Um ao Molhe – Bran Morrighan https://branmorrighan.com Literatura, Leitura, Música e Quotidiano Mon, 28 Dec 2020 05:44:20 +0000 pt-PT hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.8.2 https://branmorrighan.com/wp-content/uploads/2020/12/cropped-Preto-32x32.png Um ao Molhe – Bran Morrighan https://branmorrighan.com 32 32 [DESTAQUE] Esta Quarta-Feira – 19 de Abril – Um ao Molhe com BranMorrighan no Musicbox Lisboa https://branmorrighan.com/2017/04/destaque-esta-quarta-feira-19-de-abril.html https://branmorrighan.com/2017/04/destaque-esta-quarta-feira-19-de-abril.html#respond Mon, 17 Apr 2017 15:17:00 +0000

É com enorme alegria que anuncio que faltam apenas dois dias para mais uma valente comemoração de excelente música electrónica portuguesa, no Musicbox Lisboa. Os protagonistas são três artistas do UM AO MOLHE – EGBO, NILS MEISEL e DRAGÃO INKOMODO. Confesso, este ano as escolhas foram difíceis, há cada vez mais (muito bons) artistas a solo e co-organizar esta noite com este festival tão rico é sempre um privilégio. Nunca vi nenhum destes três artistas ao vivo, mas o que ouço falar deles foi suficiente para despertar a curiosidade. Conto convosco para se juntarem ao blogue e ao UM AO MOLHE, no Musicbox Lisboa, esta Quarta-feira, dia 19 de Abril? Beijos!

EGBO

egbo is an electronic/sample based instrumental/experimental hip hop project with a minimalist approach. It’s mostly composed by slow moving sub-bass lines, wonky synths and live played drums on an mpc. The project focuses on creating rich narrative environments through very dark and uncanny sonic experiences that rely on heavy processing of samples, synth sounds and unquantized drums.

NILS MEISEL

Nils Meisel é sound designer e músico de descendência Luso-Germanica ora residente em Berlim, ora Porto ou onde o trabalho chamar. Tem trabalhado principalmente na área do teatro e performance. Interessa-se pela exploração do fenómeno sonoro e composição experimental e improvisação. A solo apresenta um projeto dedicado aos sintetizadores/máquinas de ritmos analógicos navegando entre composição minimalista e complexidade de drones, com muito sub-baixo e sequencias Krautrockianas.

DRAGÃO INKOMODO

Dragao Inkomodo pode ser um nome (ainda) desconhecido, mas o Bandcamp do jovem produtor lisboeta já revela um corpo de trabalho que urge ser ouvido e experienciado. Com uma apetência rara para a criação, apetece dizer que neste universo muito rico e peculiar (onde o nonsense e o experimentalismo de Zappa parecem ter sempre uma palavra a dizer) cabe tudo quanto a imaginação permitir. Big beat, techno lo- fi, pop vaporizada… Todos estes géneros convivem pacífica e logicamente nas colagens vívidas que Nuno Vicente tem vindo a imaginar e que, a pouco e pouco, começam a surgir em palco com a mesma vitalidade e liberdade que lhe conhecemos em disco.

EVENTO: https://www.facebook.com/events/279937125775866/

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Diário da tour internacional do UM AO MOLHE #12 https://branmorrighan.com/2017/04/diario-da-tour-internacional-do-um-ao_14.html https://branmorrighan.com/2017/04/diario-da-tour-internacional-do-um-ao_14.html#respond Fri, 14 Apr 2017 10:03:00 +0000

*Sniff sniff*, acabou a tour.

Foi mesmo incrível, não podia ter tido melhores companheiros de viagem e só me apetece repetir.

Ainda há muito UM AO MOLHE pela frente, muitos amigos para rever, muitas caras novas para conhecer e muita música fora da caixa para mostrar por esses palcos fora.

Como organizador do festival dá-me um gozo tremendo ajudar estas gerações a circular com a sua música em comunidade mas não vou ser hipócrita, o que eu curto mesmo é tocar, e poder fazê-lo tantos dias seguidos em 3 países diferentes é um sonho.

Ponto assente, há que fazer isto mais vezes. Há espaço lá fora (e cá dentro) para a nossa música.

Mas vamos lá falar do que se passou nos últimos 2 dias da tour internacional.

Acordámos 3ª em Bragança e fomos beber um café com os Biónicos Nuno e Cristina para pôr a conversa em dia. Antes ainda tivemos tempo para ser o ombro de um novo amigo que estava a precisar de desabafar (nada como abraçar um coração partido).

Seguimos para Madrid em direcção ao El Planeta de los Wattios já atrasados, para não variar. Para quem, como eu, odeia chegar atrasado, estar em tour é um exercício de aceitação.

Sem problema, disseram-nos de lá. Temos tempo.

O espaço é um conjunto de salas que são estúdios de uns quantos músicos locais e que volta e meia se converte em sala de concertos. Mas quando chegámos tivemos um problema técnico: os amps estavam a apanhar rádio local. Estranha maneira esta de saber o resultado do Juventus – Barcelona.

Mais estranho só mesmo a solução, ligámos outro amp, que só por estar ligado, aniquilava o sinal que nos chegava. Ninguém sabia porquê. Não interessa. Siga.

Estávamos em cima da hora, às 21H40 começava Surma mas não sem antes começarem a chegar caras conhecidas de Portugal e Espanha para nos verem. Olha o Ni e Maria, olha o David, olha o Ruben, olha o José…

Estava visto que ía ser dia de festa.

Os concertos correram todos bem, houve uivos, danças selvagens na plateia, comentários calorosos e entre os velhos e os novos amigos e as cervejas compradas na seven eleven de esquina, montou-se uma bela festa.

Talvez demasiado bem montada porque às 10 da manhã quando fomos recolher as coisas para seguirmos para Elvas ainda sobravam 4 resistentes. Tendo em conta que estávamos a dormir no espaço teríamos preferido uma festa com hora do Vitinho, mas não se pode ter tudo.

Seguimos cedo para Elvas, tínhamos almoço à nossa espera. Mal chegámos fomos super bem recebidos. A Cátia, o João, o Inácio e a sua longa família de quadrúpedes, fizeram as honras de nos acolher num cenário idílico com um manjar maravilhoso (queijinhos e beterraba incluído) e de a seguir nos mostrarem uma das entradas numa cidade mais bonitas que já vi.

Como diria o Simões, não nos faltou nada. Visitámos um belo apartamento que estava à nossa disposição, soundcheck feito no bar Europa, jantar na bela sede do Elvas (a sala dos espelhos é qualquer coisa) e seguir para os concertos.

Mais uma casa bem composta que começou com mais uma demonstração de sapiência pedaleiró-feedbackó-guitarrística do Tren Go! Sound System.

Partilhava o palco connosco nesta data Little Orange, que trouxe logo a seguir um blues fluído e bem estudado de casa. Ainda não conhecia o trabalho dele ao vivo e gostei muito. Tem o blues na alma.

Depois toquei eu num concerto em que decidi improvisar ainda mais e acabou com a Surma a voltar a deleitar os ouvintes até a polícia aparecer na última música. A não ser que seja para virem para o mosh na fila frente nunca é bom sinal aparecer a polícia. Mas a aparecerem, a última música do festival parece-me o timing perfeito.

O que mais me agradou nesta data foi ver a heterogeneidade de público, sobretudo dos que estavam mais atentos e participativos. Desengane-se quem pense que os mais novos foram os mais expansivos e dançantes.

Conversou-se muito e houve sorrisos para dar e vender. Tudo isto fruto do empenho do Um Coletivo que anda a fazer um trabalho a não perder de vista em Elvas.

Obrigado, Cátia, João, Márcia e Suzana, sentimo-nos em casa.

O pessoal do Europa foi sempre gentil connosco, o João mostrou-se muito entusiasmado com os concertos e ainda nos facilitaram a vida ao máximo para que só tivéssemos de carregar o carro mesmo antes de irmos.

Acordámos no dia seguinte bem dormidos, com um dos melhores banhos das nossas vidas (uma boa pressão de água faz toda a diferença).

Pequeno-almoço e almoço tomado, carrinha carregada, até breves e seguimos para Santarém porque o festival continua hoje. Aproveitamos a bela paisagem da n251 para adocicar os olhos.

Foi uma das melhores experiências da minha vida, sei que também o foi para eles.

E que bom foi poder ir partilhando a experiência por aqui.

Venham mais.

Manuel Molarinho, O Manipulador

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Diário da tour internacional do UM AO MOLHE #11 https://branmorrighan.com/2017/04/diario-da-tour-internacional-do-um-ao_57.html https://branmorrighan.com/2017/04/diario-da-tour-internacional-do-um-ao_57.html#respond Tue, 11 Apr 2017 19:52:00 +0000

!Hola! Muchachos e muchachas

Bem, depois de uma matiné espectacular em Santa Uxia de Ribeira (como o Pestana descreveu no anterior diário de bordo) acordámos cedinho, fomos tomar o pequeno almoço e ficámos a procrastinar um bocado a ver quem tinha coragem de começar a carregar o carro de um quinto andar  (sim, porque o material teve que ir para o hotel visto ser perigoso ficar cá fora)!

Lá carregámos o carro com muito esforço e metemo-nos à estrada!

O Simões pegou no carro e lá fomos nós em direcção a Caminha para almoçar com um grande amigo nosso, o Marquito Lima!

Chegámos por volta das 13h e pouco ao estúdio do Marco (HertzControl) e… que saudades que já tínhamos do nosso Portugal!

Nunca tinha entrado no estúdio do Lima, que espaço fenomenal! Material topo de gama! Só me apetecia levar todos os sintetizadores que por lá estavam! Ainda peguei num mas não havia espaço na carrinha!

Com o tempo contado ainda deu para fazer uma jam divertida com o Pestana! E olhem que ficou uma música bem engraçada ahah

Com a barriga colada às costas lá fomos nós ao centro da cidade a um restaurante muy guay para comer à moda minhota.

Toda aquela hospitalidade, as saudades que já tínhamos da nossa comida magnífica (parecia que não comíamos há um ano, sim acreditem que comi mesmo muito)!

Enchemos mesmo bem o bandulho e fomos rematar com um belo café! Gulosa como sou não podia deixar de acompanhar com um belo Sidónio (bolinho  de feijão típico da zona)!

Para nosso espanto, olhamos para trás e não é que vemos uma rapariga brutalissima (que estava no Melona Fest a curtir os nossos concertos na fila da frente) a beber o seu café muito tranquilamente na esplanada?

Fomos dar um hola com un besito e estivemos um pouco à conversa! (É sempre tão bom quando encontramos pessoas de longe que nos são queridas)!

Com as saudades repostas do Marco era hora de levar o Simões a casa!

Visto ter muitos planos para esta semana teve que nos deixar a meio da tour (sentimos a tua falta Simõeszinho)!

Lá fomos nós a Monção! Estivemos um pouco em casa do André para repor a nossa sanidade mental, bebemos um cafezinho rápido e ainda deu para pôr a conversa em dia com a querida Dona Rosa (mãe do Simões) e com a minha doida Nala (cadela do Simões) e que cadela mais querida!

Já com o Simões em casa, foi hora da despedida e hora de dizer olá uma vez mais ao asfalto!

Estávamos a 2h e pouco de Vila Pouca De Aguiar, onde íamos tocar no Club 11 por volta das 22h!

Desta vez fui eu que fui ao volante…music on, GPS on, good vibe on e lá fomos nós em formato trio  para Vila Pouca!

Chegámos ao Club logo com uma recepção mega calorosa do Zé…descarregámos o carro (acho que vou chegar com uns bons músculos a mais, quais ginásio!!) e começámos a fazer o nosso som habitual!

Comemos uns petiscos enquanto bebíamos um chá para a voz acalmar…depois do som feito fomos jantar a uma tasquinha muito boa ao lado do Club! Sopinha e petiscos à Moda de Trás os Montes, não faltou nada! Fomos tratados mesmo muiiiito bem.

Com a pressa do soundcheck à tarde o Pestana ficou para trás! Pensámos “jantamos rápido e fazemos o som num instante ao Pestana antes de as pessoas entrarem” dito isto, eram 21h e pouco e a sala já estava cheia àquela hora e a uma segunda-feira! Ficámos surpreendidos com a quantidade de bilhetes reservados!

Com isto tudo o Pestana só ia fazer line-check!

O Manel começou eram 22.10h, e nem será preciso comentar o concerto deste grande senhor! Como sempre partiu a louça toda e só se via pessoal a dançar cá atrás! Cada vez melhor este rapaz!

De seguida entrei eu em palco, adorei a sala e o ambiente que estava!

Para acabar bem a noite vem o grande Pestana a rasgar e a acordar a malta toda! Também nem vale a pena comentar o grande concerto que deu! Geek dos pedais, só me tem influenciado cada vez mais para fazer o noise que gostaria de fazer!

Acabada a belíssima noite rodeada de pessoal brutal, lá fomos nós carregar o carro e não é que o Simões estava no porta bagagem? Estás aqui connosco pah (demos com umas calças, camisola e um chapéu do Simões no carro ahah) Não te preocupes que está guardado!

Demos asas à Múltipla e fomos até Bragança onde íamos dormir a casa do nosso grande amigo Biónico e que saudades do Biónico!

Não foi uma viagem fácil! Estávamos muito cansados e lutar contra o sono não foi mesmo nada fácil! Fizemos companhia uns aos outros e lá chegámos a Bragança!

Eram 4h, o Biónico foi ter connosco, estacionámos o carro e fomos dar início ao nosso sono de beleza!

Uma coisa que me emociona é o simples facto de estar com pessoal com quem me sinto em casa! Vemos os concertos uns dos outros, apoiamo-nos mutuamente, sabemos letras, riffs, até já fazemos coreografias das musicas! É uma sensação mesmo fenomenal! Já os vejo como meus irmãos mais velhos! Tem sido um aventura e pêras!

E é isto meus caros!

“If you fart, claim it”

Amanhã já vão perceber o porquê de eu ter dito isto!

Obrigada Club 11 e Biónico e Cristina Hasta Mañana 🌈❤

Débora Umbelino, Surma

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Diário da tour internacional do UM AO MOLHE #10 https://branmorrighan.com/2017/04/diario-da-tour-internacional-do-um-ao_11.html https://branmorrighan.com/2017/04/diario-da-tour-internacional-do-um-ao_11.html#respond Tue, 11 Apr 2017 09:58:00 +0000

Cidade de Deus durante o dia, cidade do Demo à noite, Santiago de Compostela deixou mazelas (boas) sobretudo porque o Demo andou à solta desde a tardinha desta vez…

Manhã dificil, portanto. Acordar cedinho e esperar 1h que as casas de banho do hostel ficassem livres foi uma prova de resistencia higiénico-urinária.

Lá fomos nós a caminho de Santa Uxía (Eugénia em Galego) de Ribeira. “Aparcamos” perto de uma antiga fábrica de conservas abandonada extremamente fotogénica. Vidros partidos, entulho e resquícios de actividades junkies noventeiras que contrastavam com a amplitude e beleza da ria logo abaixo. A Sala Real era ali perto nuns armazens/barracoes. A malta de lá usa um barracao como sala de concertos e outro como sala de aulas de gaita de foles e percussao galega. A particularidade de nao ter casa de banho obriga a algumas aventuras criativas.

Este prometia ser um grande dia com 8 concertos! 5 galegos e 3 portugueses mas para quê fronteirar quando podemos galaico-portuguesar?

Mal chegamos, no entanto, começou a bater-me o cansaço e atirei-me para um sofá, podiamos fazer as coisas devagarinho portanto dava para respirar. Apesar de termos chegado em mau estado, houve quem estivesse pior. Punkresta Chumeiras teve infelizmente que cancelar porque tinha ficado afónico da noite anterior num concerto punk. As melhoras para o rapaz!

Fomos montando o material todo no palco e só vos digo que dava cá um gozo do c€@&lho ver o material de toda a gente por lá espalhado! Uma das descobertas do dia foi a banda com a qual foi calibrado o PA: Das Kapital. Já não existe mas recomenda-se  https://daskapital1.bandcamp.com/

Na sala do lado havia uma mesa de comida com tanta comidinha boa! A Antía fez uma massinha deliciosa, uma tortilha bem mais criativa e gostosa do a que se encontra por aí, húmus bem temperadinho e ainda arroz doce! O Doctor Migraña trouxe croquetes feitos por ele que desapareceram num instante vá-se lá saber porquê.

O supracitado autor dos fabulosos croquetes, Doctor Migraña, começa as hostilidades com a canção perfeita para o momento: um blues de ressaca cuja primeira estrofe era qualquer coisa como “fui ontem pós copos e estraguei-me todo, nem sei por onde andei nem o que andei a fazer” etc., etc., etc., numa voz rouca e ressacada. Era reconfortante saber que eu nao era o unico naquele estado (convem referir que sei bem o que andei a fazer na noite anterior, a propósito), durante o concerto dele a minha cabeça oscilava entre o ombro do Manel e o braço do sofá. O cansaço chegava forte. Rotes Buch veio depois mas o ombro do Manel era confortavel demais e so me lembro de ter gostado do timbre da guitarra que estava a tocar. Ao despertar, era hora de activar pois tinha muitas ganas de rever Mona ao vivo e ouvir o que ele anda a fazer. Conheci-o há uns 5 anos quando fui pela primeira vez ao LaBranza com os Sensible Soccers (está a dar-me um dejá vu, ja falei do Labanza no diário anterior, creio) e só nos temos visto nestas andanças de tempos a tempos. Gosto muito da abordagem dele à música. Ah, ainda nao mencionei que a Sala Real tem grande som – importante para a frase seguinte – deitei-me no chão e levei cá uma massagem sonora… Os graves percorriam-me o corpo todo e pouco a pouco fui ficando mais revigorado, ainda por cima ele só usou o amplificador da Débora (Bassman ’59, para os curiosos). Aaaaah, ja me começava a sentir melhor. Bom som cura tudo!

Modulador de Ondas depois. Para os mais incautos, procurar tambem Camarada Nimoy. Neste universo quase swingado de imaginário socialista-comunista com ficção cientifica, há a particularidade de tocar theremin. Tocar mesmo, digo; usa a técnica desenvolvida pela Clara Rockmore de controlo de pitch e volume que permite precisar um pouco mais a nota e os intervalos musicais. A título de geekice sonora, esta exploração técnica tinha por objectivo o credibilizar do theremin ao mesmo nível dos instrumentos clássicos, ou seja, para além do efeito bonito que o instrumento consegue fazer.

A nossa Surminha veio logo depois e pelas palavras dela: “estava um ambiente fofinho na sala” até que profere outras palavras surpreendentes: “na próxima música vou soltar o Pestana que há em mim”. Que grande noisalhada!! Temo infelizmente estar a levar esta rapariga para máus caminhos.

O Manipulador está em grande forma, parece o Deco durante o Euro! A coreografia que inventamos para Ground People rapidamente se espalhou pelo publico!

No meio disto tudo, a noite caía e a minha forma voltava ao meu nível habitual *cof* *cof* a pica de tocar da sempre uma energia extra (cafe e licor-café ajudaram tambem) mas honestamente, o “buen’ rollo” deste pessoal foi o grande catalizador da remontada do cansaço. Deu para tocar umas malhas novas e tudo!

No pós-concerto ainda fomos descomprimir com os nossos anfitriões e deparamo-nos com uma mesa de “billar de setas”, vao googlar. É uma espécie de futebol em bilhar. Muito divertido.

Obrigado malta da Sala Real por fazerem um dia bonito!

Pedro Pestana, Tren Go! Sound System

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Diário da tour internacional do UM AO MOLHE #09 https://branmorrighan.com/2017/04/diario-da-tour-internacional-do-um-ao_9.html https://branmorrighan.com/2017/04/diario-da-tour-internacional-do-um-ao_9.html#respond Sun, 09 Apr 2017 16:58:00 +0000

Ui, que dia ontem.

Mais um daqueles dias que dificilmente esqueceremos.

A boa gente da La Melona sabe mesmo como fazer a festa.

O UM AO MOLHE foi acolhido em Santiago de Compostela em pleno MelonaFest #2, um festival de 4 dias que acontece em vários espaços da cidade. Ontem houve concertos das 14 às 06.

Escusado será dizer que não foi hoje que pusemos os sonos em dia.

Chegada meio atribulada, mas a sorte deu-nos um lugar mesmo à porta. Foi só descarregar, agarrar uma Estrella (também havia Super Bock, pelo que fomos alternando) e juntámo-nos logo à festa e aos sorrisos dos nossos hermanos.

Os nossos gigs foram dos primeiros, na esplanada do Embora, logo a seguir aos bailantes Esteban & Manuel, que colocaram toda a gente com boa disposição. “Que bela maneira de começar o dia” escutava-se ao lado.

Ainda não tínhamos começado a tocar e já estávamos a lidar com o entusiasmo do pessoal. Agradeciam-nos por trazer o festival, mostraram respeito e admiração pelo que andamos a fazer.

Os elogios à iniciativa têm sido uma constante nesta incursão no estrangeiro. As palavras ajudam, e de que maneira, a combater o desgaste da estrada e as frustrações dos dias menos bons.

Tudo apontava para ser um dia em grande, e foi.

O espaço estava cheio. Pessoas à frente, atrás e ao lado do palco. Foi assim que o Tren Go arrancou pouco tempo passava das 15H00, para transportar toda a gente para a sua viagem de feedbacks e efeitos de guitarra em punho. É engraçado ver como a música dele tem um efeito diferente consoante a hora. Há uma tranquilidade na hipnose do Pedro que passa despercebida nos concertos mais nocturnos.

A seguir arranquei eu. Diverti-me muito e ainda deu para um improviso a partir de uma malha dos 10000 Russos (lançaram álbum novo, vão ouvir) no encore. É outra fruta tocar e ter um mar de gente a dançar à tua frente.

Depois veio a Surma, que voltou a conquistar o público com a sua música. É tiro e queda, a Débora. Por onde passa, deixa marca e a música dela espelha a sua personalidade expansiva e generosa de forma perfeita.

Foi óptimo ter esta data na gira porque deu também para conhecer um pouco melhor a cena musical galega. Sou o primeiro a dizer que se atravessa um momento ímpar de criatividade em Portugal e pelo que vi neste festival, ao lado passa-se o mesmo. Bulto e Fiera, por exemplo, encheram-me mesmo bem as medidas.

Caminhamos, dançámos, convivemos, bebemos, abraçamos, sorrimos e sorriram-nos de volta.

Dia de encher o coração e ainda deu para um de nós confundir as ruas e tentar entrar no prédio errado (não vou dizer quem, para não envergonhar).

Havia muito mais para partilhar, mas a ressaca e os soundchecks dos concertos de hoje pedem-me para parar.

Um grande abraço e respeito ao pessoal da Le Melona.

Que festaza!

Manuel Molarinho aka O Manipulador

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Diário da tour internacional do UM AO MOLHE #08 https://branmorrighan.com/2017/04/diario-da-tour-internacional-do-um-ao_8.html https://branmorrighan.com/2017/04/diario-da-tour-internacional-do-um-ao_8.html#respond Sat, 08 Apr 2017 19:19:00 +0000

Este diário de bordo é feito já em plena Melona Fest #2, escrever sobre o dia de ontem nunca é fácil, acordar em Toulouse, após uma das melhores festas que tive nos últimos tempos, fazer uma viagem de cerca de 700km para mais uma data do festival UM AO MOLHE em Gijon. A viagem foi tranquila (até de mais) com vários pit stop’s, para necessidades e troca de condutor. Obvio que chegamos atrasados à montagem e respectivo teste de som. O Toma 3, é uma livraria/Café Concerto, muito bem decorado, excelentes livros, acolhedor e era notória a cultura Asturiano no local.

Realizamos o teste de som, melhor, o necessário para 3 showcases acontecerem. O Tono proprietário do espaço, presenteou-nos com gastronomia típica portuguesa, sim, outra vez bacalhau, desta vens em formato chamuça e bourek. Terminado a hora da cena e tapas iniciou mais um UM AO MOLHE com Surma a deliciar com a sua música, simplicidade e amor um publico sénior e de barriga cheia. O Manipulador seguiu-se e por onde passa tem captado muitas e boas criticas ao seu trabalho, quero aproveitar aqui para dizer que tem os melhores groupies do mundo, a “Ground People” mexe! Tren Go! Sound System fechou a casa, uma actuação diferente do que nos tem habituado, foi buscar ao seu baú os temas mais antigos que tem, fazendo uma preformance com sonoridades Blues, reggue, pós rock, cumbias, versões e etc. !

A partir daqui não há muita mais historia, Pestana e Molarinho fizeram uma visita histórica pela cidade de Gijon enquanto Débora e eu fomos para o Hotel dormir. Hoje no Melona Fest #2 a festa não é para meninos.

André Simões | Bullet Seed

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Diário da tour internacional do UM AO MOLHE #07 https://branmorrighan.com/2017/04/diario-da-tour-internacional-do-um-ao_7.html https://branmorrighan.com/2017/04/diario-da-tour-internacional-do-um-ao_7.html#respond Fri, 07 Apr 2017 19:14:00 +0000

Após 5 concertos de seguida, ao 6o descansamos. O nosso “domingo”, o dia off. Acordamos em casa do Jorge em Barcelona que nos preparou um batido saudavel e revigorante para o pequeno almoço enquanto eu arrisquei uma omolete (que rapidamente se tornou nuns ovos mexidos) para a malta que acordava lentamente. A Débora que se levanta cedinho é que foi à caça dos ingredientes.

Sao raros os momentos em tour em que podes passear e disfrutar do resto das cidades onde estás por isso aproveitamos o tempo que tinhamos para vermos as vistas sobre a cidade condal a partir do Mont Juic. De seguida fomos à praia e almoçamos as nossas sandes a olhar para o mediterraneo solarengo. Barriguinha cheia e a caminho de Toulouse pelos Pirinéus! Lá para cima ainda havia neve nos cocorutos. A primavera ainda nao tinha derretido tudo e sentia-se uma brisa a modos que refrescante. Lá atravessamos para o lado francês e mal passamos a fronteira caiu cá uma bátega… Camarada, nem lhe digo nem lhe conto. Descemos a montanha até chegar a meio da planície sempre debaixo de chuva e vento intensos o que fez com que viessemos devagarinho e com respeitinho à Natureza.

A entrada em Toulouse – já a noite ia alta – fazia par com o calor humano que recebemos à chegada. A chuva e o vento pararam e a brisa suave da noite primaveril Toulousiana abraçava-nos como os nossos anfitriões. É uma cidade que verdadeiramente gosto e me sinto extremamente confortável. Nos últimos 2 anos devo ter passado por aqui umas 8 vezes se nao me falha a memória. Desde que lá fui com os Russos e Magic Castles foi amor a primeira vista com a vibe da malta que la vive e com os seus edificios de tijolo!

Conseguimos espalhar toda a nossa tralha pela casa do Morgan e da Adele que mal se podia andar. Até ir lavar os dentes era um tetris! Como o Morgan é pior que eu em espalhar pedais pela casa, estava tudo muito bem!

É uma sensação porreira acordares já na cidade onde vais tocar. Podes fazer tudo com mais calma.

A Lisa, a cabeça por trás da Coko Moko, ficou em casa a fazer la bouffe para nós, nada mais nada menos que um ratatouille de alto gabarito internacional que até me deu vontade de fazer uma banda vegan chamada Lettuce Play (pá, como carne na mesma mas o Rodrigo acho que era gajo para tocar nesta banda).

Umas passeatas depois, eram ja horas de fazer o soundcheck e lá fomos nós para o Le Ravelin voltar ao trabalho. Nao pode ser domingo todos os dias! Lá ligo os amps e pela primeira vez desde que me lembro de tocar fui perguntar ao tecnico de som, o Vincent, se achava que estava demasiado alto (nao que acredite nessa coisa de demasiado alto mas como me estão sempre a mandar para a cabeça que toco alto, achei por bem perguntar). Para minha surpresa: “não, está óptimo. Se quiseres podes subir mais”. Estando já tudo estupidamente alto, era melhor nao mexer em mais nada, o som no palco estava precisamente no ponto.

Entre os soundchecks e concertos fomos estando pela praça onde assistiamos a jogos de petanca. É mais divertido de ver do que parece.

O público foi-se juntando e começaram a aparecer caras conhecidas destas e de outras andanças. Malta que organizou a primeira Psychedelic Revolution, mítica, no Espace Allegria e muitas outras coisas! Surma começa o seu concerto e os olhos e ouvidos dos presentes ficaram logo colados. O efeito Pied Piper dela fez com que entrassem imediatamente!

Adoro quando podemos ter o material todo montado em palco, permitindo mudanças rapidas e concertos quase non-stop. O Manipulador entra de seguida e pumbas! Ganda concerto outra vez! É bonito de ver o que tocar todos os dias faz às pessoas, cada concerto deles é melhor que o outro e o publico, de facto gostou imenso disto tudo!

Voltei à cozinha para uma segunda dose do supracitado ratatouille enquanto o Manel acabava o set. Até nem tinha fome, mas aquilo estava bué da bom! Quando fui para palco, mal me conseguia mexer pela sala até chegar lá. Estava bastante à pinha. Sem entrar em grandes rodeios, foi dos concertos que mais curti dar com Tren Go! Sound System e já lá vão 11 anos de estrada. Era tudo a dançar e aos berros. La folie! Un bordel! Deu muito gosto!

La Ville Rose é mesmo un sítio onde me sinto bem e onde nos fizeram sentir bem. A cena musical deles é fixe e fervilhante, há uma série de bandas porreiras como os Sound Sweet Sound, Slift ou Hubris, só para falar de alguns. E o trabalho que tanto a Coko Moko ou a Psychedelic Revolution estão a fazer é de grande nível com todos os concertos que marcam num país que se está a fechar em copas com a reacção aos atentados que tem sofrido. Não tenho nenhuma solução brilhante para isto mas tratares toda a gente como potencial criminoso a priori, confiscares os instrumentos de quem toca na rua, seja por diversão ou para se fazer à vida, fechares salas de concertos e espalhares um aparato policial e militar nao sei se sera a melhor opçao como resposta a isto. Mucha policia, poca diversion, repression/un error.

Merci a touts! ❤

Pedro Pestana, Tren Go! Sound System

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Diário da tour internacional do UM AO MOLHE #06 https://branmorrighan.com/2017/04/diario-da-tour-internacional-do-um-ao_5.html https://branmorrighan.com/2017/04/diario-da-tour-internacional-do-um-ao_5.html#respond Wed, 05 Apr 2017 14:58:00 +0000

Barcelona…ao tempo que queria vir cá! O um ao molhe não só me está a dar a mega oportunidade de levar a minha música a sítios espectaculares e a pessoas espectaculares como me está a dar a outra mega oportunidade de me levar a cidades que já estão na minha lista há imenso tempo! 

Está a ser incrível! 

Ontem saímos de Zaragoza por volta das 10h.

Peguei no carro e lá fomos nós a caminho de Barcelona. Enquanto o Pestana e o Manuel punham os sonos em dia eu e o André (co-piloto infalível) íamos dando caminho à aventura! Quase a chegar a Barcelona parámos para trincar uma coisinha rápida e já com saudades do asfalto voltámos à acção!

Chegámos por volta das 15h e assim que abrimos as portas da Sala Hiroshima ficámos de tal maneira entusiasmados e estupefactos com toda a beleza da sala que só me apetecia saltar lá dentro! Conhecemos o Luís e o Emílio que eram os responsáveis pelo som e pela luz! E só tenho a dizer: que pessoal 5 estrelas! Fizemos som tranquilos e logo depois foi a vez do Jorge Da Rocha (português de ginja como todos nós)! Excelente músico e excelente pessoa! 

Estava muito tranquila cá fora com a malta até que aparecem duas amigas minhas de surpresa que estão cá a viver recentemente! Fiquei tão mas tão feliz que não sei descrever por palavras o que senti nesse momento! Tentámos pôr um pouco à pressa a conversa em dia até que se deu o início da noite!

Os concertos começaram às 19.30h com o Jorge e que concerto incrível meu deus! Imaginem bem um contrabaixo juntamente com pedais, loops e percussão nesse mesmo contrabaixo! Pois é…brutal não é?

De seguida toquei eu, depois Manipulador entrou em palco e que concertozaço! Nunca desilude este Manuel! E para acabar mesmo bem a noite o grande Tren Go! Sound System, melhor viagem que vi do Pestana! Concerto magnífico!! 

Quando saí da sala para ir beber uma cerveja à espanhola dou de caras com mais 4 amigos meus (Diana, Ana, Nídia e Daniel) que decidiram fazer outra surpresa! Senti-me em casa e foi um dos melhores momentos que tive até agora na tour! Fiquei felicíssima em vê-los e senti-me mesmo em casa com eles lá! 

Metemos a conversa em dia e fomos de seguida jantar! E que saudades que eu já tinha da malta. Belas tapas com belíssima companhia! De barriga cheia fomos pôr as malas a casa do Jorge (onde ficámos a dormir) e decidimos ir dar uma volta aos bares do sítio! Copos, conversa e boa música…foi assim que finalizámos a nossa noite!

Confesso que tenho Barcelona guardada num lugar especial do coração. 

Foi uma bela noite à portuguesa! Só faltou mesmo o cozido!

#TOPE GUAY 🌈❤

Débora Umbelino, Surma

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Diário da tour internacional do UM AO MOLHE #05 https://branmorrighan.com/2017/04/diario-da-tour-internacional-do-um-ao_4.html https://branmorrighan.com/2017/04/diario-da-tour-internacional-do-um-ao_4.html#respond Tue, 04 Apr 2017 13:51:00 +0000

Confesso que estava a precisar disto. Uma tour mistura duas das coisas que mais gosto de fazer: tocar ao vivo e road trips.

E quando a malta com quem vais é fixe e a que encontras também, tudo fica mais fácil.

Depois de uma noite tranquila e (finalmente) bem dormida, partimos das imponentes Astúrias em direcção a Saragoça.

Espanha, como Portugal, tem uma coisa que adoro. Fazes 100 km e de repente a paisagem mudou drástica surpreendentemente. Bastou-me adormecer 1 horita no carro e o verde vivo e as montanhas selvagens das Astúrias tinham dado lugar a uma planície laranja e ampla, algures entre Navarra e Aragão.

É numa dessas planícies que fica Saragoça. Enganámo-nos na saída e entrámos pelo lado contrário da cidade. Como somos adeptos do erro aproveitámos para tirar partido disso e dar uma volta rápida já que nestas andanças raramente dá para dar grandes passeios turísticos.

Vimos uma cidade limpa, com vários edifícios de arquitectura contemporânea, bem grande e plana, ideal para se andar de bike. O Javier não foge à regra. É ele que está na foto connosco e que nos acolheu no Robby Robot.

E foi ele também que pediu à Filomena, amiga de Lamego para tratar da janta (já é a 2ª pessoa com raízes em Lamego que passa por nós na tour). Resultado, falhámos o pulpo à gallega mas fomos compensados com bacalhau à braz e salpicão.

Não sei se foi do ambiente familiar que se gerou mas os concertos do Tren Go e da Surma foram para mim os melhores que eles deram até agora. Tocar todos os dias dá-nos confiança e eles transpiraram-na. Improvisaram mais e divertiram-se e isso saiu cá para fora.

Eu abri as hostilidades e aproveitei para continuar a tocar as minhas malhas novas, que me estão toda uma pica renovada.

Há que acordar cedo no dia seguinte, pelo que não fomos para os copos.

Cheira-me que em Barcelona a conversa será outra.

Manuel Molarinho

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Diário da tour internacional do UM AO MOLHE #04 https://branmorrighan.com/2017/04/diario-da-tour-internacional-do-um-ao_3.html https://branmorrighan.com/2017/04/diario-da-tour-internacional-do-um-ao_3.html#respond Mon, 03 Apr 2017 13:22:00 +0000

Em primeiro lugar, tenho e devo agradecer a confiança destes três artistas (o Pestana, super rodado por essa Europa) em mim, para agendar esta tour, é verdade que já tenho algumas conseguidas, mas esta de certa forma é especial.

Ontem, saímos de Escairon muito cedo inclusive com algum atraso, o Molarinho na condução eu entre mapas, GPS e garrafas de água fizemos uma viagem de 3 horas até Oviedo, enquanto o Pestana e a Umbelino dormiam.

La Salvage, o mais belo refúgio no coração das Astúrias. Chegamos atrasados, com 30min para montar e fazer soundcheck, lá conseguimos iniciar os espectáculos, Surma fez as honras da casa, numa secção Vermut derretendo todos os corações do público. O Manipulador seguiu-se, presenteando o público com alguns temas do próximo trabalho discográfico, uma certeza “es top Guay” e interessante as formas de construção das camadas de som. Tren Go! Iniciou o concerto em vantagem sobre os outros dois, já tinha almoçado, entre riffes de guitarra e cerveja de trigo tostada com distorção foi terminando mais uma secção vermut e um dia de concertos do UM AO MOLHE.

Entre arrumos e abraços com David, percebemos que “la Salvaje” é nossa casa, tendo a certeza que voltaremos a ver muito em breve.

O final de tarde e noite foi feito entre cigarros, conversas e turismo.

Mais uma vez, muchas gracias David!

André Simões, bullet Seed

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