«Árvore importante para o Solstício de Inverno, [o teixo] é um símbolo da imortalidade, pois está relacionada com a morte e o renascimento. Essa será uma das razões de se colocarem galhos com folhas de teixo nas campas, como forma de lembrar que a morte é apenas uma pausa antes do renascimento.
Com o passar do tempo os teixos passaram a ser muito comuns nos cemitérios. Muitos chefes tribais celtas foram enterrados debaixo de teixos antigos, ficando assim mais “acessíveis” para as gerações vindouras. Os celtas acreditavam que o teixo espalhava as suas raízes pelas bocas dos cadáveres, fazendo a ligação entre este mundo e o submundo.
Os ramos de teixo tendem a crescer no sentido descendente em direcção ao chão e, quando o tronco principal morre, é frequentemente estes ramos tornarem-se novas árvores, reforçando o conceito de renascimento.
Por todo este simbolismo, no druidismo o teixo está ligado ao grau de Ovate, o vidente, o herbalista e o curador.
Em Inglaterra os arqueólogos descobriram diversos poços e nascentes com estátuas esculpidas em madeira de teixo, datadas da época dos antigos druidas, que pensam ter sido ex-votos a deuses ou aos antepassados.»
Carlos Cunha & Fátima Branquinho, excerto do artigo “Teixo – A Mais Antiga das Árvores”, in “Mandrágora – O Almanaque Pagão – 2011: No Bosque Sagrado dos Druidas”
http://www.zefiro.pt/categoria_paganismo_net.htm
Fotografia: http://arvoresdeportugal.free.fr/IndexArborium/Teixo_taxus_baccata/Ficha_Teixo_Taxus_baccata.htm