Sobre Livros – Bran Morrighan https://branmorrighan.com Literatura, Leitura, Música e Quotidiano Wed, 23 Dec 2020 20:50:09 +0000 pt-PT hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.8.2 https://branmorrighan.com/wp-content/uploads/2020/12/cropped-Preto-32x32.png Sobre Livros – Bran Morrighan https://branmorrighan.com 32 32 [Sobre Livros] Ler livros com acção e sexo gasta o dobro das calorias! https://branmorrighan.com/2012/09/sobre-livros-ler-livros-com-accao-e.html https://branmorrighan.com/2012/09/sobre-livros-ler-livros-com-accao-e.html#comments Tue, 04 Sep 2012 00:18:00 +0000 Esta notícia já remonta a Junho de 2007, mas não deixa de ser bastante curiosa. Principalmente quando nos deparamos com a quantidade massiva de romances sensuais recheados de acção que têm invadido o mercado literário. Ora leiam.

Uma pesquisa realizada na Grã-Bretanha reforçou o antigo princípio da “mente sã, corpo são”, ao descobrir que a leitura de um livro recheado de acção e sexo gasta duas vezes mais calorias que ficar parado.

A pesquisa, encomendada pela cadeia de livrarias britânica Borders, comparou as calorias necessárias para se ler diferentes tipos de livros. O resultado foi uma lista das obras que mais ajudam a emagrecer.

Parado, o corpo humano gasta uma caloria por minuto. Mas os cientistas descobriram que livros de aventura, sexo e ação podem até dobrar essa taxa.

A razão, segundo eles, é que as tramas rocambolescas levam o corpo a produzir mais adrenalina, hormona que reduz o apetite e queima calorias.

“A ciência é clara”, disse uma porta-voz da Borders, Caroline Mileham. “E se a ideia colar, temos de considerar uma secção dedicada aos livros que queimam calorias!”

Lista

Com base nos resultados, os cientistas elaboraram uma lista de livros que mais ajudam a emagrecer.

O topo da lista é ocupado pelo thriller Polo, da escritora britânica Jilly Cooper.

A leitura completa das quase 800 páginas de sexo e escândalos gasta o equivalente a 1,1 mil calorias ou uma refeição completa de Big Mac.

O também volumoso Código da Vinci, de Dan Brown, ficou em segundo na lista.

A trama que enfureceu a Igreja Católica ao especular sobre a existência de um segredo guardado a sete chaves pela alta hierarquia da Cúria consome 885 calorias para ser lida, disseram os cientistas.

Mas leitores menos ambiciosos poderiam ler o O Código Da Vinci por duas horas e degustar uma barra de chocolate – já que teriam gasto 210 calorias na empreitada, segundo a representante da Borders.

“Os livros ‘dietéticos’ funcionam da mesma maneira que tomar café aumenta o nível de adrenalina. “Mas ler uma grande trama não tem os efeitos negativos da cafeína”, acrescentou Mileham.

A lista inclui ainda clássicos do suspense, como O Iluminado, de Stephen King, e O Exorcista, de William Peter Blatty. Dose de leitura com muita acção!! Ler até emagrece.

OS DEZ MAIS ‘DIETÉTICOS’

Polo (em inglês), Jilly Cooper – 1,1 mil

O Código da Vinci, Dan Brown – 885

O Iluminado, Stephen King – 745

O Júri, John Grisham – 772

Bravo Two Zero (em inglês), Andy McNab – 605

O Dia do Chacal, Frederick Forsyth – 604

O Exorcista, William Peter Blatty – 465

Dirty Blonde (em inglês), Courtney Love – 444

Orgulho e Preconceito, Jane Austen – 443

O Caso dos Dez Negrinhos, Agatha Christie – 327

Fonte: Livraria Borders && BBC

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[Sobre Livros] Crónica – ‘O valor das coisas’ por Vitor Bandarra https://branmorrighan.com/2012/09/sobre-livros-cronica-o-valor-das-coisas.html https://branmorrighan.com/2012/09/sobre-livros-cronica-o-valor-das-coisas.html#respond Mon, 03 Sep 2012 14:30:00 +0000

‘O Crime do Padre Amaro’, edição em castelhano da obra de Eça de Queiroz, estava esta semana à venda por… 20 cêntimos. Por 1 euro, comprei cinco livros quase novos numa loja de artigos em segundas, terceiras e outras mãos, em plena Lisboa. Por ali, os livros têm pouca procura e valem o que valem, ou seja, quase nada.

Jovens de menos posses ignoram livros e olham gulosos para guitarras, cd e aparelhómetros vários que se oferecem por valor muito razoável. Imagina-se as mãos e as histórias por que passaram todos estes objectos. Num dos meus livros de 20 cêntimos, tentei vislumbrar o semblante da mulher que, há uns míseros 5 anos, escreveu em página interior: “Para a minha querida neta V.”

Mesmo ao lado da loja, num minimercado de produtos biológicos, outros jovens, com outras posses e outras convicções, dão por bem gastos os 20 cêntimos que pagam por cada batata – porque as coisas valem o que cada um quer pagar por elas.

Um ex-ministro ligado à cultura enche a cesta com frutas e legumes bacteriologicamente correctos e caros. Mais prosaico, um homem-forte e rico do ex-BPN não se envergonha de tentar (de novo) a sorte no Euromilhões num quiosque ali perto.

Porque as coisas valem o que valem…

Portugal e os portugueses vão ter que mostrar o que valem por muito tempo, para saírem do aperto em que os/se meteram. O meu amigo Zé dos Pneus não se cansa de repetir que, “hoje, as coisas só se medem em euros”. É público que o ganho médio mensal dos políticos aumentou 81 euros em relação a 2011 – os mesmo políticos que decidiram acabar com obras e investimentos públicos, porque não há euros, só dívidas para pagar lá fora.

Há uns 150 anos, o chefe de governo Fontes Pereira de Melo, contemporâneo de Eça, viciou-se em estradas e caminhos-de-ferro. Reduziu à força os juros da dívida pública e aumentou os impostos. Foi um escândalo, até porque credores estrangeiros logo fizeram suspender a cotação dos fundos portugueses em Londres. Aponta–se um político “impulsivo e cheio de ilusões”, que apostava forte e dava valor às coisas. Fez obra mas… esqueceu-se das pessoas.

À conversa com o Zé sobre o valor de coisas e pessoas, de livros velhos e legumes biológicos, indignei-me com o fraco valor que se dá à cultura e às suas obras. Indignou-se ele comigo, mais preocupado com os 200 euros que vai gastar com os livros escolares da filha. E fez-me contas de optimista: graças à crise, já se pode comprar a obra completa do Eça por 5 euros, mais coisa menos coisa.

Publicação original em: http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/outros/domingo/o-valor-das-coisas

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[Sobre Livros] 50 Livros Que Toda a Gente Deve Ler https://branmorrighan.com/2012/08/50-livros-que-toda-gente-deve-ler.html https://branmorrighan.com/2012/08/50-livros-que-toda-gente-deve-ler.html#respond Tue, 28 Aug 2012 10:05:00 +0000

O Expresso divulgou recentemente uma lista de 50 livros que toda a gente deve ler, escolhida pelos seus colaboradores Ana Cristina Leonardo, Clara Ferreira Alves, Henrique Monteiro, José Mário Silva, Luísa Mellid-Franco e Pedro Mexia.

Segundo o órgão de comunicação, «Não há listas perfeitas. Escolher 50 livros (ou 100) implica sempre deixar de fora muitas obras igualmente importantes – ou até mais importantes – que poderiam com toda a justiça estar no lugar destas. Conscientes de que é impossível agradar a gregos e a troianos, pretendemos fazer uma seleção equilibrada, com natural predomínio dos clássicos (essas obras que já passaram o crivo do tempo e entraram no cânone), mas também com algumas apostas pessoais dos colaboradores, escolhas talvez menos óbvias e que esperamos possam corresponder a surpresas e descobertas.

Estes 50 títulos foram fixados após um processo de sobreposição de várias listas. A ordem em que aparecem não reflete qualquer juízo de valor comparativo. E uma coisa é certa: mais ou menos consensuais, todos os livros sugeridos têm uma qualidade literária acima de qualquer suspeita.»

Confira de seguida os 50 livros eleitos:

  • Guerra e Paz (Lev Tolstói)
  • Ficções (Jorge Luis Borges)
  • Crime e Castigo (Fiódor Dostoievski) 
  • As Elegias de Duíno (Rainer Maria Rilke) 
  • Ulisses (James Joyce)
  • À Espera de Godot (Samuel Beckett) 
  • MacBeth (William Shakespeare) 
  • Os Miseráveis (Victor Hugo) 
  • A República (Platão) 
  • O Coração das Trevas (Joseph Conrad) 
  • O Homem Sem Qualidades (Robert Musil) 
  • Madame Bovary (Gustave Flaubert) 
  • O Processo (Franz Kafka) 
  • A Vida e Opiniões de Tristram Shandy (Laurence Sterne) 
  • A Vida – Modo de Usar (Georges Perec) 
  • Memórias Póstumas de Brás Cubas (Machado de Assis) 
  • O Ofício de Viver (Cesare Pavese) 
  • A Montanha Mágica (Thomas Mann) 
  • Retrato de uma Senhora (Henry James) 
  • Lolita (Vladimir Nabokov) 
  • Rayuela – O Jogo do Mundo (Julio Cortázar) 
  • Em Busca do Tempo Perdido (Marcel Proust) 
  • Moby Dick (Herman Melville) 
  • Se Isto é um Homem (Primo Levi) 
  • O Vermelho e o Negro (Stendhal) 
  • O Grande Gatsby (F. Scott Fitzgerald) 
  • Ensaios (Michel de Montaigne) 
  • Poeta em Nova Iorque (Federico Garcia Lorca) 
  • Austerlitz (W. G. Sebald) 
  • As Aventuras de Augie March (Saul Bellow) 
  • 1984 (George Orwell) 
  • A Terra Sem Vida (T. S. Eliot) 
  • Os Maias (Eça de Queirós) 
  • As Ondas (Virginia Woolf) 
  • Dom Quixote de la Mancha (Miguel de Cervantes) 
  • Poesia (Giuseppe Ungaretti) 
  • Poesia (Álvaro de Campos) 
  • Confissões (Santo Agostinho) 
  • Auto-De-Fé (Elias Canetti) 
  • O Som e a Fúria (William Faulkner) 
  • Debaixo do Vulcão (Malcolm Lowry) 
  • O Monte dos Vendavais (Emily Brontë) 
  • O Ano da Morte de Ricardo Reis (José Saramago) 
  • Os Detectives Selvagens (Roberto Bolaño) 
  • Cândido ou o Optimismo (Voltaire) 
  • Submundo (Don DeLillo) 
  • Odisseia (Homero) 
  • A Divina Comédia (Dante Alighieri) 
  • Quando Tudo Se Desmorona (Chinua Achebe) 
  • Obra Poética (Sophia de Mello Breyner Andresen)

Ler no Expresso.

Retirado de: Revista 21

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