TREMOR com Sequin, noiserv, Filho da Mãe, Memória de Peixe, Jibóia e The Glockenwise

Mirror People, Sequin, Torto, Lovers & Lollypops Soundsystem, Teresa Gentil, bem como Sara Cruz, Lulu_Monde e Self Assistance encerram o cartaz da primeira edição desta iniciativa que junta a Lovers & Lollypops à Yuzin Agenda Cultural.

Falta um mês para que Ponta Delgada se encha de música. É já a 12 de Abril que a ilha de São Miguel junta mais um ponto à sua beleza natural: a música. O TREMOR vai envolver a população local e colocar, ainda mais, as ilhas nos roteiros turísticos nacionais e internacionais. 

Este TREMOR de música, ousado, criativo é, acima de tudo, uma proposta de vibração colectiva e urbana, para repetir várias vezes. Mirror People, o projecto a solo de Rui Maia (X-Wife); Sequin, prestes a editar o disco de estreia; Torto, o trio de virtuosos portuenses e o Lovers & Lollypops Soundsystem são, a par das bandas Lulu_Monde e Self Assistance e das cantautoras Teresa Gentil e Sara Cruz, os últimos nomes a serem anunciados para o cartaz. Recorde-se que, além destes projectos, o line-up é composto por Glockenwise,  Filho da Mãe, Noiserv, Gonçalo, Memória de Peixe e Jibóia.

Durante um dia, o centro histórico da maior cidade da ilha de São Miguel vai, portanto, encher-se de música e gente e será tomado de assalto nos seus mais variados palcos. Assim, sítios tão distintos entre si, desde uma galeria até uma igreja serão, por um dia, espaços de música. A lista completa dos espaços é: Arco 8, Ateneu Criativo, Travessa do Artista, Teatro Micaelense, Cantinho dos Anjos, Hostel 3/4, A Tasca, Loja Londrina, Baía dos Anjos, Igreja de Santa Bárbara e Galeria Fonseca Macedo.

O objectivo do TREMOR, onde a música encontra Ponta Delgada, é deixar uma marca na cultura açoriana, no ano zero de um evento que se pretende duradouro. Mais surpresas, aparições na cidade e actividades paralelas ficam ainda por desvendar.  Os bilhetes já podem ser encontrados neste endereço [http://www.last2ticket.com/ev813-Bilhetes-Online-Tremor] e têm o custo único de 12 euros. 

É desta que forma que um novo abalo chega aos Açores. Tremer criativamente é sempre uma dádiva. Não a deixem passar ao lado.

BANDAS

THE GLOCKENWISE

Para os Glockenwise, a ganga e a acne (pelo menos, na sua grande maioria) já eram. Mas, apesar da evolução, dos quilómetros de estrada, de concertos transpirados, de várias digressões europeias, de uma nova maturidade, de grandes palcos e de palcos menos grandes, toda a jovialidade dos quatro miúdos barcelenses mantém-se. Aqui não há falhas: é só boa onda, rock’n’roll a sério e a crença de que, um dia, será a distorção a comandar o mundo. Ouçam  Building Waves (2011, Lovers & Lollypops/VICE) e Leeches (2013) e vão perceber que a juventude é um estado de espírito.

FILHO DA MÃE

Com Palácio, editado em 2011, Filho da Mãe tornou-se rapidamente num dos nomes mais aplaudidos da música portuguesa. Ao vivo, Filho da Mãe ganha uma transcendência que dificilmente pode ser explicada em palavras, muito por culpa da sensibilidade e da intensidade das suas criações na guitarra acústica. Ao segundo disco, Rui Carvalho mostra que ser Filho da Mãe é ser um espírito livre, quer na criação musical, quer na evocação sensorial. “Cabeça” foi considerado um dos melhores discos portugueses de 2013 e ao vivo promete elevar-nos até ao conforto das nossas mais belas paisagens mentais. 

JIBÓIA

Jibóia são tapeçarias a voar, o cheiro a Shawarma e o aroma estranho (mas aditivo) da chamuças. Mais do que tudo, Jibóia é fogo nos pés, o corpo a bambolear e uma telepatia com o Oriente, de pés assentes no Ocidente.

Apoiado pelo seu Casio, Óscar Silva já mostrou no EP de estreia que consegue fazer toda a gente entrar na dimensão da psicadelia saltitante. Agora, prestes a editar um novo registo pela Lovers & Lollypops, Jibóia promete não menos do que caril picante, sem quaisquer problemas digestivos.

Noiserv

David Santos mora num globo só seu, um globo multi-instrumental, onde a pop e a folk se cruzam. Na verdade, o seu projecto a solo, Noiserv, dispensa muitas apresentações: com dois longa-durações que amolecem o mais empedernido dos corações, David é ainda membro de uma das bandas mais reconhecidas pela crítica nacional, os You Can’t Win, Charlie Brown. Almost Visible Orchestra, o seu mais recente trabalho em nome próprio, foi editado no ano passado e, pelo seu braço dado com a cinematografia, é daqueles registos em que basta fechar os olhos para fugirmos do quotidiano.

Gonçalo

Esta é a história de Gonçalo Alvarez, na sua incursão a solo, longe (mas sempre perto) do calor dos seus companheiros dos Long Way To Alaska. Explicamos isto em forma de conto, porque não há outra maneira de o fazer: o lirismo, a doçura e, claro, o final feliz são facilmente reconhecíveis em QUIM, o EP de estreia do bracarense. Afinal de contas, há alguma coisa mais valiosa do que a beleza que sai para fora sem esforço?

Nestas cinco canções, Gonçalo explora a doçura da pop, de braços abertos com a natureza. No fundo, uma banda-sonora para os dias de hoje. QUIM conta ainda com a participação de Nuno Abreu (dos LWTA) no tema “Crianças” e é a desculpa perfeita para um escape laboral para aquele sítio conhecido como o país das maravilhas.

Memória de Peixe

A guitarra no centro de tudo, a instrumentalidade e o improviso como palavras-chave. Eis os Memória de Peixe, agora com uma nova formação (Miguel Nicolau e Marco Franco) e, em breve, com um novo disco. A banda de Lisboa editou, em 2012, o seu trabalho hómonimo de estreia, que granjeou elogios nacional e internacionalmente e que os catapultou a tocarem em grandes eventos, desde o Optimus Primavera Sound até ao festival Milhões de Festa. Os Memória de Peixe acreditam na imagem e no pormenor: nada é feito ao acaso. E ainda bem.

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    Olá a todos, sejam muito bem-vindos! O meu nome é Sofia Teixeira e sou a autora do BranMorrighan, o meu blogue pessoal criado a 13 de Dezembro de 2008.

    O nome tem origens no fantástico e na mitologia celta. Bran, o abençoado, e Morrighan, a deusa da guerra, têm sido os símbolos desta aventura com mais de uma década, ambos representados por um corvo.

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