Opinião: ‘Fome’ de Michael Grant

Fome (Desaparecidos #2)

Michael Grant

Editora: Grupo Planeta

Sinopse: Já se passaram três meses desde que todos os que tinham menos de quinze anos ficaram encurralados na ZRJ.

Três meses desde o desaparecimento de todos os adultos.

A comida esgotou-se há várias semanas.

Todos têm fome, mas ninguém se dispõe a encontrar uma solução. E a cada dia que passa são mais os jovens que sofrem mutações e adquirem capacidades sobrenaturais que os distinguem dos que não têm esses poderes.

A tensão cresce e o caos reina na cidade.

São os «normais» contra os mutantes. Cada um luta por si, e até os melhores são capazes de matar.

Mas avista-se um problema ainda maior. A Sombra, uma criatura sinistra que vive soterrada no coração das montanhas, começa a chamar alguns dos adolescentes da ZRJ. A chamá-los, a guiá-los, a manipula-los.

A Sombra despertou.

E tem fome.

Opinião: O pânico e o desespero chegaram para ficar à ZRJ. A loucura começa a surgir e os mais fracos sucumbem perante esta, cometendo actos nunca antes pensados.

Sam está farto e cansado de ter que ser ele a tomar todo o tipo de decisões possíveis e imaginárias. Até por causa de brigas entre irmãos é-lhe exigido que faça algo! Mas como é que isso é importante, quando há centenas de bocas para alimentar e todos parecem estar à espera que tudo lhes apareça à frente?

Fome é uma obra mais chocante, mais dark, que o seu predecessor “Desaparecidos”, pois muitas barreiras da racionalidade são destruídas. Qual o sentido mais primitivo do que o predatório? Qual a primeira necessidade que o primeiro ser humano deve ter tido? A Fome que se abate sobre a ZRJ transforma até a mais inocente das crianças numa criatura que já só pensa na sua próxima presa.

Os poderes começam a despertar entre as crianças e adolescentes. Cada vez mais, quem tem poderes é visto como uma ameaça por aqueles que não os têm e quando um grave acidente se dá entre um “normal” e um “mutante” despoleta-se uma guerra.

E ainda temos a maldita “Sombra”, um ser que poucos viram, mas os que o viram nunca mais ficaram os mesmos, sendo assombrados constantemente por pensamentos e sonhos que não lhes pertencem mas que os atormentam brutalmente deixando-os loucos e instáveis.

Esta obra está sem dúvida muito boa. O autor mostra-se bastante inteligente e coerente, embora sinta falta de uma personagem feminina mais forte. Como sempre temos personagens masculinas dominantes, mas as femininas deixam um pouco a desejar. Gostei muito e estou bastante curiosa com o próximo volume.

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    Olá a todos, sejam muito bem-vindos! O meu nome é Sofia Teixeira e sou a autora do BranMorrighan, o meu blogue pessoal criado a 13 de Dezembro de 2008.

    O nome tem origens no fantástico e na mitologia celta. Bran, o abençoado, e Morrighan, a deusa da guerra, têm sido os símbolos desta aventura com mais de uma década, ambos representados por um corvo.

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