Teresa Lopes Vieira – Bran Morrighan https://branmorrighan.com Literatura, Leitura, Música e Quotidiano Mon, 28 Dec 2020 05:11:13 +0000 pt-PT hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.7.1 https://branmorrighan.com/wp-content/uploads/2020/12/cropped-Preto-32x32.png Teresa Lopes Vieira – Bran Morrighan https://branmorrighan.com 32 32 Opinião: O Albatroz de Teresa Lopes Vieira https://branmorrighan.com/2013/07/opiniao-o-albatroz-de-teresa-lopes.html https://branmorrighan.com/2013/07/opiniao-o-albatroz-de-teresa-lopes.html#respond Tue, 30 Jul 2013 21:27:00 +0000

O Albatroz

Teresa Lopes Vieira

Editora: Bertrand

Sinopse: Jesus é um comediante desempregado que procura refúgio na casa do pai morto, em pleno centro de Lisboa. Liberdade, a sua irmã, uma pseudoatriz de novela cuja carreira foi propulsionada por uma participação num reality show. No meio de memórias, certas questões colocam-se: o que acontece quando perdemos tudo? Podemos ser criminosos apenas por acaso? Porque é que os nossos familiares são, por vezes, os nossos piores inimigos? Um enredo de reencontros, fugas e colisões inevitáveis.

Opinião: Estreei-me na escrita de Teresa Lopes Vieira com a obra Os Diários da Mulher Peter Pan e, confirmando quando conheci a autora pessoalmente, soube que estava perante uma escritora diferente, que dá o seu toque único às suas obras deixando a sua marca no leitor. O Albatroz, uma obra dura, realista e com muito para se concluir com a sua leitura, confirmou isso mesmo.

Os protagonistas desta obra, dois irmãos já órfãos de pai e mãe, vão-nos levar a percorrer caminhos sinuosos, viajar pelo subconsciente humano e questionarmo-nos largamente sobre a condição humana e o tipo de relações que as pessoas mantêm entre si. Jesus e Liberdade, cada um à sua maneira, iniciam uma epopeia à consciencialização da vida miserável que sempre viveram; ou por sonharem demasiado alto, ou por não terem coragem de encararem a realidade como ela é.

O enredo adensa-se a cada página, por vezes parece que o ambiente pesado envolve o leitor arrastando-o para as emoções vividas. Não é uma obra que se leia de ânimo leve ou que vá conquistar qualquer tipo de público. É preciso algum estômago, alguma coragem, pois nem sempre se está preparado para o tipo de conflitos levantados pela trama.

A escrita de Teresa Lopes Vieira é intensa, fluida e por vezes enigmática. O estilo da narrativa alterna entre o presente real, algumas alucinações e ainda o recordar de um passado através de diários supostamente secretos. O que é que acontece à mente de uma pessoa quando tenta saber mais do que o que é suposto? Quando vai atrás de segredos que não eram supostos serem desvendados? De que forma a intimidade de quem nos é próximo e as suas loucuras afectam quem as descobre?

Uma leitura que me surpreendeu, foi uma experiência bastante diferente d’Os Diários da Mulher Peter Pan. Nota-se que a autora amadureceu imenso a sua escrita, tornou-se mais audaz, mais impressionante e sem dúvida que arriscou numa nova temática que fará os cérebros dos seus leitores fervilharem. Gostei.

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[DESTAQUE] Em Julho pela Bertrand: O Albatroz de Teresa Lopes Vieira https://branmorrighan.com/2013/07/destaque-em-julho-pela-bertrand-o-2.html https://branmorrighan.com/2013/07/destaque-em-julho-pela-bertrand-o-2.html#respond Thu, 25 Jul 2013 14:45:00 +0000

O Albatroz

Teresa Lopes Vieira

Editora: Bertrand Editora

Nº Páginas:  304

LIVRO

Jesus é um comediante desempregado que procura refúgio na casa do pai morto, em pleno centro de Lisboa. Liberdade, a sua irmã, uma pseudoatriz de novela cuja carreira foi propulsionada por uma participação num reality show. No meio de memórias, certas questões colocam-se: o que acontece quando perdemos tudo? Podemos ser criminosos apenas por acaso? Porque é que os nossos familiares são, por vezes, os nossos piores inimigos? Um enredo de reencontros, fugas e colisões inevitáveis.

AUTORA

Teresa Lopes Vieira nasceu em Lisboa em 1984. É formada em Direito, mas cedo descobriu na escrita e nas viagens as suas verdadeiras paixões. Para tal, já exerceu as atividades mais diversas, desde servir à mesa em Lyon a rececionista num hotel em Amesterdão. Foi precisamente essa experiência em Amesterdão e o contacto com as comunidades imigrantes na Holanda que inspiraram o seu segundo romance, Gato Persa Social Club, escrito após uma longa uma viagem da autora ao Egito e que foi publicado em 2012 pela Bertrand Editora, dois anos depois do seu romance de estreia, Os Diários da Mulher Peter Pan.

IMPRENSA

«O desafio do livro foi o de colocar um homem na casa onde viveu a sua conturbada juventude, sem que dela consiga sair. Despojá-lo de emprego, amigos e qualquer outra base social, o que o descarta cada vez mais do mundo tal como o conhecemos.

Apesar de tudo gravitar em volta do mesmo centro físico, o enredo é bastante dinâmico. As coisas acontecem ao personagem, apesar dele próprio. É obrigado a enfrentar a irmã, uma atriz de novela em crise existencial. É perseguido pela rapariga das pizas e tem de conviver com todo o tipo de pessoas do seu passado, inclusive um pai que já morreu mas que parece pairar sobre tudo. A razão da morte deste último revela-se cada vez mais sombria e parece ser aquilo que une toda a gente, numa qualquer finalidade incógnita.

Queria portanto mostrar uma espécie de tentativa falhada de suicídio social, em que não se percebe bem se o personagem sofre de agorafobia ou se simplesmente não quer mais viver a vida dos outros. Refletir sobre a problemática do até que ponto a sociedade nos ajuda a manter a sanidade mental. Jesus é uma espécie de “palhaço triste” a quem tudo corre mal mas que não parece querer fazer nada para melhorar a situação.

Um duplo homicídio torna tudo pior e confirma o afastamento social dos irmãos, as peças-chave do romance. Este, no fundo, trata de memórias, conflitos familiares e de um certo modo, de loucura. Mas também é uma história de amizade entre dois irmãos.» Teresa Lopes Vieira

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Convite lançamento – O Albatroz – de Teresa Lopes Vieira https://branmorrighan.com/2013/07/convite-lancamento-o-albatroz-de-teresa.html https://branmorrighan.com/2013/07/convite-lancamento-o-albatroz-de-teresa.html#respond Thu, 18 Jul 2013 08:15:00 +0000

Relembro que a autora já foi entrevistada no blog e a opinião ao seu primeiro livro também já foi publicada. Podem ver ambas aqui:

Entrevista a Teresa Lopes Vieira: http://www.branmorrighan.com/2010/09/entrevista-com-teresa-lopes-vieira.html

Opinião
Os Diários da Mulher Peter Pan: http://www.branmorrighan.com/2010/07/opiniao-os-diarios-da-mulher-peter-pan.html

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João Tordo apresenta Gato Persa Social Club, de Teresa Lopes Vieira https://branmorrighan.com/2012/02/joao-tordo-apresenta-gato-persa-social.html https://branmorrighan.com/2012/02/joao-tordo-apresenta-gato-persa-social.html#respond Mon, 13 Feb 2012 13:11:00 +0000

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“Gato Persa Social Club” de Teresa Lopes Vieira já nas Livrarias https://branmorrighan.com/2012/01/gato-persa-social-club-de-teresa-lopes.html https://branmorrighan.com/2012/01/gato-persa-social-club-de-teresa-lopes.html#respond Mon, 30 Jan 2012 16:32:00 +0000

Sobre o livro: Com uma escrita fresca e atual, Teresa Lopes Vieira leva-nos, neste segundo romance, a cenários de grande mudança, numa alucinante aventura entre Amesterdão e o Cairo.

A vida de Francisco, um jovem emigrante português desesperado por dinheiro, é violentamente abalada quando este se envolve num casamento por conveniência, no submundo da imigração ilegal em Amesterdão. Mariam, uma egípcia pouco convencional que abandona o mundo islâmico em nome do sonho europeu, desaparece misteriosamente, deixando o caos instalado com a sua partida. É então que Francisco e a namorada, Eva, se lançam numa procura frenética entre Amesterdão e Cairo, em busca da única pessoa que lhes poderá devolver a vida que tinham. Esta é a história de três personagens que vagueiam entre a demanda espiritual e a necessidade material, a busca de identidade cultural e a perda das origens, numa existência sem fronteiras em que tudo vale para atingir os próprios objetivos.

Relembro que a autora Teresa Lopes Vieira foi entrevistada aqui no blog e a opinião do seu primeiro livro também está publicada. Vejam-nas em:

Entrevista a Teresa Lopes Vieira

Opinião de ‘Os Diários da Mulher Peter Pan’

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Passatempo “Os Diários da Mulher Peter Pan” de Teresa Lopes Vieira https://branmorrighan.com/2010/09/passatempo-os-diarios-da-mulher-peter.html https://branmorrighan.com/2010/09/passatempo-os-diarios-da-mulher-peter.html#comments Thu, 30 Sep 2010 22:03:00 +0000

Os Diários da Mulher Peter Pan

Teresa Lopes Vieira

Boa noite! Aproveitando o facto de ter postado ainda há pouco a entrevista da Teresa Lopes Vieira, lanço agora um passatempo em que vão estar 3 exemplares disponíveis para as três frases mais originais com as palavras: Viagem + Peter Pan + Mulher. Para se habilitarem a ganhar, basta escreverem a frase no formulário abaixo.

– O passatempo terminha às 23h59m de dia 10 de Outubro.

– Só será permitida uma participação por pessoa.

– Só serão aceites participações de Portugal.

– Para construirem a frase, leiam a entrevista e a sinopse do livro.

Boa Sorte!

FORMULÁRIO DESACTIVADO – FIM DO PASSATEMPO

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Entrevista com Teresa Lopes Vieira, Escritora Portuguesa https://branmorrighan.com/2010/09/entrevista-com-teresa-lopes-vieira.html https://branmorrighan.com/2010/09/entrevista-com-teresa-lopes-vieira.html#comments Thu, 30 Sep 2010 20:54:00 +0000 Boa noite! Hoje tenho mais uma entrevista para vós. Desta vez apresento-vos a Teresa Lopes Vieira, cujo primeiro livro “Os Diários da Mulher Peter Pan” foi lançado há não muito tempo pela Bertrand. Aqui fica a sua entrevista:

Fala-nos um pouco sobre ti:

Sou Lisboeta, formada em Direito, mas nunca exerci. Em vez disso tenho-me dedicado à escrita, e às viagens: as minhas duas grandes verdadeiras paixões. Servi à mesa em Lyon, França, e viajei pela América do Sul. Depois disso vivi em Amesterdão, onde comecei a escrever o meu primeiro livro; para me sustentar trabalhei na recepção de um hotel, e depois num bar. São essas vivências e experiências que me inspiram, e faço da vida uma aprendizagem constante.

Nos meus livros quero proporcionar aos leitores a descoberta de mundos novos, e partilhar com eles algumas realidades distantes às quais nem sempre se tem acesso.

Estilo e Ritmo de Escrita:

Procuro concretizar algo que posteriormente me dê prazer como leitora, qualquer coisa que me divirta e estimule. Porque sou perfeccionista, passo horas infinitas a escrever, e nesse sentido é bom que não me aborreça. Assim sendo, pretendo fazer algo interessante e diferente, penso que é esse um dos meus lemas. Se tenho a oportunidade de comunicar, já agora que o faça de uma maneira inovadora. Para isso procuro armas como ideias frescas, por vezes ironia, e imagens vivas que as palavras colocam ao meu dispor.

Quais as tuas maiores influências:

Como me interesso por várias coisas, e acabo por querer ler tudo, atrevo-me a dizer que o meu trabalho não sofre uma influência directa de nenhum autor em particular.

Fui educada numa escola francesa, comecei por me interessar por clássicos como Zola, Boris Vian, e Simone de Beauvoir; e suponho que eles tenham despertado o meu gosto pela literatura. Na poesia, Baudelaire, o ideal para um adolescente deprimido e deprimente, foi a minha escolha. Mais tarde, fiquei fascinada por grandes nomes nacionais como Eça; e, numa fase posterior, Saramago e Lobo Antunes. Hoje em dia, existem novos autores portugueses que aprecio bastante e cujo trabalho tenho vindo a acompanhar.

No entanto, é-me muito difícil dizer, pelo menos por enquanto, em que medida algum destes me poderá ter influenciado. Como gosto muito de ler, raramente consigo dedicar-me a algum autor em exclusivo, pois logo a seguir vem outro interessante, e outro. Nesse aspecto sou bastante dispersa.

“Os Diários da Mulher Peter-Pan” é o teu primeiro livro. Qual foi a sensação de vê-lo publicado?

É, obviamente, uma grande felicidade. Sobretudo para alguém, como eu, que quer fazer disto uma carreira. Foi um ano e meio de trabalho, e muitas lutas. Deixar uma futura carreira como advogada para se tentar ser escritor não é tarefa fácil, pois existe muita pressão em sentido contrário, e assim sendo este livro é uma pequena vitória.

No entanto, sinto que é apenas o primeiro passo, de um longo caminho a percorrer. Nunca me dou por satisfeita, e mal este livro saiu comecei logo a pensar no próximo. Nesse sentido, vejo Os diários da mulher Peter Pan como uma porta que se abre para todas as coisas maravilhosas que posso fazer com a escrita.

Como foi o processo editorial?

Quando decidi dedicar-me à escrita, fi-lo baseada na experiencia que mais me tinha marcado nos últimos tempos: uma viagem de vários meses pela América do Sul durante a qual estive, entre outros, nos países onde se passa este meu primeiro romance (Equador, Colômbia e Venezuela).

Quando comecei a enviar o livro para as editoras tive um certo receio, porque todos me diziam que ia ser um processo difícil. Felizmente, não muito tempo depois, encontrei a Bertrand, que tem sido uma ajuda preciosa no meu inicio de carreira como jovem autora. Este livro aconteceu graças a uma equipa dedicada, que me tem ajudado a desenvolver o meu trabalho de uma forma muito positiva, e a crescer como escritora.

Tens tido feedback dos leitores?

Os leitores interessam-se pela história, dizem que tem um bom ritmo, capaz de os prender.

Tenho também recebido opiniões muito positivas quanto aos cenários descritos. São mundos muito diferentes, como a Colômbia, que a generalidade dos leitores desconhece. E nesse sentido é gratificante perceber que consegui transmitir a imagem pretendida em relação àqueles países, e fazer com que o leitor se enamore deles tanto como eu.

Pretendes continuar a escrever dentro do género “Romance” ou vais-te aventurar por outros géneros?

Escrever este romance foi uma experiência extremamente gratificante. Permitiu-me aprender e evoluir como escritora, desafiou os meus limites, e abriu-me as portas para a criatividade. Através dela descobri a possibilidade de contactar com os leitores a um nível muito interessante, por conseguir passar mensagens que de outro modo não teriam tanta força. Além disso, é muito divertido. Penso que cada romance é um mundo independente; uma pequena república pessoal do escritor, em que os personagens têm voz, e participam activamente no desenrolar da acção. Nada se compara a isto, e pretendo sem dúvida escrever muitos mais dentro do género.

Além do romance, tenho igual interesse nas crónicas, sobre a actualidade e outros assuntos. É uma área na qual também gostaria de me debruçar, e que tenho vindo a desenvolver no meu blogue www.teresalopesvieira.blogspot.com.

Posto isto, nada impede que no futuro, e paralelamente a estas duas actividades, não seja tentada a aventurar-me por outros caminhos.

Projectos Futuros:

Tenho um próximo romance, em fase de construção. É um trabalho no qual estou muito empenhada, e para já posso dizer que vai permitir aos leitores viajar, por lugares totalmente diferentes daqueles do meu primeiro romance, mas não menos interessantes.

Que achas do blog?

Em primeiro lugar, parabéns pela iniciativa. Sem fugires ao teu próprio estilo, o que lhe confere originalidade, consegues manter um trabalho eclético e abrangente.

É com muito bons olhos que vejo um espaço cultural como este, dedicado à leitura, e à sua divulgação. Sobretudo gosto do facto de incluíres no teu alvo um público jovem, proporcionando assim a este último uma perspectiva fresca em relação ao panorama literário nacional.

Os Diários da Mulher Peter Pan

Teresa Lopes Vieira

Editora: Bertrand

Nº de Páginas: 216

Sinopse: Diana leva uma vida monótona com a família no centro de Lisboa. Em plena crise da meia-idade, ela é constantemente assolada por dúvidas em relação ao rumo da própria existência, que se agravam quando se vê obrigada a viajar para o Equador em negócios. Desadaptada e infeliz, assombrada por tendências depressivas, faz planos para regressar o mais depressa possível a casa.

Um grave acidente, ao qual sobrevive milagrosamente, salva por uma tribo em plena Amazónia, produz uma revolução na sua maneira de ser, levando-a a ficar. Wendy, uma estranha e misteriosa jovem que se torna na sua companheira de viagem, arrasta-a então por aventuras inesperadas. Equador, Colômbia, e Venezuela: três cenários tão maravilhosos quanto agressivos que a transportam para uma outra vida em que tudo pode acontecer, desde as teias do narcotráfico colombiano, aos meandros da política venezuelana. Esta é a história de uma mulher que nasce pela segunda vez, redescobrindo ingenuamente o mundo que encontrou à sua espera, decifrando-o com olhos de criança.

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Convite – Os Diários da Mulher Peter Pan https://branmorrighan.com/2010/07/convite-os-diarios-da-mulher-peter-pan.html https://branmorrighan.com/2010/07/convite-os-diarios-da-mulher-peter-pan.html#respond Wed, 14 Jul 2010 10:13:00 +0000

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Opinião: “Os Diários da Mulher Peter Pan” de Teresa Lopes Vieira https://branmorrighan.com/2010/07/opiniao-os-diarios-da-mulher-peter-pan.html https://branmorrighan.com/2010/07/opiniao-os-diarios-da-mulher-peter-pan.html#respond Tue, 13 Jul 2010 19:12:00 +0000 Os Diários da Mulher Peter Pan
Teresa Lopes Vieira

Editora:Bertrand
Nº de Páginas:216

Sinopse: Diana leva uma vida monótona com a família no centro de Lisboa. Em plena crise da meia-idade, ela é constantemente assolada por dúvidas em relação ao rumo da própria existência, que se agravam quando se vê obrigada a viajar para o Equador em negócios. Desadaptada e infeliz, assombrada por tendências depressivas, faz planos para regressar o mais depressa possível a casa.
Um grave acidente, ao qual sobrevive milagrosamente, salva por uma tribo em plena Amazónia, produz uma revolução na sua maneira de ser, levando-a a ficar. Wendy, uma estranha e misteriosa jovem que se torna na sua companheira de viagem, arrasta-a então por aventuras inesperadas. Equador, Colômbia, e Venezuela: três cenários tão maravilhosos quanto agressivos que a transportam para uma outra vida em que tudo pode acontecer, desde as teias do narcotráfico colombiano, aos meandros da política venezuelana. Esta é a história de uma mulher que nasce pela segunda vez, redescobrindo ingenuamente o mundo que encontrou à sua espera, decifrando-o com olhos de criança.

Opinião: Este é o primeiro romance de Teresa Lopes Vieira de apenas 26 anos. Foi um livro que se leu bastante bem. A escrita é simples e fluída, embora haja muito mais narrativa do que diálogo o que acaba por tornar a leitura um pouco solitária.

Foi uma aventura surpreendente, esta que fui vivendo com Diana ao longo do livro. O que inicialmente era uma visita de negócios obrigatória em que Diana ia completamente contrariada, acabou por se tornar numa viagem de redescoberta pessoal em que toda a sua vida até ao momento foi sendo posta em causa por ela própria.

Foi bastante interessante ingressar naqueles países que muitas vezes são vistos como decadentes e pobres, violentos até, e nas teias que a autora foi criando. Quando Diana conhece Wendy numa situação bastanta caricata, cedo a vê como um porto seguro. Até que os comportamentos de Wendy se tornam cada vez mais insólitos e Diana não consegue confiar mais nela.

Achei Diana um pouco volátil demais para a idade que aparenta. O que para ela é importante num minuto, passado uns tempos já não é, e ela vai oscilando neste é que não é várias vezes durante o livro em relação a vários acontecimentos. E com marido e filha em Lisboa, houve por vezes dúvidas que eu achei que nenhuma mãe sentiria. Mas ao mesmo tempo, essas dúvidas permitiram-me conhecer melhor Diana e compreender melhor as suas motivações.
Wendy acabou por ser a personagem que mais me fascinou. Uma mulher bem consciente de si mesma, que faz o que tem de ser feito, embora, para o fim, tenha sido supreendida pelos seus sentimentos quase pondo em causa o seu trabalho.
O fim foi completamente inesperado. Quando comecei a ler as últimas 3 ou 4 páginas não pude deixar de abrir a boca de espanto. Confesso que não tinha previsto aquele desenlace de maneira nenhuma.

Gostei bastante da autora nos ter dado a conhecer sítios tão bonitos que quase nos fazem querer tranportar-nos para lá. É sabido quem são países em que o negócio da droga está bem entranhado nas suas culturas e neste livro a autora aborda bastante esse tema.
Foi uma boa descoberta de uma nova autora portuguesa e a quem vou estar atenta.

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