Opinião: Êxtase (Anjos Caídos #4) de J.R. Ward

Êxtase (Anjos Caídos #4)

J.R. Ward

Editora: Quinta Essência

Sinopse: Redenção não é uma palavra que Jim Heron conheça muito bem. A sua especialidade é a vingança e, para ele, o pecado é relativo. Mas tudo muda quando se torna um anjo caído e é incumbido da tarefa de salvar sete pessoas dos sete pecados mortais… e o fracasso não é permitido.

Mels Carmichael, jornalista do Caldwell Courier Journal, apanha o maior choque da sua vida quando um homem se atravessa à frente do seu carro junto ao cemitério local. Depois do acidente, a amnésia dele é o tipo de mistério que ela gosta de solucionar, mas em breve descobre que o passado é demasiado misterioso… e que está a apaixonar-se pelo estranho. Enquanto as sombras oscilam entre a realidade e o outro mundo, e a memória do seu amante começa a voltar, os dois aprendem que nada está realmente morto e enterrado. Em especial quando se está preso numa guerra entre anjos e demónios. Com a alma em jogo, e o coração de Mels em risco, o que irá ser preciso para salvar ambos?

7 pecados mortais… Sete almas afetadas por esses pecados. Sete pessoas numa encruzilhada, com uma escolha que deve ser feita. E para salvá-las apenas um homem, metade anjo, metade demónio…

Opinião: Comecei a ler esta série em Janeiro de 2012 e, desde então, tem sido uma tortura constante à espera do próximo volume. Nesta luta entre o bem e o mal não existem reservas, limites ou pudores que impeçam ambos os lados de lutarem pelos seus objectivos. Jim Heron era suposto ter tanto de bom como de mau, mas parte de si sofreu um grande abalo recentemente e este já não consegue ter tanto domínio nas suas emoções como gostaria. Também a perda de uma das personagens, que me era querida, afectou de algum modo a dinâmica comportamental neste quarto livro da série Anjos Caídos. Foi, sem dúvida, uma leitura interessante.

Mels Carmichael saía de mais um dia enfadonho de trabalho quando, de repente, está a atropelar um homem. Esse homem não é nada mais, nada menos do que o nosso já conhecido Mathias. Porém, é um Mathias sem memórias, com apenas relâmpagos de imagens que não sabe se as sonhou ou se são mesmo reais, mas cuja intuição lhe previne de cautela e cuidado. Tem noção de que um grande perigo lhe está intrínseco e que Mels, ao se relacionar com ele, estará sempre em risco.

Depois dos acontecimentos do último livro ‘Inveja‘, um acerto de contas tem que ser feito. Esta alma, tem agora uma segunda oportunidade de tomar uma nova decisão. Será que quando uma pessoa tem um historial de violência e maldade interminável, mesmo com uma segunda hipótese, tem a mínima possibilidade de mudar e de se redimir?

Em Êxtase a autora explora outros lados das personagens que já nos são familiares. Não sei se talvez por isso eu tenha achado o livro um pouco mais fraco que os anteriores. Devina, que devia ser A vilã, tem menos preponderância nesta parte da história e essa falta de crueldade e de rivalidade violenta fez-se sentir. Jim Heron continua com os seus fantasmas, com as suas lutas interiores e a parte de si que muitas vezes o leva a fazer coisas de que sabe que se vai arrepender torna-o fraco.

Quanto aos protagonistas, a sua história e envolvimento enternecem o leitor, não faltando aquela dualidade perigo/sensualidade que apimentam a leitura. Dado o rumo que a história vai tomando, penso que o fim é um pouco previsível, mas também se fosse diferente iria deixar os leitores tristes e desta maneira consegue potenciar os próximos volumes. Com o desequilíbrio actual, espero que a autora dê um bons abanões às tramas seguintes. J.R. Ward é, sem dúvida alguma, uma senhora no que toca ao romance paranormal e a sua escrita apaixonada conquista facilmente os leitores amantes do género.

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2 Comentários
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Carol
Carol
10 anos atrás

Posso começar por ler este livro, ou vou perdes factos relevantes dos livros anteriores?

Morrighan
Morrighan
10 anos atrás

Eu acho que no caso desta série devias mesmo começar pelo primeiro 🙂

  • Sobre

    Olá a todos, sejam muito bem-vindos! O meu nome é Sofia Teixeira e sou a autora do BranMorrighan, o meu blogue pessoal criado a 13 de Dezembro de 2008.

    O nome tem origens no fantástico e na mitologia celta. Bran, o abençoado, e Morrighan, a deusa da guerra, têm sido os símbolos desta aventura com mais de uma década, ambos representados por um corvo.

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