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No início de Outubro, os Moe’s Implosion lançaram o seu segundo álbum de longa duração – Savage – e podem encontrar as informações sobre o mesmo aqui. Como disse no início desse post, foi uma agradável surpresa descobrir esta banda. Se, ao início, com a audição do LP anterior, me fez lembrar um pouco outros universos rock, à medida que fui descobrindo cada uma das sete faixas, as comparações foram desaparecendo.
Fazendo jus ao nome do álbum, toda a sua composição emana uma espécie de aura primitiva, com rajadas cruas de som, puxadas de guitarra que parecem vir do âmago e uma bateria que acompanha o compasso rítmico de todo percurso. O disco inicia-se quase como uma corrida cujas paragens são como descargas emocionais. Existe um ambiente noir nestas faixas que tanto oscilam pelo lado mais selvagem, como transmitem algum desespero na procura de um sentido para o que nos rodeia.
O artwork do disco, juntamente com o seu título, acabam por transmitir exactamente o que vamos sentido ao longo do disco. É como estarmos perante uma tempestade, por vezes à beira de um precipício, outras vezes apenas numa encosta, seguros, a observar, mas também existem aquelas alturas em que queremos ser engolidos pelos elementos, exorcizando tudo o que queremos gritar e calamos.
Claro que isto são tudo interpretações pessoais. Eu ouço o disco em casa enquanto trabalho, no carro enquanto viajo, e o que me leva a optar por ele, em certas ocasiões, é essa necessidade de ter um eco do turbilhão que muitas vezes fica acumulado. Gosto particularmente de Preacher, a última música do disco. Adoro o início mais acústico, o crescendo que se vai dando e os riffs estão muito bons. Resumindo, foi bom adicionar os Moe’s Implosion à minha estante de discos neste 2014 e são uma banda à qual estarei atenta.