Senso
A paisagem sedora dá-se em desfruto, é fina a poesia que vagueia suspensa no ar
São frias as águas puras, onde chapinham as palmas quentes dos meus pés
É estridente o chilrear melodioso, da bela sinfonia de penas e de asas
São verdes os tufos herbáceos, que crescem num (des) alinho natural
É místico o barulho das águas, que gorgolejam nas cascatas improvisadas
E é inebriante o forte aroma, que se desprende das incontáveis flores de estação.
Eu sou agora um absoluto de sentir, um turbilhão de sensações agradáveis.
Quase me perco de mim, quase me esqueço de ti
Os sonhos são fáceis, há delírios bons neste altar
Que tem gratuitas dávidas do Éden, com delícias.
E eu sou agora um todo uno, que vive na harmonia deste maravilhoso lugar.