Opinião: ‘Rendida’ (Crossfire #1) de Sylvia Day

Rendida (Crossfire #1)

Sylvia Day

Editora: Porto Editora

Chancela: 5 Sentidos

Sinopse: Gideon Cross apareceu na minha vida como uma luz na escuridão.

Um homem lindo, fascinante, um pouco louco e muito sedutor. A atração que sentia por ele era diferente de tudo o que tinha experimentado até então. Eu desejava-o como a uma droga que me enfraquecia dia após dia. Gideon encontrou-me fragilizada e carente e entrou facilmente na minha vida. Descobri que também ele tinha os seus próprios demónios. Tornámo-nos o espelho um do outro; éramos o reflexo das nossas mais profundas cicatrizes e… desejos. Este amor transformou-me, mesmo que ainda hoje continue a rezar para que os pesadelos do passado não voltem para nos atormentar.

Opinião: Rendida é o primeiro livro da trilogia Crossfire. Mal ouvi falar do livro, os primeiros testemunhos que li referiam-se a comparações com outra trilogia muito falada actualmente As Cinquenta Sombras de Grey. Confesso que nunca li essa trilogia e fiquei indecisa se isso seria um factor a favor ou contra o livro. A verdade é que me decidi a lê-lo e a opinião não é negativa, de todo. Rendida abre-nos as portas para um mundo cheio de erotismo, mas igualmente cheio de obstáculos.

Eva Tramell é uma mulher que luta a todo o instante pela sua independência e afirmação. Com uma mãe obcecada em controlar todos os seus passos, um pai que adora, mas que se encontra demasiado distante, e um padrasto milionário que faz tudo o que a mãe quer, rapidamente procura percorrer um caminho só seu sem influências familiares.

Quando arranja um novo emprego e decide averiguar o edifício em que vai trabalhar, choca com um homem que a fascina de forma instantânea. A atracção entre os dois é quase palpável e o cruzamento do destino de ambos é inevitável. Esse homem é apenas o dono de uma das maiores redes empresariais – a Crossfire. Ele chama-se Gideon Cross.

A história de Eva e Gideon é explosiva. “(…) quero fodê-la, Eva.” é uma das primeiras trocas de palavras entre os dois. Sem rodeios, sem romance, uma brutalidade sensual e apelativa que deixa Eva completamente sem reacção. Ele é simplesmente arrebatador e ela fica sem saber o que há-de fazer. Até que o inevitável acontece e a situação acaba por se descontrolar. Como seria de prever, apaixonam-se um pelo outro o que não facilita em nada a relação entre os dois.

Ambos têm sérios problemas. Os seus passados são complicados, cheios de traumas e de cicatrizes por sarar. A confiança é o elemento chave para que os dois se possam entender e continuar juntos, mas como é que se pode confiar quando já se sofreu tanto? Quando ainda há tanto por descobrir?

Sylvia Day correu um grande risco ao escrever este livro. Apesar de o conteúdo explícito e até pornográfico agradar a boa parte dos seus leitores, eu costumo ser um pouco mais exigente. Gosto que a história em si tenha fundamento e deixe a sua marca. A combinação explosiva de personagens cheias de problemas traumáticos poderia não ter resultado lá muito bem, mas a autora conseguiu contornar esse aspecto conferindo-lhes algo que os ligasse ao leitor.

A escrita da autora é directa, ousada e luxuriante. Com personagens que têm carácteres fortes e são determinadas, a história prende-nos do início ao fim criando uma ansiedade louca de saber como é que estes vão lidar com todos os obstáculos que vão surgindo pelo caminho. Fiquei bastante curiosa com o próximo volume. Gostei.

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2 Comentários
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Unknown
Unknown
11 anos atrás

Eu não desgostei, mas também não gostei muito… foi assim assim.

Morrighan
Morrighan
11 anos atrás

Compreendo.. Eu estou à espera do próximo volume para ver para que lado pende a balança.

  • Sobre

    Olá a todos, sejam muito bem-vindos! O meu nome é Sofia Teixeira e sou a autora do BranMorrighan, o meu blogue pessoal criado a 13 de Dezembro de 2008.

    O nome tem origens no fantástico e na mitologia celta. Bran, o abençoado, e Morrighan, a deusa da guerra, têm sido os símbolos desta aventura com mais de uma década, ambos representados por um corvo.

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