Opinião: ‘O Tempo dos Milagres’ de Karen T. Walker

O Tempo dos Milagres

Karen T. Walker

Editora: Civilização

Sinopse: Nunca é aquilo que receamos que acaba por acontecer. As verdadeiras catástrofes são sempre diferentes – inimagináveis, inesperadas, desconhecidas… E se o nosso dia de 24 horas se tornasse mais longo, primeiro em minutos, depois em horas, até o dia se tornar noite e a noite se tornar dia? Que efeito teria este abrandamento no mundo? Nas aves do céu, nas baleias do mar, nos astronautas do espaço e numa rapariga de onze anos, a braços com as mudanças emocionais da sua própria vida? Uma manhã, Julia e os pais acordam na sua casa nos subúrbios da Califórnia e descobrem, juntamente com o resto do mundo, que o movimento de rotação da Terra está a abrandar visivelmente. A enormidade deste facto está quase para além da compreensão. E, no entanto, ainda que o mundo esteja, na realidade, a aproximar-se do fim, como afirmam alguns, a vida do dia a dia tem de continuar. Julia, que enfrenta a solidão e o desespero de uma adolescência difícil, testemunha o impacto deste fenómeno no mundo, na comunidade, em si própria e na sua família.

Opinião: Já imaginaram como seria se de repente os nossos dias tivessem bem mais horas do que aquelas que têm? Se de repente o tempo entre o nascer e o pôr-do-Sol durasse o dobro ou o triplo do tempo? Mas como tal seria possível sem que as leis da física fossem postas em causa? Como gostariam de viver? Na mesma pelas 24h diárias ou pelo novo ritmo da natureza? Conseguiriam ficar acordados 24h e dormir outras tantas?

Sem dúvida que esta obra levanta-nos uma série de perguntas intermináveis e lança-nos para um debate interior gigante. A autora mostra-nos esta nova realidade do ponto de vista de uma rapariga de 12 anos, a Julia. Para além de todos os problemas e desafios que uma criança desta idade enfrenta, toda esta mudança ambiental veio transformar o seu mundo.

As leis da gravidade mudam, os adultos começam a ter comportamentos diferentes/estranhos/rebeldes e começa a ser difícil as pessoas seguirem uma linha de pensamento coesa começando a lei da sobrevivência a falar mais alto.

Esta é uma narrativa leve, mas ao mesmo tempo com alguma carga emocional. Julia é uma personagem que conquista o leitor desde muito cedo, pois é fácil identificarmos partes da nossa infância com a da Julia. A escrita da autora é simples e directa, propondo-nos uma reflexão sobre o comportamento humano, tanto a nível ambiental como a nível de interacção com os outros. Não achei o livro uma obra-prima, mas proporciona uma leitura agradável.

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    Olá a todos, sejam muito bem-vindos! O meu nome é Sofia Teixeira e sou a autora do BranMorrighan, o meu blogue pessoal criado a 13 de Dezembro de 2008.

    O nome tem origens no fantástico e na mitologia celta. Bran, o abençoado, e Morrighan, a deusa da guerra, têm sido os símbolos desta aventura com mais de uma década, ambos representados por um corvo.

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