A Glória dos Traidores (As Crónicas de Gelo e Fogo #6)
George R.R. Martin
Editora: Saída de Emergência
Colecção: Bang!
Sinopse: O bafo cruel e impiedoso do Inverno já se sente. Quando Jon Snow consegue regressar à Muralha, perseguido pelos antigos companheiros do Povo Livre, não sabe o que irá encontrar nem como será recebido pelos seus irmãos da Patrulha da Noite. Só tem uma certeza: há coisas bem piores do que a hoste de selvagens a aproximarem-se pela floresta assombrada.
Opinião: Até ler George R.R. Martin, ainda não conhecia a sensação de estar continuamente em sobressalto durante um livro inteiro. Sim, há livros que nos surpreendem em vários pontos da narrativa, outros que nos deixam completamente estupefactos, mas agora elevem isso a um expoente máximo e a um tempo constante. Digo-vos que, em grande parte da leitura, quase que pegava em cada página que queria virar com muito cuidado, espreitando para as primeiras linhas, aguardando certificar-me de que era seguro virá-la de vez e que não ia voltar a esbugalhar os olhos ou a ficar de boca aberta! Acreditem, é mesmo genuíno!
Pois bem, este 6º volume começa logo com o famoso Red Wedding, já ilustrado na série televisiva Game of Thrones e continua na saga dos casamentos em que pura e simplesmente tem de acontecer alguma coisa. Garanto-vos que eu, depois de ler este livro, nunca mais verei os casamentos da mesma maneira! Martin não tem dó nem piedade por quase personagem nenhum. Ao longo destes seis livros começamos a identificar uns quantos especiais, que lá vão sobrevivendo às intempéries, mas que ainda assim sofrem e nós acabamos a sofrer com eles.
O mundo d’As Crónicas de Gelo e Fogo encontra-se em puro caos. É a Mãe dos Dragões, Dany, a tentar libertar povos da escravidão, são os milhentos reis em constante estratégia para se derrubarem, a ameaça d’Os Outros, os selvagens em perseguição da Muralha… Acção é componente que nunca está em falta nas obras deste senhor. Diga-se de passagem que me começo a interrogar-me sobre que narradores terei daqui para a frente dada a facilidade com que os peões caem sem ai nem ui.
A forma como somos transportados para aqueles cenários, o nosso apego e desprezo aos protagonistas, tudo isso é provocado pela mestria com que o autor escreve, com a fluidez e a iminência de que a qualquer momento nos depararemos com um ponto de viragem. Não paramos de ser surpreendidos, até mesmo por aqueles que julgamos jamais conseguirem ser autores de determinados actos. Esta é a grande lição que se tira desta obra: todos são capazes de tudo se disso depender a sua sobrevivência ou até por questões tão básicas como o orgulho.
A Glória dos Traidores, de todos os livros da saga até então, foi o que mais mexeu comigo e o que mais me deixou atónita. Até no final o autor é impiedoso com o seu Epílogo. Provoca em nós uma vontade enorme de já termos o sétimo em mãos para o começarmos. Ainda assim, sou apologista de uma pausa entre as leituras… Demasiadas emoções! Uma obra-prima fantástica, um épico que marcará a literatura para sempre e de forma irreversível.
Alucinante! É a palavra que me vem a cabeça quando me lembro deste livro! Ah e que nunca iria a um casamento naquela terra… Ou me deixaria levar por um homem de apelido Mindinho!
Martin é o mestre dos sobressaltos e do suspense! Não deixa os leitores em paz xD
Este é o meu livro favorito da saga precisamente por isso, pelas emoções que despertou, não há nada igual! 🙂