Um minuto e cinquenta segundos de música (não sei porque é que no leitor aparecem 5:15), em que começamos com sons familiares de fundo e uma afirmação pertinente de Henrique Medina Carreira. Segue-se a aventura acústica em que imaginamos uma casa cheia, uma criança que recebe um “meu amor”, toda uma azáfama enriquecida pelas gargalhadas maravilhosas da infância, onde as samples tomam o papel de apenas evidenciarem que com pouco se pode ter muito e que talvez essa percepção tenha mudado com o passar das gerações. Parece que é Verão, nesta cada na Islândia, com all that is right and beautiful.
Henrique Medina Carreira – Enfim, tudo isto é aparência, é tudo casca; e depois, pronto, fica tudo para trás.
António Pinho Vargas – O ponto de partida é o mesmo, o ponto de chegada é também o mesmo, mas pelo meio há um percurso completamente improvisado.
Manoel de Oliveira – Não era o luxo que me atraía.
Henrique Medina Carreira – É a diferença dos tempos.