Tio Rex – Bran Morrighan https://branmorrighan.com Literatura, Leitura, Música e Quotidiano Mon, 28 Dec 2020 05:34:42 +0000 pt-PT hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.8.3 https://branmorrighan.com/wp-content/uploads/2020/12/cropped-Preto-32x32.png Tio Rex – Bran Morrighan https://branmorrighan.com 32 32 Tio Rex no Sabotage, A Catarse de um Caso Sério da Música Portuguesa https://branmorrighan.com/2018/06/tio-rex-no-sabotage-catarse-de-um-caso.html https://branmorrighan.com/2018/06/tio-rex-no-sabotage-catarse-de-um-caso.html#respond Mon, 18 Jun 2018 14:50:00 +0000 Fotografia Luís Sousa, Música em DX

Todas as fotografias aqui: https://goo.gl/TppULN

Antes de irmos ao texto que publiquei no Música em DX (MDX), deixem-me fazer aqui uma pequena introdução, mais pessoal. Lembro-me perfeitamente do final de tarde que conheci Miguel Reis num café na Alameda, para uma entrevista sobre o seu EP da altura, o 5 Monstros. Todas as edições de todos os discos de Tio Rex são feitos à mão, numerados e extremamente cuidados. Para além das letras que não deixam ninguém indiferente, existe sempre todo um trabalho gráfico e artístico, seja através da fotografia, da ilustração, ou ambos. Conhecer Tio Rex, e mais tarde a querida Marta Banza (que agora tem o seu projecto, com o Miguel, Museum Museum), foi um marco na minha vida. Se hoje é inevitável reconhecer que Tio Rex é um caso sério da música portuguesa, muito se deve à sua personalidade, à sua força, à sua perseverança. Os esforços têm sido mais que muitos, mas é por isso que depois do boom de novas bandas muitas desapareceram, mas ele aqui está, mais sólido que nunca e sempre a crescer. É um orgulho conhecer este projecto, tê-lo como família, sentir que ficamos sempre um bocadinho mais ricos e compostos, quem sabe a conhecermo-nos melhor a nós mesmos, depois de o ouvir. Mas vou-me deixar de lamechices e deixar-vos com o texto oficial da noite do passado Sábado. Fica apenas o desejo que mais programadores e influenciadores possam ter abertura suficiente para lhes dar uma oportunidade. Não vão desiludir. 

Texto originalmente publicado no MDXhttps://goo.gl/TppULN

Escrever sobre o
concerto de Tio Rex no Sabotage, ao início, parecia-me fácil, mas rapidamente
me dei conta que talvez não fosse bem assim. Quando assistimos a um concerto
que nos leva as lágrimas aos olhos, que nos impele a percorrer uma montanha
russa em que percorremos tanto o abismo como a alegria de viver, é difícil
arranjar as palavras certas. Mas tentemos começar pelo início.

Tio Rex é Miguel
Reis e recentemente lançou um novo EP – 5
Tragedies
. Foi este o mote que o levou ao Sabotage, sendo acompanhado por
outros quatro artistas de luxo – Marta Banza (Museum Museum), Sérgio Mendes
(Hands On Approach), Bernardo Pereira (Ella Palmer) e Diogo Sousa
(QuartoQuarto).

O percurso de Tio
Rex tem sido um percurso de descoberta, encontros e desencontros, mas acima de
tudo de perseverança. Conheci o Miguel Reis em 2014, altura em que lançou o EP 5 Monstros e já na altura a música era
para ele um sonho a ser conquistado. Trabalhava numa época do ano para poder
compor na outra. A sua paixão pela escrita de canções ia para além da
conjugação de notas musicais – sempre houve uma mensagem a transmitir. E esta
tem sido uma característica que com o tempo só se tem aprimorado. Se há uns
anos os acordes ainda se mantinham simples e com a inocência de quem dá os
primeiros passos, neste último EP – 5
Tragedies
– Tio Rex alcança uma maturidade que pega na tenebrosidade da
vida e a faz ribombar no nosso peito, libertando-a. Em palco, admite o processo
de catarse, que já havia admitido na entrevista que deu precisamente ao MDX.

Se já viram Tio
Rex ao vivo e a solo, certamente reconheceram o poder da sua voz e da sua
emotividade na guitarra. Se não o viram ao vivo, mas ouviram o disco, também
não será difícil ficarem maravilhados e transtornados (como só a arte o sabe
fazer sem que o sintamos como um peso) ao mesmo tempo. No Sabotage, tivemos a
sorte de poder ver e ouvir essas canções, com outras de outros discos pelo
meio, com toda a sua dimensão e força orgânica. Com a Marta de voz sempre
delicada e sólida ao piano e na harmónica, com o Sérgio na guitarra eléctrica e
na lap steel guitar a electrizar
ainda mais cada canção, com o Bernardo e a sua energia incrível no baixo e com
o Diogo sempre pujante na bateria, Tio Rex deu mais um passo na sua afirmação
como um caso sério da música portuguesa.

Houve espaço para
um pouco de tudo durante o concerto. Sempre grato ao Sabotage e a todos os
presentes, Tio Rex reforçou a importância das pessoas que o têm acompanhado
neste seu caminho. Com humildade, boa disposição e garra de quem sabe o que
quer, cada tema tocado contou com toda a sua entrega e dos que o rodeavam. Cada
tema é uma espécie de pequena história com a qual é fácil identificarmo-nos. E
Tio Rex tem muitas histórias para nos contar. Viajámos entre músicas de 5 Tragedies (2018), 5 Monstros (2014), Preaching
to a Choir of Friends and Family (2013) e Ensaio Sobre a Harmonia (2015),
e
ainda uma cover do Zeca Afonso “My
Village”, tema que só será lançado no próximo disco (alinhamento no fim). 


Uma coisa é
certa, não houve quem ficasse indiferente. Seria impossível. Existiu uma
vibração tão forte e familiar na performance de Tio Rex que, confesso, me
voltou a levar as lágrimas aos olhos. No fim, os sorrisos partilhavam-se, tal
como o sentimento de gratidão. Do Sabotage ao técnico do som, dos companheiros
ao público, Miguel não deixou ninguém de fora nos agradecimentos, fazendo-nos
sentir acarinhados. Foi imediato sentir que estamos perante um daqueles
projectos musicais portugueses que não é apenas “mais um”. É provavelmente um
dos mais bem conseguidos a nível de escrita de canções e urge ser reconhecido e
apoiado.

Alinhamento:

Dark Con of Man

Joe

Little Witch

A Hash Self-Realization

A Morte Saiu À
Rua (cover Zeca Afonso)

You’re My Machine and so Much More

Autofla-gela-ção

The Gods Are Dying

My Village

O Gigante

This Is An Intervention

Encore:

D. Eu I

O Que o Tempo
Destrói

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Agenda: Este Sábado – Tio Rex no Sabotage https://branmorrighan.com/2018/06/agenda-este-sabado-tio-rex-no-sabotage.html https://branmorrighan.com/2018/06/agenda-este-sabado-tio-rex-no-sabotage.html#respond Thu, 14 Jun 2018 17:25:00 +0000


TIO REX (BANDA) @ SABOTAGE CLUB (LISBOA)

Sábado, 16 de Junho // 22:30H


O que eu acho deste belo disco: http://www.branmorrighan.com/2018/06/a-beleza-das-cinco-tragedias-de-tio-rex.html

Eu vou, e vocês? 🙂

Depois de 20 concertos que o levaram a apresentar o seu último trabalho em várias cidades das regiões Norte, Centro e Alentejo, Tio Rex fecha agora a primeira etapa da tour do seu mais recente disco “5 Tragedies”, editado no passado dia 18 de Março, com um concerto único em formato banda, em Lisboa, no mítico Sabotage Club.

Sendo esta a segunda data em formato banda da tour, precedida apenas pela apresentação no Cinema Charlot em Setúbal (cidade onde o músico está sediado), antecipa-se um concerto intenso, onde serão interpretadas as canções do último disco e revisitados temas de trabalhos anteriores, com algumas surpresas à mistura. Trata-se de uma oportunidade única para conhecer o cantautor com o suporte da sua banda, num registo mais intenso e invasivo, a fazer jus ao ambiente e texturas do seu último disco.

Músicos:

Tio Rex (Voz, Guitarra Acústica)

Marta Banza (Piano, Melódica, Vozes)

Sérgio Miendes (Guitarra Eléctrica, Lapsteel)

Bernardo Pacheco Pereira (Baixo)

Diogo Sousa (Bateria, Percussão)

Preço do Bilhete único: 5 €

Bilhetes disponíveis no dia e local do concerto

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A Beleza das Cinco Tragédias de Tio Rex https://branmorrighan.com/2018/06/a-beleza-das-cinco-tragedias-de-tio-rex.html https://branmorrighan.com/2018/06/a-beleza-das-cinco-tragedias-de-tio-rex.html#respond Tue, 05 Jun 2018 19:47:00 +0000

Não é fácil voltar a um tempo em que o universo de Tio Rex não esteja presente. Desde que conheci o trabalho de Miguel Reis que houve pelo menos dois aspectos que ficaram retidos na minha memória: um primeiro sensorial, em que ouvir Tio Rex se transforma numa espécie de viagem entre a luz e a sombra que habita o nosso interior; e um outro emocional, em que nessa viagem visitamos alegrias e tristezas, monstros, tragédias, mas também amor e partilha.

Em Março, Tio Rex voltou às canções em inglês com mais um EP – “5 Tragedies”. O formato não nos é totalmente desconhecido já que em Outubro de 2014 lançou outro EP – “5 Monstros”. A beleza destes pequenos discos remete precisamente para a simplicidade com que o músico português aborda os escombros que muitas vezes nos habitam. 

Em “5 Tragedies” existe todo um imaginário que acaba por ter uma poderosa imagética. É como se em cada tema fossemos transportados para um pequeno conto do qual somos protagonistas. Cada um destes contos consiste numa narrativa que nos confronta com pequenas tragédias, desde sermos capazes de vender a nossa alma por troca do vazio, à imagem que possam ter de nós (incluindo nós mesmos), passando pelo risco dos vícios e pela morte dos deuses (da música), terminando com uma colaboração belíssima com João Mota (de Um Corpo Estranho) em que o contraste grave de Miguel Reis com o tom mais suave de João Mota, entrelaçando também a língua inglesa com a língua portuguesa, nos remete para um cais marítimo, de pernas pendentes, pensamentos soltos, tudo ao ritmo das palavras de ambos. 

Entre composições sonoras mais fortes e pujantes e outras mais singelas e ressonantes, o percurso por este EP acontece rápido de mais. Foi preciso ouvi-lo várias vezes, deixá-lo em loop no carro, regressar a ele em casa, deixar as suas letras, as suas melodias, ecoarem primeiro nos meus ouvidos, depois no meu peito e por fim minhas emoções para conseguir açambarcar as suas paisagens por inteiro. É lindo e vale mais do que a pena ser ouvido. 

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[Queres é (a) Letra!] Tio Rex – This Is An Intervention https://branmorrighan.com/2018/02/queres-e-letra-tio-rex-this-is.html https://branmorrighan.com/2018/02/queres-e-letra-tio-rex-this-is.html#respond Tue, 20 Feb 2018 20:17:00 +0000 Fotografia Marta Banza

O Tio mais querido deste universo está de volta. O tema e vídeo que nos apresenta faz-nos mergulhar numa introspecção necessária. Começando apenas com a sua voz tão característica guitarra acústica e um piano provocante, juntam-se-lhes depois novos ritmos sedutores, provocantes, mas também cautelosos. This Is An Interventioné uma cautionary tale que escrutina a densidade do vício e a qualidade avassaladora com que molda personalidades, hábitos e a forma como nos relacionamos. Concebido, captado e editado por Marta Banza e Tio Rex, contando com a performance do próprio e de Ricardo Guerreiro Campos, e assistência de Vito Schmid, este vídeo dá corpo a um tema expansivo, que culmina num jogo de forças entre piano, saxofone, lapsteel e guitarras eléctricas, e que revela uma nova fase na sonoridade do artista. Sobre o vídeo em si, Tio Rex adianta:Quis do início que a malha tivesse um qb de abertura à interpretação. Se, por um lado, nunca foi nossa intenção dar uma “over-explanation” do tema, ao mesmo tempo também quisemos fugir à opção directa e óbvia de fazer um vídeo em que tivesses pessoas a fumar, beber, ou drogar-se. Vejo o vício como uma coisa muito mais lata que se pode estender a coisas “corriqueiras” como a informação/internet, o ginásio, o sexo, o trabalho, a comida… No fundo tudo aquilo que cada um, de uma maneira ou de outra, consente que o consuma, vendo-o como um vício ou não. Deste lado esperamos ansiosamente pelo disco que está para vir. Fiquem atentos!



The boost of warmth

Coursing through your veins

It isn’t new,

It isn’t true,

It isn’t you.


The weight you bare

Doesn’t match the scale’s display

Not for a pound,

Not for an ounce,

Not even close.


If you mess with vices, they will mess with you

And your disguises, they won’t see you through

If you mess with vices, they will mess with you

And someday soon they will have you consumed


So my advice amounts to this:

Don’t close your eyes.

‘Least not while you still have so much to give…


If you mess with vices, they will mess with you

And your disguises, they won’t see you through

If you mess with vices, they will mess with you

And someday soon they will have you consumed

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Fevereiro, mês de Winter Folk Tour com Fast Eddie Nelson + WBTM + Tio Rex https://branmorrighan.com/2017/01/fevereiro-mes-de-winter-folk-tour-com.html https://branmorrighan.com/2017/01/fevereiro-mes-de-winter-folk-tour-com.html#respond Thu, 19 Jan 2017 16:53:00 +0000

Oh Lee Music apresenta:

Winter Folk Tour – PT & ESP

FAST EDDIE NELSON + WE BLESS THIS MESS + TIO REX

Três artistas e um Folk Collective

A Winter Folk Tour começa dia 10 de Fevereiro

Juntos para uma tour de Inverno, a decorrer durante o mês de Fevereiro, Fast Eddie Nelson (Nelson Oliveira), We Bless This Mess (Nelson Graf Reis) e Tio Rex (Miguel Reis), fazem-se à estrada para duas datas em Portugal e três datas em Espanha.

Não é difícil entender o conceito e a energia presente em torno destes concertos. “Do It Ourselves”, que significa exatamente “façamos nós mesmos”, é o que a Oh Lee Music, sob a bandeira de um The Folk Collective, coloca em prática com a maior das alegrias.

À semelhança de uma “Revival Tour” (USA) ou de uma “Restless Tour” (PT), os três artistas, num setlist em uníssono, interpretam as canções uns dos outros, sendo que o cantor “líder” é rotativo consoante o tema em causa. Em Setúbal, dia 10 de Fevereiro, The Fellow Man é o convidado especial. 

Lembre-se que Portugal, o país em foco na edição deste ano do Festival Eurosonic, teve na sua comitiva o artista We Bless This Mess que, por sua vez, convidou o músico Fast Eddie Nelson para subir ao palco na sua atuação do dia 12 de Janeiro. Seja em bares ou em festivais, o espírito colaborativo mantém-se. 

Estão assim reunidos todos os ingredientes para uma terceira tour coletiva em que se celebra a amizade e a paixão pela música.

EVENTOhttps://www.facebook.com/events/131520707347532/

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[AGENDA] TIO REX e O FIM DA HARMONIA nos dias 21, 22 e 23 de OUTUBRO https://branmorrighan.com/2016/10/agenda-tio-rex-e-o-fim-da-harmonia-nos.html https://branmorrighan.com/2016/10/agenda-tio-rex-e-o-fim-da-harmonia-nos.html#respond Mon, 17 Oct 2016 13:30:00 +0000

O querido Tio Rex prepara-se para terminar a promoção ao seu último disco “Ensaio Sobre a Harmonia” (2015) com um ciclo de 3 concertos especiais em Setúbal, onde nos convida a revisitar toda a sua discografia, a nos despedirmos dos últimos discos, e onde levantará também o véu ao que o futuro reserva para o projecto.

São 3 datas seguidas, 3 concertos com alinhamentos e formatos inteiramente diferentes, em 3 espaços emblemáticos da cidade.

21 DE OUTUBRO no Club Setubalense

Concerto de revisita aos discos “Tio Rex EP” (2012) e “Preaching to a Choir of Friends and Family” (2013) em formato DUO com Marta Banza*

* com a participação de FAST EDDIE NELSON e MUSEUM MUSEUM

22 DE OUTUBRO na Sociedade Musical Capricho Setubalense

Concerto de encerramento da tour de Ensaio Sobre a Harmonia, onde o alinhamento se focará nesse disco e no EP de 2014 “5 Monstros”, em formato BANDA com Marta Banza, Bernardo Pacheco Pereira e Gonçalo Mota**

** com a participação de UM CORPO ESTRANHO e ZÉ MIGUEL ZAMBUJO

23 DE OUTUBRO na Casa da Avenida

O Futuro à Guitarra: Concerto intimista a SOLO, onde o cantautor irá apresentar temas inéditos, que irão figurar nos seus próximos trabalhos

HORÁRIOS:

Abertura das Portas – 21:30

Inícios dos Concertos – 22:00

PREÇOS***:

Preço Único por Concerto – 5 €

Preço pelos 3 Concertos – 10 €

***Bilhetes à venda nos locais de concertos, em dias de concerto

Apoios: Experimentáculo Associação, Município de Setúbal, Club Setubalense, Sociedade Musical Capricho Setubalense, Casa da Avenida

https://www.facebook.com/tiorexmachine/

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[DESTAQUE] Tio Rex com novo vídeo para “A Travessia” (com Golden Slumbers) & TOUR Julho/Agosto (PT/UK) https://branmorrighan.com/2016/07/destaque-tio-rex-com-novo-video-para.html https://branmorrighan.com/2016/07/destaque-tio-rex-com-novo-video-para.html#respond Thu, 28 Jul 2016 11:38:00 +0000

Tio Rex – A Travessia (com Golden Slumbers)​

Depois do primeiro single e vídeo “A Cura” (com Um Corpo Estranho), é hoje estreado novo vídeo “A Travessia” (com Golden Slumbers). Este tema é disponibilizado num período de novas datas de apresentação ao disco “Ensaio Sobre a Harmonia”, lançado em Maio de 2015, e que passam por Mondim de Basto, Festival Mêda+ e Mercado Bom Sucesso no Porto em Julho e três datas de estreia na Inglaterra acompanhado pelo Folk Collective (e organizadas pela Oh Lee Records) em Agosto.

A Travessia é introspecção. A Travessia é aceitação. A Travessia é luta. A Travessia é procura. A Travessia é progresso. A Travessia é vida. A Travessia é o caminho até ti. A Travessia é o mapa com que me encontras. 

A Travessia.

TIO REX // TOUR Julho/Agosto​ [PT/UK]

​27 Julho – Praça do Município – Mondim de Basto

28 Julho – Festival Mêda +

30 Julho – Mercado Bom Sucesso ​-​ Porto

11 Agosto – The Library ​-​ Oxford​,​ UK [​c​/ The Folk Collective]

12 Agosto – TBA ​-​ UK [​c​/ The Folk Collective]

13 Agosto – TBA – UK [c/ The Folk Collective]​

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Tio Rex na Estrada em Fevereiro e Março https://branmorrighan.com/2016/02/tio-rex-na-estrada-em-fevereiro-e-marco.html https://branmorrighan.com/2016/02/tio-rex-na-estrada-em-fevereiro-e-marco.html#respond Wed, 24 Feb 2016 17:11:00 +0000

Tio Rex viaja de Norte a Sul com Miguel Reis e Marta Banza nas próximas duas semanas, para apresentar o mundo auto-biográfico do cantautor, compondo o ambiente com a Folk portuguesa dos seus recentes trabalhos, do “Ensaio Sobre a Harmonia” (2015) ao EP “5 Monstros” (2014), passando por diversos temas de discos anteriores.

25 FEV – PORTO – Casa do Livro 

26 FEV – RÉGUA – Teatrinho

5 MAR – GUIA – Fnac AlgarveShopping (16h)

5 MAR – FARO – SRAF – Os Artistas 

6 MAR – FARO – Fnac Faro (16h)

Entrevistas, opiniões e outras informações: 

http://www.branmorrighan.com/search/label/Tio%20Rex

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O último ano de Tio Rex em Entrevista! Novo disco, presença em festivais e novos projectos https://branmorrighan.com/2015/12/o-ultimo-ano-de-tio-rex-em-entrevista.html https://branmorrighan.com/2015/12/o-ultimo-ano-de-tio-rex-em-entrevista.html#respond Fri, 11 Dec 2015 18:37:00 +0000 Conheci o Miguel Reis há pouco mais de um ano no café Império, na Alameda, para uma primeira entrevista sobre o seu último EP “5 Monstros”. O resultado dessa entrevista pode ser lida aqui, mas o que é certo é que para além de ter adorado esse EP e de falar com o Miguel, no 6º aniversário do blogue este fez-me ainda a surpresa de fazer um vídeo caseiro com a minha música preferida e ainda a dar os parabéns ao blogue. Podem ver isso aqui. Isso, por si mesmo, já mostra um carinho para com quem gosta da música dele que poucos têm. A sua paixão pela música, a sua dedicação, é tão transbordante e contagiante que não me espantou nada que 2015 se esteja a mostrar um ano tão positivo para ele, com todo o potencial para ser cada vez melhor. Já existe uma “Família Tio Rex”. Tio Rex tem passado por uma evolução brutal que só mesmo quem vai acompanhando consegue ter noção. Lembro-me da primeira actuação que vi: o Miguel sozinho com a guitarra, alguma timidez e nervosismo, mas sempre muita simpatia. Certamente também me lembro das últimas duas actuações: o Miguel com uma banda a complementá-lo e com um à vontade e dinamismo totalmente vibrantes. Ensaio Sobre a Harmonia é o nome do disco que tem dado mote a vários concertos pelo país que têm sempre um pouco dos trabalhos anteriores também interpretados. É com grande orgulho que digo que hoje em dia o fascínio musical se tornou algo ainda mais bonito e que o Miguel e a Marta, um dos seus pilares, são duas das pessoas mais incríveis que conheço e que sem a sua amizade eu não seria a mesma. Hoje fica a nova entrevista ao Miguel, brevemente também a Marta terá o seu destaque por aqui. 


Fotografia Marta Banza

Querido Tio! Já não conversávamos por aqui há algum tempo… Entretanto já lançaste um disco novo e andaste a tocar por locais bem bonitos. Consegues fazer assim um balanço muito rápido deste último ano, sob a tua perspectiva enquanto artista?

Tem sido um ano muito, muito bom!! Se por um lado as reacções que tivemos ao disco foram bastante boas, por outro também nos foi permitido apresentá-lo em plataformas propícias à transmissão da mensagem nele contida, que por sua vez fizeram com que as canções fossem ouvidas por mais gente e nos contextos certos. Falo sem dúvida do Bons Sons e do Trampolim da Gerador, que foram pontos fulcrais na promoção do disco, acrescidos às diversas outras datas que fizemos de norte a sul do País, onde é sempre um pouco mais difícil prever a afluência de pessoas aos concertos. Posso seguramente dizer que foi o melhor ano que este projecto já viu, muito por mérito de todo trabalho investido pelas pessoas incríveis que fazem parte da Família Rex, mas também é inegável que o apoio e entrega das pessoas que têm vindo aos concertos fazem com que tudo isto faça sentido e continue a crescer.

Achas que o teu percurso se tem tornado mais fácil ou é um desafio constante?

Sei que é um desafio constante. Ainda para mais no circuito da música independente. Mas ainda assim, acho bastante claro que, com cada concerto, cada disco vendido, cada amigo novo do projecto, cada pessoa que passa a saber quem sou e o que faço, a coisa cresce e espalha-se mais um bocadinho. Contudo, isso não invalida que existam diversos caminhos na “indústria” que ainda não conseguimos desbravar, apesar de haver cada vez mais gente a conhecer o nome, a validar o nosso trabalho e com vontade de nos ajudar. É uma luta permanente, mas que travamos com prazer e muito querer 🙂

Este ano lançaste Ensaio Sobre a Harmonia. Parece-me ser o trabalho que mais aceitação e propagação nos media teve. Também tens essa sensação? Ao que é que achas que se deveu?

Foi feita uma aposta grande neste disco, uma vez que o mesmo padece de um conceptualismo muito carregado, o que, ainda em estúdio, gerou logo algum receio quanto ao número de pessoas a que conseguiríamos chegar com o mesmo. Ainda assim, acho que sim, que posso dizer que o disco foi bem recebido! Talvez exactamente fruto desse conceptualismo. Senti que as pessoas sentiram a mensagem que quis passar, se identificaram com ela e a acharam digna de ter a exposição que teve/está a ter. Tudo o que fazemos em Tio Rex é-nos muito querido, verdadeiro e próximo, parte sempre do querer de alguém e resulta de 1 ou mais pares de mãos a materializar esse querer. Acho que isso confere uma qualidade humana, genuína e singular ao projecto. E a par disto, de disco para disco, vamos também conhecendo mais pessoas e fazendo mais amigos no meio musical, que, com gosto e fé, nos vão abrindo portas ao nível dos canais de distribuição em que os discos são promovidos.


Fala-nos deste disco, do seu conceito, de onde é que partiu a ideia e como é que consegues de forma tão, aparentemente, alegre abordar temas como a morte, a perda, a infância, o amor, a saudade, a amizade… Coisas que atravessam um espectro tão largo de emoções, mas que ao mesmo tempo parece inevitável não mantermos um sorriso no rosto.

Decidi logo ao início que o disco iria contar uma história com princípio, meio e fim com a passagem de tema para tema (como fiz no meu primeiro EP), e que essa história iria ter altos e baixos e abranger sonoridades diferentes umas das outras, mas que teria de existir, contudo, um fio condutor que as unisse. Daí a ter a ideia de enraizar cada tema num estado de espírito, e de esses estados de espírito estarem associados às minhas mudanças de humor ao longo de um dia em particular, foi um passo super orgânico. A minha música acontece em boa parte por força das circunstâncias. Há um par de frases que surgiu em conversa com o Pedro Franco dos Um Corpo Estranho que explica bastante bem a abordagem de ambos (minha e dele) à criação. “Quando estou contente, sem preocupações nem chatices vou beber copos com os amigos. Quando estou triste, vulnerável ou apreensivo, vou fazer canções.”. No fundo é essa a história do disco: A de um dia triste, vulnerável e apreensivo.

Em relação a como falo sobre os diferentes temas presentes no disco, isso passa sempre pela maneira como vejo e sinto os eventos que narro na canção, que materializam o tema sobre o qual estou a cantar. A morte, o passado e a perda de uma maneira geral, são coisas que não controlo. Ou porque já aconteceram ou porque é garantido que um dia, sem eu escolher, vão acontecer. Se não conseguir viver tranquilo com isso nunca conseguirei estar no presente a saborear o amor, a amizade e a saudade com toda entrega, carinho e apreço que merecem. E para deprimente já chega muita coisa no mundo em que vivemos, que ainda tem muito por onde melhorar.


Sabes que és dos poucos músicos que me faz chorar a cada actuação. Acho que esse tipo de efeito confere um certo poder a quem o provoca. Para ti, enquanto artista, como é saberes que tens este efeito nas pessoas? É consciente?

É algo que vejo como o validar do propósito com que comecei isto. Não suporto música que não me faça sentir nada. E, de facto, este ano houve diversas ocasiões em que levantei a cabeça enquanto tocava/cantava e vi muitas pessoas de olhos fechados e outras tantas às quais caiam lágrimas pelas sua caras… É bonito saberes que, aquilo porque largas tudo para fazer com o coração, está também a tocar o coração dos outros. Continuo a crer que o legado de cada um são as marcas que essa pessoa deixa nos outros. Quando vês isso a acontecer à tua frente, é inevitável saíres de um concerto sem o sentimento de “missão cumprida”. É gratificante e arrebatador.


Fotografia Eugénio Ribeiro

Tocaste no Festival Bons Sons com a “equipa completa” e numa igreja belíssima a rebentar pelas costuras. Consideras que foi dos melhores concertos que deste? Como foi sentir aquela massa humana toda a aplaudir-te em uníssono?

Tendo em conta tudo aquilo que compõe um concerto (a qualidade do conteúdo apresentado, a qualidade do som, competência técnica dos artistas, o espaço e o público), sim. Foi sem dúvida o melhor concerto de Tio Rex até à data. Felizmente, não só, fomos bem recebidos em todos os aspectos técnicos pela organização do Bons Sons e do nosso palco em particular (MPAGDP), mas também houve uma entrega incrível por parte daquelas cerca de 200 pessoas, que estiveram connosco do princípio ao fim e nos abriram os seus ouvidos e corações. Neste projecto em concreto, acredito que as coisas só funcionam a 100% se quem nos ouve se entregar também. Sei que não faço música para dançar nem entreter, mas antes para pensar e sentir. E só quando o público entra contigo nessa onda é que se transcende o “simples tocar de instrumentos para quem está de fora ouvir”, e entras no espectro das sensações, das memórias, da emoção. Quando isso se dá, a Magia é desarmante. Lembro-me que estive umas boas 2 semanas a digerir todo aquele sentimento de comunidade e boas vibrações humanas.

Também foste ao MUVI dia 4 de Dezembro, o que reforça a ideia de que cada vez mais as pessoas estão curiosas com o teu trabalho. Mesmo sendo merecido, estavas à espera desta maior actividade?

Em relação ao MUVI em particular, poderia estar, mas na verdade não. É certo que este ano nos tratou muito bem, mas o MUVI trazia história. O que aconteceu foi que há cerca de um ano atrás tive o prazer de participar numa sessão da Sofar Sounds Lisbon, e o Filipe Mateus Pedro (Director Executivo do MUVI) esteve lá, viu o nosso showcase, gostou, comprou-nos 4 discos, e veio falar comigo dizendo que “para o ano falamos”. Diga-se que este tipo de abordagem pode acontecer virtualmente em qualquer concerto e, na realidade, só para aí 10 ou 15% destas casualidades se chegam a traduzir em algo. Mas o Filipe continuou a seguir o meu trabalho e a acreditar no projecto, e este ano concretizou aquilo que idealizou naquele fim de tarde na Sofar. Não posso deixar de estar super grato por haver, e ter vindo a conhecer, cada vez mais pessoas com este tipo de pro-actividade, palavra e acreditar, em tempos em que a desconfiança reina. Mas a amizade ganha sempre 😛



Lembro-me que quando falámos há coisa de um ano, a tua situação profissional dividia-se por temporadas para que pudesses fazer o que mais gostas: parte do ano para ganhar dinheiro para gravar, a outra metade a gravar. Continuas com o mesmo processo?

Acho que se pode dizer que sim. Apesar de ter estado afastado do mercado de trabalho desde o lançamento do 5 Monstros até agora, continua a ser difícil gerir uma carreira na música independente que seja sustentável a nível pessoal. Somos poucos a fazer o papel de muitos em Tio Rex (booking, management, label, design, fotografia, vídeo, gravação e produção, edições físicas..) e gosto das coisas bem feitas, com calma e a 100%, o que entra em conflito com a minha área profissional, que me puxa para trabalhos por turnos. Costumo dizer que o projecto se sustenta a ele próprio, mas não me consegue sustentar a mim. Pelo que 2016 vai ser um ano que passará novamente pelo esforço de conjugação do trabalho com a música, sendo que haverá, certamente, uma actividade mais reduzida em termos de tours e discos.

O que é que te continua a inspirar nas diversas composições? 

O tempo, a vida, a morte, eu e os outros. Sempre. O que me rodeia será sempre alvo de filtragem e interpretação nos meus poemas e na minha música. Só assim consigo conferir significado ao estar aqui.



Temos algum novo trabalho à espreita em 2016?

Trabalhos para 2016: Pelo menos um disco muito cru e terreno, a meias com um amigo também com um projecto a solo, é mais que certo que estará cá fora lá para Fevereiros (banjoooo!!!). Há também planos para 2 EPs de projectos novos paralelos a Tio Rex. A vontade e o conteúdo existem!!! Se se reunir a disponibilidade e condições para os materializar, assim será 🙂 Contudo, trabalhos novos de Tio Rex em nome próprio, que já se encontram em diversas fases de concepção, só verão a luz do dia em 2017.

E pronto, como estamos a chegar ao Natal peço-te aqui como prenda uma mensagem para o blogue!

Muito Obrigado pelo apoio e afinco com que tu e o blog têm defendido Tio Rex desde que nos conhecemos, e que continuem todos a seguir o trabalho da incansável senhora responsável pela gestão dos conteúdos desta publicação, que tanto merece o nosso apreço como a nossa atenção, por tudo o que faz pela arte, a cultura, e quem a cria neste país. Feliz Natal e, se se sentirem predispostos a tal, ouçam o Ensaio Sobre a Harmonia 😛

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[DESTAQUE] Novo Vídeo do Tio Rex – Emancipação https://branmorrighan.com/2015/12/destaque-novo-video-do-tio-rex.html https://branmorrighan.com/2015/12/destaque-novo-video-do-tio-rex.html#respond Wed, 09 Dec 2015 08:40:00 +0000

As Quartas-feiras são sempre o meu dia da semana mais difícil. Hoje então a coisa começou complicada logo de manhã e para “descomplicar” e inspirar lembrei-me que ainda não tinha partilhado aqui esta nova preciosidade da crew Tio Rex! O novo vídeo de um projecto que começou apenas com o Miguel Reis, e com a Marta Banza a ajudar, mas que agora se tornou muito maior e que ele partilha com todos de coração aberto. Este vídeo é prova disso mesmo e é uma honra fazer parte dele. Aliás, todas as pessoas que aqui aparecem, e orgulho-me de dizer que as conheço a quase todas, são bem lindas! Por dentro e por fora, pois claro está. 

Lembro-me que quando o Miguel me perguntou, ainda o disco não estava cá fora, qual a minha música preferida, eu respondi precisamente Emancipação. A resposta dele foi qualquer coisa como “tu gostas sempre da música mais roqueira em cada um dos meus discos!” Eheheh, acho que não posso fazer muito quanto a isso, mas bem que fiquei contente por ao haver vídeo desta música eu poder fazer parte dele. Quem segue o blogue sabe que já tivemos alguns momentos em que o Tio fez parte deles – como o 6º aniversário no Maus Hábitos, a apresentação do Desassossego da Liberdade n’O Bom, o Mau e o Vilão, a apresentação do Ensaio sobre a Harmonia no Musicbox com os queridos Um Corpo Estranho – e isso teve sempre razão de ser. Aliás, tenho-os visto mais vezes, como no Bons Sons ou no MUVI e de um homem só Tio Rex tem evoluído para um conjunto de pessoas mesmo extraordinárias e de corações como se vê pouco. Grande beijinho de parabéns! 

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