Queridos leitores, na correria do dia-a-dia é a música que me vai salvando. Na última semana tive a oportunidade de assistir a três noites de concertos que me aqueceram o coração, que me fizeram ferver o sangue e que me proporcionaram momentos em que pude pura e simplesmente sentir e viver as ondas sonoras. A primeira dessas noites foi na Quinta-feira passada, com os queridos You Can’t Win Charlie Brown e com O Terno. A reportagem já foi publicada no sítio do costume, no Música em DX, com as fotografias do mestre Luís Sousa,  e podem lê-la aqui: https://www.musicaemdx.pt/2017/10/31/jameson-urban-routes17-dia-26-afeicao-e-ternura-no-terceiro-dia-jur/

Espero que gostem Nos próximos dias sairão os textos sobre o concerto dos Royal Blood e dos And So I Watch You From Afar! Abreijos! 

If I Know You, Like You Know I Do, o mais recente single dos You Can’t Win, Charlie Brown, é um exercício de pura pop descontraída e dançável: “o culminar de décadas de frustração em que a vontade de dançar era sempre batida pela vergonha de fazer mais do que abanar os ombros”, segundo um elemento da banda.

Depois de Above The Wall e Pro Procrastinator, If I Know You, Like You Know I Do é o terceiro tema de Marrow a ter direito a um vídeoclip. O trabalho mostra os You Can’t Win, Charlie Brown de bem perto, com produção dos We Are Plastic Too e realização de Afonso Cabral.

Os You Can’t Win, Charlie Brown vão mostrar este e outros temas no palco Nos do Nos Alive, no dia 6 de julho e por todo o país durante o verão, com passagens marcadas para o Vodafone Paredes de Coura, Douro Rock e Feira de São Mateus, entre outros.

06.07 – NOS Alive – Oeiras

22.07 – Guarda em Alta – Guarda

12.08 – Douro Rock – Peso da Régua

17.08 – Vodafone Paredes de Coura

26.08 – Banhos Velhos – Caldas das Taipas

04.09 – Feira de São Mateus – Viseu

LETRA AQUI

CCBEAT

YOU CAN’T WIN, CHARLIE BROWN

Apresentação do novo disco Marrow

«É um disco de guitarras mas não folk – um disco de putos indie que ouviram muita música, que conhecem o poder da melodia mas não são capazes de fazer uma canção simples. Ok, isto é mentira: há uma mão cheia de grandes temas em Marrow mas uma delas, Frida, só guitarra e cordas, é de uma simplicidade desarmante.»

João Bonifácio in Público

CCB. 19 de janeiro . 21h . Grande Auditório

Afonso Cabral voz, guitarra, baixo, teclas

David Santos voz, teclas, çlockenspiel

João Gil voz, guitarra, baixo, teclas

Luís Costa guitarra

Salvador Menezes voz, guitarra, baixo

Tomás Sousa: Voz, Bateria

CONVIDADOS

Golden Slumbers (Catarina Falcão e Margarida Falcão)

Minta & The Brook Trout (Francisca Cortesão, Margarida Campelo e Mariana Ricardo)

Selma Uamusse

Francisco Moser violino

Gabriela Barros viola

Tiago Rosa violoncelo

A banda lisboeta editou Marrow no passado mês de outubro, um disco que recebeu os maiores elogios da crítica (3º melhor disco nacional do top da Antena 3) e do público. Afonso Cabral, David Santos, João Gil, Luís Costa, Salvador Menezes e Tomás Franco Sousa regressam ao Grande Auditório do Centro Cultural de Belém para um concerto muito especial em torno do novo trabalho mas não esquecendo os temas de Chromatic e Diffraction/ Refraction.

Mais sobre a banda, incluindo letras e opinião do disco: http://www.branmorrighan.com/search/label/You%20Can%27t%20Win%20Charlie%20Brown

O Luís! Das pessoas mais humildes, mais simples e mais talentosas que eu conheço. O primeiro contacto foi via You can’t win, Charlie Brown, mas cedo descobri o seu trabalho a solo e também aí fiquei completamente fã. A última surpresa, e que bela surpresa, foi o seu Gente Com Música Dentro, o seu tumblr onde partilha a sua paixão pela fotografia e na qual não é menos dotado do que no seu talento musical. E existe esta particularidade em relação às suas fotografias que eu acho muito curiosa: nota-se um carinho enorme por aquilo que está a fotografar. Os momentos que escolhe registar, parecem falar connosco, contando-nos uma história que é só dele, mas que de alguma maneira salta para nós. Dá para perceber que são momentos especiais, diferentes, houve algo que ele procurou ali ou que lhe disse alguma coisa. Essa energia tão única, juntando às palavras que muitas vezes deixa sobre quem fotografa, faz do Gente Com Música Dentro um dos sítios mais especiais e queridos da web. É pessoal sim, mas não é a história do mundo feita também de momentos individuais que se tornam colectivos? Grande beijinho, Luís, e já sabes que te vou chatear para sempre com Aquele assunto! Eheheh  

Apercebi-me ao escrever este texto que o Bran Morrighan começou praticamente ao mesmo tempo que os You can’t win Charlie Brown, apenas com alguns meses de diferença. Olhando para trás, é giro ver como 2 projectos nascidos da carolice dos seus autores acabaram por crescer de uma forma bastante inesperada e ganharam uma dimensão que nenhum de nós poderia imaginar.

Talvez por conhecer bem as dificuldades de levar para a frente projectos destes enquanto se tenta conciliar mil e uma actividades diferentes, ganhei uma admiração enorme pela Sofia e pela sua energia e entusiasmo inesgotáveis. A paixão que ela tem por aquilo que faz é óbvia na forma como escreve, só assim se entende como uma pessoa sozinha conseguiu construir uma referência incontornável da blogosfera.

Por isso, quando ela me convidou para fazer uma pequena participação na celebração dos 8 anos do blog, nem hesitei – é claro que depois falhei o prazo inicial que ela me deu, mas toda a gente sabe que a intenção e a acção nem sempre andam ao mesmo ritmo!

Um dos projectos em que a Sofia me tem apoiado incondicionalmente tem sido a fotografia, que apesar de ser uma paixão antiga só recentemente é que comecei a levar um pouco mais a sério. Felizmente é um hobby que se conjuga facilmente com a música: nos últimos 2 anos a máquina fotográfica tem-me acompanhado sempre nos You can’t win Charlie Brown e acabei por acumular umas boas centenas de fotos da banda, da perspectiva de um agente infiltrado.

Para este desafio da Sofia, escolhi algumas fotos que resumem este ano incrível que tivemos, mais focadas no “behind the scenes” porque sempre achei esse lado mais interessante do que as tradicionais fotos de concerto ou de sessões fotográficas planeadas.

Gravações Marrow – HAUS, Abril 2016

Festival Fica na Cidade – Funchal, Junho 2016

Festival Indie Music Fest – Baltar/Paredes, Setembro 2016

Gravação videoclipe Pro Procrastinator – Estúdio 15A (Pataca Discos), Setembro 2016

Gravação do programa “No Ar” para a RTP/Antena 3 – Setembro 2016

Concerto Casa das Artes de Famalicão – Outubro 2016

Cineteatro António Lamoso – Sta. Maria da Feira, Novembro 2016

Eis que chegamos ao fim de Marrow, depois de termos invadido e explorado esta medula cheia de coisas para nos contar e fazer sentir. Bones reflecte e resume toda a epopeia vivida ao longo do disco. Na minha opinião é mesmo o ponto máximo, o atingir do êxtase, no que toca ao elevar tanto a sonoridade como a capacidade sonora de Afonso Cabral. Os meus muitos parabéns por aquele que é, sem dúvida um dos melhores discos deste 2017. 

HEAR MY MOAN

FEEL THE BITE

HOLD MY BONES

AND HEAT THEM THROUGH THE NIGHT

KEEP ME WARM AND READY FOR THE FIGHT

SET IN GOLD

FULL OF LIGHT

ALL I WANT

I’LL BE SITTING TIGHT

TILL THE TIME IS RIGHT

FEEL FREE TO CUT MY HEART OUT

I’LL BE THE ONE WHO KNOWS

WHEN THE BELL RINGS ME HOME

EVEN WHEN YOU’RE GONE

FEEL YOU BY MY SIDE

[NOW THAT I’M ALONE

UNDERNEATH YOUR BONES

I JUST CAN’T RECALL

HOW THE TIME ALL FLEW]

IF YOU KNEW ME ALL ALONG

THEN YOU KNOW THE CIRCUIT I WAS ON

AND IF YOU’RE READY TO BE HURT

THEN YOU KNOW THE WORLD THAT I LIVED ON

RISING FROM THE FLOOR

IS THE ONLY WAY I KNOW TO SEE THE DAY

BUT I WON’T BE FAR

NO, I’LL FOLLOW ANYWHERE YOU CAN BE FOUND

‘CAUSE I’VE SEEN THE NIGHT

AND DON’T WANT TO HEAR YOU HOWL

SO LET ALL MY BONES

AND I’VE GIVEN UP MY PRIDE INTO YOUR ARMS

SO I WON’T BACK DOWN

NO I WON’T BE SMOOTH AND EASY LIKE A DOG

AND WHEN I GO DOWN

I’LL MAKE THEM TAKE THE GROUND

‘CAUSE YOU’D FEEL LET DOWN

NO, I’D FEEL LET DOWN

IF I’D COOL IT NEAR THE END

BUT I’M BREAKING UP

ALL THE MARROW TO THE CORE

AND I DON’T FEEL HARMED

NO I DON’T FEEL OUT

‘CAUSE I’VE GIVEN ALL MY FIRE

DON’T LET GO

FIRST SET ME FREE, NOW

LET GO OF MY HEART

LET GO OF MY HEART

LET THE BONES REVEAL MY PRIDE

NOW HEAR MY MOAN AND FEEL MY BITE

LET MY BONES BE THE ONES

HEATING YOUR HEART IN THE NIGHT

É hoje! É hoje! É hoje que os You Can’t Win, Charlie Brown levam a Frida e todas as outras canções ao palco do Lux em apresentação deste disco lindíssimo que é Marrow! Começa pelas 23h e de certeza que esta balada espera por vós! 

FRIDA

DON’T KNOW WHERE I’D BE

GOT MY OWN FEET ON THE GROUND

I KNOW I WON’T FALL APART

FRIDA

YOU GAVE ME A START

I’VE GOT MY HEAD IN THE CLOUDS

I HOPE I WON’T FALL APART

NORTHERN WATERS TURNING HOME

RAINY DAYS AND CHILDISH POEMS

SOME DAYS, MY HEART GOES BACK TO YOU

I GOT LOST ALONG THE ROAD

I KNOW MORE THAN I SHOULD KNOW

RIGHT NOW, MY HEART GOES BACK TO YOU

Joined By The Head é a música que se segue, neste Marrow repleto de variações rítmicas em que a calma e a tempestade se intercalam com uma mestria cada vez mais apurada. 

TIME HAS COME THAT I DESERVE TO KNOW THAT YOU DON’T WANT TO BE AROUND

SO IF YOU DON’T GO ALONG

I’LL GIVE MYSELF A NICE RIDE

AND IF THE THOUGHT IS RIGHT I WON’T BE TOO LONG

AT ALL

OH, MY SWEET LITTLE DEMON ARM

I FEEL LIKE WE’RE MOVING ON TO DIFFERENT ROADS

OH, I KNOW THAT IT MIGHT BE HARD

I KNOW THAT YOU SHARE YOUR SIDE OF THE LOAD

BUT WHEN THE TIME

IS RIGHT

OH NO, DON’T FOOL YOURSELF

NOW WHEN THE TIME

IS RIGHT

YOU WON’T SEE ME

AND I WON’T SET YOU FREE

BUT I’M FED UP WITH ALL YOUR WANTS

AND ALL YOU CRAVE FOR YOU

AND I’M FED UP WITH ALL THE BEAUTY

YOU CHASE AROUND FOR YOU

I’LL GIVE MYSELF A NICE RIDE

MY TIME IS ALL I EVER REALLY WANTED TO GIVE UP

MY TIME IS ALL I WANTED TO GIVE UP, THAT’S ALL I WANT

MY TIME IS ALL I WANTED TO GIVE UP BUT I WANT MORE

MY TIME IS ALL I WANTED TO GIVE UP AND NOTHING MORE

AND NOTHING MORE

THE LOVE THAT WE GAVE

MY TIME IS ALL I WANTED TO GIVE UP AND NOTHING MORE

MY TIME IS ALL I WANTED TO GIVE UP AND NOTHING MORE

THE LOVE THAT WE SHARED

Depois de uma irreverente If I Know You, Like I Know You Do, eis que temos novamente um início de canção calmo, melancólico, a voz grave do Salvador a fazer pesar cada palavra na balança e a levar-nos para um limbo existencial. A meio da música entram novamente os ritmos mais puxados da electrónica e algo nos electrocuta para um acordar frenético à procura de uma qualquer luz a que nos possamos agarrar. Mas isto sou eu e as minhas interpretações distorcidas pelas minhas experiências. Façam vocês a vossa  

NO, HOW DID I GET TO KNOW

THIS LONESOME ROAD

NO SIGN OF SIGHT OR SOUND

GOING BACK AND FORTH FOR HOURS

BACK AND FORTH AT NIGHT

IS THAT BLOOD I SEE?

OH

IS THAT BLOOD I SEE?

IS THAT WHAT I SEE?

OH

BLOOD I SEE?

AM I FADING OUT

WITH NO TRACE?

‘FEELS LIKE I’M FALLING DOWN

I KEEP ON FALLING DOWN

I’M ERASED

I’VE GOT NOWHERE LEFT TO ROAM

I WOULD CALL THIS HOME IF I KNEW THAT I COULD

I’VE EARNED THE RIGHT TO DREAM

NO ROOM TO SIGH, NO FUTURE

IS THAT LIGHT I SEE?

IS THAT LIGHT I SEE?

WON’T BE THE ONE WHO’S HOLDING ON

[WON’T BE THE ONE TO HOLD YOU TIGHT AND TELL YOU EVERYTHING]

NO VIEW OR SUN, NO ONE

NOW, IS THAT LIGHT I SEE?

IS THAT LIGHT I SEE?

IS THAT LIGHT I SEE?

Adoro esta música, o ritmo, a letra, a harmonia e o contraste das vozes, tudo. Depois de uma Mute de nos fazer tremer o interior, esta vem ao desafio novamente, à provocação, ao jogo entre a sedução e o preço a pagar. É já dia 13 que apresentam o disco por inteiro no Lux! 

COME ON OVER, IN MY IMAGINATION I KNOW THAT YOU’LL BE ALRIGHT

ONCE YOU WALK IN AND TALK ABOUT NOTHING THEN I KNOW EVERYTHING IS FINE

BUT YOU’RE NEEDING YET ONE MORE INTERVENTION, THAT OUGHT TO TELL YOU THAT AIMED WIDE

IF YOU WANDER IN OVER AND OVER I DON’T KNOW IF I’LL BE AROUND

RIGHT NOW I NEED AN INTERMISSION ‘CAUSE I’M FAILING TO SEE YOUR SIDE

I’M TAKING BACK MY OWN ADMISSION WHERE SAID THAT YOU’D BE ALRIGHT

NOW DON’T YOU KNOW?

IF SHE’S YOUR ONE AND ONLY SOURCE THEN I KNOW SHE’LL BE LIKE A BRIDE

BUT IF I KNOW YOU, LIKE YOU KNOW I DO, THEN YOU’RE HAVING SOMETHING ON THE SIDE

NOW, BY NOW I’M COMING OVER, I’M COMING OVER, I’M COMING OVER TO TELL YOU NOT TO

AND I’M TAKING OVER, I’M TAKING OVER. I KNOW THAT YOU’LL BE ALRIGHT IF YOU CAN

TAKE A WHILE, RUN OVER YOUR OPTIONS AND YOUR SIGHS

LEAVE YOUR TRIALS, AND SUCK IT ALL IN IF YOU CAN’T SURVIVE

NOW, THINK HARD

PAY THE TOLL AND KNOW YOUR PART

KEEP YOUR WORD, IT’S TIME TO START

I KNOW YOU’RE LIVING IN PURE FANTASIA BUT NOW MICKEY IS NOT AROUND

AND IF YOU WON’T BUILD IN YOUR OWN ACCOMMODATION THEN I KNOW THAT YOU’LL BE OVER

TAKE THE TIME, OH, TAKE THE TIME, OH, THINK ABOUT ALL THE TIME

TAKE THE TIME, OH, TAKE THE TIME, OH, THINK ABOUT ALL THE TIME

TAKE THE TIME, OH, TAKE THE TIME, OH, THINK ABOUT ALL THE TIME

AND IF YOU CAN GO BEYOND THE ATTRACTION THEN I KNOW THAT YOU’LL BE ALRIGHT, NOW, AND I WON’T COME IN

THINK OF THE OPPOSITE SIDES, AND THEN STOP FOR A WHILE. NOW THAT I’LL BE ON YOUR SIDE

[DON’T KEEP FAKING YOU’RE OK

‘CAUSE WE ALL CAN TELL YOU’RE NOT THE SAME]

Este é um dos meus temas preferidos do disco, sem sombra de dúvidas. Não tanto por ser uma espécie de balada a níveis sonoros, mas antes porque a letra é daquelas que apanha qualquer um desprevenido numa fase qualquer da sua vida. O Afonso em entrevista diz que se tenta afastar ao máximo das suas letras, para não serem pessoais, mas parece que sem querer acerta em cheio naqueles pontos sensíveis. Aqui fica a Mute! Quarta faixa do disco. 

IF YOU SEE ME

GOING BY THE WATERFRONT

AND I COME ACROSS AS DEAD INSIDE

WILL YOU KNOW WHY?

AND IF YOU ARE CAUGHT

TELLING ME

“I’M SORRY, YOU WERE RIGHT”

I WON’T SEE YOU AT ALL

AND I WON’T COME TO LIFE

‘CAUSE YOU DON’T SEE ME AT ALL

AND YOU CAN’T FIND MY BEAT AT ALL

‘CAUSE I WON’T WAKE FROM SLEEP AT ALL

AND I WON’T CALL OUT YOUR NAME

IF I GO ABOUT

WRITING SONGS THAT YOU AND I BOTH KNOW

YOU WON’T SEE ME AT ALL

AND YOU WON’T FIND ME

‘CAUSE YOU DON’T SEE ME AT ALL

AND YOU CAN’T FIND MY BEAT AT ALL

‘CAUSE I WON’T WAKE FROM SLEEP AT ALL

AND I WON’T CALL OUT YOUR NAME

MAYBE I WON’T CALL YOUR NAME

NO DON’T GO LOOKING FOR A LIGHT

OH, GO FIND YOUR OWN SPACE

AND IF YOU’RE LOOKING FOR

MY HEART AND MY FACE

DON’T GO, DON’T GO FOR A LIGHT

IF YOU WALK BY CLOSE

AND MY EYE PERCEIVES YOU

MAYBE I WON’T CALL YOUR NAME