Opinião: Luz e Sombra de Leigh Bardugo

Luz e Sombra

Leigh Bardugo

Editora: 1001 Mundos / ASA

Sinopse: Rodeada por inimigos, a outrora grande nação de Ravka foi dividida em duas pelo Sulco de Sombra, uma faixa de escuridão quase impenetrável cheia de monstros que se alimentam de carne humana. Agora, o seu destino pode depender de uma só refugiada.

Alina Starkov nunca foi boa em nada. Órfã de guerra, tem uma única certeza: o apoio do seu melhor amigo, Maly, e a sua inconveniente paixão por ele. Cartógrafa do regimento militar, numa das expedições que tem de fazer ao Sulco de Sombra, Alina vê Maly ser atacado pelos monstros volcra e ficar brutalmente ferido. O seu instinto leva-a a protegê-lo , e ela revela um poder adormecido que lhe salva a vida, um poder que poderia ser a chave para libertar o seu país devastado pela guerra. Arrancada de tudo aquilo que conhece, Alina é levada para a corte real para ser treinada como um membro dos Grishas, a elite mágica liderada pelo misterioso Darkling. Com o extraordinário poder de Alina no seu arsenal, ele acredita que poderá finalmente destruir o Sulco de Sombra.

No entanto, nada naquele mundo pródigo é o que parece. Com a escuridão a aproximar-se e todo um reino dependente da sua energia indomável, Alina terá de enfrentar os segredos dos Grisha… e os segredos do seu coração.

Opinião: Foi com grande entusiasmo que iniciei a leitura de Luz e Sombra. A edição está muito bonita, desde a capa, aos mapas, a caracterização de cada capítulo e, parecendo que não, se é certo que não devemos julgar um livro pela capa, também é certo que quando a edição agrada à vista avançamos sempre com outro fervor. 

A história começa com um episódio da infância da nossa protagonista Alina Starkov e do seu grande amigo Maly aquando dos testes para saberem se seriam Grishas ou não. Grishas são seres não propriamente sobrenaturais, mas cujo conceito é conseguirem modelar e moldar os elementos básicos que os rodeiam. Existem Grishas de várias categorias como para curar, moldar ferro, invocar sombras, entre outros. Porém, os tempos que correm fazem com que os Grishas tenham cada vez menos poder na sociedade e começa-se a sentir no ar que a era deles está a terminar. Até que, numa das incursões ao Sulco, Alina salva a vida de Mal e com isso inícia um novo destino para todo o povo de Ravka.

Alina é uma Invocadora do Sol, detentora de um poder Grisha que não é visto há décadas, mas que é fulcral para os planos do Darkling. É a partir deste momento que a história começa realmente a desenvolver-se num ritmo mais enérgico e que o perigo começa a espreitar a cada esquina; nem tudo o que parece é e quanto ao Darkling nunca conseguimos realmente saber quais as suas intenções.

O conceito do mundo de Luz e Sombra, agradou-me bastante. Os diferentes tipos de Grisha, a forma como se caracterizam e se identificam uns aos outros e a própria lenda do veado. Pouco a pouco, Alina vai-se descobrindo e desbloqueando a força do seu poder criando expectativas sobre o seu papel na guerra travada em Ravka. Se até ao momento em que ela consegue dominar o seu poder eu devorava o livro, passado esse marco posso dizer que houve uma espécie de quebra. Leigh Bardugo tornou Alina numa Grisha poderosa, mas ao mesmo tempo fraca no que toca a detalhes que fariam toda a diferença. Também a minha atracção pelo próprio Darkling acabou por arrefecer um pouco, tendo sido Mal a personagem que mais acarinhei.

O enredo é claramente virado para um público jovem-adulto que goste de fantasia e romance numa única obra. A escrita é simples, rápida e directa. Proporcionou-me bons momentos de leitura e penso que se tivesse lido há uns anos atrás teria gostado ainda mais. Por esta altura esperava acontecimentos mais intensos, mais perigosos, mais profundidade na exploração dos personagens, mas como este é o primeiro livro da autora penso que a premissa é promissora. Venham os próximos, cá estarei para lê-los.

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    Olá a todos, sejam muito bem-vindos! O meu nome é Sofia Teixeira e sou a autora do BranMorrighan, o meu blogue pessoal criado a 13 de Dezembro de 2008.

    O nome tem origens no fantástico e na mitologia celta. Bran, o abençoado, e Morrighan, a deusa da guerra, têm sido os símbolos desta aventura com mais de uma década, ambos representados por um corvo.

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