo-tambem-chora-predadores.html

À Luz da Meia-Noite: 

http://www.branmorrighan.com/2013/10/opiniao-luz-da-meia-noite-predadores-da.html

Só em Sonhos: 

http://www.branmorrighan.com/2014/06/opiniao-so-em-sonhos-predadores-da.html

Acheron: 

http://www.branmorrighan.com/2015/01/opiniao-acheron-predadores-da-noite-15.html

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Opinião: Acheron (Predadores da Noite #15), de Sherrilyn Kenyon https://branmorrighan.com/2015/01/opiniao-acheron-predadores-da-noite-15.html https://branmorrighan.com/2015/01/opiniao-acheron-predadores-da-noite-15.html#comments Fri, 23 Jan 2015 19:41:00 +0000

Acheron (Predadores da Noite #15)

Sherrilyn Kenyon

Editora: Casa das Letras

Sinopse: Um deus nasceu há onze mil anos. Amaldiçoado num corpo humano, Acheron teve uma vida de sofrimento. A sua morte humana originou um horror indescritível que quase destruiu a Terra. Trazido de volta contra a sua vontade, tornou-se o único defensor da humanidade. Só que não foi assim tão simples…Durante séculos, lutou pela nossa sobrevivência e escondeu um passado que não desejava revelar. Agora, tanto a sua sobrevivência, como a nossa, dependem da única mulher que o ameaça. Os velhos inimigos estão a despertar e a unir-se para matá-los – aos dois.

Opinião: Décimo quinto livro da série, finalmente, o nosso Acheron. Personagem que aparece desde o primeiro volume da série Predadores da Noite, tornou-se no maior dos mistérios para os fãs destes misteriosos seres mitológicos. Apesar de só agora pegar neste livro, este já foi publicado há bastante tempo. Fugindo à ordem que, imperialmente, as Edições Saída de Emergência têm cumprido na publicação dos Predadores da Noite, a Casa das Letras não se fez de rogada em antecipar nuns bons números a publicação deste que era o mais esperado dos volumes. Jogada mais que inteligente, diria eu, mas para não sentir uma quebra no percurso sequencial da história, fui lendo todos até aqui para agora me deleitar com o que é, de todos, o melhor. Fica a nota que os livros seguintes retomam as publicações pelas Edições Saída de Emergência e que aconselho vivamente que sigam tudo por ordem. 

Existem elementos chaves na escrita de Sherrilyn Kenyon que a tornam numa das melhores escritoras do género. Eu, que já li dezenas dezenas dentro do romance fantástico sensual, sou da opinião que SK é mesmo a melhor. A forma como mistura a sensualidade com o sofrimento, a paixão com o ódio, a luta pela sobrevivência e o sacrifício, entre outros, traz uma intensidade e um realismo aos seus enredos como poucos escritores conseguem fazer. É como se a mitologia servisse apenas como véu, mais ainda como máscara, para grandes problemáticas reais. Neste livro, principalmente, é exactamente isso que acontece e, pelas suas palavras, a própria autora confirma isso na sua nota. 

A primeira metade da obra é diferente da segunda. Se nos episódios anteriores nos habituámos ao fio condutor humorista e até sarcástico no meio das desgraças, o início de Acheron insere-nos num mundo onde não há espaço para humor, nem sequer negro. Talvez por ter passado por uma infância de abusos, Sherrilyn Kenyon introduz-nos a vida de Acheron de forma brutal, descritiva o suficiente para sofrermos com ele, compadecermo-nos dele e odiarmos todos aqueles que ainda hoje conseguem provocar aquele tipo de sofrimento. Há quem diga que estes livros não passam de livros de vampiros, eu diria que se calhar não faria mal algum dar um olhar mais atento às linhas que os preenchem. 

Por ter lido os livros por ordem, há diversos factos que agora se encaixam. Quando a história passa para o tempo presente, a trama em si não é muito diferente daquelas a que já estamos habituados senão da profundidade e solenidade que sentimos por ser Acheron. Até àquele momento, Acheron servia como escudo protector dos restantes predadores da noite, um padrinho que se sacrificava, mesmo sem eles terem noção, para que cada um tivesse uma segunda hipótese de liberdade. Longe de ter tomado sempre as opções perfeitas, é bonito de se ver, e posso dizer sem risco de grandes spoilers, quando cada um dos outros protagonistas dos livros anteriores, aparecem para dar o corpo pela protecção de Acheron e de Tory, a mulher que irá mudar a sua vida para sempre. 

São contrastes atrás de contrastes, violência bruta e ao mesmo tempo a simplicidade do belo, do fiel e do dar sem esperar nada em troca. Depois de uma juventude sofrida, agonizante, com desilusões atrás de desilusões, Acheron não tem outra hipótese senão acreditar, por uma vez em milénios, que também para ele é possível encontrar alguma felicidade. Imaginem-se omniscientes e com a capacidade de ver o futuro de todos menos o de vós próprios e daqueles que terão influência nele… Tem sido esta a sina do nosso líder predador da noite, mas parece que finalmente alguma paz se irá estabelecer. 

Gosto mesmo muito do registo de Sherrilyn Kenyon. Tendo mostrado uma outra faceta mais crua e dura, a minha admiração tornou-se ainda maior. A ler as opiniões anteriores, não faltarão registos meus do enaltecimento da forma como erotiza cada história sem a banalizar, como é excelente na expressão das emoções e no ritmo de acção. Não é que algo tenha mudado ou transcendido, mas é como se, tentando interpretar as próprias palavras da autora, esta fosse a sua grande obra-prima. Sinceramente, espero que ainda venham dali muitas surpresas. A série vai continuar e há muito que ainda quero saber, como de Nick por exemplo. Acreditem em mim quando vos digo: se querem uma série divertida, sensual, com muito perigo e mitologia à mistura, peguem nestes livros, não se vão arrepender! 


Outras opiniões:


Amante de Sonho: 

http://www.branmorrighan.com/2010/01/sherrilyn-kenyon-amante-de-sonho.html

Prazer da Noite:

http://www.branmorrighan.com/2010/01/sherrilyn-kenyon-prazer-da-noite.html

O Abraço da Noite: 

http://www.branmorrighan.com/2010/06/opiniao-o-abraco-da-noite-de-sherrilyn.html

Dança com o Diabo: 

http://www.branmorrighan.com/2010/06/opiniao-danca-com-o-diabo-de-sherrilyn.html

O Beijo da Noite: 

http://www.branmorrighan.com/2011/05/opiniao-o-beijo-da-noite-de-sherrilyn.html

Jogos na Noite: 

http://www.branmorrighan.com/2011/09/opiniao-jogos-na-noite-de-sherrilyn.html

Sedução na Noite: 

http://www.branmorrighan.com/2011/11/opiniao-seducao-na-noite-de-sherrilyn.html

Pecados na Noite: 

http://www.branmorrighan.com/2012/01/opiniao-pecados-na-noite-predadores-da.html

À Solta na Noite: 

http://www.branmorrighan.com/2012/07/opiniao-solta-na-noite-predadores-da.html

O Lado Negro da Lua: 

http://www.branmorrighan.com/2012/09/opiniao-o-lado-negro-da-lua-predadores.html

O Caçador de Sonhos: 

http://www.branmorrighan.com/2013/01/opiniao-o-cacador-de-sonhos-predadores.html

O Diabo Também Chora: 

http://www.branmorrighan.com/2013/03/opiniao-o-diabo-tambem-chora-predadores.html

À Luz da Meia-Noite: 

http://www.branmorrighan.com/2013/10/opiniao-luz-da-meia-noite-predadores-da.html

Só em Sonhos: 

http://www.branmorrighan.com/2014/06/opiniao-so-em-sonhos-predadores-da.html

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Opinião: Só em Sonhos (Predadores da Noite #14) de Sherrilyn Kenyon https://branmorrighan.com/2014/06/opiniao-so-em-sonhos-predadores-da.html https://branmorrighan.com/2014/06/opiniao-so-em-sonhos-predadores-da.html#respond Mon, 23 Jun 2014 16:04:00 +0000

Só em Sonhos (Predadores da Noite #14) 

Sherrilyn Kenyon

Editora: Edições Saída de Emergência

Chancela: Chá das Cinco

Sinopse: Xypher tem apenas um mês na Terra para se redimir através de uma boa ação ou será condenado à tortura no Tártaro para toda a eternidade. Mas a redenção pouco significa para um semideus que apenas deseja vingança contra aqueles que causaram a sua queda.

Simone Dubois é uma médica-legista com dons psíquicos e capaz de ajudar os mortos a encontrar os seus assassinos. Quando Xypher pede a sua ajuda para abrir um portal para o Inferno e combater demónios, Simone tem a certeza que está perante um louco.

O futuro da Humanidade encontra-se em risco, mas qual a maior ameaça que Simone enfrenta? Os demónios que vêm em sua perseguição, ou o homem misterioso e sedutor que mudou irremediavelmente a sua vida?

Opinião: Dentro dos livros de Literatura Fantástica, os que envolvem algum tipo de mitologia são sempre os meus preferidos. Seja de forma fidedigna ou apenas como um meio de criar um mundo diferente, toda a magia envolvente, com demandas, catástrofes, sacrifícios e paixões platónicas, quando bem estruturada e bem desenvolvida acaba sempre por me prender e tornar a leitura num vício. Só em Sonhos, décimo quarto livro da série Predadores da Noite, publicada pelas Edições Saída de Emergência, é mais uma dessas obras. 

Xypher é um meio-demónio atormentado, um caçador de sonhos condenado ao Tártaro e a ser torturado o resto da eternidade, apenas aguardando ansiosamente a usa oportunidade de subir ao mundo superior durante o tempo a que tem direito para poder executar a sua vingança. Quando finalmente tem essa oportunidade, em muito pouco tempo o seu destino toma contornos imprevisíveis e a sua vida fica ligada à de Simone. Simone é uma mulher de armas que tem como melhor amigo um fantasma. Ao início, pensa-se ela é apenas mais uma mulher com alguma sensibilidade ao que é sobrenatural, mas na verdade há muito mais para descobrir sobre ela, incluindo coisas de que nem ela faz ideia.

Temos velhos inimigos, como Stryker e Acheron, temos a terrível Satara que vai fazer de tudo para fazer Xypher desaparecer para sempre e ainda Kat, na sua magnificência a entrar em acção quando mais era necessário. O jogo de palavras que muitas vezes não é claro, mas que tem sempre algo por trás, trará uma nova luz à trama, após toda a luta e sofrimento por parte dos protagonistas. Adorei Jaden. O pouco que lemos sobre ele planta uma curiosidade imensa e sem dúvida que ainda nos deve esperar um livro sobre ele. 

O que tem de mais apaixonante e vibrante nestes livros é a capacidade de nos transportarem para outros mundos em que as emoções se entranham em quem entra neles. O ódio fortíssimo, a paixão inesperada, o amor que cresce, o poder da vingança e, por fim, a deliciosa redenção. Existe todo um confrontar de medos, de inseguranças, toda uma aura de descoberta e perseguição pelo desconhecido que atormenta o leitor, no bom sentido, de forma constante ao longo da história. É também a capacidade da escritora em nos mostrar o que de melhor e de pior o ser humano tem, através destas personagens irreais, que acaba por tornar as histórias irresistíveis. 

Sherrilyn Kenyon, a meu ver, continua a ser a rainha do romance paranormal. Mais, acho que o facto de ter a capacidade de ter uma série tão longa em que a cada livro a história é diferente e nos deixa ávidos por mais, não é para qualquer escritor. Não é que a receita varie, porque, passados alguns livros, o leitor já sabe ao que vai, mas é antes a diversidade de emoções, de elos de ligação, de caminhos em conquista de objectivos e de pessoas amadas. No final de qualquer um dos livros, fica-se sempre com mais perguntas que respostas, tal como é constante a exigência de ter o próximo o mais rápido possível. Estamos perante uma escrita que continua a encantar e a vingar, e que tão cedo não conto deixar de ler.

Outras opiniões:

Amante de Sonho: http://www.branmorrighan.com/2010/01/sherrilyn-kenyon-amante-de-sonho.html

Prazer da Noite: http://www.branmorrighan.com/2010/01/sherrilyn-kenyon-prazer-da-noite.html

O Abraço da Noite: http://www.branmorrighan.com/2010/06/opiniao-o-abraco-da-noite-de-sherrilyn.html

Dança com o Diabo: http://www.branmorrighan.com/2010/06/opiniao-danca-com-o-diabo-de-sherrilyn.html

O Beijo da Noite: http://www.branmorrighan.com/2011/05/opiniao-o-beijo-da-noite-de-sherrilyn.html

Jogos na Noite: http://www.branmorrighan.com/2011/09/opiniao-jogos-na-noite-de-sherrilyn.html

Sedução na Noite: http://www.branmorrighan.com/2011/11/opiniao-seducao-na-noite-de-sherrilyn.html

Pecados na Noite: http://www.branmorrighan.com/2012/01/opiniao-pecados-na-noite-predadores-da.html

À Solta na Noite: http://www.branmorrighan.com/2012/07/opiniao-solta-na-noite-predadores-da.html

O Lado Negro da Lua: http://www.branmorrighan.com/2012/09/opiniao-o-lado-negro-da-lua-predadores.html

O Caçador de Sonhos: http://www.branmorrighan.com/2013/01/opiniao-o-cacador-de-sonhos-predadores.html

O Diabo Também Chora: http://www.branmorrighan.com/2013/03/opiniao-o-diabo-tambem-chora-predadores.html

À Luz da Meia-Noite: http://www.branmorrighan.com/2013/10/opiniao-luz-da-meia-noite-predadores-da.html

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Opinião: À Luz da Meia-Noite (Predadores da Noite #13) de Sherrilyn Kenyon https://branmorrighan.com/2013/10/opiniao-luz-da-meia-noite-predadores-da.html https://branmorrighan.com/2013/10/opiniao-luz-da-meia-noite-predadores-da.html#respond Mon, 21 Oct 2013 11:09:00 +0000

À Luz da Meia-Noite (Predadores da Noite #13)

Sherrilyn Kenyon

Editora: Saída de Emergência

Chancela: Chá das Cinco

Sinopse: Uma celebridade generosa que tudo oferecia e nada pedia em troca… até ser enganado pelos que o rodeavam. Agora Aidan nada quer do mundo ou sequer fazer parte dele.

Quando uma estranha mulher aparece à sua porta, Aidan sabe que já a viu antes… nos seus sonhos.

Uma deusa nascida no Olimpo, Leta nada sabe do mundo dos humanos. Mas um inimigo implacável expulsou-a do mundo dos sonhos e para os braços do único homem capaz de a ajudar: Aidan. Os poderes imortais da deusa derivam de emoções humanas, e a raiva de Aidan é todo o combustível que precisa para se defender…

Uma fria noite de inverno irá mudar as suas vidas para sempre…

Aprisionados durante uma tempestade de inverno brutal, Aidan e Leta terão que conquistar a única coisa que os poderá salvar a ambos – ou destruí-los – a confiança. Conseguirão triunfar sobre todos os obstáculos?

Opinião: Sherrilyn Kenyon há muito que se afirmou como uma das minhas autoras preferidas do romance sensual paranormal e confesso que já tinha umas saudades imensas de voltar ao mundo dos Predadores da Noite.  À Luz da Meia-Noite é uma viagem ao mundo dos Predadores dos Sonhos, com uma história muito doce, simples, mas que aquece o coração de qualquer leitora romântica.

Aidan é um homem que pode ter tudo o que quiser, mas que abdica de bom grado de toda a sua riqueza pelo bem-estar daqueles que ama. Ou abdicava, até ser brutalmente traído vezes sem conta por aqueles que menos esperava, principalmente pelo seu irmão. De uma inveja louca e irracional, o irmão de Aiden arranja maneira de conjurar o deus da Dor para matá-lo. Quando Dolor acorda, também Leta, uma deusa condenada a não sentir emoções, desperta para um mundo totalmente diferente daquele que deixou antes de se induzir em estase.

Aidan e Leta vão tornar-se aliados imprevistos, mas cujo envolvimento vai evoluindo de forma calorosa, numa rendição lenta e curativa de ambas as almas. Aos poucos, Leta apercebe-se que as emoções que sente não são apenas resquícios das de Aidan, mas sim de si mesma, confrontando-a com sentimentos que julgava não mais poder sentir. Também Aidan, convicto de que nunca mais poderá confiar nem amar alguém, vê a sua determinação e barreiras a serem desmoronadas. 

O enredo é bastante simples, as personagens cativantes e o tom trágico com que a narrativa é pontuada prende-nos à leitura ansiando pelo final feliz. O livro traz ainda uns contos de Natal em que revisitamos umas quantas personagens que nos são queridas e que nos despertam a curiosidade para os próximos volumes da série. Escusado será dizer que é claro que gostei, mas eu sou suspeita! 🙂

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Opinião: O Diabo Também Chora (Predadores da Noite #12) de Sherrilyn Kenyon https://branmorrighan.com/2013/03/opiniao-o-diabo-tambem-chora-predadores.html https://branmorrighan.com/2013/03/opiniao-o-diabo-tambem-chora-predadores.html#respond Mon, 25 Mar 2013 12:00:00 +0000

O Diabo Também Chora (Os Predadores da Noite #12)

Sherrilyn Kenyon

Editora: Saída de Emergência

Chancela: Chá das Cinco

Sinopse: Sin, um antigo deus Sumério, era um dos mais poderosos do seu panteão… até à noite em que Ártemis lhe roubou a divindade e o deixou a um passo da morte. Durante milénios, o ex-deus convertido em Predador da Noite procurou recuperar os seus poderes e vingar-se de Ártemis. Mas agora tem peixes mais graúdos — ou demónios mais graúdos — com que se preocupar. Os letais gallu, que tinham sido enterrados pelo seu panteão, começam a despertar e estão famintos de carne humana. O seu objetivo: destruir a humanidade. Sin é o único que os pode deter… se uma certa mulher não o matar primeiro. E para quem apenas conheceu a traição, agora Sin terá de confiar numa pessoa que não hesitará em o entregar aos demónios. Ártemis pode ter roubado a sua divindade, mas outra mulher roubou-lhe o coração. A única pergunta é: irá ela mantê-lo… ou dá-lo a comer aos que o querem morto?

Opinião: Ao fim de doze livros de uma mesma série é incrível a capacidade da autora Sherrilyn Kenyon ainda nos surpreender e de nos agarrar à nova história que conta. Em O Diabo Também Chora, conhecemos um novo panteão, exploramos o passado do misterioso Acheron e ainda descobrimos mais algumas coisas sobre Ártemis e o que a motiva a ser como é.

Sin, o personagem principal deste volume, é um homem com um passado mais do que difícil em que a Traição era a ordem do dia. Foi traído por quase todos os que o rodearam, incluindo Ártemis. Agora que a humanidade está em causa por causa dos demónios sumérios e ele precisa de ser objectivo e preciso nas suas acções, o seu caminho é atravessado por Katra, também ela carregada de segredos, e esta chegou para lhe abanar todas as crenças e descrenças.

Com aliados improváveis e inimigos mais do que temíveis, O Diabo Também Chora é um livro cheio de acção, carregado de emoções, que vai colocar à prova até a mais temível das deusas. O enredo está muito interessante e gostei imenso da forma como a autora explorou os pontos fracos e fortes de cada um. É um livro mais virado para a parte sentimental e para a forma como as pessoas lidam com ela do que para o lado sensual, apesar de essa componente também estar presente.

A escrita da autora continua sem desiludir. A cada capítulo consegue que o leitor tenha vontade de ler deixando sempre em suspenso o que está para vir. A batalha final e o próprio fim acabam por ser um pouco previsíveis, mas não deixam de enternecer e de satisfazer o leitor mais romântico. A cada livro a série só melhora. Gostei muito.

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