Bom dia a todos!
E depois de uma ausência um pouco longa de entrevistas, cá volto com mais uma. Desta vez ao Bruno Matos, que se mostrou desde logo super simpático e disponível. Ainda tenho uns pormenores para acertar com o Bruno, mas quem sabe se não teremos aqui um passatempo surpresa deste autor?!
Bruno, obrigado pela tua simpatia e desculpa-me a demora na publicação da entrevista. O meu tempo anda mais que escasso.
Passemos então ao que realmente importa e fiquemos a conhecer um pouco mais sobre o Bruno Matos, autor da trilogia Moklin e de Illusya – O Reino Encantado.
Sobre mim:
Falar sobre nós próprios é sempre complicado e arriscado, porque a percepção que temos da nossa pessoa pode não corresponder à imagem que passamos aos outros, por isso mais vale fazer uma abordagem objectiva.
Chamo-me Bruno Matos (Fausto Bruno Oliveira de Matos), e nasci em Benguela, Angola, no já longínquo ano de 1975! Licenciei-me em Relações Públicas e Publicidade pelo I.N.P e tenho uma Pós-Graduação em Produção de Televisão pelo I.S.C.S.P.
Trabalho desde 1999 na RTP com auto-promotor, ou seja, faço a edição de video e escrevo os textos dos traillers que anunciam os programas que vão ser transmitidos.
Para além disto tudo, sou uma rapaz que desde muito cedo, ainda antes de saber ler ou escrever, sentiu dentro de si uma enorme necessidade de contar histórias. Comecei pela Banda Desenhada (a minha maior paixão), cujos
balões eram preenchidos pela minha minha mãe e irmãs! Quando percebi que não conseguia passar através da B.D as aventuras que viviam na minha cabeça para o resto do mundo, (porque a nona arte ainda não tem projecção em Portugal), arrisquei-me no mundo da escrita e voilá! O risco compensou!
Estilo e ritmo de escrita:
A minha escrita acaba por traduzir os meus gostos. Movendo-me mais na área do fantástico e ficção cientifíca, gosto de escrever histórias que envolvam os leitores. Para que isto aconteça, crio personagens fortes que englobem a dictomia do Bem e do Mal. Sempre achei redutor o Héroi perfeito e o Vilão desprovido de esperança, pois isso não retrata a vida. Apesar de desenvolver livros na área do imaginário, cada personagem contém dentro de si os dois lados da moeda, e é o próprio desenvolver da acção que vai desnivelar a balança. Tudo numa escrita rápida, com descrições q.b e ganchos que prendem o leitor de capítulo para capítulo!
Influências:
A lista seria grande demais, porque sempre fui um leitor ávido, mas posso deixar alguns dos nomes que mais me marcaram. Há dois que surgem de imediato: J.R.R Tolkien e Robert E. Howard! Mas podia começar pela banda Desenhada e citar John Byrne, Chris Claremont, Alan Moore. Os livros de Neil Gaiman também não me deixam indiferente, Isaac Asimov, enfim… uma lista sem fim! O que prova que ler é a melhor ferramenta para o nosso cérebro!
O que aconselha a jovens que querem publicar as suas obras pela primeira vez?
Primeiro devem escrever. Escrever muito, rasgar folhas, voltar a escrever. Serem auto-críticos e perguntarem-se porquê sempre que a linha de uma história pareça confusa. Depois devem mostrar a outros o seu livro. Para além da família (que vos considera os melhores do mundo), escolham aquela pessoa que saibam desde logo que irá apontar cruelmente todos os erros, porque no final será a vossa melhor amiga. Aceitem críticas, não tenham medo de errar. E por fim, depois de terem registado a obra, enviem-na para uma editora! Sem medo, sempre sem medo. Já sabem que o não está garantido, pode ser que um sim vos surpreenda. Foi o que eu fiz e pelo vistos funcionou!
Projectos futuros:
Estou neste momento a ultimar um novo trabalho, e quando digo ultimar trata-se de ler e reler, para garantir que tudo faça sentido e que o leitor, quando pegar na obra, não se sinta desapontado. Seguirá a linha do fantástico, mas não posso adiantar muito mais até ter a certeza que será publicado. Ter obra publicada não significa que todos os livros serão aceites, por isso temos de batalhar para que o novo trabalho seja sempre melhor do que o anterior! E mantenho a secreta esperança que um dia conseguir ser publicado além-fronteiras!
Links que ligam ao autor e às suas obras:
Wook
Saída de Emergência
Illusya no Facebook
Já tinha trocado algumas palavras com o Bruno no Facebook (pelo menos acerca do Lost) e não me apercebi que ele era O Bruno Matos, lol. Gostei de ler a sua entrevista =)